Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Palco Italiano Surgiu durante o Renascimento entre o século XV e XVI, época que começa a florescer a ideia do antropocentrismo. Por ocorrer a noção de perspectiva à Pintura, os espaços cênicos se transformaram em locais que proporcionavam à plateia a sensação de profundidade e perspectiva. O primeiro teatro público neste novo molde renascentista foi inaugurado em Veneza no ano de 1630 com cortinas, telões pintados para trazer os efeitos entre outros. O teatro italiano tem como característica a disposição frontal de palco e plateia, a delimitação pela boca de cena que consiste na quarta parede, além da caixa cênica com urdimento e coxias. Este é o mais utilizado entre as demais tipologias como o teatro arena e elisabetano e ainda hoje é o mais usado nos teatros ocidentais por conta da sua ambientação. http://www9.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aup0154/00_aup0154_bases/Apostila_de_Teatro.pdf http://www.lazuliarquitetura.com.br/tpe.htm Trecho do site O mais utilizado, entretanto, é o palco italiano. Surge durante o Renascimento, na virada do século XV para o XVI, quando o homem passa a ocupar o centro do universo. Surge nessa época a noção de perspectiva que dá o tom à pintura. Dos quadros para os palcos, muda-se o espaço cênico, até então o usado pelos gregos. Dessa forma, criou-se um espaço em que foi possível propiciar à plateia a noção de profundidade e perspectiva. Em torno do ano de 1630, é inaugurado em Veneza o primeiro teatro público de ópera, observando os novos moldes impostos pela pintura renascentista: a boca de cena arredondada, cortina, luzes na ribalta, telões pintados que permitem a perspectiva e profundidade do cenário, além de máquinas para efeitos especiais. Tendo como sua maior característica a disposição frontal de palco e plateia, é ainda hoje o mais utilizado no teatro ocidental. Além dessa formação (palco/plateia), outras características determinam o paco italiano: palco delimitado pela boca de cena, consequentemente, a quarta parede, a caixa cênica com urdimento e coxias. Teatro do Colégio Miguel de Cervantes / acr arquitetura Ficha Técnica Arquitetos: acr arquitetura Localização: Av. Jorge João Saad, 905 - Vila Progredior, São Paulo - SP, Brasil Arquiteto Responsável: Antonio Carlos Rodrigues Área: 1350.0 m2 Ano do projeto: 2017 Fotografias: Alex Straub Projeto de instalações: Engefast Cenografia: Gustavo Lanfranchi Acústica: Toninho Ciampolini Gerenciadora: Amanda Barros Na primeira etapa do projeto de ampliação do Colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo (SP), o escritório acr arquitetura repaginou um espaço cultural multiuso integrado ao dia a dia dos alunos – o teatro. A renovação do Teatro do Colégio Miguel de Cervantes foi o primeiro passo em direção a uma transformação pedagógica e tecnológica, que refletirá na qualidade da educação e beneficiará alunos, familiares, visitantes e professores, conta o arquiteto Antonio Carlos Rodrigues. O espaço ganhou uma nova estrutura para atender às atuais necessidades pedagógicas e também às atividades extracurriculares, como eventos, palestras, formaturas e apresentações de espetáculos de dança flamenca. Intervenções necessárias O foyer do teatro foi redesenhado para o conforto dos espectadores Foto: Alexandre Straub O teatro foi interligado às salas de aula por uma ampla passagem coberta. A proposta foi ampliar a área de intervenção para a marquise e também elevar o teto, para criar uma atmosfera mais agradável. O volume principal foi incorporado ao pátio com jardim, como uma extensão do foyer. Esse hall de estrada do teatro foi redesenhado para o conforto dos espectadores, com madeira clara e piso escuro, e está próximo aos clusters e à biblioteca. Além disso, garante a facilidade de acesso aos visitantes, sem perder a integração com o dia a dia dos alunos. “O objetivo foi criar um contato visual e conceitual da cultura do Colégio Miguel de Cervantes com o teatro. Vedações de vidro também conectam, visualmente, o interior com o exterior. Além disso, neste hall foram aplicados retratos de ícones da cultura e arte espanholas”, comenta Rodrigues. Palco No palco, a retirada de parte do solo permitiu que o local fosse rebaixado, totalmente redesenhado e com novas dimensões. A largura e profundidade foram ampliadas resultando numa área de cena de 16 m x 13 m, o que possibilita a realização de espetáculos de música, dança e peças teatrais. Esta mudança gerou um pé-direito maior, que viabilizou um novo sistema de iluminação cênica e para suporte de elementos cenográficos, através de uma grelha cenotécnica, onde foram fixados a vestimenta cênica, os cenários e os refletores. Essa grelha também está integrada às varas de iluminação cênica com pontos de alimentação e distribuição de sinal digital utilizando conexões XLR, powerCON e Stage Pin. Além disso, a grelha cenotécnica está integrada às varas de iluminação cênica com pontos de alimentação e distribuição de sinal digital Foto: Alexandre Straub O resultado são refletores aparentes, que se assemelham a um estúdio de TV. Os camarins foram remodelados e modernizados. O Teatro do Colégio Miguel de Cervantes precisou de cuidados especiais e da consultoria de um especialista em cenotécnia teatral, o profissional Gustavo Lanfranchi, que, em parceria com o escritório acr arquitetura, buscou soluções para atender às demandas da instituição. Tratamento Teatral A boca de cena passou a ser completamente aberta e criou-se um proscênio com dimensões para atender às novas demandas. Os degraus e a redução da altura do palco, em relação à primeira fileira de assentos, permitem uma aproximação maior dos espectadores com o palco, criando uma atmosfera mais intimista. A curvatura também foi ajustada para melhorar a visibilidade da plateia. Os carpetes nas paredes, assim como os pisos, foram substituídos por painéis amadeirados com tratamento acústico, em contraste com o piso e outros elementos em tons sóbrios de cinza e preto. A escolha dos materiais conferiu mais expressão, personalidade, acolhimento e funcionalidade ao ambiente. O piso de madeira garapa criou um nível de vibração das tábuas ideal para a dança flamenca, pois amplifica o batimento dos pés dos bailarinos. “Esta foi uma característica bem particular do projeto, mas que também se adapta aos outros usos do espaço”, menciona o arquiteto. Por fim, o forro foi substituído para receber nova iluminação https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/acr-arquitetura_/teatro-do-colegio-miguel-de-cervantes/4230
Compartilhar