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Bioeletrogênese o Propriedade que as células vivas possuem de gerar e alterar diferença de potencial elétrico através da membrana. o Essa característica está exclusivamente presente em apenas algumas células: NEURÔNIOS CÉLULAS MUSCULARES A atividade elétrica dos tecidos excitáveis se deve ... Ao FLUXO IÔNICO DIFERENCIADO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR. VAMOS OLHAR O ÁTOMO MAIS DE PERTO? ÁTOMOS Íons são átomos que perderam ou ganharam elétrons ficando carregados negativamente ou positivamente. Exemplos: Cl-, Ca2+, Na+, K+. Partícula fundamental da matéria. COMO ESSES ÍONS ESTÃO DISTRIBUÍDOS NOS COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS DO CORPO? A membrana plasmática permite a separação de cargas elétricas no corpo Há um desequilíbrio químico e elétrico. Homeostase ≠ equilíbrio. DIFERENÇA DE POTENCIAL DA MEMBRANA DIFERENÇA DE POTENCIAL DA MEMBRANA Por convenção adotou-se que o LEC tem voltagem= 0 DIFERENÇA DE POTENCIAL DA MEMBRANA Em condição de repouso as células tem uma Diferença de Potencial entre os lados da membrana plasmática, com o lado interno negativamente carregado em relação ao exterior. A polaridade positiva ou negativa da membrana é estabelecida de acordo com o sinal do excesso de cargas do lado INTERNO da célula. DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS NO LIC E LEC Devido a essa diferença na concentração de íons no meio extracelular e intracelular, podemos concluir que: 1) Ambos os compartimentos não estão em equilíbrio elétrico; 2) Esta diferença elétrica é chamada de diferença de potencial (DDP) ou simplesmente voltagem elétrica entre os lados da membrana, pois é medida em volts. DIFERENÇA DE POTENCIAL DA MEMBRANA HÁ MOVIMENTO ENTRE OS COMPARTIMENTOS!!! - GRADIENTE QUÍMICO - GRADIENTE ELÉTRICO - PERMEABILIDADE O QUE DETERMINA O MOVIMENTO DOS ÍONS PRA GERAR O POTENCIAL DE MEMBRANA? Canais e bombas iônicas • Canais iônicos (ou de vazamento) → proteínas que atravessam a membrana possuindo uma luz (túnel), por onde trafegam íons de dentro para fora da célula e vice-versa. Por possuir carga elétrica, os íons não conseguiriam passar pela membrana se não existissem os canais. • Estes canais podem estar fechados ou abertos e a passagem de íons e podem ser controladas por substâncias químicas (ligante-dependentes), por mudanças na voltagem (canais dependentes de voltagem), ou estímulos mecânicos. MOVIMENTO ATRAVÉS DOS CANAIS IÔNICOS Os canais abrem e fecham em resposta a estímulos específicos. Os canais iônicos permitem que íons específicos se movimentem pela membrana plasmática, ao longo de seus GRADIENTES ELETROQUÍMICOS. MOVIMENTO ATRAVÉS DOS CANAIS IÔNICOS GRADIENTE QUÍMICO É o movimento dos íons das áreas de maior concentração para as áreas de menor concentração, por difusão. MOVIMENTO ATRAVÉS DOS CANAIS IÔNICOS GRADIENTE ELÉTRICO Íons carregados positivamente movem-se em direção a uma área carregada negativamente. Íons carregados negativamente movem- se em direção a uma área carregada positivamente. AS CARGAS ELÉTRICAS CRIAM EM TORNO DE SI UM CAMPO ELÉTRICO. POTENCIAL DE REPOUSO Diferença de potencial entre as faces interna e externa de um neurônio que não está transmitindo impulsos elétricos. Nas células nervosas em repouso a concentração de K+ é maior dentro da célula e de Na+ maior fora da célula. Movimento de K+ para fora da célula a favor do seu gradiente de concentração (difusão) através dos canais permeáveis ao K+. A membrana possui o lado interno negativo em relação ao lado externo A bomba Na+/ K+ ATPase mantém as concentrações desses íons estáveis, fazendo com o que interior da membrana fique mais negativo caso só houvesse a difusão. POTENCIAL DE REPOUSO POTENCIAL DE REPOUSO Assim, é fácil entender que o neurônio, quando em repouso (potencial de repouso), está no estado polarizado (com dois polos elétricos definidos). POTENCIAL DE REPOUSO A membrana tem permeabilidade distinta aos íons: Na+: Praticamente impermeável, mas um pequeno número de canais está aberto. K+ : A membrana é altamente permeável ao potássio. Cl- : A membrana é altamente permeável ao íon cloreto. Moléculas orgânicas negativamente carregadas como proteínas e grupos fosfato também estão presentes no interior da célula. Potenciais de Repouso Equação de Nerst Na+: 61mV K+: -94mV Cl-: -68mV Equação de Goldman-Hodgkin-Katz Maioria das células: -70mV Células nervosas: -90mV Se o neurônio for estimulado serão registradas alterações do potencial de repouso da membrana, através de ondas de despolarização, na forma de um potencial de ação ou potenciais graduais, conforme a intensidade do estimulo. POTENCIAIS GRADUAIS OU POTECIAL DE AÇÃO As alterações transitórias no potencial de repouso (sinais) podem ocorrer de duas formas Dependendo do estímulo os potenciais podem ocorrer em direção à despolarização, repolarização e hiperpolarização POTENCIAL DE AÇÃO São alterações (despolarizações) uniformes e significativas que passam ao longo de grandes distâncias pelo neurônio sem perder a força podendo variar de -70mv a +30mv. POTENCIAL DE AÇÃO Potencial de repouso x Potencial de Ação • Potencial de repouso (PR) o neurônio está em repouso, polarizado, não transmitindo o impulso nervoso. Canais de Na+ estão fechados. • Potencial de ação (PA) o neurônio inicia o processo de transmissão do impulso nervoso. • Três fases sequenciais do PA: 2 Polarização Invertida 3 Repolarização 1 Despolarização Fases do PA 1 – Despolarização • Dependendo da intensidade do estímulo recebido, a membrana do neurônio pode despolarizar. • Neste caso, abrem-se os canais de Na+ voltagem-dependentes que, por difusão, entram na célula. Como são positivos, vão anulando (despolarizando) as cargas negativas no MIC, tornando gradativamente o interior da célula menos negativo com relação ao meio externo. Para fins didáticos, a fase de despolarização acaba quando as cargas elétricas entre os lados interno e externo da membrana acusa zero (DDP = 0V). Esta despolarização propaga-se como uma onda despolarizante que percorre o axônio do neurônio a partir do ponto que foi gerada, ou seja, ela é o próprio impulso nervoso. Fases do PA 2 – Polarização invertida • Continuação do processo anterior, ou seja, a abertura dos canais de Na+ voltagem dependentes. • A continua entrada de íons Na+ para o interior inverte a polaridade entre os meios interno e externo da célula (polarização invertida): o interior da célula fica ligeiramente mais positivo que o exterior. Fases do PA 3 – Repolarização • Abrem-se os canais de K+ (não-dependentes de voltagem, lentos) e ativam-se as bombas Na+K+ATPase, que expulsam ativamente Na+ e promovem o influxo de K+, reestabelecendo o estado de polarização original – retorna-se ao PR, com o interior da célula mais negativo que o exterior. • O processo de formação do PA dura apenas alguns milissegundos e o impulso formado propaga-se para a célula seguinte com rapidez. • OBS: Hiperpolarização as células pós- sinápticas das chamadas sinapses inibitórias apresentam canais de Cl- (cloro) ligante-dependentes. Quando esses canais são ativados por um neurotransmissor, ocorre um influxo de Cl- (negativo) para o MIC, tornando o DDP da membrana pós- sináptica ainda maior (hiperpolarização). Assim há uma probabilidademenor de geração de um potencial de ação pela célula pós-sináptica. FECHAMENTO DOS CANAIS DE SÓDIO/ ABERTURA DOS CANAIS DE POTÁSSIO POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE AÇÃO DESPOLARIZAÇÃO/ REPOLARIZAÇÃO PA no gráfico À medida que íons Na+ entram na célula, ela vai se tornando mais despolarizada até que o seu LIMIAR seja atingido e o p.a. seja deflagrado!!! (Potencial Limiar) Assim que o limiar é atingido mais canais de Na+ se abrem e o potencial da membrana ultrapassa a voltagem zero (0) revertendo o potencial negativo em positivo: o lado interno da membrana que era negativo agora torna-se positivo e o lado externo agora é menos positivo.. +60 mV Potencial sublimiar • Há entrada de uma pequena quantidade de íons Na+ que não conseguem deflagrar o potencial de ação e a membrana retorna ao seu nível de repouso. • Ou o potencial de ação é deflagrado a partir do seu limiar, ou não são gerados!!! Uma vez que o limiar tenha sido atingido os eventos não mais dependem do estímulo- PRINCÍPIO DO TUDO O NADA!!! TUDO OU NADA • Estímulo abaixo do limiar: os canais dependentes de voltagem continuam FECHADOS. (NADA) • Estímulo atinge o limiar: são produzidas alterações do potencial de membrana. (TUDO) -65 m V • A amplitude do P.A. INDEPENDE da força do estímulo!!! • Percepção do estímulo está relacionada com a frequência do P.A. (n P.A./ tempo) Durante o P.A. um segundo estímulo não importa o quão forte for, não consegue produzir um segundo P.A. e nesse momento dizemos que a membrana está em seu PERÍODO REFRATÁRIO ABSOLUTO. Período refratário Período refratário Após o período refratário absoluto há um intervalo de tempo durante o qual um segundo potencial de ação pode ser produzido, desde que o estímulo seja maior: PERÍODO REFRATÁRIO RELATIVO. Importância: permite que os sinais individuais percorram todo o axônio • Céls nervosas: 100 pot/seg Iniciação dos Potenciais de Ação - Um ciclo vicioso de feedback positivo abre os canais de sódio Variação do potencial de membrana: de -90 m V zero; Canais de Na+ voltagem- dependentes começam a se abrir; Rápido influxo de íons Na+ Após o aumento crescente potencial de membrana fechamento dos canais Na+; Abertura dos canais de K+; Repolarização Impulso nervoso (onda despolarizante) POTENCIAIS GRADUAIS São alterações transitórias no potencial de repouso, em locais específicos da membrana. Essa corrente pode desaparecer quase completamente em poucos milímetros e por isso essas correntes locais são chamadas de decrementais. Os sinais graduais podem funcionar como sinais só a distâncias curtas, entretanto, se ocorrem estímulos adicionais eles podem ser adicionados (SOMAÇÃO). AÇÃO DE ANESTÉSICOS Agem bloqueando canais de Na+ voltagem-dependentes e assim o P.A. fica impedido de ocorrer. Sem o P.A. esses sinais gerados em resposta à lesão não conseguem atingir o encéfalo e originar a sensação de dor. DESCANSEM E ... BONS ESTUDOS!!
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