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29 Impairment Test

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IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Impairment Test 
Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução literal, deterioração. É uma regra 
segunda a qual a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e no intangível (§ 3 do art. 183 da Lei 6.404/1976). 
Tecnicamente trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo. Na prática, quer dizer que 
as companhias terão que avaliar, periodicamente, os ativos que geram resultados antes de 
contabilizá-los no balanço. 
Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor não recuperável no futuro, ou seja, 
toda vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o 
ativo está registrado, a companhia terá que fazer a baixa contábil da diferença. 
O ajuste para perdas por desvalorização decorre da obrigação de avaliar os ativos, no mínimo 
anualmente, para ajustá-los a valor de sua realização, caso este seja inferior ao valor contábil. 
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda 
respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas. 
Dentre outras situações, por exemplo, o ativo precisa ser avaliado em decorrência da obsolescência 
ou de dano físico, o que o retorno esperado do ativo (fluxo de caixa futuro descontado) é menor que o 
valor contábil. 
Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de 
um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. 
As metodologias para avaliação da recuperação de ativos são estipuladas na NBC TG 01, dentre as 
quais, a estimativa do valor em uso de um ativo. 
Desta forma, se um ativo está registrado contabilmente por R$ 10.000,00 e seu valor recuperável é 
de R$ 8.000,00, teremos que ajustar a diferença (perda de R$ 10.000,00 menos R$ 8000,00 = R$ 
2.000,00) da seguinte forma: 
D - Perdas por Desvalorização de Ativos (Conta de Resultado) 
C - (-) Perdas por Desvalorização (conta redutora do Ativo) 
R$ 2.000,00 
Nota: não se ajusta eventual ganho (valor recuperável superior ao valor contábil). 
TESTE DE IMPAIRMENT: CONCEITO, REGRAS E METODOLOGIAS. 
Muitas empresas ainda têm dúvidas sobre como se aplica e para que serve o Teste 
de Impairment, obrigatório desde 31 de dezembro de 2008 para ser aplicado no mínimo a cada fim de 
exercício social. A redução ao valor recuperável de ativos, Impairment, é uma das alterações da Lei 
11.638/07 que, por meio da CPC 01, define que as empresas devem verificar o valor de seus ativos 
anualmente. Neste post, vamos esclarecer diversas questões sobre o Teste de Impairment, tais 
como conceito, métodos e como funciona a reversão. 
O que é o Teste de Impairment? 
Impairment é uma palavra em inglês que em sua tradução literal significa deterioração. Tecnicamente 
trata-se da redução do valor recuperável de um ativo. O Teste de Impairment é, portanto, uma 
avaliação para verificar se os ativos da empresa estão desvalorizados, ou seja, se o valor contábil 
excede seu valor recuperável, sendo que o recuperável é o maior valor entre o Valor justo líquido de 
despesas de venda e o Valor em uso. 
O resultado do teste deve ser contabilizado nos casos em que o valor recuperável for inferior ao valor 
contabilizado, ou seja, a empresa deve registrar a baixa contábil da diferença nas Demonstrações de 
Resultado, debitando-se a conta de “despesa de perda por desvalorização de ativos” e creditando-se 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
uma conta redutora do ativo. Se o valor recuperável for maior do que valor contabilizado, o ativo deve 
permanecer com o valor original registrado. 
Além da obrigatoriedade anual de realizar o Teste de Impairment, há diversas razões para avaliar os 
ativos da empresa, tais como: 
– Em casos de obsolescência, reestruturação ou venda parcial de ativos; 
– Em casos de performance econômica pior do que a esperada, com objetivo de estimar o valor 
recuperável da sua perda; 
– Em casos de liquidação da empresa; 
– Em casos de depreciação acelerada, a exemplo da utilização de ativos em vários turnos, quando a 
depreciação do mesmo é levada em conta em apenas um turno. 
A quem se aplica? 
A obrigatoriedade do Teste de Impairment com periodicidade anual, segundo a Lei Nº. 11.638/07, é 
para às Sociedades de Grande Porte que tiverem, no exercício anterior, ativo total superior a R$ 
240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. Aplica-se à sociedade ou conjunto de 
sociedades sobre controle comum, independentemente de sua constituição jurídica ser Sociedade 
Anônima ou Sociedades de Responsabilidade Limitada. 
Quais são os métodos utilizados? 
Existem dois métodos que podem ser aplicados para realizar o Teste de Impairment: Valor justo 
líquido de despesa de venda e Valor em Uso. A determinação do método para a realização do 
teste de recuperabilidade pode ser escolhido pela própria empresa e, caso haja perdas, deve-se optar 
por utilizar os dois métodos de avaliação escolhendo o resultado que apresente o maior valor. A 
escolha de utilizar os dois métodos, no entanto, acarreta em mais tempo e custos, não sendo 
necessário, obviamente, caso o resultado obtido no primeiro método escolhido não apresente perdas. 
A indicação de utilizar os dois métodos se dá quando, por exemplo, a empresa opte pelo método de 
Valor Justo líquido de despesa de venda e o resultado apresente uma perda, sendo necessário 
refazer o teste utilizando o método Valor em Uso. Caso a avaliador interprete que o Valor em uso não 
excederá o valor encontrado no método Valor justo líquido de despesa de venda a empresa pode 
optar por não refazer o teste. 
Valor justo líquido de despesa de venda: 
O método Valor justo líquido de despesa de venda, como o próprio nome já sugere, é a avaliação do 
ativo subtraindo as despesas estimadas em uma possível venda do bem. Ou seja, o valor que a 
empresa conseguiria receber pela venda do ativo em uma negociação padrão, descontado os custos 
com a venda, como exemplo, comissão de corretores, custos de leiloeiros, custos com transportes e 
embalagens de ativos. 
Valor em uso: 
O método Valor em Uso é o valor presente de fluxos de caixas futuros esperados de um ativo ou de 
uma unidade geradora de caixa. Trata-se de uma avaliação econômica realizada por meio do método 
de Fluxo de Caixa Descontado, em que é feita uma projeção futura das entradas e saídas de caixa 
decorrentes do uso do bem por um período de 5 anos, aplicando uma taxa de desconto adequada 
para trazer esse fluxo ao valor presente. 
Este método é indicado especialmente para bens intangíveis, como softwares, ou para avaliar 
máquinas de fabricação própria. A maior dificuldade deste método é a subjetividade das premissas de 
avaliação, assim como a cautela em relação ao sigilo das informações sobre a receita. 
Comprovação e divulgação do Teste de Impairment? 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
É necessário comprovar os resultados obtidos no Teste de Impairment com Laudos Técnicos 
assinados pelos profissionais especializados em Engenharia de Avaliações. Após a execução das 
avaliações, a empresa deve divulgar em notas explicativas as seguintes informações sobre Teste 
de Impairment: 
– Se houve perda e qual o valor (reversão da perda), indicando as desvalorizações reconhecidas no 
período e possíveis reflexos de reavaliações; 
– Se a metodologia aplicada tiver sido Valor justo líquido de despesa de venda, descrever no laudo a 
base usada para determinar o valor líquido de venda; 
– Se a metodologia aplicada tiver sido Valor em uso, indicar e justificar no laudo qual a taxa de 
desconto utilizada; 
– Se a avaliação foi composta por uma unidade geradorade caixa, descrever as razões que 
justifiquem como foi composta. 
Revisão e reversão do Teste de Impairment: 
A empresa pode optar por realizar uma revisão do Teste de Impairment, caso haja indícios de 
alterações no valor justo de um ativo que eventualmente tenha sido desvalorizado. De acordo com a 
norma contábil, CPC 01, o valor pode ser ajustado para cima até o limite do custo de aquisição 
inicialmente contabilizado. Ou seja, mesmo que o bem em questão apresente um valor ainda superior 
ao valor original registrado, deve-se registrar pelo valor inicial contabilizado, apenas revertendo a 
perda anterior. 
A revisão e reversão do Teste de Impairment pode ser realizada a qualquer momento em que a 
empresa julgar a necessidade de reavaliar um ativo, no entanto, sugere-se a revisão do teste de 
recuperabilidade nos casos em que haja fortes indícios de alteração do valor justo estimado 
anteriormente, ou ao final de cada exercício. 
TESTE DE IMPAIRMENT: COMO FAZER, COMO CONTABILIZAR, ASPECTOS FISCAIS E 
DIVULGAÇÃO 
No primeiro artigo publicado sobre o assunto “Impairment de Ativos” apresentamos os conceitos 
básicos sobre o que é o teste de recuperabilidade (Impairment Test). Agora, iremos aprofundar como 
fazer um teste de impairment, discutindo as duas abordagens possíveis, sua contabilização e 
aspectos fiscais. 
 
Partindo da premissa que a empresa possui um bom controle do seu ativo imobilizado, isto é, bens 
emplaquetados com registros individuais em algum sistema informatizado com os valores de 
aquisição, depreciação acumulada, etc, o primeiro passo é determinar qual abordagem (método) será 
utilizado para a realização do teste (Valor em uso ou valor justo líquido de despesa de venda). 
1) DETERMINAÇÃO DO MÉTODO PARA REALIZAÇÃO DO TESTE 
 Valor em Uso 
O valor em uso é o valor presente de fluxos de caixas futuros esperados de um ativo ou de uma 
unidade geradora de caixa. Isto é, uma avaliação econômica através do método de fluxo de caixa 
descontado onde se estima as futuras entradas e saídas de caixa decorrentes do uso do bem por um 
período futuro (geralmente 5 anos) e aplica-se uma taxa de desconto adequada para trazer esse fluxo 
a valor presente. 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Apesar do conceito ser simples, sua aplicação na prática pode ser complicada. Quanto gera de 
receita para empresa um computador? Há situações em que não é possível estimar o valor 
recuperável de maneira individual, nessas situações a empresa deve identificar a unidade geradora 
de caixa na qual pertence o bem. O pronunciamento técnico CPC 01 define unidade geradora de 
caixa como menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, logo uma unidade 
geradora de caixa pode ser uma divisão, uma unidade de negócios, uma linha de produção, um 
estabelecimento comercial, etc. A própria empresa deve exercer julgamento para identificar sua(s) 
unidade(s) geradora(s) de caixa. 
Dessa forma, quando o teste de impairment for realizado para uma unidade geradora de caixa, seu 
resultado será válido para todo o conjunto de bens que compõe essa unidade (máquinas, 
equipamentos, móveis, etc.). 
 Valor justo líquido de despesa de venda 
O valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou 
unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e 
interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Isto é, o valor líquido de venda reflete quanto 
a empresa conseguiria receber pela venda do bem em uma negociação normal. 
 Valor em uso x Valor líquido de venda 
A determinação do método para a realização do teste de impairment é uma escolha da empresa, 
inclusive podendo optar por fazer os dois métodos e escolhendo o melhor resultado, porém por 
questões óbvias de economia de tempo e custo não faz sentido aplicar as duas metodologias caso o 
resultado da primeira já apresente o resultado esperado. (resolução do CFC 1.292/2010 item 19) 
Porém caso por exemplo uma empresa faça o teste pelo método do valor justo líquido de despesa de 
venda e o resultado apresente uma perda, nada impede que a empresa refaça o teste pelo método 
do valor em uso escolhendo então o outro caso apresente um resultado melhor. 
 
Na prática, para bens tangíveis, o método mais utilizado pela maioria das empresas é o valor justo 
líquido de despesa de venda, por ser uma avaliação “mais fácil” de se realizar, de compreender sua 
metodologia, por exemplo: é muito mais fácil avaliar o preço de venda de um carro do que seu fluxo 
de caixa. 
Outros obstáculos na avaliação pelo valor em uso podem ser: a preparação/separação das 
informações, subjetividade das premissas e até mesmo a preocupação com relação ao sigilo das 
informações sobre receita. 
Vale ressaltar que, em algumas situações, o método do valor em uso pode ser o mais adequado, por 
exemplo, para a avaliação de ativos intangíveis como, por exemplo, softwares. Outro exemplo no qual 
o método do valor em uso é a melhor opção é para avaliar máquinas de fabricação própria. 
2) EXECUÇÃO: REALIZAÇÃO DO TESTE DE IMPAIRMENT 
Determinado o método, o próximo passo é a sua execução. A empresa pode tanto fazer internamente 
(desde que tenha os profissionais adequados e habilitados) como contratar empresas especializadas, 
como a AfixCode para a realização do teste de impairment. 
Realizado o teste, deve-se então comparar o valor contábil e o valor recuperável do bem. Se o valor 
recuperável do ativo for maior do que seu valor contábil, não será necessário nenhum registro. 
Porém, se o valor recuperável for menor que o valor contábil, a empresa deverá efetuar o ajuste, 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
debitando-se a conta de “Despesa de perda por desvalorização de ativos” e creditando-se uma conta 
redutora do ativo. 
Graficamente, podemos resumir a mensuração da perda da seguinte maneira: 
 
 Exemplo: 
Uma máquina de uma linha de produção cujo valor ao final de um exercício apresente o seguintes 
valores: 
Máquina 
Valor original (custo de aquisição) R$ 100.000,00 
(-) Depreciação acumulada R$ 41.666,67 
(=) Valor contábil R$ 58.333,33 
Ao fazer o teste pelo valor líquido de venda, verificou que o valor de mercado dessa máquina 
diminuiu mais do que o esperado (fim de produção desse modelo pelo fabricante e substituição por 
um novo modelo com tecnologia mais avançada), assim a equipe de engenharia da AfixCode avaliou 
o valor justo líquido de despesa de venda desse bem em por exemplo: R$ 45.000,00. 
Como o valor recuperável é menor do que o valor contábil (perda), essa mesma empresa contrata a 
AfixCode para avaliação pelo valor em uso. O economista responsável então analisa o faturamento 
obtido por essa máquina e seu histórico e política de manutenção, montando então a tabela abaixo: 
Ano Entrada de Caixa Saída de Caixa FCF 
1 R$ 30.000,00 R$ 5.000,00 R$ 25.000,00 
2 R$ 28.000,00 R$ 4.800,00 R$ 23.200,00 
3 R$ 25.000,00 R$ 4.500,00 R$ 20.500,00 
4 R$ 20.000,00 R$ 4.000,00 R$ 16.000,00 
5 R$ 15.000,00 R$ 3.500,00 R$ 11.500,00 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Ano Entrada de Caixa Saída de Caixa FCF 
 R$ 118.000,00 R$ 21.800,00 R$ 96.200,00 
Considerando uma taxa de desconto (r) = 25% 
Trazendo a valor presente o valor recuperável dessa máquina seria dado pela fórmula: 
Valor Recuperável = FCF1/(1+r) + FCF2/(1+r)2 + … + FCF5/(1+r)5 
Ano Entrada de Caixa Saída de Caixa FCF Valor Presente 
1 R$ 30.000,00 R$ 5.000,00 R$ 25.000,00 R$ 20.000,00 
2 R$ 28.000,00 R$ 4.800,00 R$ 23.200,00 R$ 14.848,00 
3 R$ 25.000,00 R$ 4.500,00 R$ 20.500,00 R$ 10.496,00 
4 R$ 20.000,00 R$ 4.000,00 R$ 16.000,00 R$ 6.553,60 
5 R$ 15.000,00 R$ 3.500,00 R$ 11.500,00 R$ 3.768,32R$ 118.000,00 R$ 21.800,00 R$ 96.200,00 R$ 55.665,92 
 
Nota: A resolução CFC 1.292/2010 apêndice A fornece orientações sobre o uso de técnicas de valor 
presente e determinação da taxa de desconto. 
Valor recuperável (valor em uso) = R$ 55.665,92 
Valor recuperável (valor líquido de venda) = R$ 45.000,00 
 
Portanto, escolhendo o maior valor (R$ 55.665,92), devemos comparar esse valor ao valor contábil do 
bem (R$ 58.333,33). 
Impairment = Valor recuperável – Valor contábil 
Conclusão: Como o valor recuperável é menor do que o valor contábil, nesse exemplo a perda seria 
de R$ 2.667,41. 
Valor recuperável R$ 55.665,92 
Valor contábil R$ 58.333,33 
Perda por desvalorização (impairment) - R$ 2.667,41 
 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
CONTABILIZAÇÃO: 
Contas contábeis Débito Crédito 
Despesa com perda por desvalorização da máquina (conta de 
resultado) 
 R$ 
2.667,41 
Perda por desvalorização da máquina (conta redutora do ativo 
imobilizado) 
R$ 
2.667,41 
 
Máquina 
Valor original (custo de aquisição) R$ 100.000,00 
(-) Depreciação acumulada R$ 41.666,67 
(-) Perda por desvalorização da máquina (impairment) R$ 2.667,41 
(=) Valor recuperável do ativo R$ 55.665,92 
 
ASPECTOS FISCAIS: 
Fiscalmente, por determinação da Lei 11.941/2009 (art. 15) essa despesa não terá reflexo fiscal para 
fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, 
isto é, a despesa por perda de desvalorização (impairment) de um ativo imobilizado não será 
dedutível para IRPJ e CSLL, pelas empresas submetidas à tributação do lucro real. 
DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES: 
A empresa deve divulgar em notas explicativas no mínimo as seguintes informações sobre o teste de 
impairment: 
 O valor da perda (reversão da perda) com desvalorizações reconhecidas no período e eventuais 
reflexos em reservas de reavaliações; 
 A relação dos itens que compõe a unidade geradora de caixa e uma descrição das razões que 
justifiquem como foi composta; 
 Se o valor recuperável é o valor líquido de venda, divulgar a base usada para determinar esse valor 
(por exemplo, se o valor justo foi determinado tendo como referência um mercado ativo); 
 Se o valor recuperável é o valor em uso, divulgar e explicar a taxa de desconto usada na 
estimativa; 
 Os eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou reversão da desvalorização; 
TORNE-SE UM LEITOR VIP 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO DO TESTE DE IMPAIRMENT 
A resolução CFC nr. 1292/2010 itens 9 e 10: 
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo 
possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor 
recuperável do ativo. 
Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a 
entidade deve: 
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil 
indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil 
com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a 
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. 
Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. 
Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem 
ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; 
No próximo artigo sobre o Impairment discutiremos sobre a reversão de perda por desvalorização. 
TESTE DE IMPAIRMENT OU TESTE DE RECUPERABILIDADE – IMPAIRMENT TEST 
O TESTE DE RECUPERABILIDADE, conhecido como “IMPAIRMENT TEST” tem por objetivo 
apresentar de forma prudente o valor real líquido de realização de um ativo. Esta realização pode ser 
de forma direta ou indireta, respectivamente, por meio de venda ou de utilização nas atividades. 
A essência do teste de recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado por um valor maior 
que o valor recuperável; o teste busca verificar se o ativo não está desvalorizado em relação ao valor 
real. Um ativo estará desvalorizado quando o valor contábil registrado é maior que o valor 
recuperável, por venda ou por uso. Entenda-se por valor contábil o valor que o ativo está apresentado 
no balanço patrimonial; ou seja, pelo valor histórico deduzido de depreciação, exaustão ou 
amortização acumulada e de provisão para perda, se existir. 
Para os ativos destinados à venda ou realização direta em dinheiro, a recuperabilidade se dá pela 
comparação dos valores contábeis com os valores de venda ou de provável recebimento; já para os 
ativos destinados ao uso, para verificação da recuperabilidade considera-se o valor de venda ou o 
valor de uso, definido este último como o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, 
prevalecendo dos dois, o maior, para comparação com o valor contábil. 
Como resultado da aplicação do teste de recuperabilidade, compatível com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil e as normas internacionais, não será mais aceito a existência de qualquer ativo, 
num balanço patrimonial, por valor superior ao que ele é capaz de produzir de caixa líquido para a 
entidade, pela sua venda ou pela sua utilização, ou seja, atualmente um ativo deverá ser apresentado 
pelo valor que ele será capaz de se transformar em dinheiro. O teste de recuperabilidade poderá 
diminuir o valor registrado de um ativo e não aumentá-lo, como era o caso do procedimento de 
reavaliação. 
Constatada a perda de valor recuperável deve-se reconhecê-la imediatamente no resultado ou como 
redução da reserva de reavaliação, se aplicável, que poderá ser revertida se e quando 
desaparecerem as razões que levaram à sua constituição, com exceção da perda na recuperabilidade 
(impairment) do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que não poderá ser 
revertida. 
A contrapartida da perda por desvalorização será reconhecida na reserva de reavaliação quando o 
bem testado já havia sido reavaliado, para mais, em períodos anteriores, de acordo com as normas 
de reavaliação de ativos. 
O assunto é abordado na Lei N.°6.404/76, art. 183, parágrafo 3.º, com redação dada pela Lei n.º 
11.638/07 e modificado pela MP 449/08, da seguinte forma: 
IMPAIRMENT TEST 
 
 
 
 
9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores 
registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão 
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e 
para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638 de 2007) 
 A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada exercício social, se há alguma indicação de que 
um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação de desvalorização, a entidade 
deve estimar o valor recuperável do ativo por meio de um teste de recuperabilidade. Contudo, 
independentemente de existir ou não qualquer indicação de redução ao valor recuperável, uma 
entidade deverá: 
Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil 
indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil 
com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperávelpoderá ser executado a 
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. 
Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. 
Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deverão 
ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; 
Note que mesmo que não exista uma indicação de desvalorização os ativos intangíveis deverão ser 
avaliados, no mínimo anualmente. 
Vida útil total dos bens é o período de tempo que se estende desde a data de sua instalação até a 
data em que os mesmos são retirados dos serviço, ou seja, o período de tempo em que os bens 
prestam serviços de maneira vantajosa economicamente para a Empresa. No momento da retirada 
do serviço o custo original dos bens é baixado da conta contábil respectiva. 
Vida útil remanescente corresponde à vida remanescente produtiva, em termos físicos, técnicos e 
funcionais do bem avaliado. Na data da avaliação assume-se que o bem avaliado é utilizado por 
profissional habilitado e prudente. O bem opera em regime normal de trabalho e ambiente, bem como 
de acordo com as recomendações de operação e manutenção do fabricante. 
A idade (técnica ou operacional) pode diferir da idade real (cronológica) devido também ao uso, 
programa de manutenção, revisões periódicas, recondicionamento e atualizações. 
Quais são os ativos obrigados ao Teste de Recuperabilidade (impairment)? 
Um dos princípios da contabilidade é o da prudência, que diz que ativos não devem ser 
superestimados e passivos não devem ser subestimados — o que, artificialmente, pode tornar 
muito positivo o Balanço Patrimonial da empresa. 
O teste de recuperabilidade vai ao encontro desse princípio, fazendo com que os cálculos de 
valores recuperáveis e de desvalorizações de ativos sejam prudentemente apurados. 
Se você já conhece o impairment test, mas precisa entendê-lo ainda melhor, acompanhe nosso 
post até o fim para saber mais sobre o teste e o Pronunciamento Técnico 01 do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC). Confira! 
Quais ativos não são abrangidos pelas regras do CPC 01 
Os ajustes de perdas e teste de recuperabilidade aos quais nos referimos aqui são regulados pelo 
CPC 01, que não inclui os seguintes elementos: 
• ativos não circulantes disponíveis para venda, e que são citados no CPC 31; 
• estoques; 
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• ativos biológicos referentes a atividades agrícolas; 
• ativos intangíveis resultantes de contratos com seguradoras, quando especificamente citados no 
CPC 11; 
• imóveis comprados para fins de investimentos e mensurados por valor justo; 
• ativos adquiridos em contratos de construção; 
• ativos diferidos; 
• ativos financeiros, quando abrangidos pelos CPCs referentes a instrumentos financeiros e à 
contabilização de tais ativos. 
No caso dos ativos financeiros, cujos testes de recuperabilidade são regulados pelo CPC 01, deve-se 
aplicar os efeitos dos Pronunciamentos Técnicos 18, 36 e 38, direcionados a controladas, coligadas e 
demais ativos identificáveis no CPC 38. 
Em quais ativos o teste de recuperabilidade deve ser aplicado 
Os componentes do patrimônio empresarial sujeitos ao teste de impairment são: 
• aplicações financeiras da empresa; 
• bens do ativo intangível; 
• imóveis, quando não contabilizados por valor justo; 
• bens que figuram no ativo imobilizado. 
Essas são, portanto, as partes do ativo classificados como bens — diferentes, por exemplo, das 
contas a receber, também alocadas no ativo, mas que são direitos da organização. 
Como realizar o cálculo do teste de recuperabilidade 
Antes do cálculo, é preciso determinar qual será a metodologia de realização: valor em uso, valor 
justo líquido de despesas de venda ou valor em uso x valor líquido de venda. 
Depois, os responsáveis devem decidir entre uma realização interna — desde que haja profissionais 
capacitados e habilitados a isso — ou a contratação de uma empresa especializada e credenciada à 
tarefa, como a BLB Brasil Auditores e Consultores. 
Para realizar o cálculo, o primeiro passo é identificar o valor contábil da unidade geradora de 
caixa ou do ativo. Esse é o valor pelo qual ele está reconhecido no Balanço Patrimonial com as 
deduções de depreciação, obsolência ou exaustão. 
Depois, identifica-se o valor recuperável do ativo: por quanto esse ativo poderia ser vendido em 
valores líquidos, após a dedução de custos da transação. Então, confronta-se ambos os valores 
localizados para se ter as seguintes respostas: 
• se o valor contábil existente em Balanço é maior do que o valor recuperável: houve perda; 
• se o valor contábil é igual ao recuperável: não houve perda. 
O que é valor em uso 
Esse valor é o registrado no momento presente, levando em consideração os fluxos de caixa futuros 
— entradas e saídas de, normalmente, até cinco anos do período à frente — gerados pelo ativo ou 
pela unidade geradora de caixa em questão. 
Além dos caixas futuros, para a utilização do valor em uso é preciso ainda aplicar a taxa de 
desconto, que se refere à taxa de juros de mercado e riscos inerentes a tal ativo. Esses são valores 
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que reduzem os resultados do fluxo de caixa, dos quais não se pode fugir, e que impactam o saldo 
final do fluxo. 
O que é valor líquido de despesas de venda 
Por sua vez, esse valor é o recebido pela venda de determinado ativo descontados os custos que a 
venda geraria e que teriam de ser pagos pela organização que detêm tal ativo ou unidade que gera 
caixa. 
Os elementos que podem entrar na dedução do valor de venda são fatores como impostos, 
custos legais da venda, gastos com entrega e outros que resultem diretamente da transação. 
Por outro lado, especialmente para unidades geradoras de caixa, as despesas trabalhistas com 
demissão de funcionários e demais relacionadas a possíveis mudanças em estrutura organizacional, 
ocorridas na sequência à venda, não entram no cálculo das deduções. 
Em suma, as deduções são referentes a fatos anteriores à efetivação da venda e ocorrem enquanto 
ela é finalizada, conforme o acordado entre partes vendedora e compradora. 
Qual é a diferença entre ativo e uma unidade geradora de caixa 
Um ativo é apenas um bem específico. Já uma unidade que gera caixa pode tanto ser um ativo 
quanto englobar diversos deles. 
De acordo com o CPC 01, a unidade geradora é a menor unidade criada ou adquirida pelo negócio 
para gerar caixa, podendo ser um equipamento, um setor, uma linha de produção ou até uma filial 
inteira da empresa. Ou seja, pode englobar diversos ativos em uma estrutura que será tratada de 
forma única no teste de recuperabilidade. 
O que é recuperabilidade 
O valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o seu valor líquido de 
venda, que indica se há perda por desvalorização quando é relacionado com o valor contábil do ativo 
ou da unidade na escrituração. 
Se determinado maquinário operacional — um ativo que gera caixa — puder ser vendido por R$ 200 
mil líquidos, por exemplo, esse será o seu valor recuperável. Caso o seu valor contábil na 
escrituração seja de R$ 230 mil, pago na aquisição, significa que houve perda de R$ 30 mil por 
depreciação, obsolência, exaustão ou outros motivos, inclusive externos. 
Como comprovar o teste de recuperabilidade 
Os ativos nos quais o teste é feito devem ser avaliados por profissionais do ramo de engenharia de 
avaliações. 
Após a realização, esses profissionais emitem laudos técnicos que comprovam os resultados obtidos 
no teste feito pela empresa. Isso impede que uma avaliação de ativo do negócio gere valorização 
equivocada, não levando em conta peculiaridades importantes que impactamno valor auferido. 
Quais informações do teste precisam ser divulgadas 
A divulgação de algumas informações do impairment devem ser feitas nas notas explicativas 
da contabilidade da empresa, nos seguintes casos: 
• na ocorrência de perdas, com o valor apurado sendo explícito, informando desvalorizações do 
período escriturado e o impacto das avaliações nesses resultados; 
• quando as avaliações tenham incluído elementos que geram caixa, com justificativas para a 
inclusão; 
• quando a metodologia do teste for de valor em uso, esclarecendo e justificando a taxa de desconto 
inclusa no laudo; 
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• quando a metodologia de teste for valor justo líquido de despesa de venda, descrevendo a base 
utilizada no laudo para definição do valor líquido de venda. 
Como contabilizar as perdas identificadas 
Quando os valores recuperáveis e contábeis revelarem desvalorizações, esses valores deverão ser 
lançados em conta redutora do ativo a título de perda por impairment contra conta de perda no 
resultado. 
Para a divulgação de informações extraídas do impairment test, é necessário ainda observar o CPC 
22, que trata das organizações de dados por segmento, se os registros forem feitos dessa forma. E, 
se assim for definido o formato de divulgação, as seguintes informações têm de ser fornecidas: 
• perdas apuradas no Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE); 
• reversões de perdas por desvalorização também no DRE. 
Como revisar e reverter o teste de recuperabilidade feito 
É possível revisar o impairment caso exista alguma evidência de que no teste houve alterações que 
desvalorizaram os ativos. 
Quando essa revisão é feita, conforme o CPC 01, a organização pode fazer o ajuste de valores para 
mais até, no máximo, os preços contabilizados na aquisição dos ativos testados. Ou seja, não é 
possível ajustar o valor de um ativo para mais do que foi pago por ele e registrado na escrituração. 
Portanto, mesmo que, por algum motivo, a valorização de um ativo seja maior, o seu valor apenas 
poderá ser ajustado para o da primeira contabilização, o que somente reverte a desvalorização 
apresentada no teste. 
Quanto ao período de realização da revisão e da reversão, não existe uma definição. A qualquer 
tempo, quando a empresa julgar necessário pelos motivos previstos, esse processo pode ser feito. 
Como mensurar a desvalorização de ativo com duração indeterminada 
A vida útil de um ativo pode ser indeterminada — o que exige que, ao menos, um teste anual seja 
feito, quando for o caso. Em todos eles, devem ser comparados os valores contábil e recuperável. 
Nesses testes, o valor recuperável apurado em realização anterior, feita até um ano antes, pode ser 
reutilizado. Para isso, porém, os seguintes critérios devem ser respeitados: 
• o ativo não pode ter gerado caixa diretamente e individualmente pelo seu uso, mas sim como 
parte de uma unidade geradora de caixa que não teve alterações relevantes em seus valores; 
• nenhum evento pode ter ocorrido entre o teste anterior e o atual, que tenha tido potencial 
para gerar alterações resultantes em valor recuperável abaixo de valor contábil do ativo; 
• o último cálculo deve ter como resultado um valor recuperável do ativo acima do seu valor 
contábil de forma expressiva. 
Obrigatoriedade de realização do teste de impairment 
Segundo a norma contábil, independentemente de existir ou não qualquer indicação de 
desvalorização ou redução ao valor recuperável dos ativos, a entidade deve testar, no mínimo 
anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um 
ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor 
recuperável. 
Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de 
um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. 
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