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Estabilização dos solos Compactação Estabilização físico-química Estabilização dos solos Estabilização dos solos procedimentos naturais e artificiais aplicados aos solos visando: melhoria e estabilidade das propriedades dos solos (resistência mecânica, deformabilidade, permeabilidade, ...). bem como garantir a constância destas melhorias no tempo de vida útil das obras de engenharia. Métodos de estabilização: Estabilização Mecânica Físico-química Estabilização granulométrica Compactação Adição de aditivos Solo-cimento Solo-cal Solo-betume Cloretos .... Estabilização mecânica Restringe-se a dois métodos para a melhoria das propriedades dos solos: Rearranjo das partículas compactação Adição ou retirada de partículas estabilização granulométrica ou correção granulométrica. Compactação DepoisAntes Menos vazios Compactação Processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios Objetivo melhorar estabilidade e propriedades dos solos: ↓ compressibilidade ↑ resistência ↓ variação volumétrica por teor água ↓ permeabilidade Onde são é utilizada a compactação Construção de aterros; Construção de camadas constitutivas de pavimentos; Construção de barragens de terra; Preenchimento com solo entre maciço e estruturas de arrimo; Preenchimento de cavas de fundações e de tubulações enterradas. Lançamento passagem Lançamento de material de empréstimo oriundo de jazida reenchimentos do próprio local Passagem de equipamentos que transmitam ao solo a energia de compactação: Carga móvel (Amassamento, impacto ou vibração) Carga estática Compactação Segundo Ralph Proctor a compactação de solos pode ser influenciada por quatro variáveis: a) Peso específico seco (↑ em função a umidade) b) Umidade (melhora compactação) c) Energia de compactação d) Tipo de solo O tipo de obra e solo disponível vão ditar o processo de compactação a ser empregado, a umidade em que o solo deve se encontrar e a densidade a ser a tingida. Como determinar quais são os melhores parâmetros? Curva de compactação variação dos pesos específicos secos (gd), em função da umidade (w), tem aspecto como: Umidade ótima Wot gd wwot Baixo teor de w atrito entre partículas é alto dificultando a compactação Aumento no teor de w efeito de lubrificação entre as partículas, aumentando a compactação e facilitando a saída de ar. Após certo teor de w próximo à saturação (w ótima) a compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios. Maior que w ótima ocorre a compactação das bolhas de ar levando a um comportamento borrachudo wS S sw ws d gg gg g wsw ws d gg gg g w Ensaio Proctor Previa secagem ao ar, compacta-se a amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aprox. 1000 cm³, em 3 camadas sucessivas, sob a ação de 26golpes de um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30 cm de altura. Repete-se para várias w, determinando-se, para cada um deles, o gd. Com os valores obtidos traça-se a curva gd = f(w), de onde, se obterá wot e gd,max. Ensaios Proctor Energia de compactação ou esforço de compactação ao trabalho executado, referido a unidade de volume de solo após compactação. A energia de compactação é dada pela seguinte fórmula: V NcNgHM EC ... Sendo: M massado soquete; H altura de queda do soquete; Ng número de golpes por camada; Nc número de camadas; V volumede solo compactado EC . Kg.cm/cm3 Variações do ensaio Proctor devido ao maior peso dos equipamentos de compactação, tornou- se necessário alterar as condições do ensaio Ensaio sem reuso do material: uso de amostras virgens para cada ponto da curva. Embora exija maior quantidade de material, resultados mais fiéis. Uso imprescindível para solos de grãos quebradiços. Ensaio sem secagem previa: mais se aproxima aos procedimentos de campo. Uso para solos sensíveis à pré-secagem (ex: solos areno-argilosos lateriticos, residuais argilosos e siltosos) Ensaio para solos com predregulho: uso de cilindro maior e soquete mais pesado (menor numero de golpes para igualar a energia de compactação) Relação entre a energia de compactação e a curva de compactação Resistência à penetração esforço necessário para cravar no solo ou no corpo de prova dentro do cilindro de Proctor, uma agulha padronizada. Medido usando um dinamômetro. Índice de resistência decresce quando aumenta o teor de umidade. w gd Onde se tem a maior resistência? Então porque escolhemos o ponto de Wot ? Da curva se observa que a resistência (resistência à penetração) decresce quando aumenta de w No ponto Wot não se tem maior resistência, entretanto tem-se maior estabilidade Maior estabilidade Menor redução de resistência com o aumento de umidade pelas chuvas. Principio fundamental na compactação: Buscar obter a densidade máxima, que não implica uma resistência máxima, mas sim uma maior estabilidade sob adversidades climáticas. Grau de compactação (Gc) relação entre a massa especifica seca obtida no campo e a massa especifica seca obtido no laboratório. Indica o grau de compactação obtido após uma passada. O grau de compactação aumenta substancialmente nas primeiras passadas maxd campod cG Compactação – técnica Lançamento de material de empréstimo oriundo de jazida reenchimentos do próprio local Passagem de equipamentos que transmitam ao solo a energia de compactação: Carga móvel (Amassamento, impacto ou vibração) Carga estática Pressão estática aplicada por rolos estáticos (cilindro liso, de pneus e pé de carneiro). Vibração aplicada por rolos e compactadores vibratórios. Produz-se o deslocamento de sucessiva e rápidas ondas de pressão. Impacto aplicado por apiloadores (sapinho, canguru, etc.) cargas de impacto. É gerada uma onda pressão que atua a grande profundidade. Rolo liso Rolo pneumático Principais Compressores Rolo liso: Tem a vantagem de que a superfície de contato com o solo é pequena e, portanto, a compressão atinge pequenas profundidades. Nos solos moles afundam demasiadamente, o que dificulta a tração. São indicados somente para a compactação de pedregulhos, areias, pedra britada, lançadas em camadas de não mais de 15 cm. Principais Compressores Rolo pneumático: É caracterizado pela pressão de área de contato com o solo, as quais dependem da pressão de enchimento dos pneus e do peso do compressor. É indicado para solos de granulação fina arenosa. Tem o inconveniente de deixar superfícies lisas entre as camadas. Então será necessário escarificar a superfície de contato entre as mesmas. Principais Compressores Rolo pé-de-carneiro: principal vantagem é o entrosamento perfeito entre as camadas compactadas e o pisoteamento do solo de cada camada resultando numa entrosagem de torrões de solo. Vibradores: Ótimos para compactar areias (os pé- de-carneiro ou pneumático não são eficientes). Camadas de 15 cm. Umidade ótima (wot) no campo Se a umidade estiver acima da umidade ótima, convém gradear o material para secá-lo mais rapidamente, Se a umidade estiver abaixo da umidade ótima, para se conseguir uma compactação mais eficiente, fará se necessário molhar o material, por exemplo, com um caminhão Pipa. Compactação de Campo A passagem, pura e simplesmente, de um rolo compactador na superfície do aterro lançado, não resolve o problema, pois esse só compacta uma camada relativamentefina. Assim, impõe-se a compactação dos aterros por camadas. Passadaé a passagem do rolo compactador sobre o material em um único sentido.(Exemplo: ida) Fecha É composta por duas passadas, ou seja, a passagem do rolo compactador sobre o mesmo material em dois sentidos. (Exemplo: ida e volta) Numero de passadas diretamente ligado ao tempo de execução. A eficiência do aumento de numero de passadas diminui com o numero total de passadas. Espessura da camada função do tipo de solo e equipamento. Em geral é fixado em 30 cm (ou 20 cm para materiais granulares). Homogeneização a camada de solo solto deve ser pulverizada de forma homogênea. Deve-se evitar torrões secos ou muito úmidos, blocos e fragmentos de rocha. Como escolher o equipamento ? • Solos Coesivos partículas finas e muito finas (silte e argila) indicado a utilização de rolos pé-de-carneiro e os rolos conjugados. • Solos Granulares pouca ou nenhuma coesão entre os grãos existindo atrito interno entre eles rolo liso vibratório. • Mistura de Solos coesivos+granulares utilização de pé-de-carneiro vibratório • Mistura de argila, silte e areia Rolo pneumático com rodas oscilantes. • Qualquer tipo de solo Rolo pneumático pesado, com pneus de grande diâmetro Como determinar a w e a gd no campo? • Para verificar se a compactação está sendo feita devidamente, deve-se determinar sistematicamente w e gd do material. • Para esse controle pode ser utilizado o “speedy” ou o “método da frigideira” na determinação da umidade, e o processo do “frasco de areia” na determinação do peso específico. Aterros experimentais Quando se executam obras de grande vulto, justifica-se a construção de aterros experimentais Um pequeno aterro com o solo selecionado para a obra com 200 m de extensão, por exemplo, subdividido em 4 a 6 sub-trechos com umidades diferentes, é compactado com o equipamento previsto. Depois e um certo numero de passadas são obtidas varias curvas e a eficácia do equipamento pode ser estabelecida. Exercício Ensaio de compactação: com uma amostra de solo argiloso, com areia fina, a ser usada num aterro, foi feito um ensaio normal de compactação (Proctor). Na Tabela abaixo estão as massas dos corpos de prova, determinadas nas cinco moldagens, no cilindro que tinha 992 cm3. Estão, também, indicadas as umidades correspondentes a cada moldagem, obtidas por meio de amostras pesadas antes e após a secagem em estufa. A massa especifica dos grãos (Gs)é de 2,65 kg/dm3 a)Desenhar a curva de compactação e determinar a densidade máxima e a umidade ótima. b)Determinar o grau de saturação (S) do ponto máximo da curva c)No mesmo desenho, representar a curva de saturação e a curva de igual valor de saturação que passe pelo ponto máximo da curva. Ensaios Proctor 1 dm = 0,1 m = 10-1m= 10 cm Resolução Determinação da densidade de cada corpo de prova. Para o cp numero 1 temos: 3 3 3 10762,1 992 748,1 cm kg cm kg V massa nat 1 dm = 0,1 m = 10-1m= 10 cm (1 dm)3 = (10cm)3 = 1000 cm3 = 1x103 cm3 1 g/cm ³ = 1 kg/dm ³ 33 3 3 3 762,1 1 100010762,1 dm kg dm cm cm kg São realizados os mesmos cálculos para os outros corpos de prova: 3 3 497,1 )1773,01( 762,1 )1( dm kgdm kg w nat d Determinação da densidade seca : Densidade seca max? Umidade ótima (wot)? D en si da de se ca (k g/ dm 3 ) Umidade (%) São realizados os mesmos cálculos para os outros corpos de prova: 3 3 497,1 )1773,01( 762,1 )1( dm kgdm kg w nat d Determinação da densidade seca : Com os valores calculas é construído um gráfico que relacione a densidade seca e a umidade. Do gráfico temos: A densidade seca máxima é 1,558 kg/dm3 e uma w otima= 22,5% D en si da de se ca (k g/ dm 3 ) Umidade (%) Calcular o grau de saturação S no ponto Maximo da curva w sG 1 d se w s e wS . . Dados do gráfico e enunciado : Wot = 22,5% gd = 1,558 kg/dm3 gw = 1000 kg/m3 = 1 kg/dm3 = 1 kg/L G = 2,65 kg/dm3 Para determinar o grau de satura no ponto Maximo é necessário usar : w sG w s G 3/65.2 1 dmkgGs 1 d se Calculando primeiro : 85,0 0,170,0 225,065,2 S 70,01 558,1 65,2 e Do grafico Substituindo temos: w s e wS . . wS S sw ws d .. .. wd 65,20,185,0 0,165,285,0 wd 65,285,0 2525,2 Equação para calcular a curva de saturação utilizando a densidade seca em função da umidade (w) Ensaio CBR Ensaio CBR (Califórnia Bearing Ratio) ou ensaio de suporte californiano (ISC). Objetivo fornecer um índice de resistência do solo compactado. Sequencia • Ensaio de compactação (wot e do gd max) • Ensaio de expansão • Determinação do índice de suporte (CBR) ou ISC Num molde de cilindro com aprox. diâmetro = 15 cm, altura = 17,5 cm, colarinho de 5 cm. Como fundo falso usa-se um “disco espaçador”. Ensaio de compactação: Com o material que passa na peneira de 191,1 mm realiza-se o ensaio: 55 golpes, peso de 4,5 kg, H = 45 cm. Determina-se hot e gd,max. Ensaiode expansão o 3 CP com w ótima são moldados para as 3 energias oSobre os CP coloca-se um papel filtro e discos anulares de sobrecarga (equivalente ao peso do pavimento) a qual não deverá ser inferior a 4,5 kg. oColoca-se o cilindro com a amostra compactada, junto com os discos, dentro de um depósito cheio de água, durante 4 dias, ou menos se o material não for coesivo. oSobre a haste coloca-se um extensômetro. Cada 24 horas, durante 4 dias, fazem-se leituras. oConsidera-se que os subleitos bons tenham expansões < 3%, para sub-bases < 2% e para bases < 1%. Determinação de CBR ou ISC Os 3 CP imersos são colocados na prensa de CBR Mede-se as resistências à penetração (manômetro) de cada uma com um pistão de D = 5 cm com velocidade = 1,25 mm/min. Registrar a carga para uma determinada penetração a cada 0,5 ou 1 minutos. Finalmente calcular a pressão e traçar uma curva pressão-penetração As pressões, assim obtidas, expressas em % das “pressões padrões”, denomina-se ISC ou CBR Adota-se para o índice CBR o maior dos valores obtidos para as penetrações de 0,1’’ ou 0,2’’ (2,54 e 5,08 mm) do material ensaiado e a carga P1 e P2 corrigida. As pressões padrões são as pressões obtidas para pedra britada: 70 e 105 Kgf/cm2 = 6,86 e 10,3 MPa. 100 padrãopressão corrigidapressão ISCouCBR