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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Ensino e Aprendizagem com Artes na Escola
Vanessa Maria da Silva
Rio de Janeiro
2018
Vanessa Maria da Silva
Trabalho entregue na disciplina de Pesquisa e Prática em Educação VII como requisito para aprovação e obtenção de grau.
Orientação: Prof. Dr. Eduardo A. Mendonça
 
 Curso: Pedagogia
Rio de Janeiro
2018
Vanessa Maria da Silva
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade Estácio de Sá – R9
COMISSÃO EXAMINADORA
 ​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​__________________________________________________
 Prof. Dr. Eduardo Mendonça
 RESUMO
Este trabalho traz uma discussão sobre o ensino e aprendizagem com artes na escola e sua contribuição no desenvolvimento cognitivo da criança e do adolescente. Tem como objetivo possibilitar um olhar critico que dê o real valor ao ensino da arte na escola. A abordagem da pesquisa foi a observação dos métodos utilizados pelos professores e pela instituição na diciplina de artes, local de destinado ao ensino de artes e o impacto que a máteria causa no aluno para vida futura. O resultado desse estudo é buscar o que os autores que fundamentam este trabalho escreveram a esse respeito, bem como perceber que os educadores não estão preparados para a prática dessa atividade. Esta investigação contribui para uma reflexão da importância que damos a arte na educação e no desenvolvimento de crianças e adolescentes em fase escolar.
Palavras-chave: arte.aprendizagem.educação.criança. desenvolvimento
ABSTRACT
This work brings a discussion about the teaching and learning with arts in the school and its contribution in the cognitive development of the child and the adolescent. It aims to provide a critical look that gives real value to the teaching of art in school. The approach of the research was the observation of the methods used by the teachers and the institution in the discipline of arts, place destined to the teaching of arts and the impact that the malathion causes in the student for a future life. The result of this study is to find out what the authors who base this work wrote about it, as well as to realize that educators are not prepared to practice this activity. This research contributes to a reflection on the importance that art gives to the education and development of children and adolescents in the school stage.
Keywords: art.learning.education.children. development
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................07
CAPÍTULO II- O ENSINO E APRENDIZAGEM COM ARTES NA ESCOLA 
2.1 - A HITÓRIA DA ARTE .....................................................................................08
2.2- O ENSINO DE ARTES NO BRASIL................................................................09
2.3- ARTES E EDUCAÇÃO......................................................................................11
CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM COM ARTES NA ESCOLA.................................................................................................12
3.1 – METOLOGIA APLICADA PELO PROFESSOR NO ENSINO DE ARTES..12
3.1.1 – ESPAÇO DESTINADO A ARTES NA ESCOLA.........................................14
3.1.2 – A DANÇA E MÚSICA...................................................................................14
3.1.3 – PINTURAS E DESENHOS............................................................................15
3.1.4 – TEATRO.........................................................................................................16
3.2 – RESULTADOS DA PRÁTICA DO ENSINO DE ARTES...............................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................18
REFERÊNCIAS ........................................................................................................19
 INTRODUÇÃO
O ensino de artes passou por diferentes propostas metodológicas, dentre as quais estavam apenas o fazer artístico baseados em modelos prontos, desenhos livres, datas comemorativas ou apenas uma “aula de tempo livre”. Neste trabalho apresento que a diciplina de ensino de artes vai mais além do que uma pintura no papel, é sensibilizar o aluno ao olhar critico para que reflita o mundo a sua volta que é uma bela obra de arte.
Que a arte engloba um mundo de possibilidades entre ida ao teatro e a fazer a própria peça de teatro, abordar as diversas artes como a dança, música, pintura, modelagem entre diversas outras formas que podem ser abordadas em sala de aula, a necessidade de se incorporar, na educação dos alunos de hoje, sentidos, sonhos, expressão própria e criação, que é justamente o que se constrói com a arte, seja como artista ou espectador. Não é possível que a audição de uma música, a leitura de um romance ou de uma história qualquer não cause um minuto sequer de contemplação, de pensamento profundo, pois instiga os sentidos, a imaginação, a curiosidade e a exploração, e com isso observar que o professor não está preparado para ensinar essa disciplina, que a metodologia aplicada não condiz com o amplo assunto requerido da arte.
Desde os primórdios o ser humano usa a arte para se expressar, podemos ver essas expressões nas cavernas, nas danças, em pintar o rosto para guerra, entre tantas outras formas de artes. Apesar de saber que o desenho estava intimamente ligado ao homem, ela sempre teve um papel fundamental em todos os momentos da sua vida, seja religioso, social, cultural e para a sua sobrevivência. O ensino da arte sempre foi contestado quanto a sua posição como ciência, inclusive chegou a ser englobada em outra disciplina para ter aceitação por parte dos educadores e alunos. Diante dessas inquietações pretende-se estudar as seguintes questões: Como a arte foi tratada durante a história, passando pela história da arte no Brasil e a importância da arte-educação, do ensino e aprendizagem da disciplina, da metodologia aplicada pelo professor, do espaço destinado a artes na escola, o resultado da prática do ensino de artes e a questão de como a arte é importante para a formação do individuo que possibilita a construção de conhecimentos embasados na sensibilidade, na criatividade e na expressividade, e indica um caminho de superação do aprendizado e formar um ser critico e questionador.
 
 07
CAPÍTULO II – O ENSINO E APRENDIZAGEM COM ARTES NA ESCOLA
A arte tem um papel importante no processo de educação do aluno por incorporar sentidos, valores, expressão, movimento, linguagem e conhecimento do mundo em seu aprendizado. A arte é uma linguagem que se manifesta de várias formas, ou seja, pela dança, música, pinturas, esculturas, teatro, entre outras; em todas as suas formas, cabe ao professor ensinar o aluno a expressar suas ideias e sentimentos, isto é, todo individuo sempre tem algo a dizer. O ser humano, desde os primórdios, se expressa de maneiras distintas e única, cada pintura, cada desenho, cada expressão artística seja na dança ou no teatro é único como uma impressão digital do autor, ou seja, aarte é mais do que se expressar, é a identidade do indivíduo. Para Gullar (2006), o mundo que o artista cria parte das suas experiências, daquilo que ele consegue enxergar no mundo, na sua cultura. Sendo assim, a arte parte sempre de dentro do indivíduo, trazendo uma bagagem de sentimentos, interesses, valores e conhecimentos. Cada pessoa tem sua própria história e a maneira como ela quer expressar tem que ser despertada, para que assim a arte ganhe forma, seja num passo de dança, numa pintura ou escultura ou em forma de uma bela poesia.
2.1 A HITÓRIA DA ARTE 
A Arte para o homem sempre foi algo importante, como maneira de se expressar, isso é comprovado ao observarmos os homens da caverna, no período pré-histórico. Em um breve resumo vamos começar com a era Paleolítica onde as primeiras formas de artes que foram descobertas foram as pinturas rupestres, nos quais o homem das cavernas contava toda a sua história nas paredes, desde a caça, as mortes, relações entre eles, após isso temos o início do artesanatos na era Neolítica que começa a desenvolver os aspectos sociais, como a religião. Nessa era, começaram a surgir os primeiros utensílios utilizados pela civilização para comer, dormir, caçar, como bacias, lanças afiadas, cerâmicas entre outras. Depois vem a Idade dos Metais, o último período pré-histórico no qual a civilização dá início a produção, transformação e a trabalhar com elementos como cobre, ferro e bronze.
Com o passar dos anos e a evolução eminente das civilizações, vem a escrita para suprir a necessidade de manter registros de natureza econômica e comercial. A primeira forma de escrita foi a cuneiforme, surgida na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., baseada em elementos pictográficos e ideográficos e registada em suportes de argila.
Desde então, temos vários registros de civilizações antigas que vão desde o Egito Antigo à Grécia Antiga que passa também pelas civilizações americanas como Os Maias, Incas e Astecas. Com o passar dos séculos, o conceito de arte foi muito discutido, para os pesquisadores, a arte é uma forma de criação, ou uma forma de imitação.
A arte passou por vários períodos e estilos. A história da arte nos mostra manifestações dos estilos barroco, gótico, romântico, pop, surrealista, entre outros. Após o Renascimento, a arte se dividiu em conceitos, como a pintura, a literatura, a música, a escultura e a arquitetura. Com a chegada do século XIX, a arte passou a ser usada para retratar a beleza. A arte se desenvolveu e evoluiu ao mesmo tempo em que o homem teve acesso a novos tipos de matérias-primas. 
 08 
O principal é sabermos que a arte, desde seus primórdios, teve a função de informar, encantar e expressar sentimentos e 
visões de mundo.
 
2.2- O ENSINO DE ARTES NO BRASIL
A artes veio para o Brasil quando em 1816, D. João VI trouxe a Missão Francesa com o intuito de formar uma Escola de Arte, que teve os seus trabalhos iniciados dez anos mais tarde, mas devido ao custo elevado, eram poucos que tinham a oportunidade de estudar Arte. A partir da década de 1870, período de grandes transformações culturais, o ensino de Arte foi voltado para a formação de desenhistas. Entre 1890 e 1920 predominavam, aqui no Brasil, a cópia de quadros e o desenho geométrico. A partir de 1920, a Arte passa a ser incluída no currículo escolar como atividade integrativa, apoiando o aprendizado de outras disciplinas, porém, os exercícios de cópia são mantidos. Em 1922, com a Semana de Arte Moderna, a Arte-Educação no Brasil teve um grande impulso, com as idéias de livre expressão, trazido por Mário de Andrade e Anita Malfatti que acreditavam que a Arte tinha como finalidade principal permitir que a criança expressasse seus sentimentos e também tinham a idéia de que ela não é ensinada, mas, expressada. Em 1948, o artista plástico Augusto Rodrigues, após saber que uma mostra de arte infantil foi excluída por ter interferência adulta e alguns clichês, resolveu criar a Escolinha de Arte, onde era valorizada a capacidade criadora. A partir dos anos 50, além de Desenho, passaram a fazer parte do currículo escolar as matérias: Música, Canto Orfeônico e Trabalhos Manuais, que mantinham de alguma forma o caráter e a metodologia do ensino artístico anterior. O ensino e a aprendizagem estavam concentrados na transmissão de conteúdos a serem reproduzidos, não se preocupando com a realidade social e nem com as diferenças individuais dos alunos, ou seja, a chamada Pedagogia Tradicional.
O Brasil ainda passou nas décadas de 50, 60 e início da década de 70, pela fase da Pedagogia Nova, que tinha como ênfase a livre expressão e a espontaneidade e pela Pedagogia Tecnicista, onde o aluno e o professor tinham um papel secundário,
tendo como elemento principal, o sistema técnico de organização. Neste período, nas aulas de Arte, os professores enfatizavam um saber construir reduzido dos aspectos 09
técnicos e do uso diversificado de materiais, caracterizando pouco compromisso com o conhecimento da linguagem artística. A Arte foi incluída no currículo escolar, desde 1971, com o nome de Educação Artística, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ainda como 
"atividade educativa" e não como disciplina, sofrendo em 1988, a ameaça de ser excluída do currículo, a partir das discussões sobre a Nova Lei de Diretrizes e Bases: "(...) convictos da importância de acesso escolar dos alunos de ensino básico também à área de Arte, houve manifestações e protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei, que retirava a obrigatoriedade da área". Por não ser uma considerada uma disciplina, a Educação Artística não tinha o "poder" de reprovar nenhum aluno e fazia com que os mesmos não tivessem interesse pela mesma, fazendo com que ela fosse vista como aula de desenho ou “tempo livre” e o professor visto como organizador de festas e eventos na escola, que foi assim até o fim dos anos 90 apesar das novas leis. A partir dos anos 80, passam-se a discutir novas técnicas educacionais, aonde segundo BARBOSA (1994), o ensino da Arte deve seguir o que ela chama de Metodologia Triangular que é composta pela História da Arte, pela leitura da obra de arte e pelo fazer artístico, ou seja, a pessoa que aprende Arte deve saber, não apenas fazer algo, mas, também saber de onde veio aquilo que ela está fazendo, o que levou aquelas pessoas a fazerem aquela obra, para assim, fazerem à leitura da obra, podendo perceber a mensagem o que o artista quis passar através da sua obra. Além disso, ao criarem suas obras artísticas, poderão criar algo que transmita uma mensagem, dando sentido à Arte. Isso não significa que a técnica deva ser deixada de lado, é importante que o aluno venha a conhecê-las para aprimorar cada dia mais o seu trabalho, à sua maneira, sem cópias. Até o surgimento da nova LDB e dos novos PCN's, prevalecia o ensino das Artes Plásticas. Com a LDB de 1996 (lei no. 9.394/96), revogam-se as disposições anteriores e a Arte é considerada disciplina obrigatória na educação básica conforme o seu artigo 26, parágrafo 2° que diz que o ensino de arte constituiria componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, visandoo desenvolvimento cultural dos alunos. Em 2008, com a aprovação da Lei Federal nª 11.769, o ensino de música passou a ser obrigatório, devendo ser ministrado por professor com licenciatura plena em Música, tendo os sistemas de ensino, três anos para se adequarem às mudanças.
2.3- ARTES E EDUCAÇÃO
Atualmente o ensino de Arte está voltado para as disciplinas de Música, Dança, Teatro (Artes Cênicas) e Artes Plásticas Segundo FERRAZ (1993), nas aulas de Arte devem ser trabalhados o mundo do educando, levar em consideração toda a sua bagagem cultural, social, religiosa e étnica, para que possa propicia-lhes contato com as obras de arte, como idas ao museu, teatro, espetáculos de dança, assim desenvolvendo atividades onde o mesmo possa experimentar novas situações, como fazer sua própria obra e assim compreender e assimilar mais facilmente o mundo cultural e estético, compete ao professor um contínuo trabalho de acompanhamento em seus processos de elaborar, assimilar e expressar os novos conhecimentos de arte e de educação escolar dos alunos de Arte, ao longo do curso, e que a avaliação deve estar centrada em todo o processo de ensino-aprendizagem para que o aluno possa transmitir do pensamento à obra concreta. Segundo Ferraz e Fusari a importância da arte é:
 Primeiramente, é a importância devida à função indispensável que a arte ocupa na vida das pessoas e na sociedade desde os primórdios da civilização, o que a torna um dos fatores essenciais de humanização. O fundamental, portanto, é entender que a arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao e conhecerem e ao conhecê-lo. (FERRAZ e FUSARI, 1999, p.15).
Assim podemos observar que a arte é muito mais importante do muitos pensam e não é valorizada como deveria, nem colocada em prática em sala de aula como deveria ser. Vários autores confirmam a importância da arte na vida acadêmica e social do aluno e que devem ser incluídas desde a educação Infantil ao Ensino Médio.
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CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM COM ARTES NA ESCOLA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais em Arte (1997) descrevem, em sua apresentação, que a educação em arte propicia a ampliação da sensibilidade, da percepção, da reflexão e da imaginação. Para o documento, ao conhecer as artes, o aluno poderá se envolver de forma mais criativa com as outras disciplinas. Assim sendo, o ensino de artes está inevitavelmente ligado as outras disciplinas, contribuindo para o desenvolvimento do aluno e seu senso crítico. Como já foram citados acima, várias formas de contribuição que o ensino de artes traz para o melhor aproveitamento e rendimento dos alunos, pois também os obriga a pensar, debater, questionar o mundo a sua volta.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética que caracterizam um modo propício de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve a sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997
Assim sendo, o ensino de artes é um fazer, é um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma, se expressa. Somos ricos em cultura e podemos aperfeiçoar a arte em toda a sua plenitude, copiando até os grandes artistas como Pablo Picasso. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida a um fim, pode chamar-se artística.
3.1 – METOLOGIA APLICADA PELO PROFESSOR NO ENSINO DE ARTES
Como qualquer matéria, a disciplina de artes deve ser ministrada por um profissional devidamente qualificado para lecionar esta matéria. Porém, uma licenciatura só não faz o profissional. Ensinar artes, vai além de ensinar cores primárias e secundárias, ensinar o nome de vários artistas conhecidos, ver pinturas e imagens numa galeria de artes, é ensinar o aluno a conhecer sua cultura, seu passado,
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 é ensinar a ver e interpretar o que a obra quer dizer, para você mesmo, arte é individual, cada um sabe o que sente ao ver uma pintura, ou uma dança ou uma peça de teatro expressiva. Mas nossos professores estão preparados para tal fato? Dentre várias pesquisas de campo, digo que não. Visitei um colégio renomado no Recreio dos Bandeirantes-RJ, e ao observar por duas semanas as aulas de artes de turmas do infantil ao ensino médio, puder ver que a metodologia aplicada pelo professor continuava a ser desenhos, grafismo, pinturas vazadas e mesmo assim com intuito de datas comemorativas. Mesmo assim, o colégio me surpreendeu com a vasta amplidão no ensino das outras artes como a música, artes cênicas, dança, ballet, sapateado, entre tantas outras aulas oferecidas pela instituição. Segundo Ana Mae o professor tem que estar preparado para oferecer um olhar diferenciado ao ensino de artes:
(…) Antes de ser preparado para explicar a importância da arte na educação, o professor deverá estar preparado para entender a explicar a função da arte para o indivíduo e a sociedade. O papel da arte na educação e grandemente afetado pelo modo como o professor e ao aluno vêem o Papel da arte fora da escola. (Ana Mae Tavares Bastos 1991)
Não só nessa instituição, mas acredito que em várias outras, o ensino de artes dente a ser o mesmo, infelizmente, o ensino de artes vem a ser uma forma de passar para o papel o planejamento feito para matéria, sem o desenvolvimento adequado, basta a aluno se expressar limitadamente com cores e desenhos pré-definidos pelo professor. Então, qual seria a forma correta de lecionar artes? Segundo Ana Mae e Barbosa, o professor tem um papel fundamental de mediador cultural, devem focar na produção, na contextualização, na leitura de imagem, sendo essas ações trabalhadas de forma integrada. No entanto, o mais importante nesse processo é que o aluno venha a desenvolver a capacidade de formular hipóteses, julgar, justificar e contextualizar julgamentos diferentes acerca da imagem e da arte. O professor também precisa aprender a ter esse olhar, a ter o entendimento sobre as diversas formas de arte: 
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É preciso criar em nossos educadores o gosto pelo belo, pela arte, estimulando-os a frequentar museus, galerias de arte, centros culturais, espetáculos de música e dança. Dessa maneira estaremos contribuindo para a democratização do conhecimento e para a formação pessoal do educador que consequentemente, repercutirá na relação estabelecida por ele com seus alunos na qualidade do trabalho pedagógico por ele desenvolvido (DIAS, 1999, p. 188, 189).
O professor não precisa apontar os elementos que compõe a obra, mas mediar para que o aluno descubra sozinho ou conjuntamente com os colegas.
3.1.1 – ESPAÇO DESTINADO A ARTES NA ESCOLA
Há vários espaços destinado ao ensino de artes na escola, para desenhos, pinturas e grafismo temos o ateliê, nesse espaço as crianças têm uma certa liberdade para manusear tintas, pinceis, giz de cera, canetinhas, entre muitos outros materiais disponíveis. Temos a sala de dança, geralmente com espelhos nas paredes e dividida para outras aulas como judô, teatro e aula de música. Vale observar que nem toda instituição de ensino dispõe desses espaços, muitas vezes utilizando a sala de aula ou a quadra para o ensino dessas aulas. É importante que o colégio disponibilize um local para as aulas de artes, para melhor aproveitamentoe expressividade do conteúdo dado, um local onde o aluno sinta-se à vontade e não preso em uma sala de aula, que as paredes, materiais e o próprio local passe ao aluno a liberdade necessária para criar.
3.1.2 – A DANÇA E MÚSICA
Uma das aulas divididas da matéria de artes é a dança. A dança é uma manifestação artística muito presente na cultura dos povos. Ela integra o pensamento, o sentimento e o corpo, por muitas vezes seguidas de ritmos padronizados, onde entra o ensino da música, que atualmente é obrigatório no currículo escolar. Através da dança, o aluno estará desenvolvendo a atenção, a percepção e a cooperação e conhecerá seu o corpo e as suas possibilidades, numa atividade que lhe propicia o uso da criatividade e da espontaneidade. A dança pode acontecer de forma individual ou coletiva, a dança ajuda no conhecimento do corpo, o desenvolvimento motor e para construção da autonomia, 
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quando o aluno toma consciência da sua capacidade de movimento e de suas qualidades individuais. 
 De forma coletiva, a criança poderá desenvolver a interação social, aprendendo a reconhecer semelhanças e diferenças entre pessoas e a respeitar as diversidades. A dança traz, em si, aspectos culturais próprios de um povo. Ela é parte de uma cultura e ao ser devidamente explorada na escola, possibilitará o conhecimento da cultura regional, nacional e de outros povos. A música traz consigo tudo que a dança nos dá. É a partir do som ritmado que conseguimos criar passos traduzidos na forma de dança, a música contribui diretamente no desenvolvimento cognitivo, linguístico, psicomotor e sócio afetivo do aluno, independentemente de sua faixa etária. Assim como o cinema é uma sequencia de imagens, a dança é uma sequencia de movimentos seguidos de batidas ritmadas.
3.1.3 – PINTURAS E DESENHOS
Uma parte muito importante para o processo de ensino-aprendizagem são as pinturas, desenhos e o desenvolvimento do grafismo. Desde a educação infantil o aluno começa a desenvolver a coordenação motora através dos seus desenhos, uma forma instigar a criatividade e explorar vários aspectos do mundo da criança, pois ela vai recriar no papel o seu dia-a-dia, emoções, sentimentos e a partir desse desenvolvimento podemos ver evolução do seu conhecimento:
Quando a criança pinta, desenha, modela ou constrói regularmente, a evolução se acelera. Ela pode atingir um grau de maturidade de expressão que ultrapassa a medida comum. Por outro lado, a criação artística traz a marca de uma individualidade, provoca libertação de tensões e energias, instaura uma disciplina formativa, interna de pensamento e de ação que favorece a manutenção do equilíbrio tão necessário para que a aprendizagem se processe sem entraves, e a integração social sem dificuldades (BESSA, 1972, p. 13).
Assim, o desenho e toda forma de desenvolvimento motor é essencial para o crescimento do aluno. Desenho é uma forma de manifestação da arte, o aluno transfere para o papel imagens e criações da sua imaginação, um papel e lápis de cor traz um mundo de possibilidades nas mãos de uma criança. Além, de toda bagagem cultural que a criança traz consigo ao entrar na escola. 15 
3.1.4 – TEATRO
Desde de pequenos brincamos de ser outra pessoa, assumir um papel de pai, mãe ou professor, ajuda no desenvolvimento da nossa própria personalidade, ajuda a descobrir quem somos ou o quem ou que queremos ser. Dentro da escola o teatro pode ser usado para desenvolver as potencialidades das crianças e as preparando para a vida participando de práticas educativas da qual ele faz parte.
O teatro exige do homem “a sua presença de forma completa: seu corpo, sua fala, seu gesto, manifestando a necessidade de expressão e comunicação.” (PCN - Arte, 1997, p. 57). 
No desenvolvimento da dramatização na escola, é preciso que se leve em conta os níveis de envolvimento que uma criança estabelece com a atividade. A atividade teatral evolui, gradativamente, da espontaneidade para o cumprimento de regras, e do plano individual para uma visão coletiva. Fundamentado em ideias, experiências e sentimentos, o trabalho teatral envolve os alunos na compreensão de si mesmos e dos outros, e no compartilhamento de emoções e valores, pois cada um se expressa através dos personagens vivenciados; 
Pode-se dizer que a criança não se desenvolve plenamente sem fazer a arte do teatro, de uma ou de outra forma a criança representa com o teatro muitas de suas aventuras e assim desenvolve seus conhecimentos e suas habilidades. Por isso “a arte tem sido proposta como instrumento fundamental de educação, ocupando historicamente papéis diversos, desde Platão” (PCN, 1993, p. 83).
O teatro na escola tem a função de integrar, socializar ideias e acima de tudo desenvolver sua aprendizagem de uma maneira lúdica. Desenvolve através da expressão e de suas emoções a arte da interpretação e leva também ao conhecimento de si mesmo e do mundo que o cerca. Então o teatro na educação tem como objetivo criar uma comunicação entre os envolvidos a qual irá assumir vários aspectos, mas sempre com o intuito de transmitir alguma coisa através das expressões corporais e da voz para um personagem e transmitir para que está assistindo.
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3.2 – RESULTADOS DA PRÁTICA DO ENSINO DE ARTES
Com o ensino de artes, os alunos tornam-se pessoas que sabe olhar mais a frente, não se limitando ao obvio, mas podendo ver as inúmeras possibilidades que algo pode ter. Uma obra de arte pode ter vários significados, dizer várias coisas, mas pra quem estudou artes, uma obra de arte expressa o mundo do seu criador e cabe ao espectador enxergar o que o mesmo quis dizer. A arte na escola implica, então, possibilitar novas práticas artes-educativas em que os sujeitos se reconheçam enquanto seres humanos produtores e herdeiros de tudo o que a humanidade produziu e produz, percebendo-se como sujeitos histórico-culturais, além de ter “uma forma de conhecer e representar uma realidade, criando significados” (SANTOS, 2006, p,12). Ninguém se questiona porque é tão importante o ensino de português ou matemática, assim como essas disciplinas são importantes para o desenvolvimento intelectual do aluno, artes é importante para a sua formação intelectual, os resultados dessas aulas é a formação de um indivíduo crítico e questionador. Ao ensinar artes para as crianças, deixamos que ela pense por si mesma, crie, se expresse, incentivamos o pensamento livre, descobrimos seus gostos, aprendemos o que ela sabe e o que carrega consigo em sua bagagem cultural, ela percebe o mundo a sua volta, enfim: 
"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão; é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).
O ser humano evoluiu e levou consigo as considerações a serem exploradas por meios de expressão artísticas. A evolução do homem também se deve a esta necessidade de se expressar como indivíduo ou como grupo. A arte é a resposta e a reação do homem ao meio em que se vive, sendo assim torna-se um dos grandes pilares que sustenta o entendimento do próprio homem. Criando assim, sua própria identidade, deixando sua expressão digital no mundo.
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esse estudo foi feito com base embibliografias e elaboradas a partir de materiais já publicados, sendo livros, artigos e materiais disponíveis na internet. Assim pesquisei de acordo com vários autores e também os que não citei nesse memorial, como por exemplo Vygotsky, apesar de não citar seu nome, sua prática está presente em vários trechos do texto, assim como Paulo Freire, pois ambos falam da importância da arte e sua interação, Piaget também teve forte influência na minha pesquisa fora outros autores acima citados que contribuíram para formação de vários livros e artigos presentes na educação de vários professores perpetuando sua história e seus ensinamentos. Em síntese, considerando-se os limites deste estudo, as orientações e as sugestões, aqui apresentadas, têm o objetivo de contribuir para que o trabalho com artes, na Educação Infantil ao Ensino Médio, possa ser desenvolvido de modo que melhor atenda às exigências da formação do aluno na sua integralidade, como propõem os documentos que estabelecem as diretrizes educacionais para os tempos atuais. Porém, as possibilidades do trabalho com artes para esses níveis de ensino são inúmeras, podendo o professor utilizar de sua criatividade para criar outros recursos para propiciar aos seus alunos o conhecimento e a vivência da Arte, considerando-a como área de conhecimento importante para o desenvolvimento global da criança e como meio eficiente para uma educação mais rica e criativa.
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REFERÊNCIAS 
  https://www.webartigos.com/artigos/o-ensino-de-arte-no-brasil/14770/#ixzz5EeEtGPg5
ÁVILA, M. B.; SILVA, K. B. À. A música na educação infantil. In: NICOLAU, M. L. M; DIAS, M. C. M (orgs). Oficinas de sonho e realidade: Formação do educador da infância. Campinas: Papirus, 2003.
BESSA, Marylda. Artes plásticas entre as crianças. 3 ed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1972.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF. V. 3, 1998
BRASIL. MEC. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais (1ª a 4ª Séries): Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997
MOSQUERA, Juan José Mouriño. Psicologia da arte. Porto alegre: Sulina, 1976.
BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. Editora Perspectiva. São Paulo. 2002
FERRAZ, Maria Heloisa C. de T. e FUSARI, Maria F. de Rezende e. Metodologia do Ensino de Arte. Cortez Editora,1999
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Artes – Ensino de primeira à quarta série. 1997
 STABILE, Rosa Maria. A expressão Artística na pré-escola. FTD, 1988. 
VIGOTSKI, L.S., O desenvolvimento psicológico na infância. Martins Fontes, 1998
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