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Comentário Crítico sobre a série The Good Doctor

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Comentário Crítico sobre a série The Good Doctor 
Nome: Gustavo Appel
Disciplina: PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO I 
Professora: Elisângela Mara Zanelotto
A série The Good Doctor já no seu primeiro episódio nos mostra perfeitamente o preconceito que está instaurado na sociedade para com uma pessoa. A série conta a história do Dr Shaun Murphy, um jovem médico, diagnosticado desde cedo com autismo e também com Síndrome de Savant (um distúrbio psíquico raro no qual as pessoas possuem sérias dificuldades de se comunicar e estabelecer relações interpessoais, porém possuem inúmeros talentos, principalmente ligados à memória). 
O episódio começa já com Shaun morando sozinho e ajeitando suas coisas para deixar exatamente em ordem, e pegando o mesmo trajeto de sempre para ir à uma entrevista de emprego. A série vai fazendo recortes ao passado para mostrar ao telespectador o quanto o passado de Shaun foi difícil, principalmente pela dificuldade de Shaun se comunicar, fazendo com que ele sofresse muito bullying por parte dos colegas e até mesmo uma dificuldade de compreensão da família, fazendo com que não tivesse a aceitação do pai, porém mostra também que seu irmão novo sempre o apoiou quando necessário, chegando a fugir junto com Shaun quando sua relação com seu pai estava crítica. 
O episódio continua com Shaun se deparando com um acidente no aeroporto, em que uma placa de vidro quebra em cima de um menino, Shaun assiste a cena e discorda um médico que foi socorrê-lo, depois de provar que está certo, Shaun começa tomar medidas para salvar a vida do garoto, mostrando para todos que apesar da pouca idade, sabia muito bem o que estava fazendo. Acompanhando o agora seu paciente até o hospital, Shaun percebe que há algo de errado em seu eletrocardiograma, porém o paramédico que o acompanha também na ambulância o ignora e segue até o hospital (o mesmo que Shaun deveria fazer a entrevista de emprego, por sinal). Entregando o paciente aos cuidados médicos do hospital, Shaun tenta avisar para a médica que há algo errado com o com o menino, porém por sua dificuldade de comunicação não consegue se explicar e assim acaba sendo totalmente ignorado, chegando a ser posto para fora hospital pelos seguranças. 
Enquanto isso o antigo médico de Shaun na infância, o Dr. Aaron Glassman, que sabe das totais capacidades do jovem, e que agora é diretor do hospital St. Bonaventure, tenta lidar com o grupo de médicos e diretores que comandam o hospital para que estes, aceitem Shaun como médico em sua equipe mesmo ele sendo diagnosticado com autismo, o Dr Aaron, tenta convencer o tamanho potencial que Shaun possui, mas lida com um preconceito extremamente escancarado por parte dos outros médicos e diretores do hospital. Enquanto tenta convencê-los, ele é interrompido por sua secretaria que mostra para todos o vídeo de Shaun durante o “atendimento” no aeroporto, que havia sido filmado por várias pessoas, já estava sendo mostrado na tv e compartilhado na internet, tendo milhares de acessos.
Enquanto isso, durante a cirurgia do menino, os médicos se dão conta que estavam deixando passar algo e vão atrás de Shaun, que havia tentado os alertar anteriormente, assim que o acham do lado de fora do hospital (pois tinha sido expulso do hospital) ele consegue, mesmo com dificuldade, dizer o que tinha visto de errado anteriormente, comunicando os médicos e assim salvando o garoto.
Com a vida do menino salva, os médicos e diretores do hospital aceitam ouvir, mesmo com desconfiança, o que Shaun tem a dizer em sua entrevista de emprego e, após um depoimento comovente, aceitam mesmo que parcialmente, aceitar Shaun, contratando-o, para que este faça parte da equipe médica do hospital.
Mesmo que a representação de um autista jamais será 100% fiel, até porque o espectro do autismo é amplo e, mesmo autistas do mesmo grau (Aspergers, Savants, Leve, Moderado e Severo) podem ser bem distintos, isso não impede que exista algum autista bem parecido com o personagem da série mostra.
 A série serve para mostrar ao público (e nisso acerta em cheio) o tanto de problemas e desafios que um autista precisa lidar no dia a dia, tanto por diversos preconceitos, respeito que não lhes é dado e adaptações que estes precisam ter para conviver em sociedade.
Outro ponto impactante dentro do seriado se mostra na fala do Dr. Aaron Glassman (tutor de Shaun) que para tentar convencer os outros diretores a admitirem Shaun no hospital que é extremamente importante, cita a seguinte frase: “ Contratando Shaun damos esperança as pessoas com limitações e que as limitações não são o que eles são, e que eles têm, sim, uma oportunidade.”
 Precisamos nos dar conta que muito antes de um diagnóstico, existe uma pessoa, um ser humano que precisa ter tantas oportunidades quanto os outros, pois, apesar de um diagnóstico de autismo, existem várias qualidades a serem analisadas dentro de cada um. Não podemos deixar que se use o diagnóstico como uma identidade máxima, uma bandeira, mas sim, mostrar pessoas podem ser autistas, mas que elas não são só isso, que apesar do diagnóstico de autismo, são seres humanos como qualquer outro e também podem ter sonhos e objetivos.

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