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22 Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação de Instrumentos Financeiros

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RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO 
DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 
 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação de Instrumentos Financeiros 
A finalidade deste artigo é resumir os pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) relativos aos instrumentos financeiros. É bom salientar que os 
assuntos aqui tratados são básicos e não exime a leitura integral dos pronunciamentos técnicos. 
Os instrumentos financeiros são tratados nos seguintes pronunciamentos técnicos, emitidos pelo 
CPC: 
– CPC 14 – Instrumentos financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação; 
– CPC 38 – Reconhecimento e mensuração; 
– CPC 39 – Apresentação; 
– CPC 40 – Evidenciação. 
O CPC 14 é um resumo dos pronunciamentos técnicos nº 38, 39 e 40, contendo as principais 
regulamentações (existem omissões, mas não incoerências). Com as emissões dos três novos 
pronunciamentos, o CPC 14 foi transformado em orientação (OCPC 03) e continua sendo útil para as 
empresas que possuem instrumentos financeiros simples ou não muito complexos. 
Para compreensão do assunto, dividimos este texto em quatro tópicos: definições, classificação e 
reconhecimento, mensuração e evidenciação. 
Definições De Instrumentos Financeiros 
As definições são de fundamental importância para o entendimento. 
Instrumento financeiro: é um contrato que dá origem a um ativo financeiro, a um passivo financeiro ou 
a um instrumento patrimonial. 
Ativo financeiro: é um ativo que contém as seguintes características: 
– Caixa; 
– Um instrumento patrimonial de outra entidade. Por exemplo: investimento, participação no 
patrimônio líquido, tais como: ações, quotas, bônus e subscrições de ações; 
– Direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade ou de trocar ativos ou 
passivos financeiros com outra entidade em condições potencialmente favoráveis; 
– Um contrato que pode ser liquidado em títulos patrimoniais da própria entidade. 
Em resumo, um instrumento financeiro ativo não é um bem de uso (como máquina e equipamento ou 
imóvel) e sim um instrumento de troca. 
Passivo financeiro: é um passivo que estabelece: 
– Uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro a outra entidade; 
– Trocar ativos ou passivos financeiros em condições que são potencialmente desfavoráveis; 
– Um contrato que pode ser liquidado em ações da própria empresa. 
Instrumento patrimonial: deve obedecer duas condições: 
a) O instrumento não possuir obrigação contratual de: 
– Entregar caixa ou outro ativo financeiro à outra entidade; 
– Trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente 
desfavoráveis ao emissor. 
b) Se o instrumento será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniais do próprio emitente, 
é: 
– Um não derivativo que não inclui obrigação contratual para o emitente de entregar um número de 
seus próprios instrumentos patrimoniais; 
– Um derivativo que será liquidado pelo emitente por meio da troca de um montante fixo de caixa ou 
outro ativo financeiro por número fixo de seus instrumentos patrimoniais. 
Em resumo, um instrumento patrimonial não pode implicar em a entidade ter que entregar caixa ou 
outro ativo financeiro a outra entidade. 
 
Instrumento financeiro derivativo: possui três características simultâneas: 
 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO 
DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 
 2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
– Investimento inicial nulo ou muito pequeno; 
– Está baseado em um ou mais itens subjacentes (que não se manifesta, mas está oculto ou 
submetido); 
– Será liquidado por diferença (pelo líquido) em data futura. 
Classificação E Reconhecimento 
Quanto à classificação, existem as seguintes categorias: 
– Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio de resultado – VJMR; 
– Investimentos mantidos até o vencimento – MAV; 
– Ativos financeiros disponíveis para a venda – DPV; e 
– Empréstimos e recebíveis – ER. 
Para atender as categorias acima, devem satisfazer as seguintes condições: 
Categoria Condições que devam ser satisfeitas 
i) Ativo financeiro ou passivo 
financeiro mensurado pelo valor justo 
por meio de resultado – VJMR; 
– Classificado como mantido para negociação, ou seja: 
i) Com explícita finalidade de venda ou recompra em prazo 
muito curto; 
ii) Parte da carteira de instrumentos financeiros que são 
gerenciados em conjunto e para os quais existe evidência 
real recente de tomada de lucros a curto prazo, ou 
– No momento do reconhecimento inicial é designado 
pelo valor justo por meio do resultado. 
– Seja um derivativo (exceto contratos de garantia financeira 
ou um instrumento de hedge designado e eficaz). 
Vale ressaltar que a classificação de valor justo por meio do 
resultado não é uma opção, ou seja, se a intenção da 
entidade é de negociação ou corrigir inconsistências 
contábeis, consequentemente a entidade deve classificar os 
instrumentos financeiros nessa categoria. 
ii) Instrumentos mantidos até o 
vencimento – MAV; 
– São ativos financeiros não derivativos com pagamentos 
fixados ou determináveis e maturidade fixada que a entidade 
tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o 
vencimento; exceto os que a entidade classificou 
inicialmente no item i, iii ou iv. 
iii) Ativos financeiros disponíveis para 
a venda – DPV; e 
(Classificação intermediária) 
– São instrumentos que não se enquadram em outras 
categorias e para os quais a entidade possui a opção de 
negociar ou não antes do vencimento. 
iv) Empréstimos e recebíveis – ER. – São ativos financeiros e não derivativos com pagamentos 
fixados ou determináveis que não estão cotados em 
mercado ativo. São títulos gerados na atividade normal da 
empresa e que não possuem a característica de negociação 
em mercados organizados. 
Mensuração 
Na mensuração inicial, os instrumentos financeiros devem ser mensurados pelo seu valor justo (o que 
normalmente coincide com seu valor de aquisição) mais os custos incorridos para a sua obtenção 
(caso dos instrumentos financeiros mantidos até o vencimento). 
 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO 
DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 
 3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
A mensuração subsequente dos instrumentos financeiros irá depender de sua classificação, da 
seguinte forma: 
Classificação Mensuração Subsequente 
i) Mensurados pelo valor justo através 
do resultado – VJMR 
Mensurado como o seu próprio nome indica (valor justo 
com contrapartida direto no resultado). 
ii) Mantidos até o vencimento – MAV 
 
Custo histórico amortizado sendo o reconhecimento pela 
taxa efetiva da operação. 
O reconhecimento da receita se dá pela apropriação da 
taxa de juros efetiva pelo passar do tempo. Não se tem a 
mensuração do valor de mercado desse instrumento, 
dado que a intenção da entidade é ter os títulos até o 
vencimento. 
iii) Disponíveis para venda – DPV 
(Classificação intermediária) 
A entidade disponibiliza os títulos para 
venda, mas essa não é usual. 
Valor justo com contrapartida em conta de “ajuste de 
avaliação patrimonial (patrimônio líquido)”. 
Somente o componente da marcação a mercado é que 
deve ser reconhecido no patrimônio líquido e não a 
apropriação dos rendimentos da curva do título. 
iv) Empréstimos e recebíveis – ER 
Os empréstimos e recebíveis podem ser 
classificados nesta categoria se a 
intenção da entidade for de negociação. 
Custo histórico amortizado com a utilização da taxa de 
juros efetiva (pela “curva” do título, considerando a taxa 
efetiva de juros). 
A quantia da perda deve ser reconhecida no resultado 
(receita ou despesa financeira). 
Redução do valor recuperável de ativos: 
Assimcomo os demais ativos, a entidade deve avaliar em cada balanço se existe prova objetiva de 
que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está sujeito à perda no valor recuperável e, 
consequentemente, contabilizar a perda estimada do ativo. 
Evidenciação (Divulgação) 
As entidades devem fornecer informações suficientes para que os usuários possam avaliar: 
– A importância na posição patrimonial e a performance da entidade; 
– A natureza e a extensão dos riscos oriundos das operações com instrumentos financeiros e a 
maneira pela qual a entidade administra esses riscos. 
É fundamental que esses objetivos sejam cumpridos pela política de evidenciação da entidade. 
Deve-se evidenciar, no balanço patrimonial ou em notas explicativas, o valor contábil de seis 
categorias, conforme CPC 38: 
1. Ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado; 
2. Investimentos mantidos até o vencimento; 
3. Empréstimos e recebíveis; 
4. Ativos financeiros disponíveis para a venda; 
5. Passivos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado; 
6. Passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado. 
Por exemplo, se um passivo financeiro foi mensurado pelo valor justo através do resultado, a 
entidade deve evidenciar o impacto de variações no risco de crédito. 
 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO 
DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 
 4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Para atingir o objetivo da avaliação da natureza e extensão dos riscos oriundos dos instrumentos 
financeiros, a entidade deve realizar uma série de evidenciações, quantitativas e qualitativas, a 
respeito dos riscos de crédito, liquidez, mercado e outros. 
No que tange a análise de sensibilidade, a Instrução Normativa CVM 475/08 obriga as entidades a 
apresentarem de forma prospectiva, as perdas que a entidade poderá sofrer advindas de suas 
operações com derivativos considerando três cenários: 
1º cenário: perdas esperadas no caso de cenário considerado como provável; 
2º cenário: a entidade deve supor uma variação adversa de 25% em torno do valor estimado no 
cenário 1; 
3º cenário: situação que haveria movimento adverso de 50% em relação ao cenário original. 
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