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COMO A JUSTIÇA E ENTENDIDA POR ARISTOTELES

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COMO A JUSTIÇA E ENTENDIDA POR ARISTOTELES?
(OAB 02-2013) Considere a seguinte afirmação de Aristóteles: “Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais  o outro é ter demasiado pouco”. (Aristóteles. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 329.)
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como:
(A) produto da legalidade, pois o homem probo é o homem justo.
(B) espécie de meio-termo.
(C) relação de igualdade aritmética.
(D) ação natural imutável.
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Resposta: Desde Hesíodo, poeta grego do século VII a. C, a justiça passa a ser entendida como uma espécie de meio-termo entre extremos. A doutrina aristotélica da justiça aprofunda nessa visão tradicional da cultura grega. Sendo a injustiça uma espécie de desigualdade nas transações entre dois agentes cabe ao magistrado restabelecer a igualdade. A justiça é uma espécie de igualdade que estabelece o meio-termo entre dois extremos (o que possui muito e o que possui pouco dos bens em litígio). Por isso, afirma Aristóteles, em continuação ao texto citado na questão acima: “A justiça é uma espécie de meio-termo, porém, não no mesmo sentido que as outras virtudes [que não envolvem bens em disputa, mas são relativas ao modo como o agente estabelece o meio-termo em suas emoções, tal como a coragem, que é um meio-termo entre o medo e a temeridade], e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos”. (Aristóteles. Ética a Nicômaco. Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 129).
Gabarito Oficial: Alternativa "B"
*Pergunta e resposta retiradas do livro “Passe na OAB – 1ª fase FGV”, Editora Saraiva

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