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certo Trabalho Estácio Licitação

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fichamento de Estudo de Caso
Radamés Nunes Pereira Rêgo 
Trabalho da Disciplina Licitações e Contratos 
 Tutor: Prof. Eduardo de Moura 
Rio de Janeiro
2018
FICHAMENTO
TÍTULO: Licitações e Contratos 
CASO: “Fatores Críticos no Comportamento do Gestor Público Responsável por Compras Sustentáveis: diferenças entre consumo individual e organizacional”
REFERÊNCIA: COUTO, Hugo Leonnardo Gomides do; COELHO, Cristiano. Fatores críticos no comportamento do gestor público responsável por compras sustentáveis: diferenças entre consumo individual e organizacional. In: Rev. Adm. Pública – Rio de Janeiro. mar./abr. 2015. 
TEXTO: 
O estudo analisando discuti sobre licitação, que é um procedimento administrativo formal para contratação de serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta. No Brasil, para licitações por entidades que façam uso da verba pública, o processo é regulado pelas leis 8.666/93  e 10.520/02. Há, ainda, outras legislações complementares que também regulam os certames, como a Instrução Normativa nº 01/2010 que definiu os critérios de sustentabilidade ambiental que podem ser inseridos nas especificações de bens, serviços e obras da Administração Pública Federal (BRASIL, 2010). Verificou-se a existência de fundamentação legal suficiente para a inserção dos critérios sustentáveis nas compras públicas. Com isso, demonstra-se que estes critérios podem ser utilizados, desde que a sua aplicação não contrarie aos princípios que norteiam a Administração Pública (DOROCINSKI, 2011). Em seguida à aplicação de questionários a um grupo de gestores públicos designados a preparação de editais e condução de certames licitatórios, foram efetivadas estatísticas que determinaram as semelhanças entre os dois contextos. A partir dos resultados, observou-se diferenças relacionadas com o contexto de compra envolvido, em especial naquelas que envolvem preço, determinações da legislação e tempo gasto nas especificações dos produtos a serem adquiridos. 
O fato das aquisições governamentais envolverem valores significativos de recursos públicos na qual movimentam importantes campos da economia, há uma preocupação em a administração desenvolver suas ações e programas em prol do desenvolvimento sustentável. A mesma tendo assumido um papel acentuado nas discussões sobre consumo, aliado ao reconhecimento do Estado como sendo um enorme consumidor, iniciou-se mudanças na legislação para criar e fomentar mudança na forma de se produzir e consumir bens e de se prestar serviços.
Assim, podemos entender como aquisições sustentáveis o meio pelo qual a Administração Pública, utilizando os mecanismos legais disponíveis, realiza suas licitações aplicando critérios que levem em consideração características ambientais, sociais e econômicas desde sua concepção, passando pela sua utilização racional e culminando com seu correto descarte ou reutilização.
A relevância do artigo fala de um estudo realizado pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para averiguar a conduta de gestores públicos, identificando os fatores decisivos que determinam o processo de compra sustentável, seja no contexto individual ou organizacional. O procedimento licitatório tem por finalidade promover a proposta mais vantajosa para a Administração Pública visando à sustentabilidade. O gestor responsável pelas aquisições do governo assume uma atuação de consumidor organizacional, pois este está adquirindo bens e serviços para serem consumidos pela organização. Já quando se trata de consumidor individual, este se preocupa em adquirir o produto para o consumo próprio ou da família. O levantamento do estudo foi realizado através de um questionário que foi aplicado aos gestores responsáveis pela elaboração de editais e de certames licitatórios.
A pesquisa mostra análise do comportamento do gestor realizando a aquisição de um determinado produto para consumo próprio e para o consumo organizacional. As diferenças são perceptíveis, uma vez que a compra efetivada para consumo próprio, o gestor tem discricionariedade para adquirir o produto, já à compra para a organização, o gestor necessita estar vinculado às normas que as conduzem para não as desrespeitar, na qual está inserido no Princípio da Legalidade que é uma das maiores garantias para os gestores frente o Poder Público. Ele representa total subordinação do Poder Público à previsão legal, visto que, os agentes da Administração Pública devem atuar sempre conforme a lei. Na qual é citado a alteração do artigo 3º da Lei n. 8.666 (1993) a qual colocou a definição “promoção do desenvolvimento nacional sustentável”, as licitações, passaram a ter atributos relacionados à sustentabilidade de forma a acolher o novo dispositivo legal. Tais modificações impactaram a formulação das novas demandas do Estado o que fez aparecer qualificações relacionadas a este novo atributo legal das aquisições públicas.
Um questionário foi utilizado na metodologia de pesquisa elaborado pelo IBGE que depois foi aplicado aos gestores públicos responsáveis pelo setor de compras e aos pregoeiros. O mesmo foi composto por três partes, sendo a primeira para o conhecimento das variáveis demográficas, a segunda pelas informações funcionais e a terceira pelas informações comportamentais.
O resultado da primeira parte do estudo mostrou que mais da metade dos respondentes tinham elevada escolaridade, mesmo tendo nível superior a maioria tinha recibo treinamento de licitação, embora não receberam treinamentos relativos ao assunto de compras públicas sustentáveis.
Em seguida o estudo alcançou como resultado que o procedimento dos servidores perante as declarações sobre compras organizacionais foi bem consciente. A última etapa do estudo que analisou os dados comportamentais, percebeu que as afirmações enviadas aos entrevistados foram estatisticamente semelhantes. Constatou-se que o comportamento dos gestores em relação com consumo organizacional não possui influências, isso se dá ao fato que existi um conjunto de critérios que demarcam e direcionam as compras organizacionais públicas, das quais os responsáveis devem ter o conhecimento necessário.
Segundo os gestores públicos respondentes ao questionário finalizo o estudo mostrando que eles, adotam um caráter ético tanto como consumidores individuais como organizacionais. Há uma preocupação com a sustentabilidade. Essa conduta é ressaltante diante das situações que vivemos nos dias atuais, em que o cuidado com a sustentabilidade tem se tornado cada vez maior. A licitação sustentável é um procedimento administrativo formal que contribui para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, mediante a inclusão de critérios sociais, ambientais e econômicos nas compras de bens, contratações de serviços e execução de obras. Em geral, trata-se do uso do poder de compra do setor público para gerar benefícios econômicos e socioambientais. As compras e licitações sustentáveis têm um papel estratégico para os órgãos públicos e, quando utilizadas adequadamente promovem a sustentabilidade nas atividades públicas.
LOCAL: Biblioteca da Universidade 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL, 1993. Lei Federal n º 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 de jun. de 1993.
BRASIL, 2010. Instrução Normativa nº 1, de 19 de janeiro de 2010. Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. Diário Oficial da União, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, Brasília, DF, 20 jan. 2010. < http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/legislacaoDetalhe.asp?ctdCod=295>Acesso 18 mar.2018.
COUTO, Hugo Leonnardo Gomides do; COELHO, Cristiano. Fatores críticos no comportamento do gestor público responsável por compras sustentáveis: diferenças entre consumo individual e organizacional. In: Rev. Adm. Pública – Rio de Janeiro. mar./abr. 2015. 
DOROCINSKI, Clarice. Modelo de Gestão Pública: A Gestão Ambiental Municipal de Curitiba http://www.imap.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=592&Itemid=90
MIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. Ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agenda_21

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