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Crimes Contra Pessoa aula I Homicídio

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DIREITO PENAL 
CRIMES CONTRA PESSOA
Professor Glauber Ferrari Oliveira
glauber.oliveira@anhanguera.com
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio – art.121
(Feminicídio)
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio – art. 122
Infanticídio – art. 123
Aborto – arts. 124 a 128
2
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
HOMICÍDIO : É a morte de um homem provocada por outro homem. É
a eliminação da vida de uma pessoa praticada por outra.
OBJETO JURÍDICO: É bem jurídico, ou seja, o interesse protegido
pela norma penal.
O HOMICÍDIO, tem por objeto jurídico a VIDA HUMANA
EXTRAUTERINA (direito à vida).
OBJETO MATERIAL: É a pessoa ou coisa sobre as quais recai a
conduta. É o objeto da ação. Assim, o objeto material do homicídio
é a PESSOA sobre quem recai a ação ou omissão.
ELEMENTOS DO TIPO: O tipo é um molde criado pela lei, no qual
está descrito o crime com todos os seus elementos, de modo que
as pessoas saibam que só cometerão algum delito se vierem a
realizar uma conduta idêntica à constante do modelo legal.
3
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
O TIPO é composto pelos seguintes elementos:
OBJETIVOS: Referem-se ao aspecto material do fato – objeto do
crime, lugar, tempo, meios empregados, núcleo do tipo (verbo) etc.;
NORMATIVOS: Seu significado não se extrai de mera observação,
sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural,
histórica, política, religiosa, bem como de qualquer outro campo do
conhecimento humano;
SUBJETIVOS: É a finalidade especial do agente exigida pelo tipo para
que este se configure – dolo específico 4
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
AÇÃO NUCLEAR: Refere-se a um dos elementos objetivos do tipo penal. É
expressa pelo verbo, que exprime uma conduta (ação ou omissão) que a
distingue dos demais delitos. (Homicídio = Matar).
AÇÃO FÍSICA: O homicídio é um crime de AÇÃO LIVRE que poderá ser
realizado de várias formas:
1 – Por meios físicos (mecânicos, químicos ou patogênicos):
Mecânicos – instrumentos contundentes, perfurantes, cortantes;
Químicos – substâncias corrosivas (ácido sulfúrico). Causam
envenenamento;
Patogênicos – Vírus letais (AIDS)
5
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
2 – Por meios morais ou psíquicos: O agente se serve do
medo ou da emoção súbita para alcançar seu objetivo;
3 – Por meio de Palavras: diz-se a um cego para avançar
em direção a um despenhadeiro;
4 – Por meio Direto: Age-se contra o corpo da vítima –
golpes de faca;
5 – Por meio Indireto: Quando se lança mão de meio que
propicie a morte por fator relativamente independente do
criminoso ou de seu contato direto com a vítima
6
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
6 – Por ação ou omissão:
Ação: É comportamento positivo, movimentação corpórea, facere.
Omissão: Comportamento negativo, a abstenção de movimento, non
facere.
O omitente não deve responder pelo resultado, pois não o
provocou. A omissão relevante para o direito penal exige:
- non facere – Não fazer
- quod debeatur – Aquilo que tinha o dever jurídico de fazer 7
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
Art. 13 (...)
Relevância da omissão
§ 2º - A OMISSÃO É PENALMENTE RELEVANTE quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a
quem:
a)tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b)de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado;
c)com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado.
Nestes casos está presente o dever jurídico de agir, ausente tal dever,
o agente não comete crime algum. 8
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
9
CRIME MATERIAL: O Delito de homicídio classifica-se como crime material,
que é aquele que se consuma com a produção do resultado. O
resultado morte há da vítima há de se vincular pelo nexo causal à conduta
do agente.
PROVA DA MATERIALIDADE (EXAME DE CORPO DE DELITO): É o meio
de prova pelo qual é possível a constatação da materialidade do delito.
Nem a confissão pode suprir a ausência do corpo de delito (art. 158 CPP).
O Exame de Corpo de Delito pode ser:
DIRETO: Imprescindível nas infrações que deixam vestígios – inspeção e
autópsia do cadáver – laudo necroscópico.
INDIRETO: Não sendo possível o exame de corpo de delito em razão do
desaparecimento dos vestígios, a prova testemunhal poderá suprir a falta
(art. 167 CPP)
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
10
SUJEITO ATIVO: É o ser humano que pratica a figura típica descrita na lei,
isolada ou conjuntamente com outros autores. Abrange também o partícipe
(não pratica o núcleo do tipo).
CRIME COMUM: Pode ser cometido por qualquer pessoa. A lei não exige
nenhum requisito especial.
SUJEITO PASSIVO: É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado. Pode
ser:
DIRETO OU IMEDIATO: Quando for a pessoa que sofre diretamente a
agressão (sujeito passivo material);
INDIRETO OU MEDIATO: o Estado (sujeito passivo formal) é sempre
atingido em seus interesses, qualquer que seja a infração praticada, visto
que a ordem pública e a paz social são violadas.
No Homicídio será sujeito passivo imediato, qualquer pessoa com vida.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
11
ELEMENTO SUBJETIVO: O Código Penal só conhece figuras do homicídio DOLOSO e do CULPOSO,
de maneira que a ausência de um desses elementos acarreta atipicidade, pois não há uma terceira
forma de homicídio.
DOLO: É o elemento psicológico da conduta. É a vontade e a consciência de realizar os elementos
do tipo lega.l, isto é de praticar o verbo e produzir o resultado.
ESPÉCIES DE DOLO:
1) DIRETO OU DETERMINADO: O agente QUER realizar a conduta e produzir o resultado. Ex.:
Sujeito atira contra corpo da vítima, desejando matá-la;
2) INDIRETO OU INDETERMINADO: Divide-se em DOLO EVENTUALe ALTERNATIVO:
DOLO EVENTUAL: O agente não quer diretamente o resultado mas aceita a possibilidade de produzi-
lo;
DOLO ALTERNATIVO: O agente não se importa em produzir este ou aquele resultado (quer ferir ou
matar).
DOLO EVENTUAL ≠ CULPA CONSCIENTE
3) DOLO GERAL OU ERRO SUCESSIVO, ABERRATIO CUASAE: O agente, após realizar a
conduta, supondo já ter realizado o resultado, pratica o que entende ser um exaurimento, e nesse
momento atinge a consumação.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
12
MOMENTO CONSUMATIVO E PERÍCIAS MÉDICOS-LEGAIS REALIZADAS PARA
CONSTATAÇÃO DA CAUSAMORTIS:
CRIME CONSUMADO: Quando foram realizados todos os elementos constantes de sua definição
legal.
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
No caso do homicídio, crime material, a consumação se dá com a produção do resultado naturalístico
morte (esgotamento do iter criminis).
É um crime INSTANTÂNEO porque a consumação se opera em dado momento e de EFEITOS
PERMANENTES, na medida em que, uma vez consumado, não como fazer desaparecer seus
efeitos.
A morte é decorrente da cessação do FUNCIONAMENTO CEREBRAL, CIRCULATÓRIO e
RESPIRATÓRIO.
MORTE CLÍNICA: paralisação função cardíaca e respiratória;
MORTE BIOLÓGICA: destruição molecular;
MORTE CEREBRAL: paralisação das funções cerebrais
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
13
PERÍCIAS MÉDICO-LEGAIS:
EXAME NECROSCÓPICO: Exame de corpo de delito direto (infrações que
deixam vestígios). È o meio pelo qual os peritos constatam a realidade da
morte e buscam sua causa, cujas conclusões ficarão consubstanciadas
no laudo de exame necroscópico;
EXUMAÇÃO: Desenterrar o cadáver. É requisito para a sua realização que
a morte tenha resultado de uma ação criminosa ou que haja indícios dessa
circunstâncias. Precedida em regra de autorização judicial.
DOS CRIMESCONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
14
FORMAS: (ART. 121)
HOMICÍDIO SIMPLES DOLOSO (CAPUT): Constitui tipo básico fundamental,
é o que contem os componentes essenciais do crime;
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (§ 1º): Considera circunstâncias de caráter
subjetivo que resultam em menor reprovação moral ao agente - diminuição
de pena;
HOMICÍDIO QUALIFICADO (§ 2º): Considera circunstâncias agravantes
(específicas) para aumentar a pena. È um tipo derivado do homicídio
simples;
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - FEMINICÍDIO
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o
crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela
Lei nº 13.104, de 2015)
CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
HOMICÍDIO CULPOSO (§ 3°): Quando o agente deu causa a resultado por imprudência,
negligência ou imperícia;
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (§ 4°): Aplicáveis respectivamente às modalidades
culposa e dolosa do homicídio
§ 6o A pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7o A pena do FEMINICÍDIO é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela
Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa MENOR de 14 (catorze) anos, MAIOR de 60 (sessenta) anos ou
com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - NA PRESENÇA de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei
nº 13.104, de 2015)
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
17
I
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: Verdadeira causa especial de diminuição de pena. Em virtude
da presença de certas circunstâncias subjetivas que conduzem a menor reprovação social
da conduta homicida, o legislador prevê uma causa especial de atenuação da pena.
HIPÓTESES DE HOMICÍDIO PRIVILEGIADO:
MOTIVOS DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL: Corresponde ao interesse
coletivo. Ex.: O agente por amor a Pátria, elimina um traidor. È motivo considerado nobre,
aprovado pela moralidade média;
DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM SEGUIDA A INJUSTA PROVOCAÇÃO
DA VÍTIMA:
EMOÇÃO VIOLENTA: Refere-se à intensidade da emoção. Apresenta-se forte,
provocando um verdadeiro choque emocional. Somente se VIOLENTA autoriza o
privilégio;
PROVOCAÇÃO INJUSTA DO OFENDIDO: Sem motivo razoável, injustificável,
antijurídica. A sua ausência descaracteriza o privilégio. A provocação poderá ser putativa;
REAÇÃO IMEDIATA: O impulso emocional e o ato dele resultante sigam-se
imediatamente à provocação da vítima, ou seja, tem de haver a imediatidade entre a
provocação injusta e a conduta do sujeito.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO
18
DOMÍNIO PELA EMOÇÃO: Para a incidência do privilégio exige a lei
que o agente esteja sob o domínio de violenta emoção.
HOMICÍDIO PASSIONAL: Em tese, significa homicídio por amor, ou seja, a
paixão amorosa induzindo o agente a eliminar a vida da pessoa amada. Os
doutrinadores afastam a possibilidade de ser crime relacionado ao amor,
mas sim, cometidos por vingança inclusive.
Material e Aula a partir de Bibliografiabásica
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte especial. V.3. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Disponivel em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547217099/cfi/4!/4/4@0.00:0.00

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