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TRANSTORNOS ALIMENTARES

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TRANSTORNOS ALIMENTARES 
Prof. Dr. Jose Lucimar Tavares
CONCEITUAÇÃO
Transtornos alimentares são síndromes psiquiátricas, caracterizadas por desordens nos hábitos alimentares ou comportamentos de controle do peso, resultando em danos importantes para saúde física e psicossocial da pessoa. 
EPIDEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Tem prevalência em mulheres, com critérios de diagnósticos entre 0,3% a 3,7%, e dentre os homens a prevalência geral estimada foi de 0,3%
A prevalência de AN varia entre 0,5 e 3,7% e de BN de 1,1% e 4,2%. Estima-se que, entre mulheres, a incidência de AN é de aproximadamente 8 por 100 mil e, em homens, de menos de 0,5 por 100 mil indivíduos por ano. A Incidência de BN é de 13 por 100 mil Os transtornos alimentares afetam predominantemente mulheres jovens, com prevalência média de relação homem-mulher de 1:10 e até de 1:20. 
PRINCIPAIS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Os principais tipos de transtornos alimentares são a anorexia nervosa e a bulimia nervosa; são intimamente relacionadas por apresentarem sintomas em comum: ideia prevalente de preocupação excessiva com o peso, representação alterada do corpo e medo patológico de engordar. nesses quadros há um julgamento de si mesmo indevido, baseado na forma física, a qual percebe de distorcida.. 
PRINCIPAIS TRANSTORNOS ALIMENTARES
A vigorexia tem sido predominante em homens, mas já se está havendo casos em mulheres obcecadas por músculos. Os transtornos dismórficos acometem ambos sexos. 
Existem outros transtornos alimentares importantes, tais como: a obesidade ou a falta de apetite, consequente a doenças físicas e transtornos emocionais, ou desencadeadas por uma série de fatores... 
ANOREXIA NERVOSA
O termo tem origem grega e significa falta de apetite. É um transtorno caracterizado por obsessão com o peso em busca excessiva da magreza, distorção da imagem corporal e amenorreia. 
O aparecimento inicial surge na adolescência e adultos jovens. Existem subtipos da AN como: com a perda de peso obtida através de dietas, jejuns ou exercícios excessivos; compulsão periódica/purgativo, com compulsões alimentares, seguida de purgações durante o episódio atual de anorexia. 
ANOREXIA NERVOSA
A pessoa simplesmente não come, rejeita comida e  passa dias em jejum. Apresenta peso excessivamente baixo, e tem taxa de mortalidade de 10%, uma das mais altas entre os transtornos psicológicos. 
Provoca diminuição da libido/disfunção erétil, depressão profunda, tendências suicidas, amenorreia e descalcificação dos dentes, queda de cabelo, osteoporose, desmaios, fraqueza, insônia, problemas gástricos, pele seca e áspera, desnutrição e baixa concentração, por causa da inanição.
BULIMIA NERVOSA
Consiste em períodos de compulsão alimentar, seguidos de comportamentos compensatórios de eliminação como: evacuação, indução de  vômito, uso de laxantes, diuréticos, jejuns, dietas e excesso de atividades físicas, para evitar ganho de peso. No diagnóstico da Bulimia, é necessário esses comportamentos compensatórios, pois se não houver, é considerada Compulsão Alimentar.
Os constantes vômitos podem provocar amarelamento dos dentes, fragilidade dos ossos, problemas no esôfago e no estômago, fadiga e arritmia cardíaca.	
	
Além disso, é possível que a bulimia leve à anorexia, pois a pessoa pode parar de comer é possível que a pessoa apresente as duas doenças ao mesmo tempo.	
SINTOMATOLOGIA
O descontrole alimentar costuma estar associado à depressão. A pessoa geralmente está acima do peso e apresenta: sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, ansiedade, é excessivamente crítica e exigente, estando constantemente insatisfeita. Existem alguns sinais que ajudam a detectar a bulimia, como por exemplo, quando começa a comer escondida e sozinha, amenorreia, abuso de álcool e drogas, obsessão por exercícios físicos e interesse exagerado por calorias e longos períodos no banheiro. 
CAUSAS COMUNS DOS TA
CAUSAS DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
As causas são multifatoriais, envolve fatores genéticos, psicológicos e ambientais. Pessoas que não conseguem lidar com a pressão familiar e social, supervalorizam o corpo magro, como ideal de beleza e tem personalidade perfeccionista/obsessiva. 
Imagem distorcida de si mesma, não percebe o corpo com realmente é, medo mórbido de engordar, sente-se pressionada a ser magra e apresenta baixa autoestima
Toda pessoa que possui anorexia é magra pois a excessiva perda de peso corporal é uma característica obrigatória para que se possa fazer o diagnóstico. 
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É demorado e multidisciplinar. Consiste em mudanças de comportamento em relação à comida e ao ato de comer, a inanição fragiliza o estômago e ele não suporta comida sólida, assim a alimentação é gradual, à base de soros e líquidos, até que o organismo se re acostume, reidratação e, nos casos graves, internação e uso de medicamentos. Muitos famosos sucumbiram às pressões da fama e acabaram desenvolvendo essas doenças. 
TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
O enfermeiro lida não apenas com o paciente, mas também com sua família, a interação entre paciente/enfermeiro afeta e é afetada pela família. 
Orientação e aconselhamento familiar devem ser realizados sempre com a intenção de educar a respeito da doença, para diminuir a culpa dos pais, levando a pessoa ao retorno alimentar natural da família.
Um diagnóstico de enfermagem essencial é o de “Processos Familiares Alterados”, verificando mudanças nos padrões, relacionados à alteração do poder e da troca dos papéis na família.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
PERANTE OS DIAGNÓSTICOS SEESTABELECE AS SEGUINTES INTERVENÇÕES: 
1 Explorar o grau de envolvimento e dependência entre os membros da família;
 2 Discutir com a família e o paciente quais são limites adequados, formas de comunicação que sejam efetivas;
 3 Identificar as regras que reforçam o comportamento inadequado do paciente, buscando meios para adequá-los;
 4 Orientar o paciente a desenvolver habilidades que contribuam na autonomia para a resolução de problemas; 
5 Realizar, encaminhar e orientar para grupos de terapia de família, com aconselhamento, auxiliando na construção de contextos flexíveis que favoreçam a expressão e a aceitação de diferenças.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
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O enfermeiro é o profissional indicado para organizar e promover palestras e ações educativas, esclarecendo as características diagnósticas, comportamentais, epidemiológicas e os fatores mais comuns que desencadeiam manifestação e/ou instalação desses Transtornos.
Discorrer sobre a influência da mídia sobre o padrão de beleza, enfatizando atitudes preventivas, com o incentivo de práticas alimentares e esportivas saudáveis, orientando as possíveis complicações frente ao uso indiscriminado de medicamentos anorexígenos e de dietas sem acompanhamento médico.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
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As ações educativas devem ser junto com outros profissionais da saúde, como também, membros da comunidade em geral, com a finalidade de esclarecer as múltiplas facetas dos transtornos, visando minimizar preconceitos, referentes a doença, orientando sobre os riscos de dietas sem acompanhamento nutricional, levando a reflexões sobre as exigências da mídia e da moda, alertando quanto ao diagnóstico precoce. a fim de se reduzir os danos que desses transtornos.
AÇÕES DE ENFERMAGEM

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