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Resumo: Unificação da ALEMANHA.docx

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Contextualização
De acordo com FULLBROOK (2012:230), antes da unificação o território germânico estava fragmentado em 39 estados que formavam a confederação germânica. A confederação era governada por uma assembleia com representantes dos maiores estados Prússia e Áustria que tinham maior poder e acabam por decidir quase tudo.
Havia conflitos de interesses entre Áustria e Prússia. Enquanto Áustria era contrária a unificação, a Prússia era favorável, pois pretendia aumentar o seu poder sobre o território germânico e ampliar o desenvolvimento industrial.
Esforços da unificação da Alemanha
De acordo com CARPENTIER, Jean & LEBRUN,(2002:330) depois da queda de Napoleão, o processo de reorganização das monarquias europeias deu origem a formação da confederação alemã. Tal confederação consistia em uma região formada por 38 estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes.
Os austríacos tinham o seu desenvolvimento económico sustentado pelo seu forte sector agrícola. De outro lado a Prússia via no processo de unificação política dos estados confederados um importante passo para o desenvolvimento económico daquela região.
Buscando efectivar seu interesse a Prússia criou uma zona aduaneira chamada Zollverein, que aboliu as taxas alfandegarias entre as monarquias envolvidas no acordo. O Zollverein permite a expansão industrial e exclui a Áustria, que se mantém contrária à unidade nacional.
Guerra dos Ducados
De acordo com DREYFUS (1996:321), com início em 1864, a Guerra dos Ducados foi a primeira batalha a iniciar o processo de unificação alemã. As tropas germânicas se uniram contra a Dinamarca que, desde 1815, administrava os ducados de Scheleswig-Holstein por decisão do Congresso de Viena.
Em 1863, a Dinamarca anexou os territórios, mesmo que habitados por população alemã, e Bismarck, com apoio da Áustria, conseguiu reaver os ducados para a Alemanha. Embora aliado da Áustria, o chanceler alemão usou de uma política preventiva para evitar compensações territoriais e costurou uma aliança com a França e a Itália.
Guerra Austro-Prussiana
De acordo com DREYFUS (1996:325), Também conhecida como guerra de sete semanas, ocorreu em 1866 e teve a Alemanha como vencedora. Entre as consequências do conflito, esteve a assinatura do Tratado de Praga e a dissolução da Confederação Germânica.
Os germânicos tentaram anexar os Estados alemães do Sul, mas o imperador francês, Napoleão III, se opôs, ameaçou atacar a Prússia e deixou claro o temor em ver a Alemanha como a maior potência europeia.
Guerra Franco-prussiana
De acordo com NÉRÉ (1976:143), o conflito foi deflagrado em 1870, porque um ano antes, Napoleão III veta a candidatura do príncipe Leopoldo de Hohenzollern ao trono espanhol. A Prússia declarou guerra à França e venceu. A guerra foi rápida, Napoleão III capturado e todo o seu exército feito prisioneiro. Como resultado foi assinado o Tratado de Frankfurt, que permitiu à Alemanha anexar as províncias da Alsácia-Lorena, ricas em jazidas de ferro.
A proclamação do Império Alemão
De acordo com NÉRÉ (1976:145), De acordo com a humilhante capitulação e captura de Napoleão III, e a perda de todo o exército, trouxeram muita agitação e revolta, e foi proclamada a 3.ª República.
Após a vitória sobre a Áustria, a Prússia começou a afirmar a sua autoridade e, com a vitória sobre a França, assumiu a liderança do novo império, tendo os estados meridionais sido oficialmente incorporados na Alemanha unificada.
O novo Império Alemão incluía vinte e seis estados, incluindo três cidades hanseáticas.
Em Janeiro de 1871, Guilherme foi proclamado Imperador (kaiser) alemão em Versalhes.
Mas unificar vários estados numa nação requeria mais do que vitórias militares, apesar de estas elevarem o moral. Requeria também repensar os comportamentos políticos, sociais e culturais, e a construção de novos conceitos do “nós” e do “eles”.
A Constituição da Confederação Alemã do Norte, de 1866, foi ajustada e tornou-se na Constituição do Império Alemão, adquirindo algumas facetas democráticas, nomeadamente a Dieta (Parlamento) Imperial, cuja representação era na base de eleições por sufrágio directo e universal masculino, acima de vinte e cinco anos.
A Dieta Imperial tinha o poder de aprovar, emendar ou rejeitar propostas de lei, mas não de iniciar legislação. Os outros estados mantiveram os seus governos, mas as forças militares dos estados mais pequenos passaram para o controlo da Prússia. As dos estados-maiores (Baviera e Saxónia) mantiveram alguma autonomia, mas sofreram as reformas necessárias para coordenar com os princípios militares prussianos e passaram para o controlo federal em caso de guerra.
Consequências
Consequências da Unificação da Alemanha
De acordo com FULLBROOK (2012:239), a unificação da Alemanha apresenta as seguintes consequências:
Surgimento do império alemão;
Rompimento do equilíbrio europeu vigente desde o Congresso de Vienna;
Aumento do revanchismo com a França;
Revolução industrial alemã;
Rivalidade com a Inglaterra em busca de mercados para escoar a produção;
Promoção do isolamento da França;
Surgimento da Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália), um dos polos da Primeira Guerra Mundial.
Problemas económicos e sociais
De acordo com NÉRÉ (1976:255), Nos anos que se seguem á unificação, Bismarck com ajuda dos ministros liberais, reforça a coesão económica da Alemanha com a unificação da moeda, fundação dos Reichsbank, extensão da rede ferroviária, que passa, na sua maior parte para as mãos do Estado. Nesta situação a vida progride rapidamente. A partir de 1873 passou-se por um período de depressão, marcado pela queda dos preços, inúmeras falências, diminuição das actividades industriais, grandes dificuldades para os produtores agrícolas onde muitos emigram para as cidades, outros transpõem o oceano atlântico. Com isto houve o desaparecimento de uma quantidade de pequenas empresas acarreta um reforço da concentração industrial e bancária. Com o fluxo dos camponeses nas cidades, a crise do artesanato, a diminuição da actividade industrial provocam a baixa dos salários e aumentam os números de desempregados.
A vida política
De acordo com NÉRÉ (1976:257), A política seguida em 1872, denominada Kulturkampf (leis de Maio de 1873, medidas repressivas contra os clérigos que se recusam a submeter-se a elas), procura colocar a igreja Católica alemã sob o controle estreito do Estado, romper-lhe os laços com Roma, destruir o partido do Centro que eram os Católicos alemães que se apresentavam como o melhor dos direitos do individuo em face da concepção prussiana do estado todo-poderoso e dos particularismos locais contra a centralização.
A oposição dos liberais e diversos projectos de lei sobre a imprensa, sobre os créditos militares, sobre a repressão contra os socialistas conduz Bismarck a romper com eles. A questão da reforma aduaneira permitiu-lhe derrubar o partido nacional-liberar e constituir uma politica conservadora: depuração da administração da justiça, controlo do ensino, sobretudo repressão contra os socialistas. Divididos em Lassalianos e Marxistas, estes reuniram-se, no congresso de Gotha (1875), num só partido social-democrata, que adoptou uma organização sólida e realizou uma propaganda activa.
O progresso económico
De acordo com NÉRÉ (1976:258), após a queda de Bismarck, regista-se um progresso económico em 1885, onde houve um desenvolvimento considerável dos meios de transporte (nova extensão e modernização da rede ferroviária, escavaca de canais, rectificação de recursos de agua, construção de uma grande frota de comercio), da impulso vigoroso as actividades. A concentração de mercado financeiro entre as mãos de um pequeno número de bancos comerciais muito grandes alivia a insuficiência de capitais disponíveis e assegura o financiamento das empresas.
Transformações sociais
De acordo com NÉRÉ (1976:259), Houve aumento da taxa de Natalidade ao passo que a taxa de mortalidade diminui sensivelmente, constituirum elemento importante do desenvolvimento económico e do poder do Reich. Nota-se também a redução da emigração. Houve formação dos sindicatos e grupos socialistas, criadas pelas classes médias (pequena burguesia artesãos e camponeses) que buscam organizar-se a fim de resistir as ameaças que a evolução económica faz pesar sobre a sua condição.
Problemas políticos
De acordo com NÉRÉ (1976:260), Após a queda de Bismack, a dispersão do bloco em 1909 por motivos de um projecto de reforma fiscal, assinala o inicio de longo período de dificuldades. Forma-se uma poderosa corrente para reclamar reformas profundas: o recurso ao fisicalismo directo e não mais aos impostos de consumo para fazer frente as crescentes despesas do Reich; nova divisão das circunscrições eleitorais para tomar em consideração o aumento da população urbana; o estabelecimento do sufrágio universal e directo nos Estados. Os socialistas que na sua maioria abandonaram as concepções revolucionárias em proveito das teses reformistas decidem aproximar-se dos liberais para encetar juntos uma campanha sobre este programa de democratização.
Conclusão
O Império Alemão caracterizou-se pelo modernismo e pelo tradicionalismo. O seu início marcou o começo de um “casamento tormentoso” entre democracia e monarquia no qual a influência do “kaiser” nos assuntos de estado esteve muitas vezes em discussão.
Enquanto as outras monarquias europeias progrediam para monarquias constitucionais, Guilherme II reafirmava e consolidava as suas prerrogativas, decisão que o levou a conflitos com Bismarck. A diferença fundamental entre eles era o modo de resolver as crises políticas, internas e externas. A relação conflituosa terminou em 1890, quando o chanceler se demitiu. Com a sua saída, Guilherme II tornou-se no líder dominante e absolutista do país, revelou rapidamente ambições hegemónicas e, também mal aconselhado, levou a Alemanha a uma série de erros fatais que culminaram na I Guerra Mundial.
A Alemanha tornou-se na principal potência europeia, entre 1871 e 1914. A população cresceu 65% e produzia então duas vezes mais aço do que a Grã-Bretanha.
Referencias Bibliografias
CARPENTIER, Jean & LEBRUN, François. História da Europa. 3ª ed. Lisboa: editora 
 Estampa lda, 2002.
DREYFUS, F. G. et all. História Geral da Europa III: de 1789 aos nossos dias. 3ª ed. 
 Portugal: Publicações Europa-América, 1996.
FULLBROOK, Mary. História concisa da Alemanha: série História das nações. Brasil-São 
 Paulo: Edipro, 2012.
NÉRÉ, Jacques. O mundo contemporâneo. Vol. IV. Lisboa: Edições Áticas, 1976.
Elaborado por: Paula Mazuze, Editado por: Osvaldo Lino

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