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1 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ÍNDICE Princípios Arquivísticos .................................................................................................................................2 Arquivo - Biblioteca - Museu ......................................................................................................................2 Classificação dos Documentos ....................................................................................................................3 Classificação de Arquivos ...........................................................................................................................4 2 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Princípios Arquivísticos 01. Proveniência ou respeitos aos fundos = documen- tos são arquivados respeitando-se a separação por pessoa, setor, divisão, departamento e instituição de origem. Objetivo – facilitar o acesso, a consulta e o manuseio para acelerar o processo. Ao tratar documentação de uso não corrente deve-se obedecer ao princípio da proveniência, segundo o qual devem ser mantidos reunidos, num mesmo fundo, todos os documen- tos provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivo. O inventário é um instrumento no qual as unidades de arquiva- mento de um fundo ou de uma de suas divisões são identifi- cadas e descritas resumidamente. Delimita externamente o conjunto. 02. Organicidade = refletem a estrutura, funções e ativi- dades da instituição. Documentos não devem ser misturados com de outras entidades produtivas. 03. Integridade = deve ser preservado sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou acréscimo indevido. 04. Cumulatividade = formação progressiva, natural e orgânica. Este princípio é fundamentado pelas ideias do italiano Elio Lodolini ao afirmar que o arquivo é uma infor- mação espontânea, natural e sedimentar já que o documento de arquivo é aquele que foi produzido no transcurso de uma atividade administrativa. 05. Ordem original = relações estruturais e funcionais da origem dos arquivos. Fornece o caminho para a organização interna do fundo. 06. Territorialidade = abrangência territorial do do- cumento. Os poderes de pertença, onde foi produzido e/ou recebido (nacional, regional, institucional) 07. Legalidade = provas testemunhais. Revelam as cir- cunstâncias de sua criação, portanto, tem valor probatório. 08. Imprescritibilidade = Princípio pelo qual é assegu- rado ao Estado o direito sobre os arquivos públicos, sem limi- tação de tempo, por serem estes considerados bens públicos inalienáveis. 09. Inalienabilidade = Princípio pelo qual é impedida a alienação de arquivos públicos a terceiros. 10. Pertinência Territorial = Conceito oposto ao de princípio da proveniência e segundo o qual documentos ou arquivos deveriam ser transferidos para a custódia de arquivos com jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta o seu conteúdo, sem levar em conta o lugar em que foram pro- duzidos. 11. Princípio da Pertinência = Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original. Também chamado princípio temático. 12. Princípio da Reversibilidade = Princípio segundo o qual todo procedimento ou tratamento empreendido em arquivos pode ser revertido, se necessário. → Função do Arquivo ˃ Suporte à administração, possibilitando acesso rápido; ˃ Eficiência dos fluxos administrativos; ˃ Necessário um conjunto de técnicas e procedimentos relacionados à produção, utilização e preservação; ˃ Padronização de modelos documentais; ˃ Criação de normas de gestão documental; ˃ Envio e recebimento de documentos. → Arquivos devem ter os seguintes requisitos: ˃ 1. Guardar e organizar os documentos que circulam na instituição. Informações disponíveis e arquivamento ordenado e eficiente. Governos = devem cumprir sua finalidade oficial (Valor Primário). ˃ 2. Para que os documentos sejam arquivados e preserva- dos devem existir outras razões que não apenas aquelas para os quais foram produzidos. Podem ser oficiais ou culturais. Preservados para o uso de outros além de seus criadores (Valor Secundário). → Arquivo Para Ser Eficiente: ˃ 1. Pessoal qualificado; ˃ 2. Local apropriado; ˃ 3. Instalações e materiais adequados; ˃ 4. Sistemas racionais de arquivamento; ˃ 5. Normas de funcionamento; ˃ 6. Dirigente qualificado. Finalidade do arquivo é a de servir à administração e sua função é a de tornar disponíveis as informações contidas no acervo documental sob sua guarda. Permite o acesso aos documentos produzidos e/ou recebidos pelas instituições e gestores nos diferentes níveis hierárquicos. Arquivo - Biblioteca - Museu ˃ Arquivo – Lei 8159/1991, Art. 2º: “Consideram-se arquivos, para fins desta Lei, os conjuntos de docu- mentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.” Documentos de arquivo primeiro servem à administração e depois à História, pois preservam as informações da institui- ção ao longo do tempo. Tem vínculos com a atividades funcio- nais. São órgãos receptores. Um conjunto de documentos. ˃ Biblioteca - Prioridade cultural; são colecionadores; materiais são provenientes de compras ou doações; do- cumentos individuais; peças avulsas; devem reunir ma- teriais idênticos. ˃ Museu - Caráter eminentemente público, com finali- dade cultural e entretenimento; disponibiliza à popula- ção peças o objetos de valor histórico e cultural. T. R. Schellenberg definiu os campos de atuação das bi- bliotecas e dos arquivos fazendo um paralelo entre eles, citado em: Arquivo Teoria e Prática, Marilena Leite Paes, 3ª Edição, Editora Getúlio Vargas, 2013. BIBLIOTECA ARQUIVO Gênero dos Documentos Audiovisual Audiovisual Cartográfico Cartográfico Documentos impressos Documentos textuais Origem Os documentos são pro- duzidos e conservados com objetivos culturais Os documentos são produzidos e conservados com objetivos funcionais 3 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Aquisição ou custódia Os documentos são confec- cionados de fontes diversas, adquiridos por compra ou doação; Os documentos existem em numerosos exemplares; A significação do acervo documental não depende da relação que os documentos tenham entre si. Os documentos não são objeto de coleção; Provém tão-só das atividades públicas ou privadas, servidas pelo arquivo; Os docu- mentos são produzidos num único exemplar ou em limitado número de cópias; Há uma significação orgânica entre os documentos. Método de Avaliação Aplica-se a unidades isoladas; O julgamento não tem caráter irrevogável; O julgamento envolve questões de conve- niência, e não de preservação ou perda total. Preserva-se a documentação referente a uma atividade, como um conjunto e não como unidadesisoladas; Os julgamentos são finais e irrevogáveis; A documentação, não raro, existe em via única. Método de Classificação Utiliza métodos predetermi- nados; Exige conhecimento do sistema, do conteúdo e da significação dos documentos a classificar. Estabelece classificação específica para cada instituição, ditada pelas suas particularida- des; Exige conhecimento da relação entre as unidades, a organização e o funcionamento dos órgãos. Método Descritivo Aplica-se a unidades discri- minadas; As séries (anuários, periódicos, etc) são unidades isoladas para catalogação. Aplica-se a conjuntos de documentos; As séries (órgãos e suas subdivisões, atividades funcionais ou grupos documentais da mesma espécie) são consideradas unidades para fins de descrição. A biblioteconomia trata de documentos individuais A arquivística trata de conjuntos de docu- mentos. Classificação dos Documentos Gênero; Espécie/Tipologia Documental; Forma; Formato; Natureza do Assunto. Arranjo e classificação tem o mesmo significado, pois, segundo schellenberg, classificação, em se tratando de docu- mentos públicos, significa o arranjo dos mesmos segundo um plano destinado a facilitar o seu uso corrente. ˃ 1. Gênero = Relacionado ao suporte pelo qual a infor- mação é registrada; auxilia na conservação e preserva- ção. Tipos: » a. Escritos ou Textuais – manuscritos ou impressos. » b. Iconográficos – imagem estática. » c. Filmográficos – imagem em movimento, não é necessário som. » d. Sonoros – forma de som/áudio. » e. Informáticos ou Digitais – gravados por meios digitais. Necessitam de equipamentos especializa- dos. » f. Cartográficos – representam de forma reduzida um área maior. » g. Micrográficos – microformas. Não há relação direta entre gênero e suporte, pois existe gênero iconográfico em suporte de pedra (pinturas rupestres). ˃ 2. Espécie/Tipologia Documental = aspecto formal de um documento. Especificidade que qualifica a espécie. Exemplo: ofício, memorando, certidão, decla- ração de imposto de renda. → Tomando por base os atos administrativos mais comuns em nossas estruturas de governo, temos a seguinte divisão: » a. Atos Normativos: são as regras e normas expedidas por autoridades administrativas. Exemplo: medida provisória, decreto, estatuto, regimento, regulamen- to, resolução, portaria, instrução normativa, ordem de serviço, decisão, acórdão, despacho decisório; » b. Atos Enunciativos: são os opinativos, que es- clarecem os assuntos, visando a fundamentar uma solução. Exemplos: parecer, relatório, voto, despacho interlocutório; » c. Atos de Ajuste: são representados por acordos em que a administração pública (federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal) é parte. Exemplos: tratado, convênio, contrato, termos (transação, ajuste etc); » d. Atos de Correspondência: objetivam a execução dos atos normativos, em sentido amplo. Exemplos: aviso, ofício, carta, memorando, mensagem, edital, intimação, exposição de motivos, notificação, tele- grama, telex, telefax, alvará, circular. » e. Atos de Assentamento: são os configurados por registros, consubstanciando assentamento sobre fatos ou ocorrências. Exemplo: apostila, ata, termo, auto de infração; » f. Atos Comprobatórios: são os que comprovam assentamentos, decisões etc. Exemplos: traslado, certidão, atestado, cópia autêntica ou idêntica; ˃ 3. Forma = estágio de preparação do documento. Rascunho (rasuras, anotações suplementares) ou Minuta (pré original, sem assinatura); Original (tem assinatura, dá autenticidade jurídica e arquivística) e Cópia (reproduzido na íntegra). ˃ 4. Formato = aspecto físico do documento indepen- dentemente da informação registrada. Exemplo: ficha. livro, pergaminho. ˃ 5. Natureza do Assunto = grau ou nível de acessibilida- de às informações do documento. Podem ser ostensivos (divulgação não prejudica a segurança ou as atividades desenvolvidas) ou sigilosos (divulgação é sensível à se- gurança da sociedade ou do Estado. Conhecimento restrito. Medidas especiais para guarda e conservação. Sigilosos = Lei 8159/1991 nos Art. 23 e 24 que foram re- vogados pela Lei 12.527 de 18 de novembro de 2011, que es- tabelece que, se existe a classificação restritiva de acesso à in- formação nos níveis ultrassecreto e secreto, a divulgação do conteúdo, mesmo que parcialmente, não é permitido. Porém, na lei 12.527 de 18 de novembro de 2011 em seu art. 7º, § 2º diz: “quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocul- tação da parte sob sigilo”. O processo descrito é de responsa- bilidade da comissão mista de reavaliação de informações conforme o determinado pela lei 12.527 de 18 de novembro de 2011 em seu art. 35, inciso I. À Comissão Mista de Reavaliação de Informações cabe, ainda, de ofício ou mediante interesse direto da pessoa, rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas. Esta comissão mista de reavaliação de informações (CMRI) é o Órgão Colegiado Interministerial que tem por finalidade rever a classificação, prorrogação e os recursos sobre pedidos de des- classificação de informações no grau ultrassecreto e secreto, além de decidir os recursos apresentados contra as decisões 4 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. de 3ª instância da Controladoria-Geral da União relativas aos pedidos de acesso à informação. A Comissão também tem a atribuição de estabelecer orientações normativas a fim de suprir eventuais lacunas na aplicação da legislação relacionada com o acesso à informação. Não há impedimento legal para a reprodução de docu- mento classificado como sigiloso, pois, de acordo com a lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 que regula o acesso a infor- mações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal que alterou a lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e revogou a lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; diz: art. 1º, “esta lei dispõe (....), com o fim de garantir o acesso a informações (...)”. art. 3º, “os procedimentos previstos nesta lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser execu- tados em conformidade com os princípios básicos da adminis- tração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independente- mente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação”; Classificação de Arquivos ˃ A. Quanto a Entidade Mantenedora: público ou privado. » 1. Público = Pela Lei 8.159/1991, art. 7º, diz: “os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ativida- des, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciá- rias”, § 1º: “são também públicos os conjuntos de do- cumentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades”. » 2. Privado = mantidos por instituições de caráter particular. ˃ B. Quanto à Natureza dos Documentos: Especial e Especializado. » a. Arquivos Especiais = cuja forma física (suporte)exija cuidado especial. » b. Arquivos Especializados = relacionado à área do conhecimento resultantes da experiência humana em campo específico. » C. Quanto ao estágio de Evolução ou Teoria das Três Idades: Corrente, Intermediário e Permanente. ˃ 1. 1ª Idade – corrente, ativo ou de movimento. Con- sultados frequentemente. Locais de fácil acesso. Elevado Valor Primário. ˃ 2. 2ª Idade – semi ativo, intermediário, “limbo”, “pur- gatório”, deixaram de ser consultados com frequência. Não é necessário conservá-lo próximo ao local de uso, ainda possui Valor Primário. ˃ 3. 3ª Idade – inativo, permanente, custódia. Perderam o valor de natureza administrativa. Conservam seu valor histórico e documental. Possuem Valor Secundá- rio: histórico, probatório ou informativo. É o arquivo propriamente dito. → Toda e qualquer eliminação de documentos produzidos por instituição pública ou de caráter público deve ter au- torização de instituição arquivística competente. » d. Quanto à sua Atuação: Setorial ou Central. » 1. Setoriais = Núcleos de arquivos. Descentralizado. Ficam junto aos órgãos operacionais. Cada setor de trabalho possui o seu. Uso cotidiano (corrente). » 2. Centrais = Recebem os documentos de diferen- tes órgãos. Centralizando às atividades de arquivo corrente. Os Arquivos Gerais, em um sistema de arquivo, recebem os documentos correntes das diversas unidades de uma organi- zação, chamados, também de Arquivo Central que é o arquivo responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados aos arquivos de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do armazenamento. Em alguns países, a expressão designa o arquivo nacional. → Não confundir » Extensão de atuação = setorial ou central » Estágio de evolução ou ciclo de vida do documento = corrente, intermediário e permanente. Exercícios 01. Os documentos arquivísticos são produzidos e acumu- lados imparcialmente para cumprir um fim administra- tivo que os confere imediatamente um valor primário. Certo ( ) Errado ( ) 02. Alguns documentos oficiais contem valor histórico ao qual se sobrepõe ao valor primário justamente por apre- sentar utilidade mesmo após cessado seu uso corrente, o que indica sua guarda permanente. Certo ( ) Errado ( ) 03. Em regra a entrada de documentos em um arquivo ocorre por compra ou permuta de fontes múltiplas. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito 01 - CERTO 02 - ERRADO 03 - ERRADO os_arq_006 os_arq_007 os_arq_008 os_arq_009 os_arq_010
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