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PETIÇÃO INICIAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO I SEÇÃO 1 CONSTITUCIONAL

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Estágio Supervisionado I – Direito Constitucional – Seção 1
Aluno: Eduardo Drumond Sena CPF: 129.482.717-03
AO MM. JUÍZO DA XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE-PE
 
Antonio Augusto, brasileiro, ..., ..., inscrito no CPF n° ..., e RG n° ..., título de eleitor n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., bairro ..., n°..., Recife, Pernambuco, em pleno gozo dos seus direitos políticos, representado por seu advogado que este subscreve (documento em anexo), vem perante Vossa Excelência com fulcro no artigo 5°, inciso LXXII da Constituição Federal e na lei 4.717/65, propor a presente: 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR 
Em face do ato praticado por xxxx, brasileiro, xxxxx, Governador do Estado de Pernambuco, inscrito no CPF n°..., e RG n°..., localizado na Rua ..., n° ..., Bairro xxxx, vinculado ao Estado de Pernambuco, Pessoa Jurídica de Direito Público, inscrita no CNPJ ..., com sede na Rua xxxx, Bairro xxx, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:
 
DO CABIMENTO DA AÇAO POPULAR
O art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII. Qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Assim, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível, para que assim, anule o Decreto X/2018 do Governador do Estado de Pernambuco, que atribuiu ao cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco o Sr. Martiniano Santos.
DOS FATOS
O Governador do Estado de Pernambuco, o Sr. Xxxxx, eleito na última eleição Estadual, elegeu para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco o Sr. Martiniano Santos, um grande e famoso político local, por meio do Decreto X/2018. 
A nomeação desagradou grande parte da população, pois segundo jornais locais o Sr. Martiniano Santos estaria respondendo a um processo de execução fiscal movido pela União em face da sonegação de imposto de renda, tendo o cidadão Antonio Augusto, ora autor dessa ação, propondo ação cabível, para impugnar em juízo o ato em questão.
DOS DIREITOS
Da Legitimidade Ativa
A presente ação popular foi proposta pelo cidadão Antonio Augusto, que está em pleno gozo de seus direitos políticos. Conforme artigo 1º, §3º, da Lei n. 4.717/65 está legitimado para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio público, vejamos:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
[...]
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. (Brasil, 1965)
Desta forma, o autor é parte legítima para propor a presente demanda, uma vez que trata-se de cidadão que visa anular ato lesivo à moralidade administrativa.
Da Legitimidade Passiva
Segundo o art. 6º da Lei 4.717/1965, os legitimados passivos são, in verbis:
“ Art. 6º A ação popular será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.”
O que se entende é que os legitimados passivos são as pessoas que dão causa ao dano, a ilegalidade ou ilicitude dos atos praticados, os funcionários ou administradores que autorizaram, aprovaram, ratificaram, ou praticaram os atos acima aludidos e os beneficiários de tal ato. Faz-se mister ressaltar ainda a lição do Prof. Marcelo Novelino, vejamos:
“Em regra exige-se a presença, no pólo passivo, da pessoa jurídica de direito público a que pertence à autoridade que deflagrou o ato impugnado ou em cujo nome este foi praticado.” (Manual de Direito Constitucional/ Marcelo Novelino. – 8 ed., Método, 2013, p. 609).
Sendo assim, resta claro que o Governador é parte legitima pra atuar no polo passivo desta ação, visto que o próprio deu causa ao dano, nomeando o Sr. Martiniano Santos para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco, mesmo ele estando respondendo por um processo de execução fiscal por sonegação de imposto de renda, ferindo gravemente o Princípio Constitucional da Moralidade.
DO MÉRITO
Do ato lesivo
A presente demanda se funda da proteção á moralidade pública, uma vez que o Governador do Estado de Pernambuco, nomeou por meio do Decreto X/2018 o Sr. Martiniano Santos, grande e famoso político, respondendo por processo de execução fiscal por sonegação de imposto de renda, sendo assim claramente incompatível com o cargo de Presidente de um Banco financeiro Estadual.
Dessa forma, atenta-se contra o princípio da moralidade administrativa em que o homem público tem que ser probo e zelar pelo direito e pelos princípios da administração pública, e não para fins pessoais ou políticos. Assim prevê o artigo 37, caput da Constituição Federal, vejamos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Corroborando com esse entendimento o doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello, expõe sobre o princípio da moralidade administrativa, in verbis:
“ a Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação do próprio Direito, configurando, ilicitude que a sujeita a conduta viciada a invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de pauta jurídica, na conformidade do art. 37 a Constituição.” (Curso de Direito Administrativo/ Celso Antônio Bandeira de Mello. – 29 ed., Malheiros Editores, 2012, p. 122).
Sendo assim, o Governador fere o princípio constitucional da moralidade administrativa, pois é inadmissível que o erário público sofra danos devido a alianças políticas obscuras.
Diante dos argumentos expostos, resta claro que o ato praticado pelo gestor público estadual (Decreto X/2018) deve ser anulado conforme artigo 3° da lei n° 4.717/65:
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.
Sendo assim, não restam dúvidas que o ato praticado pelo Governador do Estado de Pernambuco, não observou os preceitos constitucionais, dispostos no artigo 37 da Constituição Federal, ferindo os princípios que regem a administração pública, decretando a anulação do ato.
Da Concessão da Medida Liminar  
A concessão da medida liminar está prevista na Lei n.º 4.717/65, artigo 5°, parágrafo4°, vejamos:
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município;
4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
A relevância do fundamento invocado reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, de que existe o bom direito ora vindicado, notadamente em face das violações às normas e aos princípios supramencionados.
O periculum in mora, por sua vez, está consubstanciado uma vez que a demora do processo causará lesão ao Estado e seus munícipes, visto que o Presidente do Banco nomeado fere o princípio da moralidade administrativa por estar envolvido em sonegação de impostos.
Requer-se a liminar para suspensão dos efeitos do contrato prorrogado.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
1) Que seja deferida a liminar, para suspender o Decreto X/2018, conforme art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65, em face de estarem demonstrados os requisitos do periculum in mora e o fumus boni iuris;
2) A citação do réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
3) A citação do Estado de Pernambuco em separado, na forma do art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65;
4) A intimação do representante do Ministério Público, conforme o parágrafo 4º do artigo 6º da lei 4717/65;
5) A procedência dos pedidos para decretar a anulação do Decreto X/2018, lesivo ao patrimônio público e à moralidade;
6) A condenação dos Réus no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
7) A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental.
Dá-se à causa o valor de R$ 1000,00 (hum mil reais) apenas para efeitos fiscais.
 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
 
Recife, 19 de setembro de 2018.
Eduardo Drumond Sena
OAB/RJ XXXXXX
ROL DE DOCUMENTOS:
I - Procuração
II – Título Eleitoral
III – Comprovante de votação eleitoral.

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