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Material desenvolvido por Wanderson Junior Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro Instituto De Agronomia Departamento De Solos IA 320 – Pedologia IA321 – Fundamentos da Ciência Do Solo Monitor: Wanderson Junior Aulão P3 – Pedologia Características Morfológicas dos solos Do ponto de vista físico, o solo é um meio poroso, não rígido, trifásico, formado de partículas que possuem complexidade de forma, de tamanho e de estrutura mineralógica. Um solo fisicamente ideal é aquele que apresenta boa aeração e retenção de água, bom armazenamento de calor e pouca resistência mecânica ao crescimento radicular. Gênese dos solos Os solos são oriundos do intemperismo das rochas e posteriormente pela desintegração e incorporação de compostos orgânicos. Intemperismo + atividade biológica = Pedogênese (processo de formação dos solos) Existem reações/processos que transformam o material original, a rocha, no solo. Esses processos são: Intemperismos Físico: fragmentação da rocha matriz, em seus respectivos pontos de fraqueza, devido a sua exposição à agente biológicos e climáticos. Intemperismo químico: alteração dos minerais devido a oxidação, hidrólise, dissolução, hidratação e etc. Material desenvolvido por Wanderson Junior O intemperismo transforma a rocha em um material friável, argilas se formam e devido a infiltração de água, elas são deslocadas em profundidade e ocorre a liberação de íons. Solos residuais ou alóctones: formados no próprio local, pela desagregação e decomposição das rochas. Solos transformados ou autóctones: formados pela deposição de materiais transportados. Importante lembrar que solos antigos são profundos e bem estruturados. Já os solos jovens, não possuem horizontes diagnósticos e expressão de processos pedogenéticos. Textura do Solo Refere-se à proporção relativa das frações granulométricas que compõem a massa do solo. Ao se estudar a textura não se considera a fração orgânica do solo e as partículas de diâmetro maior que 2 mm (esqueleto do solo). O tamanho das partículas não está sujeito a mudanças rápidas, por isso é considerada como uma propriedade básica. Não é alterada por prática de manejo por ter origem no material mineral que formou o solo. A determinação da textura pode ser feita no campo, através do método expedito (estimando as frações de areia, silte e argila) ou em laboratório via análise granulométrica (método quantitativo). O objetivo da análise granulométrica é separar as frações constituintes do solo (areia, silte e argila) de acordo com seu diâmetro. A metodologia de análise consiste em dispersão química e mecânica dos constituintes do solo e separação por peneiramento e sedimentação (lei de Stokes). Importância do estudo da textura do solo Mineralogia do solo – origem, relacionado a rocha matriz. Capacidade de troca de cátions (CTC) – se nos depararmos com uma textura mais arenosa podemos inferir que a CTC daquele solo é baixa ou quase nula, dependendo do percentual de areia. Já se a textura for mais argilosa, podemos inferir que aquele solo tem uma CTC mais alta. Material desenvolvido por Wanderson Junior Área superficial específica – partículas de argila (≥ 0,002) por serem menores tem mais superfície de contato que as de areia ( 2 -0,05 mm). Lembrem do exemplo do giz sendo quebrado. Podemos inferir solos arenosos apresentam baixa CTC e baixa capacidade de retenção de água e elevada porosidade com predomínio de macroporos. Solos argilosos apresentam maior CTC e capacidade de retenção de água com predomínio de microporos. Agregados do solo - O termo “agregados do solo” descreve o resultado de diversos processos biológicos, físicos e químicos que, juntos, promovem a união de partículas. Por meio da interação da atividade microbiana, exsudatos de raízes e matéria orgânica, são formadas pequenas estruturas que possuem um papel importantíssimo na manutenção da saúde de um substrato: os agregados. Estrutura do Solo - Padrão de arranjamento das partículas primárias do solo (areia, silte e argila), em unidades estruturais compostas, denominadas de agregados (Peds), separadas entre si pelas superfícies de fraqueza ou de fraca resistência. Material desenvolvido por Wanderson Junior Estruturas sem agregação (apédicas) - Grão simples: Mínima aproximação das partículas (mínimo de coesão). Maciça: Máxima aproximação das partículas (máximo de coesão). Estruturas com agregação (pédicas) - Os agregados são considerados estádios intermediários entre os extremos, das estruturas grãos simples e maciça. Fatores que afetam a formação e estabilidade dos agregados Textura – argilosa confere estabilidade, já que a argila tem cargas e sua alta superfície específica ajuda na aproximação. Clima – a influência da ocorrência de chuvas ou não Matéria orgânica – agente cimentante, a “cola”. Quantidade e tipo de argila – pensem na Esmectita, Montmorilonita, alta atividade e muito plástica e a depois pensem na Caulinita, argila de baixa atividade e pouco plástica devido as suas ligações de pontes de hidrogênio. Ciclos de umedecimento e secagem – pensem no quando a expansão da argila pode ajudar numa aproximação. Atividade biológica do solo – raízes e microorganismos do solo Vale a pena ressaltar que a matéria orgânica é o principal agente cimentante dos agregados. Para que haja a floculação, a aproximação das partículas, estas devem ter cargas. Lembrem- se das cargas e da superfície específica da argila e o quanto isso influência numa aproximação, já que são partículas muito pequenas, terão mais superfícies de contato, e tem cargas que causam a atração. Porosidade A porosidade do solo pode ser definida como sendo o volume de vazios ou ainda o espaço do solo não ocupado pela matriz (conjunto dos componentes orgânicos e inorgânicos). A porosidade também pode ser considerada como um índice do volume relativo dos poros existentes no solo, ou seja é uma medida de seus interstícios. Os valores da porosidade geralmente variam entre 0,3- 0,6 (30-60%), sendo esta uma medida sem dimensão. Geralmente é apresentada na forma de percentagem do solo que não se encontra ocupada com os componentes sólidos. Material desenvolvido por Wanderson Junior Relacionado a porosidade, podemos afirmar que a fração argila tem maior superfície específica, lembrem do exemplo do giz sendo quebrado em menores pedaços para terem mais pontos de contato, o que acaba conferindo ao solo uma maior microporosidade ao solo caso ela esteja em maior quantidade. Os microporos vão conferir ao solo uma característica de uma maior retenção hídrica. Através desta informação agora entendemos o motivo do solo argiloso tem como característica a retenção hídrica, já que ele tem muitos microporos. No outro extremo temos os solos arenosos, nos quais os macroporos estão presentes em grande quantidade. Daí o porque dos solos mais arenosos não reterem água (a água se infiltra facilmente e com a mesma facilidade sai do sistema solo). Densidade A densidade do solo é a relação entre a massa do solo e o volume que este ocupa. A densidade das partículas é a relação entre a massa das partículas e o volume que estas ocupam. A densidade das partículas também é designada de densidade real, peso do volume de sólidos, massa específica real e peso específico real. Diferentemente da densidade das partículas, a densidade do solo considera o volume de vazios, os quais se apresentam preenchidos de ar e água, por isso os valores de densidadedo solo são sempre menores que da densidade das partículas; ao se considerar o volume de vazios, aumenta- se o valor do denominador na formula. A importância da determinação da densidade do solo reside no fato de que, além desta ser importante nos cálculos de conversão de massa para volume, a densidade do solo serve como um índice para a avaliação das condições do solo para o desenvolvimento das plantas e algumas propriedades do solo como: drenagem, porosidade, condutividade hidráulica, permeabilidade ao ar e água. Material desenvolvido por Wanderson Junior ms = massa de solo seco Vs = volume de solo Vt = volume total (água, ar e partículas) SUPERFÍCIE ESPECÍFICA A superfície específica pode ser definida como a relação entre a área de uma partícula e o seu massa ou volume. A superfície específica aumenta com a diminuição do tamanho da partícula. Esta característica explica porque partindo-se de um mesma massa de argila, areia e silte, constata-se maior superfície para a amostra de argila. Consistência do Solo A consistência do solo é usualmente definida como um termo para designar a manifestação das forças físicas de coesão e adesão agindo dentro do solo em diferentes conteúdos de umidade. Quando a concentração do solo no sistema solo água torna-se grande o suficiente para que a massa não mais flua livremente, as forças de coesão e adesão surgem. O solo é então dito como tendo certa consistência. Portanto quando se estuda a consistência do solo está se estudando os fenômenos de superfície entre as partículas do solo. As forças de coesão se dão entre duas superfícies líquidas ou duas sólidas e esta será maior quanto maior for o número de superfícies de contato entre as partículas. O gráfico abaixo podemos identificar as faixas de consistência e as relações com as forças de coesão e adesão. A adesão é a força de atração na interface sólido-líquido, ocorrendo entre partículas sólidas, quando algumas estão revestidas por películas líquidas e outras não, ou entre partículas sólidas revestidas por películas líquidas e a superfície seca de objetos estranhos a solo. Material desenvolvido por Wanderson Junior Fatores que afetam a consistência do solo Matéria Orgânica – é um matéria que tem como característica a retenção hídrica. Natureza dos minerais – rochas ácidas geram solos ácidos (ricos em quartzo principalmente), logo, pouca retenção hídrica. Rochas básicas geram solos mais básicos (ricos em minerais ferromagnesianos) conferindo uma adsorção de água. Estrutura do Solo – arranjo das partículas primárias do solo (areia, silte e argila) que está diretamente atrelado a porosidade. Importância e relação com o solo e as plantas O fator mais importante do conhecimento da consistência do solo em termos agrícolas é interpretação que se pode obter com relação à melhor época de mobilização do solo. A consistência friável representa a melhor condição para se trabalhar o solo, pois a coesão entre as partículas é mínima e os agregados do solo conseguem manter com maior facilidade sua integridade quando revolvidos por implementos agrícolas. O estado friável ou ponto de sazão é que, tanto no estado tenaz como plástico e pegajoso, a densidade do solo é afetada de forma negativa, ou seja, ocorre um processo de compactação do solo. Horizontes e perfil do solo Horizontes são subseções do perfil do solo, aproximadamente paralelas a superfície do solo, que apresentam características morfológicas e atributos físicos, químicos e mineralógicos suficientemente distintos para individualizá-las segundo critérios morfogenéticos. Material desenvolvido por Wanderson Junior Camada: é distintivo para uma seção do solo que se diferencia das demais em seus atributos morfológicos em função das características do material herdado em contraposição aos horizontes que se diferenciam em função dos processos pedogenéticos. Diferença básica entre horizonte e camada: horizonte já sofreu mais ação do intemperismo, foi “mais desgastado”. Já o que se denomina camada, se caracteriza mais por características provenientes da rocha matriz, tendo assim sofrido pouca ação dos agentes intempéricos. Perfil do solo É a sequência descrita em um corte vertical de um solo, expondo suas camadas (baixo grau de desenvolvimento) ou horizontes (elevado grau de desenvolvimento), devido a influência dos fatores e mecanismos diferenciados na superfície terrestre. Principais horizontes e camadas no perfil do solo O - Horizonte ou camada superficial de cobertura, de constituição orgânica, sobreposto a alguns solos minerais, podendo estar ocasionalmente saturado com água. H - Horizonte ou camada de constituição orgânica, superficial ou não, composto de resíduos orgânicos acumulados ou em acumulação sob condições de prolongada estagnação de água, salvo se artificialmente drenado. A - Horizonte mineral, superficial ou em sequência a horizonte ou camada O ou H, de concentração de matéria orgânica decomposta e perda ou decomposição principalmente de componentes minerais. (ferro, alumínio e argila). E - Horizonte mineral, cuja característica principal é a perda de argilas silicatadas, óxidos de ferro e alumínio ou matéria orgânica, individualmente ou em conjunto, com resultante concentração residual de areia e silte, constituídos de quartzo ou outros minerais resistentes e/ou resultante descoramento. B - Horizonte subsuperficial de acumulação de argila, Fe, Al, Si, húmus, CaCO3, CaSO4, ou de perda de CaCO3, ou de acumulação de sesquióxidos; ou com bom desenvolvimento estrutural. C - Horizonte ou camada mineral de material inconsolidado sob o solo, relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, a partir do qual o solo pode ou não ter se formado, sem ou com pouca expressão de propriedades identificadoras de qualquer outro horizonte principal. R - Camada mineral de material consolidado, duro, que constitui substrato rochoso contínuo, ou praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e estreitas fendas que pode apresentar. É a sequência descrita em um corte vertical de um solo, expondo suas camadas (baixo grau de desenvolvimento) ou horizontes (elevado grau de desenvolvimento), devido a influência dos fatores e mecanismos diferenciados na superfície terrestre. Material desenvolvido por Wanderson Junior Fatores de formação do solo Material de origem - A natureza do material de origem influencia diretamente nas suas características como cor, mineralogia, textura, armazenamento de água, percolação no perfil e nutrição vegetal (CTC). - A composição química e mineralógica influencia o intemperismo químico e a vegetação natural. - Os materiais de origem podem formar no local (manto residual intemperizado da rocha) ou podem ser transportados do local onde se formaram para serem depositados em outro lugar. (lacustre, fluvial, marinho, coluvial e eólico) - Em ambientes úmidos a decomposição incompleta pode fazer com que certos materiais orgânicos se acumulam a partir de resíduos de muitas gerações de vegetação. - Do ponto de vista geológico as rochas podem ser classificadas em: ígnea ou magmáticas formada a partir de magma fundido solidificado; sedimentares formadas quando os produtos são liberados de outras rochas mais antigas ou quando são desgastadas e depositadas pela água como sedimento que podem se consolidar em uma nova rocha; metamórfica formadas a partir de outras rochas a partir do metamorfismo (submissão das rochas a alta temperatura e pressão interna na Terra, ocorrendo alterações físico-química). Clima - Age intensamente sobre os materiais de origem,determinando a natureza e a intensidade do intemperismo. - Um material derivado de uma mesma rocha poderá formar solos completamente diversos quando em condições diferentes. - Materiais diferentes podem formar solos similares quando sujeitos ao mesmo clima por um longo período de tempo. - Principais variáveis climáticas que influenciam na formação do solo: precipitação e temperatura. - A água é essencial para as principais reações químicas de intemperismo, sendo necessário a penetração no regolito para aumentar a eficiência. - Fatores que determinam a formação do solo influenciado pela precipitação: distribuição sazonal da chuva, demanda evaporativa, relevo local e a permeabilidade do solo. - Água em excesso através do perfil transporta os materiais solúveis e suspensos, carregando as águas de drenagem e diferenciando os horizontes. - A carência de água proporciona a acumulação dos sais solúveis não lixiviados, podendo limitar o crescimento vegetal. (Salinização) - A temperatura é diretamente proporcional a velocidade das reações bioquímicas. - Temperatura e umidade influenciam nos teores de matéria orgânica, devido ao efeito no equilíbrio entre crescimento vegetal e decomposição microbiana. - Aumento de precipitação leva a um aumento dos teores da matéria orgânica e argila, em um ambientes com material de origem, temperatura, topografia e idade. Organismos - Os organismos influenciam o intemperismo bioquímico, a síntese de matéria orgânica, a homogeneização dos perfis, ciclagem dos nutrientes e a formação de agregados estáveis. Material desenvolvido por Wanderson Junior - O efeito sobre a vegetação na formação do solo pode ser percebido comparando-se as propriedades dos solos que estão próximos dos limites entre os ecossistemas de vegetação de pradarias e florestas. - A comunidade microbiana de uma pradaria é dominada por bactéria e nas florestas por fungos devido a faixa diferenciada de acidez no solo, propiciando uma alteração na ciclagem de nutrientes e o modo de agregação das partículas minerais. O horizonte E pode ser devido a ação de ácidos orgânicos decompostos pelos fungos em florestas e comumente ausente nas pradarias. - A capacidade da vegetação de acelerar a liberação e extração de nutrientes dos minerais influenciam fortemente as características dos solos que sob ela se desenvolvem. Assim a reciclagem de cátions tem grande influência na acidez do solo. - Os animais de grande porte perfuram os horizontes subsuperficiais, trazendo seus materiais para cima. Como seus túneis são geralmente abertos em direção à superfície, acabam facilitando o movimento da água e do ar em direção às camadas inferiores. Em determinadas áreas ocorrem as misturas os horizontes superficiais e subsuperficiais. - Os animais de pequeno porte misturam o solo à medida que os cavam. As minhoca ingerem partículas de solos enquanto e resíduos orgânicos enquanto os cavam, aumentando a disponibilidade de nutriente para as plantas, aumentando a estabilidade dos agregados e a infiltração de água. - A pedoturbação é o processo de desfazer ou neutralizar a tendência de outros processos de formação do solo que acentuam as diferenças entre os seus horizontes, geradas pelos animais. - Ações antrópicas como remoção da mata nativa e a produção agrícola modificam a formação dos solos, desde a irrigação de áreas áridas até a adição de fertilizantes e corretivos. Podemos citar outras atividades como escavação, implantação de fundações, construção de campos de golfe e atletismo, jardins planejados na cobertura de edifícios, que tanto formam como removem o solo. Relevo - Referisse a descrição em termos de diferenças de altitude, inclinação e posição na paisagem, podendo apressar ou retardar as variáveis climáticas. - Encostas íngremes facilita o escoamento superficial das partículas, fazendo com que as taxas de remoção sendo maior que de formação de solo, apresentando perfis poucos desenvolvidos em relação aos solos superiores e inferiores mais planos. - Em canais e depressões a água de escoamento se concentram gerando solos mais desenvolvido mas reduzindo a drenagem e a aeração, diminuindo a decomposição de matéria orgânica e aumentando a perda de ferro e manganês. - A topossequência é uma sequência de diferentes tipos de solos resultado quase inteiramente da influência do relevo, pois estas áreas compartilham com o mesmo material de origem, clima, vegetação e tempo. - Há diferenças de vegetação dependendo do ponto da encosta analisada, devido a condições de umidade do solo e absorção da energia solar em uma determinada paisagem, afetando a formação do solo. - Em muitas paisagens o relevo condicionam a distribuição de materiais de origem residual, coluvial e aluvial. Tempo Material desenvolvido por Wanderson Junior - O tempo de formação começa quando um deslizamento de terra expõe uma rocha ao ambiente intempérico da superfície, a inundação de um rio deposita uma nova rocha ao ambiente em uma várzea, uma geleira derrete e despeja sua carga de detritos minerais, quando o relevo é nivelado para implantação de uma edificação ou uma área é recuperada após disposição final de resíduos. - Um solo jovem ou maduro se refere ao grau de intemperismo e desenvolvimento do seu perfil. O tempo que o solo se forma pode ser medido de acordo com os outros processos de formação. - Há uma interação com o relevo, o clima e a resistência ao intemperismo do material de origem. - Existe correlações entre o desenvolvimento do perfil e o processo de sucessão ecológica, com alterações nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Mecanismo de formação dos solos ou processos pedogenéticos de formação dos solos Processos que fazem com que os materiais de origem se transformam em solos, quando sob a ação integrada desses fatores de formação. Assim as relação entre estes processos com os fatores é possível compreender a estrutura lógica para compreender a relação entre os solos, as paisagens e o ecossistemas em que funcionam. Transformação: Ocorrem quando os constituintes do solo são modificados físico e químico enquanto outros são sintetizados a partir dos materiais percussores. Translocação: Implicam no movimento de materiais orgânicos e inorgânico, vertical ou lateralmente, de um horizonte superior para um inferior, sendo a água o agente translocante mais comum. Adição: Consiste na entrada de materiais de fontes externas para o perfil de solos já desenvolvidos. Perda ou remoção: Remoção ocorridas por lixiviação (materiais solúveis) ou erosão (materiais minerais finos e matéria orgânica). Principais classes de Solos do Brasil Latossolo: Compreende solos constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico (Bw). São solos em avançado estágio de intemperização, muito evoluídos, como resultado de enérgicas transformações no material constitutivo. Os solos são virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários menos resistentes ao intemperismo, e têm capacidade de troca de cátions da fração argila baixa. Variam de fortemente a bem drenados. Material desenvolvido por Wanderson Junior Argissolo: Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade baixa ou com argila de atividade alta conjugada com saturação por bases baixa. Planossolo: Compreende a solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, com horizonte superficial ou subsuperficial eluvial, de textura mais leve, que contrasta abruptamente com o horizonte B ou com transição abrupta conjugada com acentuada diferença de textura do A para o horizonte B imediatamente subjacente, adensado, geralmente de acentuada concentração de argila. Gleissolo:Compreende solos hidromórficos, constituídos por material mineral, que apresentam horizonte glei dentro de 150 cm da superfície do solo, imediatamente abaixo de horizontes A ou E. Cambissolo: compreende solos constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. São solos jovens Neossolos: constituídos por material mineral ou por material orgânico pouco espesso, com insuficiência de manifestação dos atributos diagnósticos que caracterizam os diversos processos de formação dos solos. Apresentam predomínio de características herdadas do material originário. Plintossolo: constituído por material mineral, apresentando horizonte plíntico, litoplíntico ou concrecionário todos provenientes da segregação localizada de ferro, que atua como agente de cimentação. São fortemente ácidos, podem apresentar saturação por bases baixa ou alta (eutróficos), predominando os de baixa saturação. Nitossolo: constituídos por material mineral, não hidromórfico. Presença de horizonte diagnóstico subsuperficial B nítico em sequência a qualquer tipo de horizonte A. Apresentam baixa atividade da argila. BIBLIOGRAFIA IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico de pedologia. 3.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 430p. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias>. Acesso em: 02 de novembro de 2018, 20:19:55. LEPSCH, I. F. 19 lições de pedologia. São Paulo: Oficina de Textos. 2011. 456 p
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