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Amebíase: Causas, Sintomas e Prevalência

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Amebíase
IB – Zoologia de Invertebrados I
Professora: Lenir Furtado Aguiar
Alunos Matrículas
Nathália Macedo 201317023-6
Laura Martins 201317019-8
Michele da Mota 201317022-8
Jéssica Duarte 201317009-0
Leon Ribeiro 201317014-7
A estatística de casos encontrados 
no território brasileiro
É uma a infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, da família Endamoebidae, do filoSarcomastigophora e classe Sarcodina. Os protozoários desta classe são organismos que se movem e incorporam alimentos por meio de pseudópodes.
Ele habita no intestino humano tanto dos pacientes como dos portadores saudáveis, ou seja, pessoas que, mesmo parasitadas, não evidenciam sinais ou sintomas da doença, porque esse parasito pode atuar como comensal ou provocar invasão de tecidos, originando, assim, as formas intestinal e extra intestinal da doença. 
Amebíase
A amebíase é muito comum nos países quentes, que origina um grave quadro de diarreia - a disenteria amebiana - e, por vezes, provoca a formação de abcessos no fígado ou outros órgãos. Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente ao óbito.
Ele se apresenta em duas formas: cisto (estágio infectante) e trofozoíto (estágio comensal ou invasivo – forma patogênica e que realiza as funções vitais).
 Formas: cisto e trofozoíto. 
Contaminação
É direta, não envolvendo um vetor.   
A amebíase é mais comum em regiões onde as condições de saneamento básico são precárias.
Fontes de infecção:
A principal, ocorre por intermédio da ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros (forma de resistência dos protozoários, adquirida como maneira de proteger-se de condições desfavoráveis do ambiente). 
Raramente na transmissão sexual, devido ao contato oral-anal. 
Por falta de higiene domiciliar, pode facilitar a disseminação de cistos nos componentes da família. 
Por portadores assintomáticos, que manipulam alimentos, são importantes disseminadores dessa protozoose.
O período de incubação ocorre entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos. O período de transmissão da doença, quando não tratada, pode durar anos. 
Vale pontuar que a resistência dos cistos é muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes frescas.
Infecção Assintomática
Quase 90% dos casos são assintomáticos e a infecção é detectada pelo encontro de cistos no exame de fezes.
Infecção Sintomática
É detectada uma colite disentérica que se manifesta de 2 a 4 evacuações, diarreicas ou não, por dia, com fezes pastosas ou moles, podendo conter sangue ou mucos. Cólicas e desconforto abdominal podem surgir e dificilmente febre. Esta infecção é caracterizada por alternância entre períodos silenciosos e manifestação clínica.
As parasitoses intestinais estão entre as infecções mais comuns do mundo, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. 
 
A predominância das parasitoses se concentra em áreas onde o saneamento básico, a água encanada e a noção básica de higiene das pessoas é muito escassa. 
Com a E. histolytica não é diferente, ela também está associada as condições citadas anteriormente, no entanto, ela apresenta ampla distribuição geográfica, sendo encontrada praticamente em todos os países do mundo, ocorrendo com maior frequência em áreas tropicais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos esses fatores, torna essa infecção a segunda causa de morte entre as doenças parasitárias, perdendo somente para a malária. 
Epidemiologia
Em países em desenvolvimento, a prevalência da infecção é alta, sendo que 90% dos infectados podem eliminar o parasita durante 12 meses. 
 
Estima-se que mais de 10% da população mundial está infectada por Entamoeba dispar e Entamoeba histolytica, que são espécies morfologicamente idênticas, mas só a última é patogênica, sendo sua ocorrência estimada em 50 milhões de casos invasivos/ano (população mundial infectada por Entamoeba histolytica apresentam formas invasoras do parasito), havendo 40 mil a 100 mil óbitos anuais. Entretanto o índice de incidência dos casos de infecção é muito variado, isto devido a inúmeros fatores como: condições socioeconômicas e outras. 
No Brasil, a amebíase também constitui um sério problema de saúde pública, apresentando maior prevalência em populações de nível socioeconômico mais baixo e condições precárias de saneamento básico, resultando em altos índices de morbidade. 
Epidemiologia
Epidemiologia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem da população servida por rede de água é menor na zona rural em relação à urbana em todas as regiões do Brasil, com uma diferença de 91,9% para 25,2%. Há também uma menor cobertura de esgotamento sanitário na zona rural em relação à urbana. Em algumas regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), essa cobertura é menor que 60%, inclusive na zona urbana. Isso demonstra que grande parte da população brasileira se encontra em condições facilitadoras para aquisição de enteroparasitoses. 
Epidemiologia
Em vários estados brasileiros tem sido demonstrada elevada prevalência da E. histolytica. Em Manaus (Amazonas), a infecção atinge 6,8% da população; em Fortaleza (Ceará), 14,9% da população de baixa renda, e, em Belém (Pará), 29,5% dos indivíduos residentes na região metropolitana. No estado de Pernambuco, na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais) e em Salvador (Bahia) a ocorrência da E. histolytica é rara, tendo sido identificada somente a E. Díspar. Nas demais regiões brasileiras não há estudos que retratem a prevalência da E. histolytica.
Epidemiologia
O problema não evidencia sinais ou sintomas em praticamente 90% dos casos dos indivíduos parasitados, que passam a pertencer à lista dos portadores saudáveis, nos quais a única manifestação corresponde à presença de quistos do parasita nas fezes. Nos restantes casos, as manifestações costumam evidenciar-se alguns dias ou semanas após o contágio.
A incidência da amebíase é particularmente elevada na maioria dos países tropicais economicamente desfavorecidos. No Brasil a região amazônica tem o maior índice de casos patogênicos.
Embora o oportuno tratamento possibilite superar a patologia e resolver o problema sem que fiquem sequelas consideráveis, ainda há a necessidade de se aplicar medidas educativas para informar às pessoas sobre o risco que uma higiene precária pode trazer para uma família, pois a amebíase continua, infelizmente, a ser perigosa. Calcula-se que a doença provoca a morte de milhares de pessoas por ano.
Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
O maior território Brasileiro se encontra na zona tropical.
O Brasil é um país em desenvolvimento que apresenta sério problema de saúde pública, a sua maior parte da população é de nível socioeconômico baixo e apresentando condições precárias de saneamento básico, resultando em altos índices de morbidade. Isso demonstra que grande parte da população brasileira se encontra em condições facilitadoras para aquisição de enteroparasitoses.
Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
Higiene pessoal: Lavar as mãos não é um hábito muito popular entre os brasileiros. Segundo pesquisa da consultoria inglesa TNS Global Market Research, 89% dos entrevistados não adotam a medida de higiene antes de alimentar crianças, 79% depois de tocar animais, 60% depois de andar em transporte público, 54% antes de preparar alimentos e 51% após usar o banheiro.
Tratamento do Esgoto
 No Brasil 80% do esgoto é jogado nos rios, lagos e outros lugares de onde a água poderia ser usada para consumo, fazendo com que a pouca água que resta seja poluída.
 A maioria dos brasileiros ainda não tem acesso à rede de esgoto, diz IBGE.
Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
Tratamento do Esgoto
(Gráfico mostra o percentual de municípios por Estado que fazem tratamento do esgoto).
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Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
Abastecimento e distribuição de água
 A desigualdade regional também esteve presente, na distribuição de água por rede geral. No Brasil, 78,6% (45,3 milhões) dos domicílios eram abastecidos em 2008, contra 63,9% (34,6 milhões) em 2000.
 Na região Norte, contudo, apenas 45,3% das casas recebiam água via rede em 2008. Em contrapartida, 87,5% dos domicílios na região Sudeste eram atendidos, quase o dobro do percentual do Norte. No Sul, 84,2% recebiam água; no Centro-Oeste, 82%; e no Nordeste, 68,3%.
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Principais motivos da causa de 
Amebíase no Brasil
Abastecimento e distribuição de água
 O IBGE apontou ainda que 61,6% dos municípios brasileiros distribuíam água tratada, 6,2% oferece água parcialmente tratada e 6,6% entrega água sem qualquer tratamento. Piauí (24,3%) e Maranhão (21,8%) têm os maiores percentuais de municípios que não tratam a água.
 O levantamento revelou também que em 1.296 municípios brasileiros ocorriam racionamentos de água, o que representa 23,4% do total. Entre as regiões, as maiores ocorrências eram no Nordeste (40,5%) e Norte (24,9%). Nos Estados, havia mais racionamento em Pernambuco (77,3% dos municípios), Ceará (48,9%), Rio Grande do Norte (46,7%), Amazonas (43,5) e Pará (41,4%).
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Profilaxia
Conclusão 
 Indivíduos que vivem em condições precárias de saneamento básico, de abastecimento de água, de habitação e da falta de hábitos de higiene pessoal e coletiva, são os mais propensos à aquisição de enteroparasitoses.
 As enteroparasitoses constituem um relevante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Como vimos, o Brasil passa por problemas seríssimos em tratamento do esgoto, de água e educação sanitária. Devido a esses fatores, as chances de exposição da população a esta doença aumentam, pois este protozoário está sempre associado a locais sujos, como os esgotos, córregos, lagoas e riachos contaminados, por podem acumular grande quantidade de dejetos e fezes eliminados por pessoas enfermas, bem como o lixo que costuma atrair numerosos insetos e roedores, o que facilita a proliferação desses parasitas. Mesmo com medida profiláticas eficazes, será muito difícil, ou até impossível, extinguir as amebas de um modo geral, em especial a E. histolytica, do cotidiano humano, se o governo não tomar atitudes que ajudem o Brasil atingir condições de saneamento básico adequadas para uma boa qualidade de vida. Mas, contudo é questão nossa, como cidadão e principalmente como membros da área de pesquisa, não medir esforços para o melhoramento das condições de profilaxia e tratamento em particular da amebíase.
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http://jujubadiabetica.blogspot.com.br/2010/08/medico-acompanha-diabetes-via-internet.html
http://www.flickr.com/photos/sabesp/3884337435/
Bibliografia 
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