Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Resumo de Aulas Títulos das Aulas: 1. Introdução ao curso de DTM 2. Esboço cotado de Poliedros 3. Esboço cotado de peças c/ furos e/ou arcos 4. Vistas necessárias e suficientes (VNS) 5. Desenho definitivo (ou com instrumentos) 6. 1ª VA (1ª Verificação da Aprendizagem) 7. Escalas em DT – VNS a partir de perspectivas 8. Perspectiva isométrica simplificada de poliedros 9. Perspectiva isométrica simplificada de peças c/ furos e/ou arcos 10. Perspectiva Cavaleira 11. Perspectiva isométrica (real) 12. 2ª VA 13. Cortes e seções – Generalidades – Corte total 14. Omissões – Corte parcial 15. Meio-corte – Detalhe ampliado 16. Cortes com desvios (translação, rotação) 17. Vista auxiliar 18. Seções. Corte / seção 19. Elementos Desenho Projetivo (3º Diedro) 20. 3ª.VA Prof. M. Sc. Edson Del Mastro Profª. Helena Setsuko Del Mastro Espíndola Prof.M.Sc. Osni Paula Leite Janeiro de 2012 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 2 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO CURSO DE DTM ........................................................................ 5 1.1 Razão e importância do Desenho Técnico ..................................................... 5 1.2 Conceituação e definição ................................................................................ 6 1.3 Normas Técnicas .......................................................................................... 11 1.4 Relação de materiais e instrumentos ............................................................ 13 1.5 Conteúdo programático e planejamento ....................................................... 14 1.6 Avaliação ...................................................................................................... 14 1.7 Orientações ................................................................................................... 15 1.8 Referências bibliográficas ............................................................................. 16 2. ESBOÇO COTADO DE POLIEDROS ..................................................................... 17 2.1 Definições ..................................................................................................... 17 2.2 As vistas essenciais no 1º. Diedro ................................................................ 18 2.3 Regra da dobradiça ....................................................................................... 20 2.4 Noções do traçado à mão livre ..................................................................... 21 2.5 Desenho Técnico à Mão Livre ou Esboço ..................................................... 22 3. ESBOÇO COTADO DE PEÇAS COM FUROS E/OU ARCOS ................................ 27 3.1 Furos ............................................................................................................. 28 3.2 Arcos ............................................................................................................. 29 3.3 Vistas de objetos simétricos .......................................................................... 30 4. VISTAS NECESSÁRIAS E SUFICIENTES .............................................................. 31 4.1 Conceito ........................................................................................................ 31 4.2 Escolha das vistas ........................................................................................ 31 4.3 Determinação do número de vistas............................................................... 31 4.4 Neste momento do aprendizado do aluno .................................................... 32 5. DESENHO DEFINITIVO (OU COM INSTRUMENTOS) .......................................... 34 5.1 Comentários sobre a distribuição das vistas na folha ................................... 34 5.2 Desenho definitivo a partir de esboço cotado ............................................... 35 5.3 Cálculo da distribuição das vistas no formato A4 .......................................... 36 5.4 Exercícios resolvidos .................................................................................... 43 6. 1ª. VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM (1ª. V. A.) ............................................... 48 7. ESCALAS EM DT – VNS A PARTIR DE PERSPECTIVAS ..................................... 49 7.1 Definições ..................................................................................................... 49 7.2 Observação importante ................................................................................. 49 7.3 Inscrição ........................................................................................................ 50 7.4 Escolha da escala a ser utilizada .................................................................. 50 7.5 Formato da folha ........................................................................................... 50 8. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA DE POLIEDROS ........................... 53 8.1 Conceituação ................................................................................................ 53 8.2 Aplicações ..................................................................................................... 53 8.3 Tipos de perspectivas ................................................................................... 53 8.4 Perspectiva isométrica simplificada .............................................................. 55 8.5 Características .............................................................................................. 55 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 3 3 8.6 Seqüência para fazer a perspectiva .............................................................. 56 8.7 Seqüência completa ...................................................................................... 57 8.8 Seqüência simplificada ................................................................................. 58 8.9 Aplicações ..................................................................................................... 59 8.10 Cálculo da distribuição no formato A4 ........................................................... 59 9. PERSPECT. ISOMÉT. SIMP DE PEÇAS COM FUROS E ARCOS ........................ 60 9.1 Uso do gabarito de elipses (35°16´) – eixos na posição a ............................ 60 9.2 Uso do gabarito de elipses – eixos isométricos nas posições b, c, d. .......... 62 9.3 Falsa elipse ................................................................................................... 63 10. PERSPECTIVA CAVALEIRA ................................................................................... 64 10.1 Definição ....................................................................................................... 64 10.2 Eixos ............................................................................................................. 65 10.3 Ângulos e reduções da perspectiva cavaleira ............................................... 65 10.4 Características .............................................................................................. 65 10.5 Escolher a face do objeto que será plano frontal .......................................... 66 10.6 Perspectiva cavaleira de um sólido de revolução ......................................... 66 10.7 Furos e Arcos nas faces inclinadas .............................................................. 67 11. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA (REAL) ....................................................................68 11.1 Perspectivas isométricas .............................................................................. 68 11.2 Sólidos de revolução em persp. Isométrica .................................................. 69 12. 2ª. VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM (2ª. V. A.) ............................................... 70 13. CORTES E SEÇÕES: generalidades – CORTE TOTAL ......................................... 71 13.1 Generalidades .............................................................................................. 71 13.1.1 Necessidades ............................................................................................... 71 13.1.2 Definição e conceituação ............................................................................. 73 13.1.3 Regras e recomendações ............................................................................. 74 13.1.4 Hachuras ...................................................................................................... 79 13.2 Tipos de Corte .............................................................................................. 82 13.2.1 Corte Total (ou Pleno) .................................................................................. 82 14. OMISSÕES DE CORTE - CORTE PARCIAL .......................................................... 87 14.1 Omissões de corte ........................................................................................ 87 14.1.1 Quais elementos ........................................................................................... 87 14.1.2 Justificativas ................................................................................................. 87 14.2 Corte Parcial ................................................................................................. 90 14.2.1 O que é ......................................................................................................... 90 14.2.2 Variantes ....................................................................................................... 90 14.2.3 Características .............................................................................................. 91 14.2.4 Aplicações .................................................................................................... 92 15. MEIO-CORTE – DETALHE AMPLIADO.................................................................. 95 15.1 Meio-Corte .................................................................................................... 95 15.1.1 O que é ......................................................................................................... 95 15.1.2 Características .............................................................................................. 96 15.1.3 Aplicações .................................................................................................... 97 15.2 Detalhe ampliado .......................................................................................... 97 15.2.1 O que é e onde se aplica .............................................................................. 97 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 4 4 15.2.2 Tipos de detalhe ampliado ............................................................................ 98 15.2.3 Observação Prática ...................................................................................... 98 16. CORTE COM DESVIOS DE (TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO) ................................... 102 16.1 Corte com Desvio de Translação (Corte com Desvio) ................................ 102 16.1.1 O que é? ..................................................................................................... 102 16.2 Corte com Desvio de Rotação (Corte Rebatido) ......................................... 103 16.2.1 O que é e onde se aplica? .......................................................................... 103 17. VISTA AUXILIAR ................................................................................................... 110 17.1 Corte Auxiliar .............................................................................................. 110 17.1.1 Planos principais de projeção, vistas principais .......................................... 110 17.1.2 Planos auxiliares de projeção, Vistas Auxiliares ......................................... 110 17.1.3 Definição e aplicação .................................................................................. 112 17.1.4 Características ............................................................................................ 113 18. SEÇÕES ............................................................................................................... 114 18.1 Seções ........................................................................................................ 114 18.2 Tipos de Seção ........................................................................................... 115 18.3 Características e usos ................................................................................ 116 18.3 Corte x Seção (o que usar?) ....................................................................... 119 19. Elementos Desenho Projetivo (3º Diedro) ............................................................ 123 19.1 Seções ........................................................................................................ 123 19.1.1 O 1º e o 3º Diedro ....................................................................................... 115 19.1.2 Sequência nas Projeções ........................................................................... 116 19.1.3 Rebatimento (posição das vistas) ............................................................... 119 19.1.4 Regras Práticas .......................................................................................... 126 20. 3ª. VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM (3ª. V. A.) ............................................ 128 Referências Bibliográficas gerais ................................................................................... 129 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 5 5 1ª aula INTRODUÇÃO AO CURSO DE DTM OBJETIVOS: Motivar o educando para a aprendizagem de Desenho Técnico. Conceituar e definir o objeto de estudo, sua relação com as normas técnicas e sua aplicação prática. Esclarecer sobre a estratégia ensino-aprendizagem, métodos, materiais didáticos e o critério de avaliação usados neste curso de Desenho Técnico Mecânico. Fazer o planejamento semestral. 1.1 Razão e importância do Desenho Técnico O homem aprendeu desenhar figuras muito antes de aprender a escrever (como também acontece com a criança). Povos primitivos gravaram desenhos, em pedras e paredes de cavernas, de figuras humanas, animais, peixes e objetos que perduram até hoje. (SEREBRYAKOV, YANKOVSKY et PLESHKIN,1960: 7) Fig. 1.1 Pintura Rupestre O Desenho Técnico foi criado pela necessidade de se representar objetos técnicos de maneira CLARA. A linguagem corrente (português, inglês, etc.) se mostrou insuficiente e dúbia para isso. Ele é a linguagem usada entre engenheiros, tecnólogos, técnicos, desenhistas, projetistas, técnicos de processos, preparadores de máquinas, inspetores da qualidade, ferramenteiros, oficiais de manutenção, compradores e vendedores técnicos além de outros profissionais qualificados. “A sala de desenho técnico é muitas vezes o pórtico de entrada da indústria, e mesmo aquele que nunca precise desenhar deve ser capaz de interpretarum desenho e saber quando ele está certo ou errado. Será tido como ignorante o engenheiro que desconhecer esta linguagem.” (FRENCH, 1958: 1) Erros e omissões no desenho (DT) podem comprometer toda a produção de um lote de peças, provocando sua rejeição completa ou retrabalho - acarretando prejuízos. O que é muito grave, pois hoje não são raros lotes entre 10.000 e 50.000 peças. Devido a isso o DT é o documento técnico de maior importância para definição das características do objeto e de responsabilidades (nomes e assinaturas de quem projetou, desenhou, copiou, revisou e aprovou – com datas). Dentro da empresa, cada profissional ou setor Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 6 6 que recebeu o desenho, com a data da última modificação, também deve assinar um livro que fica em poder dos responsáveis pela execução do desenho. “..., na realidade ele (o desenho) está em primeiro lugar e é acima de tudo fundamental para os fins de uma concepção e realização corretas de qualquer mecanismo.” (MANFÉ, POZZA e SCARATO, 1977: 183) “A razão inquestionável por que a expressão gráfica é tão extremamente importante é que ela é a linguagem do projetista, do técnico e do engenheiro, utilizada para se comunicar projetos e pormenores de construção a outras pessoas. Um engenheiro,(...)seria completamente ineficaz sem um domínio da expressão gráfica, simplesmente porque todos os esforços para transmitir projetos a outras pessoas fracassariam miseravelmente.” (FRENCH e VIERCK, 1989: 7) 1.2 Conceituação e definição Em primeiro lugar, o DT é uma linguagem gráfica universal. “(...), dentro deste plano, que considera o desenho como uma linguagem, a linguagem gráfica internacional do mundo industrial com suas várias formas de expressão, sua gramática, seus estilos”. (FRENCH, 1958: VII). Analisando a citação acima, podemos interpretar „suas várias formas de expressão‟ como os recursos de representação (vistas principais, vistas auxiliares, detalhes, cortes, etc.) e as formas de apresentação (desenho de detalhes, de montagem, de operações, perspectiva, peça em bruto, produto acabado – em formato separado, formato único etc.); „sua gramática‟ como sendo as normas de desenho (abaixo referidas). E, „seus estilos‟ como sendo a maneira própria que cada desenhista ou o projetista se utiliza daqueles recursos de representação e das formas de apresentação disponíveis, com observância das normas. De maneira semelhante um escritor segue as regras gramaticais mas tem seu estilo característico, sua marca pessoal. Portanto, como toda linguagem, o desenho técnico é uma técnica e também uma arte. Quanto à representação da forma (seu quesito mais característico), o DT usa uma fonte teórica única: tira seus fundamentos da GEOMETRIA DESCRITIVA, uma disciplina aplicada da MATEMÁTICA. É o „método mongeano de projeção‟ que deve o nome ao seu criador Gaspard MONGE (1746 – 1818) (LAROUSSE, 1995: v17-4051), (BARSA: 1978, v15-361) (idem, v7-12). Essa base teórica comum está caracterizada nas normas internacionais ISO 128- 1982 Technical drawing – General principles of presentation e IS0/DIN 129.1-2004 Technical drawings – indication of dimensions and tolerances – part 1: General principles Essas normas têm sido repassadas quase que integralmente para as normas nacionais dos diversos países membros (o Brasil, através da ABNT, é país membro da ISO desde sua criação em1947).1 1) Outras normas ou recomendações ISO referentes a DT ou para inscrição nele: ISO/R 1219 e DIN-ISO 1219 simbologia pneumática e hidráulica; ISO/R 406 inscrição de tolerâncias linear e angular (em desenhos); ISO 1302 Desenho técnico – método de inscrição de textura superficial em desenhos (conf. ISO/R 468 Textura superficial e símbolos); ISO 2162 Desenho técnico – Representação de molas; ISO 53 Cremalheira de referência para engrenagens cilíndricas; ISO 53 Módulos para engrenagens cilíndricas; ISO/R 1340 Engrenagens cilíndricas – informação a ser dada ao fabricante (no desenho); ISO 1341 idem para engrenagem cônica reta; ISO 2203 Desenho técnico – representação convencional de engrenagens; ISO 1328 Sistema ISO de precisão para engrenagens cilíndricas à evolvente (inclui as classes de qualidade para engrenagens). Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 7 7 As informações do DT pretendem ser CLARAS, e senão completas, as necessárias e suficientes para o objetivo proposto ou a qualidade exigida. Isto é, para um mesmo objeto (peça ou conjunto) podem-se fazer desenhos diversos com objetivos diferentes. “Instruções claras, inequívocas, devem ser transmitidas pelos desenhos...” (MAGUIRE; SIMMONS, 1982: 9) Portanto, poderíamos defini-lo assim: “Desenho técnico é uma linguagem gráfica internacional que representa com clareza o objeto em sua forma2, dimensões, material e demais quesitos técnicos3 com informações necessárias e suficientes para a função a que se destina (p. e., fabricação, alteração, manutenção, montagem, expedição, etc.)”. Vide nas próximas páginas exemplos de desenhos projetivos (ER-24-02 e ER-24-04) e desenho não projetivo (esquema pneumático: Fig. 1.2 e elétrico Fig. 1.3). 2) Esta definição se refere ao desenho projetivo que é o usado em DTM. Existe também o desenho técnico não projetivo “desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que o constituem e o que é por ele representado” (NBR 10647, 1, ABR/1989), como os diagramas, esquemas, ábacos, normogramas, organogramas, fluxogramas – também considerados como sendo DT, conforme esta norma. 3) Incluem-se nesses demais quesitos técnicos, p. e., tolerâncias dimensionais (obrigatório), tolerâncias geométricas, rugosidade superficial, tratamentos superficiais, tratamentos térmicos, características mecânicas, elétricas, magnéticas, óticas ou outras informações – que só serão especificadas quando necessário. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 8 8 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 9 9 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 10 10 Fig.1.2 Exemplo de Esquema Pneumático Fig.1.3 Exemplo de Esquema Elétrico Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 11 11 1.3 Normas técnicas Observação inicial: as normas, mesmo quando modificadas, em geral mantém seu código alfa-numérico. Então é necessário ficar atento à sua última data (mês/ano). As normas técnicas mais importantes para nosso estudo são as normas brasileiras (ABNT) para desenho e com as quais trabalharemos oportunamente. São elas pela ordem numérica: NBR 8196 – Emprego de escalas em desenho técnico; NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenho técnico; NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas – Largura das linhas; NBR 8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos; NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos; NBR 10067 – Princípios gerais de representaçãoem desenho técnico – vistas e cortes; NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões; NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico; NBR ISO 10209-2 – Documentação técnica de produto – Parte 2: Termos relativos aos métodos de projeção; NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; NBR 10647 – Desenho técnico – Norma geral; NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico; Além destas normas específicas de desenho técnico, outras da ABNT freqüentemente são usadas pelos profissionais da área de desenho: NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes NBR 6371 – Tolerâncias gerais de dimensões lineares e angulares NBR 6405 – Rugosidade das superfícies NBR 6409 – Tolerâncias de forma e tolerâncias de posição. Na falta de norma brasileira para um determinado assunto, poderemos usar norma ISO (internacional) ou ainda norma DIN (alemã) – esta, muito usada no Brasil e considerada uma das melhores do mundo. Em conseqüência, têm sido umas das principais referências para a feitura das normas ABNT e ISO. Por outro lado, amiúde temos que consultar outras normas porque estão referidas em desenhos oriundos de outros países ou blocos econômicos4, ou ainda, assuntos que tradicionalmente o mercado nacional usa determinada norma (p.e., Correias “V” – que, no Brasil, só existe com norma americana). Relacionamos abaixo alguns dos principais institutos de normalização que mais de perto dizem respeito às engenharias mecânica e de produção: o A2LA – American Association for Laboratory Accreditation 4) O Brasil tem o maior número de montadoras (de automóveis) do mundo – nenhuma brasileira. Conseqüentemente os fornecedores (empresas de auto-peças) têm que seguir as normas usadas nesses desenhos. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 12 12 o ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (BRA) o AFNOR – Association Française de Normalisation (FRA) o AGMA – American Gear Manufacturers Association (USA) o AIIE – American Institute of Industrial Engineers (USA) o AISI – The American Iron and Steel Institute (USA) o ANSI – American National Standards Institute (USA) o API – American Petroleum Institute (USA) o AREA – American Railway Engineering Association o ASHRAE – American Society of Heating, Refrigerating & Air-Conditioning Engineers (USA) o ASME – American Society of Mechanical Engineers (USA) o ASQ – American Society for Quality Control (USA) o ASTM – American Society for Testing and Materials (USA) o ASTME – American Society of Tool and Manufaturing Engineers o AWS – American Welding Society (USA) o BSI – British Standards Intitution (GBR) o CEN – Eurofile-Europe Harmonized Standards o CMN – Comitê Mercosul de Normalização o DIN – Deutsches Institut für Normung (DEU) (antigo: Deutsche Industrie Norm)5 o GOST – normas russas o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (BRA)6 o ISA – Instrument Society of America (USA) o ISO – International Organization for Standardization o JIS – Japanese Industrial Standards (JPN) o MSS – Manufactures Standardization Society of the Valve & Fittings Industry (USA) o NACE – National Association of Corrosion Engineers (USA) o SAE – Society of Automotive Engineers (USA) o UNI – normas italianas. 5) Expressão (apelido) usada por muitos alemães (inclusive no Brasil) que assim se regozijam da excelência de suas normas: Das Ist Norm (isto é norma!) 6) O IPT, localizado na cidade universitária da USP (cidade de São Paulo) – em frente da EPUSP, dispõe de normas técnicas dos principais organismos normativos nacionais e internacionais, assim como as normas históricas de todas as coleções do acervo, no que é considerado uma das maiores bibliotecas de normas da América Latina. Para outras normas ou informações, consulte: Citec - Centro de Informação Tecnológica T +55 (11) 3767 4042 F +55 (11) 3767 4081 normas@ipt.br Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 13 13 1.4 Relação de materiais e instrumentos Em todo curso de desenho (DT) deve-se aprender executar e ler desenhos á mão livre e com instrumentos. No entanto, a relação de instrumentos abaixo é meramente circunstancial, apesar de necessária. Eles (os instrumentos) são vários e as normas de desenho não os particularizam7. Obs.: se você já tinha itens desta relação, mesmo que não especificados, discuta com o professor o possível aproveitamento dos mesmos. lapiseira 0,5 mm com grafite 0,5 HB lapiseira 0,3 mm com grafite 0,3 HB ou F compasso (TRIDENT Mod.9000 ou similar) régua “T” X cm par de esquadros (45 e 60) sem escala - acrílico cristal - 3 mm x 32 cm régua milimetrada – 300 mm - acrílico cristal - incolor gabarito de furos – em milímetros (TRIDENT D1 ou D2) gabarito de elipses - 35 16‟ – em milímetros (TRIDENT D4 ou D24) borracha mole ou plástica lápis borracha fita adesiva transparente flanela para limpeza pasta tipo “polionda” – espessura aprox. 6 cm (ou outra melhor) 50 folhas formato A4 com legenda “FATEC” caderno de caligrafia técnica (20 folhas) paquímetro universal 150mm (pode ser de plástico) Apostilas de DTM1. Tesoura sem ponta 7) Apesar de existirem normas de construção para a maioria desses instrumentos, a norma geral de desenho (NBR 10647/1988 será subst. Pela NBR ISO 10209-1) só diz que, quanto ao grau de elaboração, ele pode ser: esboço, preliminar e definitivo; quanto ao material empregado: lápis, tinta, giz, carvão, etc.; quanto à técnica de execução: manual, à mão livre, com instrumento, à máquina. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 14 14 1.5 Conteúdo programático e planejamento semana Título da aula data pág. 1ª Introdução ao curso de DTM 2ª Esboço cotado de poliedros 3ª Esboço cotado de peças c/ furos e/ou arcos 4ª Vistas necessárias e suficientes (VNS) 5ª Desenho definitivo (ou com instrumentos) 6ª 1ª Verificação da Aprendizagem (1ª V.A.) 7ª Escalas em DT. VNS a partir de perspectivas 8ª Perspectiva isométrica simplificada de poliedros 9ª Perspectiva isom. simpl. de peças c/ furos e/ou arcos 10ª Perspectiva Cavaleira 11ª Perspectiva isométrica (real) 12ª 2ª V.A. 13ª Cortes e seções: - generalidades; corte total 14ª Omissões de corte; corte parcial 15ª Meio- Corte; Detalhe ampliado 16ª Cortes com desvios (translação, rotação) 17ª Vistas auxiliares – Corte Auxiliar 18ª Seções. Corte ou seção: o que usar 19ª 3ª V.A. 1.6 Avaliação A avaliação será contínua e pretende verificar em que medida o aluno atingiu os objetivos instrucionais dos respectivos conteúdos programáticos. Assim os exercícios extra-classe (semanais) verifica a aprendizagem das aulas da última semana8. As VAs (Verificação da Aprendizagem – feitas em classe) avalia sobre as aulas das 5 últimas semanas. Num e noutro caso as avaliações subentendem os conhecimentos anteriores já que os problemas propostos, em geral, exigem solução completa. Haverá um retorno em tempo hábil com os erros corrigidos desses exercícios. As avaliações serão feitas através dos seguintes instrumentos, datase valores: Exercícios extra-classe ..................... semanais (~19) ..................... média = 2,5 pontos 1a. VA .................................................. 6ª. semana .......................................... 2,5 pontos 2a. VA .................................................. 12ª. semana ........................................ 2,5 pontos 3a. VA .................................................. 19ª. semana ........................................ 2,5 pontos Totalizando ..................................................................................................... 10,0 pontos Os exercícios extra-classe deverão ser entregues até o início da próxima aula (+15 minutos). Podem ser entregue antes (p/ qualquer pessoa da Equipe de Desenho, que o colocará no escaninho correspondente). Não serão aceitos exercícios fora do prazo. Evite atrasar ou faltar, mas se isso for ocorrer pode-se encaminhar o exercício por outra pessoa. Aluno em trânsito pode mandar por e-mail: destec@fatecsorocaba.edu.br e até mesmo sanar sua dúvida no mesmo e-mail. No preenchimento da legenda não deixe de anotar: seu nome em “desenho”; o nome de quem projetou em “projeto” (se não sabe, 8) Além dos exercícios extra-classe serão recolhidos oportunamente alguns exercícios feitos em classe (~4) que serão computados na média dos exercícios. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 15 15 ponha o nome do professor); na última linha, o dia da semana de sua aula e o turno (p. e.: quarta-manhã; quinta-noite; etc.). TOTAL DE PONTOS RESULTADO 10 a 6 Promovido 5,9 ou menos Retido Qualquer Retido (faltas > 20) Ensino-aprendizagem - É um caminho de duas mãos. Isto é, não adianta o professor querer ensinar se o aluno não quiser aprender (motivação e interação). O aluno tem que fazer sua parte. - A inteligência pragmática precede a inteligência teórica (PIAGET). As pessoas aprendem mais facilmente começando pela prática, por exercícios. - Deve ser ministrada em doses homeopáticas, com doses de reforço. Estratégia Nossa estratégia para o ensino-aprendizagem se baseia em dois pontos principais: 1 Em classe: exposição do professor com RAV9 (20/30 min. – no início da aula) seguida de exercícios feitos em classe, com assistência. Algumas vezes haverá mais uma exposição na parte final da aula para um assunto complementar ou para discutir um exercício a ser feito em casa. 2 Extra-classe: exercício semanais, com assistência se necessário10. 1.7 Orientações Aluno interessado em aprender é aquele que, em princípio, não falta, não atrasa, traz os materiais necessários, participa ativamente das aulas (prestando atenção, tirando dúvidas, fazendo colocações, realizando os exercícios com presteza e capricho) e faz, conscientemente, os exercícios extra-classe. Os exercícios extra-classe são uma oportunidade para tirar dúvidas e reforçar a aprendizagem. O aluno tem uma semana para isso, mas não deve deixar para o último dia. Assim terá tempo de consultar alguém da Equipe de Desenho se surgirem dúvidas. Além das consultas, a sala de desenho (+ recursos didáticos) pode ser usada naqueles horários para a realização de exercícios. Faltas - Não falte sem necessidade. Anote suas faltas e cuide-se quanto a isso. Os professores não informarão sobre o número de faltas e não as justificarão em hipótese nenhuma. Faltas justificáveis e abonáveis (para os casos previstos em lei) deverão ser encaminhadas para a seção de alunos (com documentos comprobatórios). O professor não entrará no mérito dessa questão. 9) Recursos Áudio Visuais 10) Os professores da área de desenho desenvolvem suas aulas na mesma sala P4-S7 (há mais auxiliaries docentes e estagiários que normalmente ficam na Sala de Apoio à Computação Gráfica, P7-S9) para um total de 12 turmas (DTM – 1 e 2 nos diversos cursos e turnos). Portanto, de 2ª a 6ª feira nas 3 primeiras aulas da manhã e nas primeiras da noite pode-se consultar 1 professor (o programa e o material didático está unificado). Há mais 2 horários de aulas pela manhã e horários de estagiários a tarde. Consulte o quadro de horários do lado externo da sala de apoio (P7-S9). Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 16 16 Atrasos – Qualquer trabalho desenvolvido em grupo necessita de pontualidade. No nosso caso o atraso é particularmente danoso: a) interrompe a exposição do professor – prejudicando todos e b) perde parcialmente a explicação – prejudicando a si próprio. Após os 10 minutos iniciais faz-se uma chamada e o aluno ausente já terá uma falta. No final da 3ª. Aula haverá outra chamada. Organize-se para poder estudar! O sucesso da vida estudantil depende muito mais de trabalho e organização do que normalmente se imagina. Organize seus materiais (apontamentos, livros, apostilas, etc.), calendários, datas, endereços, telefones, etc. de tal sorte que estejam à mão quando for usá-los. Planeje quando e aonde estudar e fazer os exercícios. Organize seu local de estudo com móveis e materiais necessários e cuide, no possível, que ele seja adequadamente iluminado, seco, arejado, silencioso, isolado. - Sucesso! 1.8 – Referências bibliográficas ABNT – Coletânea de normas técnicas para DESENHO TÉCNICO. Elaboração: LANÇAS, S. Y. S.; Orientação: DEL MASTRO, E. Sorocaba. FATEC-SO. 2005. BARSA – Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica editores ltda., 1978. FRENCH, T. E. Desenho técnico. Porto Alegre: Globo, 1958. FRENCH, T. E. e VIERCK, C. J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. São Paulo: Globo, 1989. LAROUSSE CULTURAL Grande enciclopédia. São Paulo: Nova Cultural, 1998. MANFÉ, G., POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho técnico mecânico – curso completo. vol. 1. São Paulo: Hemus, 1977. MICELI, M. T.; Desenho Técnico Básico. 2ª. Ed. Revisada. Rio de Janeiro: Ed. Ao Livro Técnico, 2004. SEREBRYAKOV, A., YANKOVSKY, K. et PLESHKIN, M. Mechanical drawing. Moscow: Peace Publishers, 1960. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 17 17 2ª aula ESBOÇO COTADO DE POLIEDROS11 OBJETIVOS: fazer esboço cotado em vistas essenciais (3) de objeto poliédrico de média complexidade12, no 1º diedro13, a partir de modelo real. 2.1 Definições Sólido: Porção de espaço limitado por superfícies rígidas. Corpo que tem 3 dimensões e é limitado por superfícies fechadas. Poliedro: Sólido limitado por polígonos planos. Sólido limitado por superfícies planas. Pode ser: Côncavo ou convexo; Regular ou irregular. Poliedro regular: poliedro convexo cujas faces são polígonos regulares iguais e cujos ângulos sólidos são todos iguais. São só 5: tetraedro (4 triângulos eqüiláteros); hexaedro (seis quadrados); octaedro (8 triângulos eqüiláteros); dodecaedro (12 pentágonos); icoxaedro (20 triângulos eqüiláteros). 2.1 Poliedros regulares e suas planificações Poliedro irregular: Todos os infinitos poliedros possíveis exceto os 5 regulares. Esboço: (uma definição da ABNT) “Representação gráfica expedita. Aplicada habitualmente aos estágios iniciais da elaboração de um projeto podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obra.” (NBR 10647, 1988: 2) Nossa definição: Esboço: desenho técnico, geralmenteà mão livre, com material, cotas e outras informações necessárias para a construção do objeto. Rápido e de baixo custo, é usado como desenho preliminar ou para a produção unitária ou de pequenos lotes de peças. Muito usado em manutenção. 11) Nos referimos especialmente aos poliedros irregulares. Muitas peças em mecânica são desse tipo. E, se modificadas através de furos diversos (portanto, já não poliedros), se constituem em boa parte das peças usinadas usadas em mecânica. 12) Aqueles cujo número de cotas (necessárias e suficientes) seja de 8 a 12 (classificação interna da disciplina). 13) Neste curso de DTM –1 foi usado exclusivamente o método mongeano de projeções, no 1º diedro. Doravante este dado será omitido. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 18 18 Modelo real: objeto tridimensional sólido (peça) para manuseio direto do aluno. É um recurso didático que possibilita quatro tipos de conversões em DT14 e inúmeros exercícios. Muito usado em nosso curso (principalmente no início), objetivando um rápido aprimoramento do senso espacial do educando. 2.2 As Vistas essenciais (3) no 1º diedro Vistas essenciais: Das 6 vistas conseguidas nas faces do hexaedro (Fig 2.2), há 3 pares de vistas onde o contorno se repete (invertido): Vista frontal e vista posterior (a e f); Vista superior e vista inferior (b e e); Vista lateral esquerda e vista lateral direita (c e d) (Fig 2.3) 14) 1) fazer o desenho a partir da peça; 2) fazer a perspectiva a partir da peça; 3) identificar a peça (entre muitas outras) a partir da perspectiva; 4) identificar a peça (entre muitas outras) a partir do desenho; Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 19 19 Fig 2.2 – As 6 projeções de um objeto no hexaedro (no 1º diedro) Fig 2.3 – As 6 vistas principais após planificar o hexaedro (ref.: vista frontal a) Como as linhas de contorno são as melhores para caracterizar tanto a forma como as dimensões, basta uma vista de cada um daqueles pares para vermos o objeto segundo as 3 direções triortogonais (eixos x, y, z). Na maioria dos casos essas 3 vistas são suficientes para representar o objeto, apesar de nem sempre todas serem necessárias. Tradicionalmente essas 3 vistas (a, b e c) são chamadas de vistas essenciais15. 15) – Nas antigas normas ABNT elas tinham essa denominação. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 20 20 2.3. Regra da dobradiça: é um método prático de conseguir as vistas essenciais no 1º. diedro, com o mesmo resultado do procedimento teórico. (Fig. 2.4) Fig. 2.4 Regra prática para conseguir as 3 vistas essenciais (regra da dobradiça) Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 21 21 2.4 Noções necessárias para o desenho de esboço: 2.4.1. Traçado à mão livre: linha limpa; linha curta, longa, vertical, horizontal, inclinada, preliminar, definitiva (v. 2.6, próxima página); 2.4.2. Projeções no 1º. Diedro (Regra prática – v. fig. 2.4. pág. anterior); 2.4.3. Escolha das vistas (menor número de linhas tracejadas); 2.4.4. Proporcionalidade (dimensões totais e detalhes) e distribuição das vistas na folha de Desenho Técnico; 2.4.5. Linhas em DT: tipos (larga, estreita, contínua, tracejada, traço-ponto, sinuosa, etc) e aplicações (contorno, aresta visível, auxiliar, cota, ruptura, etc) veja NBR 8403, pág. 82 da apostila de exercícios; 2.4.6. Cotagem: as cotas deverão ser as necessárias e suficientes (cada detalhe tem um número determinado de cotas. Regras para a cotagem: 2.4.6.1. Cotar cada detalhe na vista onde melhor aparecer (linha de contorno); 2.4.6.2. Cotar as totais (3) distribuindo-as; 2.4.7. Escrita em Desenho Técnico: usar a escrita técnica (NBR 8402 – pág. 85 da apostila de exercícios). Cotas e outras inscrições: escrever da esquerda para a direita, de baixo para cima (e sentidos intermediários); sobre a linha de cota e no centro desta (mas sem encostar na linha); 2.4.8. Especificar o material da peça desenhada (por exemplo: aço ABNT 1045, latão, madeira); 2.4.9. Preencher a legenda com: nome da instituição, da peça, do conjunto onde vai ser montada, do projetista, do desenhista, datas do projeto, do desenho, das modificações, código da peça, o diedro usado (1º ou 3º), etc. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 22 22 2.5 DESENHO TÉCNICO À MÃO LIVRE OU ESBOÇO 2.5.1 Importância e Aplicação - Os desenhos e projetos de manutenção são geralmente feitos e usados diretamente em esboço. - A quase totalidade dos desenhos feitos por técnicos e engenheiros no recinto da fábrica são do tipo esboço. - Os ante-projetos e estudos de modificações são inicialmente feitos em esboço. - Em geral, todo desenho definitivo passa antes pela fase de esboço. - Desenho rápido e de baixo custo. - Exemplos 2.5.2 Material Necessário - Papel (liso quadriculado, normalizado ou não). - Borracha (eventualmente). - Lápis HB ou N°2 ou lapiseira 2.5.3 Afiação do lápis: como um cone onde a altura maior seja de três a quatro vezes o seu maior diâmetro (fig. 2.5). Fig. 2.5 2.5.4 Regras para o traçado à mão livre Observação geral: segure o lápis com desembaraço, sem rigidez nas articulações dos dedos, mantendo uma distância mínima da ponta de 25 mm. 2.5.4.1 – RETAS DE PEQUENAS EXTENSÕES - Verticais – traçar de cima para baixo movimentando-se o lápis apenas com os dedos, permanecendo firme o pulso (fig. 2.6). - Horizontais – traçar as horizontais da esquerda para a direita movimentando-se o lápis com os dedos e o pulso, mantendo-se firme o ante-braço (fig. 2.7). Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 23 23 Fig. 2.6 Fig. 2.7 Exercícios Recomenda-se calma e capricho na realização dos exercícios. Numa folha em branco traçar inúmeras verticais e depois horizontais de pequena extensão. - Linhas de pequena inclinação em relação à vertical, traçam-se como as verticais (fig. 2.8). - Linhas de pequena inclinação em relação à horizontal, traçam-se como as horizontais (fig. 2.9). - Retas inclinadas a 45° localizadas no II° e IV° quadrantes, como as verticais (fig. 2.10). - Retas inclinadas a 45° localizadas no I° e III° quadrantes, como as horizontais (fig. 2.10). Fig. 2.8 Fig. 2.9 Fig. 2.10 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 24 24 2.5.4.2– RETAS DE GRANDES EXTENSÕES - Horizontais – traçam-se as horizontais de grandes extensões da esquerda para a direita girando o ante-braço sobre o cotovelo e, compensando com os dedos a curvatura conseqüente desse movimento. 1- traça-se uma linha de construção (fina) rapidamente, fixando-se o olhar no ponto extremo (sem olhar a ponta do lápis). 2- traça-se sobre esta linha final, olhando agora a ponta do lápis com a intençãode corrigir os defeitos apresentados pela primeira linha (no final pode-se apagar as partes da linha de construção que ficaram muito fora). (fig. 2.11). Fig. 2.11 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 25 25 Exercícios Execute uma série de horizontais de grande extensão com calma e capricho, seguindo as instruções acima. - Verticais – traçam-se as verticais de grande extensão a partir da sobreposição de várias verticais de pequena extensão, correndo-se o cotovelo no sentido da linha a cada novo traço. É uma boa técnica fazer inicialmente uma linha de construção (fina) de uma só vez, mantendo-se o apenas fixado no ponto extremo e, correndo-se o lápis apenas com o movimento do braço, mantendo-se rígido os dedos, o pulso e o ante-braço. Exercícios Execute uma série de verticais de grande extensão seguindo o processo acima. Procure fazer com calma e perfeição – eduque o seu pulso. - Inclinadas de grande extensão – traçam-se com as horizontais ou verticais de grande extensão conforme sua inclinação ou quadrante (I° e III° como as horizontais - II° e IV° como as verticais). - Excepcionalmente quando as retas são muito longas, poderemos inclinar o papel e traçá-las como as horizontais. Exercícios Consulte as figuras 2.8, 2.9 e 2.10 e execute uma série de inclinadas de grande extensão. Procure exercitar-se cada vez que tiver que fazer um desenho ou esquema nas oportunidades que tiver (p. ex: nas aulas das outras disciplinas) Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 26 26 Formato A4 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 27 27 OBJETIVOS: Fazer desenho em esboço cotado (à mão) em 3 vistas essenciais de peças contendo furos e/ou arcos16, a partir de modelo real. Também de peças simétricas17. Deverão ser acrescentadas NOÇÕES de: 1. Linhas de centro e eixos de simetria: usar linha estreita traço-ponto18 (NBR 8403 – veja pág. 82 da apostila de exercícios); 2. Representação de furos e arcos (veja pág. 28 e 29 desta apostila)19; 3. Cotagem de furos e arcos (veja pág. 28 e 29 desta apostila)20; 4. Redução de cotas nos desenhos com 1, 2 ou 3 eixos de simetria21; Fig. 3.1 Cotagem de furos e arcos 16 ) Todas as aulas de DTM1 serão desenvolvidas no 1º diedro do sistema Mongeano de projeções; portanto, este dado será omitido nos OBJETIVOS das demais aulas. 17 ) Inclusive furos cilíndricos passantes e setores de superfícies cilíndricas externas e internas. 18 ) Idem 17. 19 ) Ver exercícios nas páginas 26, 29, 30 e 31 da apostila de exercícios. 20 ) Ver exercícios nas páginas 25 e 31 da apostila de exercícios. 21 ) São necessárias 3 cotas: coordenadas do centro e diâmetro. 3ª aula ESBOÇO COTADO DE PEÇAS COM FUROS E/OU ARCOS Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 28 28 3.1 Furos Fig. 3.2 Representação de Furos Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 29 29 3.2 Arcos 3.2.1 Externos Fig. 3.3 Representação de Arcos Externos 3.2.2 Internos Fig. 3.4 Representação de Arcos Internos Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 30 30 3.3 Vistas de Objetos Simétricos22: 22 ) Conforme retirada de norma ABNT Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 31 31 4ª aula VISTAS NECESSÁRIAS E SUFICIENTES (VNS) OBJETIVOS: Transmitir ao educando o conceito geral de VNS, assim como a orientação normativa e sua aplicação prática. Capacitar o aluno para a determinação das VNS (1, 2 ou 3), a partir das 3 vistas essenciais (estágio atual do curso), inclusive sólidos de revolução. NOTA: Doravante adotaremos a sigla VNS = Vistas Necessárias e Suficientes. 4.1 Conceito Apesar deste conceito geralmente não figurar em destaque nos livros e nos programas de ensino, ele tem sido praticado pela maioria dos livros, escolas e principalmente, pelos profissionais de desenho e projeto. É na prática industrial que o conceito de VNS mostra toda sua abrangência. Nela, Vista é todo e qualquer recurso de representação. Aí se incluem as 6 vistas ortográficas, as vistas auxiliares (primárias e secundárias), as vistas incompletas (vista parcial, meia- vista, ¼ de vista), os cortes e seções de todos os tipos; os detalhes ampliados e as vistas em direção indicada (por uma seta e identificada por uma letra). Este procedimento com VNS está previsto nas normas brasileiras23: 4.2 Escolha das Vistas Vista Principal A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização. Outras Vistas Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: a) usar o menor número de vistas; b) evitar repetição de detalhes; c) evitar linhas tracejadas desnecessárias. 4.3 Determinação do número de vistas Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas24; e também na norma ISO25 128-1982 (E): 23 ) ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 24 ) NBR 10067 de maio de 1995: PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO: VISTAS E CORTES – Procedimento; pág. 4 . 25 ) Internacional Organization for Standardization. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 32 32 “... (as vistas) deverão ser escolhidas de acordo com os seguintes princípios: limitar o número de vistas e cortes ao mínimo necessário e suficiente para descrever o objeto sem ambigüidades; evitar a necessidade de contornos e arestas ocultas (linhas tracejadas); evitar a repetição desnecessária de detalhes26”. Este conceito de VNS, recomendado pelas normas, aplica-se a qualquer tipo de objeto, mas sua plenitude só se efetivará com a possibilidade de utilização de quaisquer dos recursos de representação. 4.4 Neste momento do aprendizado do aluno: O conceito simples das VNS, a partir das 3 vistas ortográficas essenciais27, é o seguinte: usaremos 1, 2 ou 3 vistas para representar a peça (só aquelas aonde algum detalhe aparecer melhor). Em geral, as vistas descartadas são aquelas cujo contorno28 é um retângulo, ou contorno repetido, ou circunferências concêntricas (sólidos de revolução)29. VNS=3 Se há 1 ou mais detalhes em cada uma das 3 direções ortogonais, então as 3 vistas serão necessárias, como no caso da peça abaixo: Fig. 4.1 Peça com 3 vistas 26)Internacional Standard ISO 128 – Technical drawings – General principles of presentation; pag. 3. 27) a) vista frontal; b) vista superior; c) vista lateral esquerda. 28) Consideram-se as linhas de contorno externas e internas. 29) Com este procedimento, e contando apenas as vistas citadas, podemos resolver peças com detalhes quaisquer, desde que estes sejam perpendiculares às superfícies passantes. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 33 33 VNS = 2 Se há detalhes somente em duas direções ortogonais, então só 2 vistas serão necessárias30. Veja o exemplo abaixo: Fig. 4.2 Peça com 2 vistas VNS = 1 Se há detalhe(s) em só uma direção, então só uma vista será desenhada. Ver os exemplos abaixo (à esquerda uma peça estampada; à direita uma torneada): Fig. 4.3 Peças com 1 vista cada 30) A vista frontal (a) será sempre desenhada. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 34 34 5ª aula DESENHO DEFINITIVO (OU COM INSTRUMENTOS) OBJETIVOS: Fazer desenho definitivo a partir de esboço cotado de peças com furos e/ou arcos. Seqüência de trabalho. Cálculo para distribuição das vistas no formato (com 1, 2 ou 3 vistas). Consulta rápida: ........................................................................................... página: Seqüência de trabalho: ...................................................................................... 35 Cálculo da distribuição das vistas no formato A4: ............................... 36 Desenho com 3 vistas: ........................................................................................ 37 o Caso “A”: .................................................. 38 o Caso “B”: .................................................. 39 Desenho com 2 vistas – Frontal e Superior – caso “C”: ...................... 40 Desenho com 2 vistas – Frontal e Lateral esquerda – caso “D”: ......... 41 Desenho com 1 vista – caso “E”: ........................................................ 42 Exemplos resolvidos (todos os casos): ...................................................... 43 a 47 5.1 Comentários sobre a distribuição das vistas na folha 1. O principal atributo do DESENHO TÉCNICO deve ser a CLAREZA. Um dos fatores que contribuem para isso é uma boa distribuição. 2. O método aqui apresentado tem a sua lógica, mas existem outros. 3. Deve-se observar uma boa distribuição independentemente do equipamento usado para desenhar (convencional, CAD, etc). Essa preocupação deve existir até mesmo nos desenhos em ESBOÇO, ainda que não se calcule. 4. Após o cálculo, algumas vezes faz-se pequenos deslocamentos (horizontal e/ou vertical) para melhorar a distribuição. Por exemplo, quando os espaços em branco não são grandes e um dos lados tem diversas cotas sobrepostas. Faça esses ajustes quando julgar necessário. Afinal, a clareza é mais importante que o cálculo. 5. Despreze as frações de milímetro nos cálculos. Um milímetro a mais ou a menos não prejudica a distribuição. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 35 35 5.2 Desenho Definitivo a partir de esboço cotado SEQÜÊNCIA DE TRABALHO 1. Calcular a distribuição. Observação: do passo 2 ao 5: traçar com linhas fracas. 2. Marcar e traçar a distribuição (cotas totais a,b,c). 3. Apagar excessos (ficam os retângulos). 4. Construir os detalhes (exceto os arcos) e apagar os excessos. 5. Traçar as linhas conseqüentes nas outras vistas. 6. Traçar as linhas de centro e eixos de simetria (se houver). 7. Traçar os arcos de circunferência. 8. Traçar as inclinadas. 9. Traçar as horizontais (de cima para baixo). 10. Traçar as verticais (da esquerda para a direita). 11. Traçar linhas auxiliares horizontais (de cima para baixo). 12. Traçar linhas auxiliares e linhas de cotas verticais (da esquerda para direita). 13. Traçar linhas de cotas horizontais. 14. Traçar cotas angulares e inclinadas. 15. Fazer as setas (horizontais, verticais, angulares, inclinadas). 16. Inscrever as cotas. 17. Escrever as notas (se houver). 18. Preencher a legenda. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 36 36 5.3 Cálculo da distribuição das vistas no formato A4 A atividade de calcular a distribuição das vistas no formato mostra, em primeiro lugar, uma preocupação com uso do espaço disponível para desenhar. Se uma boa distribuição não for observada, fatalmente haverá algum desperdício: ou estaremos usando um formato maior que o necessário ou perdendo clareza em nossa linguagem. Esta preocupação em bem distribuir as vistas (3, 2 ou 1) no formato A4, deverá ser transferida para outras situações com número de vistas e formatos diferentes dos aqui estudados. Em alguns casos, onde diversas peças e/ou conjuntos são desenhados num formato grande, essa distribuição se tornará um verdadeiro arranjo gráfico. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 37 37 5.3.1 Desenho com 3 vistas (casos A e B) EVH = ESPAÇO VAZIO HORIZONTAL EVV = ESPAÇO VAZIO VERTICAL Obs1.: Ver entre EVH e EVV qual é o menor (caso A ou B) Obs2.: Manter as distâncias entre vistas iguais EVH = 178 - (a+b) EVV = 233 - (b+c) Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 38 38 Caso A quando EVH < EVV 3 EVH X 2 XEVV Y Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 39 39 Caso B quando EVV < EVH 3 EVV Y 2 YEVH X Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 40 40 5.3.2 Desenho com Duas Vistas – (casos C e D) Caso C Vistas Frontal e Superior 2 EVH X 3 EVV Y EVH = 178 – a EVV = 233 – (b+c) Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 41 41 Caso D Vistas Frontal e Lateral Esquerda 3 EVH X 2 EVV Y EVH = 178 – (a+b) EVV = 233 – c Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 42 42 5.3.3 Desenho com Uma Vista Caso E (Único) 2 EVH X 2 EVV Y EVH = 178 – a EVV = 233 – c Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 43 43 5.4 Exercícios Resolvidos EXEMPLO Nº 1 a=80 b=60 c=40 EVH = 178 – a EVH = 178 – 80 = 98 EVV = 233 –(c+b) EVV = 233 – (40+60) = 133 Duas Vistas Caso C 49 2 98 2 EVH X 44 3 133 3 EVV Y Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 44 44 EXEMPLO Nº 2 a=26 b=58 c=90 EVH = 178 – (a + b) EVH = 178 – (26 + 58) = 94 EVV = 233 – (b + c) EVV = 233 – (58 + 90) = 85 Portanto EVV < EVH Caso B 28 3 85 3 EVV Y 33 2 2894 2 YEVH X Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 45 45 EXEMPLO Nº 3 a=51 b=30 c=70 EVH = 178 – (a + b) EVH = 178 – (51 + 30) = 97 EVV = 233 – (b + c) EVV = 233 – (30 + 70) = 133 Portanto EVH < EVV Caso A 32 3 97 3 EVH X 50 2 32133 2 XEVV Y Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 46 46 EXEMPLO Nº 4 a=70 b=12 c=100 EVH = 178 – a EVH = 178 – 70 = 108 EVV = 233 – c EVV = 233 – 100 = 133 Uma Vista, portanto Caso E 54 2 108 2 EVH X 66 2 133 2 EVV Y Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 47 47 EXEMPLO Nº 5 a=36 b=24 c=120 EVH = 178 – (a + b) EVH = 178 – (36 + 24) = 118 EVV = 233 – c EVV = 233 – 120 = 113 Duas Vistas Caso D 39 3 118 3 EVH X 55 2 113 2 EVV Y Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 48 48 6ª aula 1ª VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM (1ª. V.A.) OBJETIVOS: Verificar o grau de aprendizagem do aluno quanto aos tópicos desenvolvidos. Identificar pontos fracos e possibilitar a execução de exercícios de reforço, com assistência. Levantar subsídios para a atribuição do conceito final. Exemplo típico de prova (com 2 desenhos): 1 – Fazer esboço cotado a partir de modelo real dado 2 – Fazer desenho definitivo a partir de esboço cotado dado Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 49 49 7ª aula ESCALAS EM DT – VNS A PARTIR DE PERSPECTIVAS OBJETIVOS: Fazer desenho definitivo em VNS, em escalas diversas31, a partir de modelo real, de esboço ou de perspectiva cotados. “O homem é a medida de todas as coisas (...)”32 Ref.: NBR 8196 de dez/1999: Emprego de escalas em desenho técnico.(ver pág. 82 na apost. de exercícios) 7.1 Definições Escala: é a relação entre as dimensões lineares do desenho original33 e as dimensões reais do objeto. Em resumo: E= desenho/objeto. Escala natural: quando o desenho é do mesmo tamanho do objeto. E = 1:1 Escala de ampliação: quando o desenho é maior do que o objeto, ou seja, a relação é maior do que 1:1. Escalas recomendadas: 2:1, 5:1, 10:1, e múltiplos de 10. (veja exemplo na página 52 deste Resumo). Escala de redução: quando o desenho é menor que o objeto, ou seja, a relação é menor que 1:1. Escalas recomendadas: 1:2, 1:5, 1:10,... e múltiplos de 10. (veja exemplo na página 19 da apostila de exercícios). 7.2 Observação importante O valor numérico da cota será sempre a dimensão real do objeto, para quaisquer das escalas utilizadas, ou para qualquer tipo de desenho cotado (esboço, definitivo, perspectiva). 31 ) Usar escalas normalizadas, preferencialmente. 32 )Protágoras, filósofo (sofista) grego, (486-404 a. C). Este conceito (enunciado parcialmente) é bastante abrangente e reflete uma tendência de adaptar a natureza (e a própria tecnologia) às limitações do homem (por exemplo: força, velocidade, limiares auditivos, visuais, etc). Ele pode ser considerado como o protótipo do conceito atual de ERGONOMIA: estudo da adaptação do trabalho ao homem. (IIDA, I. “Ergonomia: Projeto e Produção” – Ed. Edgar Blucher – São Paulo: 1993 – 2ª reimpressão). 33 ) A escala de uma reprodução pode ser diferente à do desenho original. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 50 50 7.3 Inscrição A escala usada no desenho deve estar inscrita na legenda, na forma: Escala 1:1, ou: Escala x:1 ; ou Escala 1:x . Se for usada mais de uma escala no desenho, só a principal deve constar na legenda. As demais escalas devem estar inscritas junto à identificação das vistas, cortes ou detalhes a que se referem. (Ver nas páginas 51, 99, 100 e 101 deste resumo, exemplo de detalhe ampliado34). 7.4 Escolha da escala a ser utilizada35: A escolha da escala adequada depende de alguns fatores que podem atuar isolada ou conjuntamente: Tamanho do objeto: objetos muito grandes terão desenhos reduzidos e os muito pequenos, ampliados – independentemente de outros fatores. Por exemplo, por menor que seja uma casa, seu desenho será feito com uma escala de redução; Grau de complexidade do objeto: por exemplo, é possível que três peças com as mesmas dimensões totais e de desenhos com as mesmas finalidades (por exemplo: desenho de fabricação), necessitem de escalas diferentes por terem, cada uma, número de detalhes (e de cotas) muito diferentes; Finalidade de representação: um desenho de montagem e outro de acionamentos (operação) de uma mesma máquina. Ou ainda, um mapa do Estado de São Paulo mostrando a localização das cidades e estradas e outro de uma cidade mostrando as ruas. Em todo caso, a escala selecionada deve permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada e pretendida. 7.5 Formato da folha As dimensões do objeto, o número de vistas (VNS) e a(s) escala(s) utilizada(s), determinarão a área necessária para o desenho, ou seja, o formato da folha (A4, A3, ... A0, 2 A0, ... ). 34 ) Mais um tipo de Vista (que compõem as VNS). 35 ) Evidentemente, o uso da escala só faz sentido para desenhos definitivos, feitos com instrumentos. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 51 51 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 52 52 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 53 53 8ª aula PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIF. DE POLIEDROS OBJETIVOS: Mostrar os principais tipos de perspectiva e indicar as mais usuais em mecânica. Fazer desenhos em Perspectiva Isométrica Simplificada de objetos poliédricos, a partir de modelos reais ou de desenhos em VNS, definitivo ou esboço. 8.1 Conceituação Grosso modo, Perspectiva é uma vista única36 que mostra três faces de um objeto. É uma representação mais ilustrativa do que técnica. 8.2Aplicações Por ser semelhante à fotografia, ela pode ser interpretada por qualquer pessoa (o que não acontece com o Desenho Técnico em VNS). Por isso é usada em folhetos ilustrativos, publicidade, catálogos diversos, guias do usuário, manuais de manutenção, etc Algumas vezes essa representação é utilizada com o objetivo de construção (substituindo ou apenas auxiliando um desenho de fabricação), quando devem ser interpretadas por profissionais ou artesãos pouco ou nada versados em Desenho Técnico. Mas, apesar de ser um entendimento quase universal, essa linguagem é bastante limitada quando usada como de desenho de fabricação. Seu uso se restringe a peças relativamente simples e sem detalhes internos. 8.3 Tipos de perspectivas (alguns): Perspectivas Paralelas Perspectivas cônicas Isométrica Simplificada (1) Exata Isométrica Real (2) Cônica Dimétrica Bicônica Trimétrica Tricônica Cavaleira (3) (veja página 54) Observação: as perspectivas mais usuais em mecânica são as do tipo (1), (2) e (3). 36 ) Projeção cilíndrica ortogonal (nas isométrica, dimétrica e trimétrica), cilíndrica obliqua, na cavaleira e cônica na exata. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 54 54 Isométrica (real) Projeções ortogonais (em VNS) Isométrica simplificada Dimétrica Trimétrica Cavaleira Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 55 55 8.4. Perspectiva Isométrica Simplificada 8.4.1 Eixos Perspectivas feitas por técnicos, mormente as usadas como desenho de fabricação, pretendem mostrar as faces que tem o maior número de detalhes. Essa escolha das faces, em geral, coincide com a seleção das vistas feitas para o desenho em vistas ortográficas. Há quatro posições básicas para os eixos isométricos: Uma dessas posições deverá ser usada para melhor mostrar os detalhes quando se respeita a posição de funcionamento do objeto (veja desenho abaixo). Quando a posição de funcionamento não for conhecida37 podemos usar os eixos na posição normal a). Cornija 38 vista por baixo (posição b) ). 8.5 Características 8.5.1 – Arestas paralelas no objeto resultam em linhas paralelas na perspectiva; 8.5.2 – Dimensões de comprimento se mantêm iguais no objeto e na perspectiva, desde que estejam sobre os eixos isométricos ou paralelos a estes (nisto reside a simplificação desta perspectiva). 8.5.3 – Ângulos do objeto se alteram nesta perspectiva, devem ser solucionados por medidas de comprimento nas direções isométricas (veja exemplo a seguir). 37 ) Ou indiferente. 38 ) Um tipo de detalhe arquitetônico antigo. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 56 56 8.6 Sequência para fazer a perspectiva (isométrica simplificada) (Use linhas fracas até o item 8.6.6) 8.6.1 – Escolher a posição da peça; 8.6.2 – Marcar um ponto39 e traçar os eixos isométricos; 8.6.3 – Marcar as cotas totais sobre os eixos (conf. 8.6.1) 8.6.4 – Construir a caixa (usar a 1ª. característica); 8.6.5 – Apagar os excessos; 8.6.6 – Marcar, construir, apagar excessos e completar as linhas faltantes de cada detalhe40 (primeiro os mais profundos) (Daqui em diante, traçado definitivo) 8.6.7 – Traçar linhas de centro e de simetria que puder; 8.6.8 – Traçar furos e/ou arcos (usar gabarito de elipses)41; 8.6.9 – Traçar retas 30º à direita (de cima pra baixo); 8.6.10 – Traçar retas 30º à esquerda (idem); 8.6.11 – Traçar as retas verticais (da esquerda pra direita); 8.6.12 – Traçar retas com outras inclinações; 8.6.13 – Completar linhas faltantes (centro, simetria). (Ver exemplos nas páginas 57 e 58 Res.) 39 ) estimar a posição do ponto ou calcular. Para calcular veja pág. 59 Res. 40 ) exceto os detalhes com curvas. 41 ) na perspectiva cavaleira, usar gabarito de furos Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 57 57 8.7 Seqüência completa Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 58 58 8.8 Seqüência Simplificada Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 59 59 8.9 Aplicações: A perspectiva isométrica tem uso geral, inclusive como perspectiva explodida. Mas, tem uma exceção: não deve ser usada junto com as vistas ortográficas (p. ex., as VNS). 8.10 Cálculo da distribuição no formato A4 b'= b.sen30°= b 2 a'= a.sen30°= a 2 H= a+b + c 2 a"= a.cos30° b"= b.cos30° L= a"+b"= (a+b) 0.866 X= 178-L+0.866.a 2 Y= 233-H 2 Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 60 60 OBJETIVOS: Fazer desenhos em Perspectiva Isométrica Simplificada de objetos com furos e/ou arcos (também sólidos de revolução), a partir de modelo real ou de desenho em VNS. Deverão ser acrescentadas as seguintes habilidades em relação à aula anterior: O uso do gabarito de elipses; Construção de falsa elipse; Peças com eixo(s) de simetria 9.1 Uso do gabarito de elipses (35º 16’) – eixos na posição a) 9.1.1 – marcar e traçar as linhas de centro; 9.1.2 – multiplicar diâmetros e/ou raios por 1,23 (e aprox. p/ gab.); 9.1.3 – traçar as bissetrizes – a partir do centro, e de um só lado!; 9.1.4 – observar a posição angular do gabarito (esquemas abaixo); 9ª aula PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA DE PEÇAS COM FUROS E/OU ARCOS Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 61 61 Observações práticas: 9.1.5 – para quaisquer casos (elipses completas ou não) permanecem as regras anteriores – valem as posições angulares dos gabaritos para as superfícies angulares e as paralelas a estas; 9.1.6 – para arcos menores que 180º não é necessário traçar as bissetrizes: só as tangentes são as suficientes (em linhas de construção); 9.1.7 – quando aparecer o fundo do furo42 usa-se a mesma elipse, no mesmo ângulo. O gabarito se desloca de um valor igual ao da espessura da peça na direção do diâmetro menor da elipse; 9.1.8 – quando o traçado da elipse determinar a largura da peça ou de um rasgo (em geral, arcos de 180º). Traçar as linhas de centro e as semi-elipses, para só depois traçar a largura da peça ou do rasgo; 42 ) Isto ocorre quando o diâmetro menor da elipse for maior que a espessura da peça onde o furo foi feito. Desenho Técnico Mecânico I – Resumo de aulas – Prof. M.Sc. Edson Del Mastro/ Prof.Helena S. Del Mastro Espíndola Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 62 62 9.2 Uso do gabarito de elipses (35º 16’) – eixos isométricos nas posições b), c) e d) 9.2.1 – Marcar e traçar as linhas de centro43;
Compartilhar