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Teoria Crítica da Arquitetura e a Modernidade

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prof. lídia quièto 
TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA 2 
ANTECEDENTES MODERNOS, CONTEXTO HISTÓRICO, CONDIÇÕES DE FORMAÇÃO, DEFINIÇÃO 
SER MODERNO 
 
PALAVRA 'MODERNO‘ 
utilizado de forma vaga para significar 'do presente', ou o que é atual. 
Para demarcar diferenças dentro do presente tanto quanto em relação 
ao passado. 
ORIGEM DA PALAVRA 
 do latim modernus, aquilo que está presente, mais especificamente no 
limite da atualidade, exclusivo deste tempo histórico. 
modo, que significa agora 
hodiernus de hode, hoje 
DICIONÁRIO MICHAELLIS 
adj (lat modernu) 1 Dos tempos mais próximos de nós; recente. 2 Dos 
nossos dias; atual, hodierno, presente. 3 Que está em moda. 4 Que 
existe há pouco tempo. Antôn: antigo. sm 1 O que é moderno, ou no 
gosto moderno. 2Evolucionista, progressista. sm pl Os que vivem na 
época atual. 
MODERNO ? 
MODERNO ? SÉCULO XII, 
sinônimo de aperfeiçoamento, uma adaptação do antigo para um 
contexto novo para sua sobrevivência. Oposição ao antigo, o tempo 
experimentado como período, possuidor de traços específicos. 
 
SÉCULO XV 
restauração do antigo, a fim de exprimir o caráter perfeito das coisas. 
Aponta para o limite de ser atual, o presente não representa o novo 
sempre. Um dia o presente será o passado e assim a modernidade um 
dia se transformaria em antiguidade, busca daquilo que é clássico. 
SÉCULO XIX 
momentâneo, transitório, ideia de uma eternidade indeterminada, o 
novo está relacionado ao valor de época, relatividade, busca pelo 
específico. Ideia de caráter, funcionalidade, utilidade. Se relaciona pela 
primeira vez a um movimento. 
SÉCULO XX 
caráter futurista do moderno, o novo é positivo, tem uma lógica própria 
do seu tempo, traz progresso, leva adiante. Distanciamento da 
linguagem clássica, mas estuda seus métodos para construir o universal 
a partir daquilo que é essencial. 
termo utilizado para descrever o processo de 
desenvolvimento social cujas características principais 
seriam os avanços tecnológicos, a industrialização, a 
urbanização, a explosão demográfica, o crescimento da 
burocracia, o aumento do poder dos estados nacionais, 
a expansão dos sistemas de comunicação de massa, do 
mercado mundial e da democratização. 
se refere a aspectos típicos dos tempos 
modernos e ao modo como tais aspectos 
são experimentados pelo indivíduo; às 
atitudes associadas a um processo 
contínuo de evolução e transformação, a 
tendências culturais e movimentos 
artísticos. 
MODERNIZAÇÃO MODERNIDADE 
é um conceito não só tardio como o possuidor de 
conotações mais polêmicas. É um termo que designa 
um movimento de renovação estética (usado a 
primeira vez no meio do século XIX) e pertinente para 
a produção artística do século XX. 
MODERNISMO 
DERIVAÇÕES 
O período conhecido historicamente como moderno corresponde ao 
tempo a partir do estabelecimento do iluminismo, um período de fé na 
razão e no homem até o seu declínio pela valorização da tradição, 
simbolismo, fatores psicológicos e individualizados. 
 
Nesse período, o entendimento do mundo e sua visão fundamentados 
nas teorias de Descartes e o rompimento com o pensamento 
escolástico (fé e razão em dogmas vistos como verdades absolutas e 
divinas) medieval. Descartes se pautava na lógica racionalista 
fundamentada no método científico, estabeleceu o método cartesiano 
dúvida e estabelece que tudo que existe tem que ser provado. 
PENSAMENTO MODERNO 
Novo padrão produtivo 
Novo padrão social 
Novo sistema político 
capitalismo 
Novo materiais (aço, 
vidro e concreto) 
Caráter urbano 
Indústria e comércio 
Mudança na 
experiência do tempo 
No século XIX os sentidos implicados no termo moderno ganharam 
terreno nos campos econômico e político, com a industrialização, os 
levantes políticos e o incremento da urbanização. A ruptura com os 
valores e certezas da tradição pode ser vista e sentida na realidade 
cotidiana. 
CONTEXTO DA MODERNIDADE 
O crescimento acelerado e desordenado devido à industrialização das 
cidades traz condições de insalubridade, miséria e o aumento da 
criminalidade, manifestações públicas, etc. A ordem pública e a 
infraestrutura se tornam questão de Estado – maior poder social. 
 
A ideia da modernidade e dos Estados Totais têm como papel principal 
o crescimento do coletivo, através da urbanização das cidades, 
fornecimento de infraestrutura, habitação social e estabelecimento de 
instituições públicas como hospitais, prisões, escolas e manicômios. 
 “A atração hipnótica da grande cidade deriva-se da sua posição 
original, como instrumento do Estado nacional e símbolo de seu poder 
soberano: nas mais remotas dentre todas as funções urbanas” 
(MUNFORD, 1998, p. 575) 
Ascensão da burguesia (classe média) 
Vida urbana: novos equipamentos urbanos como cinemas, teatros, 
parques, lojas de departamento, galerias de arte, museus, clubes – cultura, 
consumo e lazer 
Progresso: fábricas, grandes empresas, escolas, hospitais, unidades 
habitacionais, estradas, estradas de ferro, pontes, estações de passageiros 
CONTEXTO URBANO E SOCIAL 
CONTEXTO SOCIAL 
O termo “MODERNO” quando associado ao movimento artístico e cultural, costuma ser usado 
para qualificar o movimento que decorre das transformações econômicas, técnicas e sociais 
verificadas a partir de 1750 (meados do séc. XVIII): REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A autonomia da razão, a fé no método cientifico impacta as sociedades ocidentais e se consolida 
com a Revolução Industrial que modifica radicalmente a vida cotidiana. 
 
A experiência cotidiana traz novas reflexões e interpretações que modificam a produção 
filosófica, cultural, artística 
MOVIMENTO MODERNO 
 
É fruto de uma visão de mundo relacionada ao 
projeto empreendido a partir da transição teórica 
iniciada pelo Iluminismo (racionalismo). 
 
Busca a essência de todas as coisas, aquilo que é 
comum e potencialmente universal para todos. 
 
Baseada em novos meios de construção. 
 
Disciplinada pelas exigências da função. 
 
Utiliza formas puras, geométricas. 
 
Deveria refletir a realidade atual e seu tempo. 
ARQUITETURA MODERNA 
“Aprenderíamos porém, que o 
ornamento é um luxo, não uma 
necessidade, pois discerniríamos 
tanto as limitações como o grande 
valor das massas não-adornadas” 
(Louis Sullivan) 
 
“o germe é a coisa verdadeira, a sede 
da identidade. Em seu delicado 
mecanismo está a vontade de poder, 
cuja função é procurar e, por fim, 
encontrar sua plena expressão na 
forma” 
(Lois Sullivan) 
 
“a forma segue a função“ 
FUNCIONALIDADE: justifica a ausência de ornamentos O 
tamanho de um edifício, o volume, a distribuição do espaço e 
outras características devem ser norteadas somente pela 
FUNÇÃO do edifício. Satisfeitos os aspectos funcionais, a beleza 
arquitetônica surgirá de forma natural 
ESCOLA DE CHICAGO 
Guarante Building, 1895, Adler e Sullivan Loja Carson Pirie Scott, 1899, Sullivan 
“ornamento é crime“ 
 
“Como quase todos os moradores da cidade, o arquiteto não tem cultura. Ele não tem a segurança do 
camponês, a quem essa cultura é inata. O morador da cidade é um arrivista. Chamo cultura a esse 
equilíbrio interior e exterior, o único capaz de assegurar o pensamento e a ação racionais”. (Adolf Loos) 
 
Critica a preocupação dos profissionais da arquitetura com o supérfluo e o superficial. Precursor da 
nova objetividade, procurou sempre a solução mais simples para seus projetos e métodos de 
construção, empregando apenas ocasionalmente motivos ornamentais como elementos articuladores. 
 
Ornamento: forma punitiva de escravidão artesanal 
 
Raunplan, plano de volumes, um sistema de organização interna 
 
“só uma parte pequena da arquitetura pertence a arte: o túmulo e o monumento. 
Tudo mais deve ser excluído dos domínios da arte”. (Adolf Loos)ADOLF LOOS 
Casa Steiner, 1910, Loos Casa Moller, 1927, Loos Casa Müler, 1930, Loos 
TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA 2 
PENSAMENTO DA ESCOLA, PRINCIPAIS MEMBROS 
BAUHAUS 
 
A Escola Bauhaus (1919-1933) foi de grande 
importância para o movimento moderno tanto para 
design quanto para arquitetura, sendo uma das 
primeiras escolas de design do mundo. 
 
... Fundada com a finalidade de erigir a catedral do 
socialismo (...) diante da crise econômica, temos o 
dever de nos tornar pioneiros da simplicidade, ou 
seja, é preciso encontrar uma forma simples para 
todas as formas da vida que seja ao mesmo tempo 
respeitável e verdadeira. (Oskar Schlemmer) 
BAUHAUS 
Weimar 
BAUHAUS 
Weimar 
A escola teve como principio, tanto na 
arquitetura quanto na criação de bens de 
consumo, primar pela funcionalidade, 
custo reduzido e orientação para a 
produção em massa, procurando 
sintonizar a criação artística com a 
técnica industrial. 
Criamos uma nova guilda de artesão, sem distinção 
de classe que erguem uma barreira de arrogância 
entre o artesão e o artista. Juntos, vamos conceber e 
criar o novo edifício do futuro, que abrangerá 
arquitetura, escultura e pintura em uma só unidade 
e que um dia se erguerá para o céu a partir das mãos 
de um milhão de operários, como o símbolo 
cristalino da nova fé. 
 
Proclamação da Bauhaus Weimar, 1919. 
arte 
artesanato arquitetura 
ARTE + ARQUITETURA + ARTESANATO 
A Bauhaus foi fundada por Walter Groupius (que foi diretor 
até 1928) que defendia o ensino do design com base no ateliê 
(aprendizado prático e não teórico) tanto para designers 
quanto artesãos. A Bauhaus funcionou no meio termo entre a 
Academia de Artes e a Escola de Artes e Ofícios. 
Bruno Taut defendia que uma nova unidade cultural só 
poderia ser obtida através de uma nova arte da construção, 
na qual cada disciplina isolada daria sua contribuição para a 
forma final. 
 
“não existirão fronteiras entre os ofícios, a escultura e a 
pintura; tudo será uma arquitetura”. (Bruno Taut) 
Paul Klee estudou profundamente a teoria da luz e da cor 
sendo responsável pela ampliação da escala de cores. Suas 
obras eram uma interpretação própria da vida e do mundo, 
eram compostas intuitiva e emocionalmente. 
Acreditava na existência de uma relação formal entre a música 
e as artes plásticas, os tempos da música e ritmos 
compositivos. 
Johannes Itten (1888 – 1967) sob influência de Cizen 
trabalhava com métodos de estimulo a criatividade 
individual apoiados em atividades essencialmente práticas, 
elaborou teoria da forma e da cor. 
Era anarquista, seguia a filosofia oriental e defendia a sua 
inserção na uma produção artística contrabalançando o 
rígido método cientifico e os aspectos tecnológicos do 
pensamento ocidental. 
Theo van Doesburg (1883 – 1931) trabalha com uma 
estética racionalista, abstrata que usa como base 
grelhas geométricas, cores primárias e anti-individual 
baseada na filosofia estética da Gestaut. Foi um dos 
fundadores do movimento artístico neoplasticista 
difundido pela revista De Stijl. 
Wassily Kandinsky (1866 – 1944) usava uma abordagem 
emotiva e mística onde as ideias devem surgir de uma 
profunda intuição central. Para ele o objetivo da arte é 
encontrar a vida, tornar perceptíveis através da obra suas 
intensidades, oscilações, pulsações que regulam e 
organizam a obra. Acreditava que a arte poderia alcançar 
o espírito. 
“O ensino dos ofícios pretende preparar o design para 
a produção em série. Partindo dos instrumentos mais 
simples e das tarefas menos complicadas, ele vai aos 
poucos adquirindo a capacidade de dominar 
problemas mais complexos e trabalhar com máquinas, 
ao mesmo tempo em que se mantém em contato com 
todo o processo de produção, do começo ao fim. Por 
outro lado, o operário fabril nunca vai além de uma 
fase do processo. Portanto, a Bauhaus está 
conscientemente buscando contatos com empresas 
industriais existentes, com o objetivo de fomentar um 
estímulo mútuo. 
 
Walter Gropius 
DESIGN ARTESANAL +PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
BAUHAUS 
Dessau 
Theo Van Doesburg 
counter-composition, 1925 
Marcel Breuer (1902 – 1981) se dedicou a desenvolver objetos 
arquitetônicos e mobiliários dentro de uma da lógica de produção 
seriada que originou uma série de casas pré-fabricadas, diversos 
mobiliários, inclusive para a nova sede da escola e algumas cadeiras 
que se tornaram clássicos. 
Hannes Meyer (1889 – 1954) foi o segundo diretor 
da Bauhaus, implantou uma abordagem objetiva 
onde a forma derivada do método de produção, 
características materiais e programa. 
Lazló Moholy-Nagy (1895 – 1946) desenvolveu a ideia da 
arquitetura como um objeto divisível, “recortado por uma teia” de 
elementos. A configuração e a articulação do espaço seriam 
mensuradas através de marcações corporais, do percurso 
controlado dentro de um objeto que não se pretende escultórico, 
mas contenedor de posições espaciais. 
Mies van der Rohe (1886 – 1969) foi o último diretor da Bauhaus 
(1930-1933), até o seu fechamento pelo partido nazista. Sua obra se 
caracteriza pela linguagem pura, geométrica, modulada com o 
mínimo de elementos. 
 
Princípios de economia técnica, formal e material, como outros projetos modernos. Materiais 
industriais como o aço e o vidro. “a forma segue a função”  funções diferentes através de 
volumes arquitetônicos diferentes. 
Edifício da Escola Bauhaus em Dessau (alojamento dos 
estudantes) – Gropius, 1926 
Edifício da Escola Bauhaus em Dessau (interior) – Gropius, 1926 
Referências bibliográficas 
 
BENEVOLO, Leonardo. História da Arquitetura 
Moderna. São Paulo: Perspectiva, 1996. 
 
CURTIS, Willian J. R. Arquitetura Moderna desde 
1900. Porto Alegre: Bookman, 2008. 
Bauhaus: capítulo 11 
Loos: capítulo 3 
Modernização da cidade e Adler e Sullivam: 
capítulo 2 
 
 
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da 
Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 
2003. 
Bauhaus: capítulo 14 
Loos: capítulo 8 
Adler e Sullivam: capítulo 2 
 
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