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Processo e Procedimento

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Processo 
e 
Procedimento
Disciplina: Teoria Geral do Processo
Docente: Diane J. M. Amorim
 processo e PROCEDIMENTO
PROCESSO
1.1. NATUREZA JURÍDICA
O Processo como um contrato
Concepção é originária da litiscontestatio romana. 
Por ela as partes realizariam um contrato, decidindo se submeteriam ou não a demanda à tutela jurisdicional. 
Crítica: Em desuso pois se sabe, hoje, que o processo não é fruto de mero negócio jurídico, atuando mesmo independentemente da vontade das partes.
 processo e PROCEDIMENTO
PROCESSO
1.1. NATUREZA JURÍDICA
b) O processo como instituição
O processo seria instituição na medida em que:
haveria um grupo trabalhando a serviço da prestação da tutela jurisdicional; 
existiria uma superioridade do Estado-Juiz em relação às partes;
haveria durabilidade da obra construída (processo/justiça). 
Crítica: teoria insuficiente para, por si só, explicar o processo, não o diferenciando de forma clara de outros fenômenos institucionais.
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PROCESSO
1.1. NATUREZA JURÍDICA
c) O processo como situação jurídica
o processo seria constituído de uma série de expectativas, ônus e possibilidades jurídicas, que se consubstanciariam em situações jurídicas. 
Crítica: encontram-se tais elementos no processo, mas não da forma isolada. Não há nele uma situação jurídica ou várias situações jurídicas, consideradas isoladamente; há, na verdade, uma relação jurídica
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PROCESSO
1.1. NATUREZA JURÍDICA
d) O processo como relação jurídica
O processo seria uma relação jurídica, submetida a uma instrumentalização metódica (o procedimento) para que possa desenvolver-se perante o Poder Judiciário.
Toda relação jurídica é constituída de sujeitos que se vinculam em torno de um ou mais objetos. 
Sujeitos — o juiz e as partes (autor e réu). A relação estabelecida seria triangular; havendo uma relação de sujeição, onde o juiz estaria no ápice do triângulo e as partes nos vértices. 
Objeto — a prestação da tutela jurisdicional, que tem como devedor não o réu, 
 mas sim o Estado. 
Vínculo — O processo como relação de natureza continuativa acarreta
 a ocorrência de diversos vínculos entre os seus sujeitos.
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2. PROCEDIMENTO
É o modo pelo qual os atos processuais encadeiam-se no tempo para atingir a sua finalidade.
É composto pelo somatório dos atos processuais (interligados e combinados) em direção ao provimento jurisdicional demandado (unidade teleológica).
É o aspecto externo do processo.
Aspecto Interno (substancial): relação jurídica que se instaura e se desenvolve entre autor, réu e juiz “actum trium personarum”. → processo
Aspecto Externo (formal): sucessão ordenada de atos dentro de 
 modelos previstos pela lei. → procedimento
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2. PROCEDIMENTO
Estrutura básica:
Começa com uma pretensão formulada por meio de uma petição inicial.
É obrigatório que o réu seja chamado a integrar a relação processual, o que se faz por intermédio da citação, e que lhe seja dada oportunidade de oferecer resposta.
Se necessário, será aberta a possibilidade de as partes produzirem as provas pertinentes para demostrar os fatos que sustentam as suas pretensões.
o final, o juiz, sopesando as alegações e provas por elas trazidas, deverá emitir o provimento jurisdicional.
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2. PROCEDIMENTO
O CPC previu dois tipos fundamentais de procedimento: o comum e os especiais.
O comum subdivide-se em ordinário e sumário.
O procedimento comum ordinário vem tratado no CPC, arts. 282 a 466; 
O sumário, nos arts. 275 a 281. 
Os especiais subdividem-se nos de jurisdição contenciosa e voluntária. 
Os especiais de jurisdição contenciosa, nos arts. 890 a 1.071; 
Os de jurisdição voluntária, nos arts. 1.103 a 1.210. 
O procedimento comum é supletivo em relação ao especial.
As ações que não são expressamente tratadas como de procedimento
 especial seguem o comum.
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2. PROCEDIMENTO
É matéria de ordem pública.
Juiz deverá, de ofício, determinar a conversão de um a outro, procedendo-se às emendas necessárias à inicial quando tiver havido equívoco do autor.
Erro de procedimento percebido tardiamente: nulidade somente se houver prejuízo para uma das partes.
Os atos processuais estruturais, fundamentais em todos os tipos de procedimento — petição inicial, resposta do réu, fase instrutória e senten­­ça —, são comuns a todas as espécies e vêm tratados no CPC, no título referente ao procedimento ordinário.
As regras do procedimento ordinário é supletiva à dos demais: 
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2. PROCEDIMENTO
Como determinar qual o procedimento adequado?
a primeira coisa que se deve analisar é se há previsão, para aquele tipo de processo, de um procedimento especial. 
Em caso afirmativo, dever-se-á observar o que determina a lei, respeitando-se as peculiaridades por ela impostas àquele procedimento.
Se não for especial, então ele será comum, cumprindo agora verificar se o ordinário ou o sumário, conforme o valor da causa e a matéria discutida
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2. PROCEDIMENTO
2.2. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
É o que se aplica às causas para as quais não seja previsto nem o procedimento sumário nem algum procedimento especial.
É regulado de maneira completa e exaustiva pelo Código.
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2. PROCEDIMENTO
2.3. PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Concentração dos atos processuais, busca-se praticar um maior número de atos processuais no mesmo ato.
Segundo o artigo 277 §4° e §5° do CPC, o juiz pode converter o procedimento sumário em ordinário em casos de alta complexidade.
Critérios para definição das causas sujeitas ao procedimento sumário:
	I – Valor da causa
	II – Em razão da matéria
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2. PROCEDIMENTO
2.3. PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. 
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado 
e à capacidade das pessoas. 
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2. PROCEDIMENTO
2.4. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
 São os ritos próprios para o processamento de determinadas causas selecionadas pelo legislador no Livro IV do CPC e em leis extravagantes.
Exemplo de procedimento especial: Juizados Especiais. Pressupõe órgãos específicos instituídos pela organização judiciária local para se ocupar das causas cíveis de menor complexidade, sendo sua característica principal a predominância dos princípios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, tudo com acentuada preocupação com a conciliação ou 
 transação.

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