Buscar

Desafio profissional

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Unidade de Guarulhos (SP)
Curso de Letras Português / Inglês
Disciplinas norteadoras: 
Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Língua Brasileira de Sinais; Responsabilidade Social e Meio Ambiente; Didática e Meio Ambiente. 
.
	
 Karina Kelim Leal Barbosa
RA: 6099645395
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA MELHORIA DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO DE ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR 
Tatiane Duarte Conte 
Guarulhos/ SP
2016
Introdução
Abordaremos aqui soluções para integração da criança surda com problemas de comportamento no 5º ano do Ensino Fundamental. Será feito uma política de inclusão com a contratação de um interprete de libras e suas estratégias para o desenvolvimento de acordo com o sistema de normas vigentes e a preparação do corpo pedagógico com metodologias para melhor receber o aluno em sala de aula. O comportamento do aluno será a analisado utilizando medidas que diagnostiquem as dificuldades do aluno em sala de aula será feito uma análise de seus conhecimentos em libras, e em outros conhecimentos específicos para diagnosticas as dificuldades e elabora métodos que melhorem a aprendizagem e os conhecimentos do aluno. 
Outro ponto importante, é o comportamento do professor em sala de aula no ensino da língua portuguesa, que para este aluno surdo, esta será sua segunda língua com metodologias e referências com meios gráficos para a criança aprender como mais facilidade. Abordaremos também orientações e direcionamento de professores para organização e planejamentos das aulas. 
PASSO 01
RESENHA CRÍTICA
REFERENCIA :
QUADROS, Dra. Ronice Müller de O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa, Programa Nacional de Apoio
à Educação de Surdos, Brasília 2002. 59p.
Resenhado por: Karina Kelim Leal Barbosa
O Tradutor Interprete e Suas Diretrizes
Primeiramente devemos lembrar que o tradutor interprete é o profissional mais requisitado atualmente no Brasil, em diferentes níveis de escolarização. Sua competência e responsabilidade tem forte influência na vivencia entre professor e aluno. Sua intermediação tem fatores de grande importância no desenvolvimento do aluno surdo em sala de aula.
Para isso, vamos discutir sobre as diretrizes e sua relação para com o professor em sala de aula.
O tradutor intérprete educacional vem conquistando seu espaço com a lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo decreto nº 5626 de 22 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e posteriormente com a Lei de 1º de setembro de 2010, que regulamenta a profissão de tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, segundo a Lei nº 10.436, no seu artigo 17.
O papel do tradutor interprete é intermediar relações entre o professor, o aluno e seus colegas ouvintes e surdos, com isso, a barreira de comunicação é derrubada dando espaço ao conhecimento. O profissional interprete, deve ser criterioso e prover de grande competência e responsabilidade para que o desempenho do aluno seja adequado as necessidades impostas e determinadas pelo sistema. 
Existem alguns problemas que podem surgir diante de tais intermediações dentre elas, a de confundir o profissional interprete com o professor, ou seja, transferindo a responsabilidade do professor ao interprete, os alunos passam a colher informações dúvidas e questionamentos diretamente com o interprete, o que gera uma sobrecarga no ensino, gerando um baixo rendimento ao profissional interprete e ao aluno, este procedimento é mais evidente no ensino infantil e fundamental pelo fato de a criança ter um primeiro nível de comunicação, elas reconhecem no interprete o personagem principal de seu meio de comunicação com os ouvintes. 
É também de grande importância criar códigos de ética especificas para a atuação do interprete. Existem alguns exemplos do que é considerado antiético, como exigir do mesmo, a função de tutor dos alunos, obter informações a respeito do desenvolvimento do aluno, acompanhar, disciplinar, e realizar atividades gerais extra classe. Estes são recursos negativos e devem ser evitados para não diminuir o desempenho do aluno. 
Para uma melhor interação entre os colegas ouvintes uma solução encontrada é oferecer aos alunos uma vez por semana aula de libras para que os colegas possam interagir entre si, derrubando assim as barreiras da comunicação. Oferecendo uma estrutura de organização pedagógica com recursos visuais para os diversos níveis de conhecimento do aluno surdo e de toda unidade escolar para a recepção do mesmo. 
Para finalizar é importante que todas as pessoas com necessidades especiais busquem seu desenvolvimento para poder exercer sua cidadania, e isto é garantido por lei. A surdez tem sua cura na compreensão de todos os envolvidos e devemos diante de normas, apresentar a socialização dos mesmo na sociedade que vivemos, porque é gratuita, e esses diretos se faz necessário que sejamos livres de preconceitos. 
PASSO 02
Solução de Comportamento da Criança Surda
Um ponto importante a ser lembrado é de que a criança para ter um bom desempenho em sala de aula deve ter um bom domínio da libras e da língua portuguesa e devemos oferecer meio didáticos e visuais que estimulam a criança para obter maior interesse no aprendizado. Oferecer a criança um atendimento educacional especializado para o ensino da língua de sinais, um atendimento especializado em língua de sinais e também o atendimento especializado para o ensino da língua portuguesa.
A qualidade dos recursos visuais são recursos primordiais para melhorar o desempenho do aluno surdo em sala de aula. 
Para haver uma mudança de comportamento do aluno surdo com problemas comportamentais devemos levar em consideração os estudos citados pelo teórico Skinner de que o comportamento é previsível e portanto pode ser controlado, baseando-se no condicionamento via estímulo resposta. 
Existem duas formas de aprendizagem, o condicionamento respondente que é controlado por um estímulo precedente, e o condicionamento operante que é controlado por consequência, estímulos que seguem a resposta. Em sua teoria, quando o aluno apresenta um comportamento inadequado deve-se condicioná-lo a uma ação condicionando o mesmo a uma resposta que é chamado de reforçadores. Podemos usar o reforço positivo que pode ser um elogio oferecer uma atenção, um premio ou alguma atividade que seja do agrado do aluno, ou seja, após o comportamento desejado, uma recompensa é adicionado. Já o reforço negativo, é adicionado quando o comportamento não é alcançado, e após este alcance ser desejado o reforço negativo é retirado para que não acarrete problemas de ansiedade, depressão e/ou baixa alto estima. 
Em sala de aula a repetição mecânica deve ser incentivada porque leva a memorização e o aprendizado. O aluno deve ser punido pelo comportamento não desejado sendo reforçado e incentivando o comportamento desejado com estímulo, repetido até que ele se torne automático ou mecânico. O professor deve criar ou modificar o comportamento do aluno para que o mesmo faça aquilo que o professor deseja. 
PASSO 03
Diferenças Metodológicas Quanto o Ensino da Língua Portuguesa para Ouvintes e Pessoas Surdas
O valor atribuído à gramática no espaço escolar e as práticas desenvolvidas em sala de aula, atribuído pelos professores é aquele que define um conjunto de regras de bom uso da língua que devem ser dominadas a fim de se obter o conhecimento da variedade padrão (escrita e/ou oral).
O processo de ensino de português escrito para surdos, promove estratégias que permitam a aquisição e desenvolvimento da língua de sinais, como primeira língua e, paralelamente, introduzir a língua portuguesa em sua modalidade escrita, considerando-se as possíveis lacunas intervenientes nesse processo que envolve a representação de uma língua oral,desconhecida pela grande maioria das crianças surdas.
A primeira é a modalidade apenas escrita da (língua portuguesa), no qual o acesso aos conteúdos curriculares e informações sobre o mundo estiveram subordinados ao domínio da oralidade pelos surdos. Desvincular o acesso ao conhecimento do domínio da oralidade, concebendo a língua de sinais como um elemento mediador possível nesse processo, representou um avanço significativo na educação de surdos, nos últimos anos.
A segunda premissa a ser repensada implica a superação da dimensão predominantemente lexical adotada nas atuais propostas de ensino de língua portuguesa para surdos, que não lhes oferecem oportunidades efetivas de apropriação da língua em sua integridade gramatical. A insistente priorização do ensino de palavras, reforçou as estruturas típicas e singulares apresentadas pelos surdos em sua produção escrita. 
E, por fim, a articulação entre ações governamentais e não-governamentais a fim de criar uma consciência sobre a necessidade de uma educação linguística diferenciada para os surdos, em escolas especiais e, também, de ensino regular que são o lócus privilegiado de matrícula da grande maioria dos estudantes surdos brasileiros, os quais seguem ignorados em sua diferença em sala de aula, pelos governos, pela sociedade, em situação de exílio em seu próprio país.
PASSO 04
Organização de Aula para Aluno Surdo
Primeiramente devemos ter uma educação renovada com novas funções onde o objetivo proposto deve ser verificar e diagnosticar a melhor medida de ensino aprendizagem do aluno. Os recursos visuais são de grande importância para a compreensão dos conteúdos exigidos, assim como a organização do ambiente de aprendizagem e as explicações do professor é de grande valia para o melhor desempenho do aluno surdo em sala de aula, propiciando assim uma melhor compreensão de todo conteúdo trabalhado e possibilitando aos professores oferecer meios e saberes para aumentar o desempenho da criança em aprender o conteúdo de acordo com seu grau de instrução curricular gerando também maior motivação no decorrer das aulas ensinadas . 
Para termos um melhor direcionamentos quanto a organização, devemos primeiramente oferecer atendimento especializado para o ensino da língua de sinais com grande variedade de recursos visuais e para o bom entendimento do conteúdo curricular oferecendo assim maior segurança, tranquilidade e motivação na aprendizagem . Deve-se ter o diagnóstico da realidade do aluno, suas dificuldades e verificação do real desenvolvimento da criança quanto ao domínio da língua brasileira de sinais. A partir daí, elaborar uma metodologia onde o aluno possa ter desenvolvimento técnico e favorável para assimilar posteriormente outros recursos acadêmicos e suas competências em outras matérias. E também elaborar uma aula de libra para os alunos ouvintes possam se comunicar com o aluno surdo quando for necessário, para isso será reservado uma hora por semana para aplicação da aula. 
E por fim e de extrema importância é a escola ter profissionais especializados para o ensino de língua portuguesa para o aluno surdo. O professor deve ser formado em língua portuguesa e que conheça os processo linguísticos que norteiam o trabalho com uma grande riqueza de matérias e recursos visuais para possibilitar maior assimilação dos elementos da Língua Portuguesa para o aluno surdo. Outro ponto a ser colocado é a não utilização da língua de sinais para o ensino da Língua Portuguesa visto que ambas são línguas distintas e com regras próprias. 
Conclusão
Conclui-se, portanto, que uma estratégia de intervenção para receber um aluno surdo dentro de uma unidade escolar é necessário uma série de recursos que elencam organização estrutural da escola em prol de melhorias e adaptações para melhor receber o aluno surdo. 
Diversas medidas foram tomadas, como uma nova estruturação de ensino com recursos visuais e didáticos focados para o bom entendimento do aluno surdo em sala de aula. A importância do professor interprete em sala de aula assim como seus diretos e deveres e os recursos que devem ser utilizados em salas de aula e a implementação de novas metodologias de ensino para estimular a melhoria de aprendizagem do aluno surdo com problemas comportamentais. 
A inclusão escolar deve envolver o aluno surdo desde a educação infantil até o ensino superior oferecendo meios para que ela possa vencer suas dificuldades exercendo sua cidadania. 
Referências Bibliográficas
Bock AMB, Furtado O, Teixeira MLT. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo (SP): Saraiva; 1999. 
FERNANDES, S.F. Educação Bilíngue para surdos: identidades, diferenças, contradições e mistérios. 2003. 202f. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba 
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Cursos de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2006. 
QUADROS, R. M. de. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Brasília: MEC/SEE, 2004.
VEDOATO, Sandra. C. M. Desafio Profissional de Psicologia da Educação e Teoria da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Língua Brasileira de Sinais; Responsabilidade Social e Meio Ambiente e Didática. [Online]. Valinhos, 2016, p. 01-06. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: junho. 2016.

Continue navegando