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Pedro Guilherme Galinari Costa Faria – Teoria da Constituição Elementos que compõe o Estado: Estado – território – poder – finalidade ou bem comum O Estado é uma sociedade politicamente organizada, formado por um povo, fixado num território com poder soberano e tendo por finalidade o bem comum O Estado, modo especifico de organização política, é a base do Poder. Encarna o princípio da ordem e da coerência sobre o qual assenta a sociedade. É o Estado que possibilita a integração e unificação social. O Estado compõe a substancia e essência da Constituição. A realidade da Constituição é inseparável da realidade do Estado, assim deve-se considerar o Estado como matéria-objeto do Constituição. Elementos que compõe o Estado: povo, território, poder e finalidade ou valor social. Laicidade, caracteriza-se como gênero estatal, influenciado pela Revolução Francesa e por Descartes na Modernidade que prezou pela aceitação de todas as religiões dentro de um Estado. Estado laico pode-se conferir como uma espécie, adotada hoje dentro do Estado Brasileiro que é a não adoção de nenhuma religião oficial. Aspectos introdutórios do Direito Constitucional Constituição: construir-formar-organizar uma base Conceito de constituição: Constituição é a Lei Maior de uma sociedade politicamente organizada. É o modo pelo qual se forma, se estabelece, se organiza, se rege uma sociedade ou Estado. Latim constituere: Construir, constituir, organizar conjuntos de elementos básicos do Estado. Para Celso Bastos: “(...) complexo de normas jurídicas fundamentais escritas, ou não, capaz de traçar as linhas mestras de um dado ordenamento jurídico” Para Michel Temer: “Corpo, estrutura de um ser que se convencionou a se chamar Estado” Para José Afonso da Silva: “A Constituição do Estado, considerada sua lei fundamental, seria, então, a organização dos seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma de Estado a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua ação”. 2- Estrutura topográfica da constituição Preambulo: latim praeambulu: declaração de propósitos que Antecede o texto normativo da Constituição. Para João Barbalho: “enuncia por quem, em virtude de que autoridade e para que fim foi estabelecida a Constituição (...). No preâmbulo que se encontra, ou em todo caso deveria se encontrar a expressão da consciência coletiva de uma nação num determinado momento ou ao menos a expressão de ideias sobre as quais a maior parte da nação estão de acordo. São 03 as posições apontadas pela doutrina, vejamos: Tese da irrelevância jurídica: Posicionamento adotado pela maioria dos doutrinadores e pelo STF que diz que o preâmbulo não ingressa no mundo jurídico e possui valor meramente político. Ideias políticas, morais e religiosas que a Constituição pretende promover. Esse preâmbulo em geral não estipula quaisquer normas definidas para a conduta humana e, assim, carece de conteúdo juridicamente relevante. Ele tem antes um caráter ideológico do que jurídico. Decisão do STF: (ADI - 2076 – PSL – Constituição do Estado do Acre) Tese da plena eficácia: Equipara o preâmbulo da norma da Constituição, com todas as suas consequências, inclusive no que se refere à inconstitucionalidade por violação dos princípios nele contidos. Tese da relevância jurídica indireta: Neste sentido, o preâmbulo “não pode ser invocado enquanto tal, isoladamente, nem cria direitos ou deveres: invocados só podem ser os princípios nele declarados; e, do mesmo modo, não há inconstitucionalidade por violação do preâmbulo como texto; só há inconstitucionalidade por violação dos princípios nele consignados – que são os princípios consignados na Constituição”. Corpo constitucional: são as normas feitas pelo Estado. Possui 9 títulos, 250 artigos. Ler-se, de 1 a 9 em ordem ordinal (primeiro, segundo, ...) Ler-se, de 10 até o ultimo em ordem cardinal (dez, onze, doze, ...) ADCT (atos das disposições constitucionais transitórias): A finalidade do ADCT é estabelecer regras de transição entre o antigo ordenamento jurídico e o novo, instituído pela manifestação do poder constituinte originário, providenciando a acomodação e a transição do antigo e do novo direito edificado. A natureza jurídica ou (classificação jurídica): tem caráter de norma constitucional, portanto, possui a mesma relevância das normas do corpo constitucional. Plena eficácia Analise dos Art. 3º e 11 do ADCT (Normas provisórias de caráter temporário) O art. 3 da ADCT de caráter revisional já perdeu seu efeito, pois previa revisão da Constituição de 88 após 5 anos, de sua vigência. Norma exaurida “Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta”. Norma exaurida Alteração: mediante a Ec (emenda constitucional) 98 Art. do ADCT 3- As constituições Brasileiras Emenda de revisão: 6 Emendas de revisão A revisão constitucional já ocorreu e não mais poderá existir, pois prevista pelo poder constituinte originário, sendo que o derivado (congresso nacional) não pode instituí-la novamente. Tratou-se de uma regra transitória, motivo pelo qual consta no ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT) “O art. 3 da ADCT de caráter revisional já perdeu seu efeito, pois previa revisão da Constituição de 88 após 5 anos, de sua vigência. Norma exaurida”. “Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta”. Emenda constitucional: 84 Ec É a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais. Constituições outorgadas: Impostas sem a participação publica (povo). 1824-1937-1967 Constituições promulgadas: Eleita com a participação publica (povo). 1892-1934-1946-1988 OBS: não é possível haver Emendas de Revisão (reforma) na CF, pois, o Art. 3º da ADCT é uma norma exaurida, mas, é possível fazer Emendas constitucionais. Constituições brasileiras: 1º CF- 1824- Constituição do Império-outorgada por D. Pedro I, 2 anos após a independência do Brasil em 1822. 2º CF- 1891- Constituição da República- promulgada 2 anos após a proclamação da república em 15 de novembro de 1889. 3º CF- 1934- 1º constituição da era Getúlio Vargas - promulgada- (instituição do voto secreto e obrigatório e dos D. trabalhistas). - liberalismo 4º CF- 1937- outorgada - 2º CF da era Getúlio Vargas - instituição do regime ditatorial do Estado Novo- Constituição polaca: foi profundamente influenciada pela Constituição polonesa. 5º CF- 1946- promulgada no governo Eurico Gaspar Dutra - pós o período Estado novo- reestabeleceu os Direitos Individuais e extinguiu a censura e a pena de morte. 6º CF-1967- outorgada- realizou e instituiu o Golpe Militar (Ditadura Militar) - Costa Silva- Ec nº 01/69: nova constituição - afirma que foram 8 CF, é tecnicamente impreciso. 7º CF- 1988 – promulgada - Constituição cidadã - reconquista os Direitos Fundamentais Individuais- instituiu o Estado Democrático de Direito. Governo de todos com respeito a participação das minorias vulneráveis. Estado Democrático de Direito O Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica. Em um estado de direito, as próprias autoridades políticas estão sujeitas ao respeito das regras de direito. 4- Alocação do D. Constitucional O Direito Constitucional configura-se comoDireito Público Fundamental por referir-se diretamente à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política. Apesar dessa colocação o direito passa por uma adaptação de afastamento da ideia de Público e Privado que passou a ser utilizado apenas como forma didática e hoje se declara que o direito é uno, indivisível e indecomponível, que significa que o direito se relaciona entre si. 5- Normas de repetição obrigatória Constituição estadual e leis orgânicas devem seguir, apresentar algumas obrigações da Constituição Federal: Direitos Fundamentais, Estruturação do Estado e Organização dos Poderes. “Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta”. São mateiras de repetição obrigatória na Constituição do Estado (C.E) e na Lei Orgânica (L.O) C.F – Brasil (Federal) DEO C.E – Estados (Estadual) DEO L.O – Municípios (Municipal) DEO 6- Conceito de Direito Constitucional – Direito Constitucional refere-se a estruturação do poder político, seus contornos jurídicos, limites de sua atuação e aos direitos humanos fundamentais. É considerado ciência jurídica por se tratar de um estudo sistematizado cuja o objeto de pesquisa está bem definido: constituição. 6.1- O Direito Constitucional como ciência jurídica: Direito Constitucional - Particular ou Positivo Estudo sistematizado dos princípios e regras da Constituição de um Estado especifico. É a área que estuda a particularidade (a norma) de um estado. Direito Constitucional comparado Estudo por comparação de normas constitucionais positivadas (contudo não necessariamente vigentes) de dois ou mais Estados. EX: Direito Constitucional Inglês comparado com o Direito Constitucional Brasileiro. Direito Constitucional geral (ou teoria geral do D.C) Estudo dos princípios e institutos comuns a generalidade das ordens constitucionais vigentes, extraindo o que há de comum a todos eles . Exemplo: Teoria Geral da Constituição 6.2 – Direito Constitucional e demais ramos do Direito público e privado Essa teoria era na antiguidade hoje em dia é estudado como um todo. 7 – Constituição e constitucionalismo Constituição são as normas de regência máximas de um Estado. Constitucionalismo é um movimento político, filosófico, jurídico. Esse movimento político embora seja caracterizado como um termo recente pode-se encontrar vestígios muito antigos na sociedade mundial, desde os tempos gregos. É considerado um movimento. Marcos Históricos: Constituição Norte Americana 1787 e Constituição Francesa 1791. “Constitucionalismo é um movimento jurídico, político, filosófico e sociologico que se desenvolve ao longo do tempo na sociedade que necessitou normatizar/transcrever normas de garantias fundamentais e controle de poder”. Para José Gomes Canotilho: “Uma técnica especifica para limitação de poder com finalidade de garantir direitos” Funções da Constituição: a) revelação do consenso fundamental; b) legitimidade e legitimação da ordem jurídico-constitucional; c) garantia e proteção; d) ordem e ordenação; e) organização do poder politico. 7.1 – Diferentes sentidos de Constituição Sentido Comum “Corpo, estrutura de um ser que se convencionou denominado Estado”. (Michel Temer) Não se refere apenas ao D. Constitucional; diz respeito a essência, a maneira como algo se organiza, ao particular modo de ser de alguma coisa (Estado), a organização intrínseca Sentido Sociológico (Ferdinand Lassale) É a soma dos fatores reais do poder que formam e regem um determinado Estado. Se a Constituição não consegue fazer essa soma, essa constituição é equivale a uma folha de papel em branco. A Constituição é o espelho escrito da sociedade. Sentido Político (Karl Schmidt) É a decisão política fundamental, que define o particular modo de ser do ente Estatal em determinada época. É a Constituição que vai determinar o modo de ser. Sentido Jurídico (Hans Kelsen) Norma jurídica do mais alto grau hierárquico. O Brasil adotou. Constituição deve poder ser entendida no sentido: A - lógico-jurídico É a norma hipotética fundamental, ou seja, o fundamento logico que entende a própria edição da constituição positiva. Norma fundamental hipotética: fundamental porque é ela que nos dá o fundamento da Constituição; hipotética porque essa norma não é posta pelo Estado é apenas pressuposta (imaginada). Está situado no abstrato, no “Dever ser” - ainda não aconteceu – elaborada no sentido figurado. B – Jurídico - positivo É a lei fundamental do Estado, a norma positiva (direito posto) portanto, condiciona a edição das normas infraconstitucionais. Está situado no campo do “ser” - concreto É aquela feita pelo poder constituinte, constituição escrita, é a norma que fundamenta todo o ordenamento jurídico. No nosso caso seria a CF/88. É algo que está no direito positivo, no topo na pirâmide. Sentido Culturalista Constituição total- abrange aspectos sociológicos, políticos, jurídicos ... É o produto de um fator cultural produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir. 7.2 – Antecedentes históricos e doutrinários da Constituição escrita. A – Os pactos – (Idade Média) – acordo de vontades _ Magna Carta Libertatum (1215 – Rei Joao sem-terra); _ Petition of Rights (1628) _ Bill of Rights (1689) – alguns apontam como a 1º constituição escrita da história. Documentos escritos, celebrados entre monarca (rei) e seus súditos, na Idade Média, para a fixação de limites e atuação daqueles, sobre tudo concedendo a este um conjunto de direitos individuais. B – Forais ou cartas de franquias; Documentos impostos dando direito aos súditos a participar do governo. Diferenciam dos pactos por estarem fundamentados não em um acordo de vontade, mas sim em uma outorga, mesmo que nem sempre espontânea, e também por preverem a participação dos súditos no governo local, o que lês conferiam um elemento político normalmente inexistente nos pactos. C – Contrato de colonização; Documentos surgidos na formação de colônias a América do Norte, consiste em pactos celebrados entre os colonos Porem geralmente submetido a á sanção do monarca, com vista ao estabelecimento de regra do governo a que se sujeitariam. D – Leis fundamentais do reino; Originários da doutrina Francesa e Inglesa consistiam num conjunto de normas relativa a á equisiçao exercício e transmissão do poder, considerados superiores a as normas editadas pelo poder legislativo, dotado de considerável instabilidade e que tinham por objetivo a proteção da coroa contra eventuais fraquezas ou instabilidade do próprio rei. E – Doutrina dos pactos sociais; Em que pensa não guardarem perfeita identidade com si, tinham por traço semelhante a concepção que a sociedade tinha por fundamento um acordo a pacto social, ainda que apenas tácito (silencio (não escrito)), e que se empunha ao governante, estabelecimento as regras para o exercício do poder. OBS: Direito material – parte ligada ao conteúdo, substancia, matéria (Constituição) Direito formal – parte ligada ao procedimento, como fazer (aplicação das normas) Leis Constitucionais Receita de bolo (Karl Schmit) 1º parte (Direito material) – são os ingredientes 2º parte (Direito formal) – modo de preparo, procedimento 7.3 – Evolução do constitucionalismo. 7.3.1 – Conceito Constitucionalismo e um movimento político, filosófico, jurídico, que visa estabelecer limites jurídicos ao exercício do poder político e garantir os direitos dos habitantes. Constitucionalismo é uma técnica de limitação de poderes e com fins garantistes 7.3.2 – Constitucionalismo e suas diversas fazes O Constitucionalismo teve dois marcos importantes em sua história: (Constituição Norte Americana) e (Constituição Francesa Igualdade, Fraternidade, e Liberdade), ambas representaram umanova forma de Estado, garantindo só Direitos Fundamentais e a limitação do Estatal. A – Constitucionalismo clássico (séc. XVIII e XIX) – Paradigma do Estado Liberal. Movimentos político e jurídico desencadeado pelos chamados revoluções liberais, e burgueses, destinados a estabelecer Estados Constitucionais, com fixação de mecanismo de limitação e repartição do poder Estatal, sobre tudo para a proteção do indivíduo contra eventuais arbitrariedades Estatais através da adição de Constituições escritas. Liberdade mínima dos indivíduos com o objetivo de regulamentar os direitos civis. Inspirado na Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. restringir os poderes do governo repartindo as funções de Estado. B – Constitucionalismo moderno (séc. XIX e XX) – Paradigma de Estado Social. Ao invés de conter apenas regras de regência do Estado e da proteção dos indivíduos em face (decorrência) do poder Estatal, as Constituições passam também a conter uns conjuntos de normas de ordem social e econômico, também para a redução das desigualdades sociais, como também para o desenvolvimento nacional. reduzir as desigualdades sociais, econômicas e culturais. C – Neoconstitucionalismo (a partir da década de 80/90) – Paradigma de Estado Democrático de direito. Tem como principais traços característicos: a adoção do pés-positivismo, confere força normativa não só as regras com também os princípios jurídicos; a concessão de primazia ao princípio da dignidade da pessoa humana; o conhecimento definitivo da força da constituição; e a aplicação da jurisdição constitucional. (Aplicação da Constituição- Jurisdição: poder dever do Estado quando provocado dá a resposta) efetividade na sociedade, fazer o ‘dever ser’ tornar ‘ser’. 7.4 – O Constitucionalismo no Brasil. 7.4.1 – Fases do constitucionalismo no Brasil O Brasil surgiu com a marca do Constitucionalismo. Na medida que o Estado vai se desenvolvendo o mesmo é o Constitucional. Foram 4 fazes do Constitucionalismo no Brasil: A – A primeira fase é a liberdade – centralizadora Marcada pelo período imperial do Brasil. CF/1824 outorgada por D. Pedro I logo após a independência do Brasil em 7/09/1889 – Liberdade do Rei. B – Segunda faze é a republicana CF-1891 – Constituição da república – Proclamação da República em 15/11/1889 – alternância de poder (para governar tem que haver alternância de poder) – Rui Barbosa foi o autor responsável do projeto Constituição. C – Terceira fazer é a autoritária (Constituição de 1937) – “Polaca”. CF – 1937 – fase autoritária – ideias a Constituição Liberal. D – quarta faze é a do período liberal-social (Constituição de 1946 e 1988) CF 1946 e 1988 CF 1946 – liberal social – o Estado se faz presente – se preocupa com a desigualdade. CF/88 – Estado Democrático de Direito – existe lei que organiza o Estado. O Direito coloca ordem no Estado – Estado que todos participam – o governo de todos respeita o que está fora do modelo social – o cidadão é corresponsável na construção do Estado – todo mundo constrói mas quem regulariza é o Direito. 7.5 – Classificação das Constituições. 7.5.1 – Quanto ao conteúdo: A – Constituição material ou substancial. Abarcam um conjunto de normas codificada num documento ou não que regulam a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os Direitos Fundamentais. Ex: Clausula pétria – tem uma parte que é solidificada que faz parte da Constituição – núcleo duro que não pode ser modificado. Ex: separação de poderes – direitos e garantias dos indivíduos. Art. 60, IV da CF/88 Conjunto de normas constitucionais B – Constituição formal É aquela Constituição consubstancial (com fundamento) de forma escrita pôr meio de um documento solene estabelecido pelo poder constituinte originários. É hierarquicamente superior ao conjunto de leis comuns. OBS: É obrigatório ser escrito. 7.5.2 – Quanto à forma: A – Escrita (instrumental). Conjunto de regras codificadas (escrita) e sistematizada num texto único – único documento – para fixar-se a organização fundamental. Ex: CF Brasileira/88 – Constituição Portuguesa – Constituição Espanhola B – Não escritas (consuetudinária). É a Constituição cuja normas não constam em um texto solene, mas, baseia-se também leis esparsas, ou seja, leis em documentos espalhados, baseia-se também em costumes, jurisprudência e em convenções. Ex: Constituição Inglesa 7.5.3 – Quanto ao modo de elaboração A – Dogmática Apresenta- se como documento escrito s sistematizado por um órgão constituinte a partir de princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante no momento. Verdade incontestável. B – Histórica Resulta da lenta transformação histórica, do lento evoluir das tradições de um determinado povo. Ex: Constituição Inglesa 7.5.4 – Quanto a origem A – Promulgadas (democrática ou populares) Aquelas que origina de assembleia nacional constituinte composta por representantes do povo eleitos com a finalidade de elaborar e estabelecer tal Constituição. Ex: 1891-1934-1946-1988 B – Outorgada (imposta) É a Constituição elaborada e estabelecida se, a participação popular através de imposição do poder da época. Ex: 1824-1937-1967 C – Cesarista É aquela elaborada sem a participação popular e que posteriormente a sua produção, o povo é chamado para referendar ou não a mesma. Ex: Equador-Cuba-Venezuela D – Pactuadas Surge através de um pacto, o poder constituinte se concentra nas mãos de mais de um titular, exprime um compromisso instável entre forças políticas iguais. 7.5.5 – Quanto a estabilidade, processo de reforma (alteridade) A – Imutáveis São Constituições que não admite alterações-permanentes que não precisava mais de reforma, não podia ser emendada. Ex: Código de Hamurabi – Leis das XII Tabuas B – Rígida Não é fácil alterar essa Constituição - para altera-la há procedimentos difíceis, pois, é mais difícil altera-la do que criar as demais espécies normativas. Ex: CF/88 OBS: Tem que ter haver o voto de 3/5 dos membros do congresso nacional e votados 2x na Câmera dos Deputados e 2x no Senado Federal. C – Flexíveis (plásticas) Podem ser documentos escritos ou não – modelo constitucional que para altera-lo é utilizado o mesmo mecanismo para criar lei comuns. Em regra não escritas (Cons. Inglesa), excepcionalmente escritas (Const. Suíça) D – Semirrígidas Chamada de bipolar – na qual algumas normas podem ser alteradas pelo processo legislativo ordinário enquanto outras somente por um processo legislativo especial e mais dificultoso. Ex: Constituição Imperial de 1824 7.5.6 – Quanto a sua extinção e finalidade A – Analítica (prolixa) Longa-extensa-ampla São extensa, tratam de no detalhado de todos os assuntos de relevância para a formação e funcionamento do Estado. B – Sintética (negativos garantistas) (concisa) São aquelas que regulam os aspectos fundamentais-indispensáveis, não são extensa, tratam em poucos dispositivos apenas das matérias básicas do Estado, deixando para leis complementares e ordinárias os detalhes a respeito dessas matérias básicas. Ex: Const. Norte Americana de 1787 7.5.7 – Quanto a sistemática (critérios sistemáticos) A – Reduzida (orgânica) Reduz todo conjunto de normas fundamentais em um documento de forma sistematizada. B – Variadas (inorgânicas) Conjunto de normas esparsas que organiza a sociedade, positivada em diversos documentos. 7.5.8 – Quanto ao sistema (Robert Alexy e Ronald Dwokin 90% segues essa teoria.) A – Principiologico (Princípios) Nela há predominância de princípios, pois, está situado no mundo hipotético, ou seja, com grande amplitude de interpretação, sendo assim, necessária a ação concretizadora do legislador. Ex: CF/88 B – Preceituais (Regras) Nesta prevalece as regras, ou seja está situada na concretização, pois, tem sua interpretação reduzida e norma de baixo valor em relação aos princípios. Ex: Const. Mexicana OBS: (Dimitre Moures 10% segue essa teoria.)Para este autor, tanto princípio e regra, tudo se resume em norma jurídica-abstração e concretude-principio e regras. 7.5.9 – Quanto a correspondência com a realidade (critério ontológico – essência) busca identificar a correspondência entre a realidade política do Estado e o texto Constitucional. A – Normativos Em que há limitação de poder que materializa na pratica. Art. 25, II, CF – divisão de poderes B – Nominalista Normas que tem insuficiência concretude, que não se materializa. Const. 1824-1841-1934-1946 – salário mínimo C – Semântica Const. Que se efetiva com mero instrumento (vontade) de domínio dos detentores do poder, traduz uma teoria política dominante. Const. 1937-1967(Ec nº 01/69) 7.5.10 – Quanto a dogmática (aqui se trata da ausência ideológica do texto constitucional) A – Ortodoxa Constituição que se baseia em uma ideologia política. Ex: Const. Chinesa B – Eclética (compromissória) Trabalha com multidiversidade de ideologia política. Const. 1987 – EUA – Portuguesa 7.5.11 – Classificação do constitucionalista Manuel Gonçalves Ferreira Filho A – Garantista Garante direitos e limita poderes – Magna Carta 1215 (Máxima Carta) B – Balanço Demonstra a evolução do Socialismo – analisa. Const. Soviética 1977 C – Dirigente Trabalha um projeto, um programa de crescimento do Estado. 7.5.12 – Quanto ao conteúdo ideológico A – Liberais O Estado está distante (absenteísmo) – Constituição Negativa porque o Estado está afastado. Const.1824 – Constituição Liberal B – Sociais O Estado está próximo, presente a sociedade – Const. Positiva – (Estado do bem comum) Const. Mexicana 1917 – Alemã 1919 7.5.13 – Segundo Raul Machado Horta A – Constituições expansivas Refere-se a respeito de novidades a análise de temas atuais na Constituição – ideias de reflexão a Direitos Fundamentais – renovação Resumo da Constituição Brasileira de 1988 Formal-Escrita-Dogmatica-Promulgada-Rigida-Analitica-Reduzida(organica)-Principiologica-Normativa-Eclética-Garantista/Dirigente-Social-Expansiva.
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