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TENTATIVA DE CORRELAÇÃO ENTRE INTENSIDADE DE CHUVA E DESLIZAMENTOS PARA A REGIÃO SERRANA FLUMINENSE Desirée Christine de Oliveira e Silva (COPPE - UFRJ) Proposição e Metodologia de Instrumentação e Modelagem Para Desenvolvimento de Formulação de Função/Algoritmo de Correlação Intensidade de Chuva x Deslizamentos PROJETO 914BRZ2018 MCTI/UNESCO REGIÕES DE ESTUDO: • Edital 014/2011 – região Metropolitana de Recife; • Edital 015/2011 – região metropolitana do Rio de Janeiro; • Edital 016/2011 – região metropolitana de Salvador; • Edital 017/2011 – região Região Metropolitana de Florianópolis e Região Serrana de Santa Catarina; • Edital 018/2011 – Serra Fluminense no Estado do Rio de Janeiro; • Edital 018/2011 – Serra da Mantiqueira no Estado de Minas Gerais. PROJETO 914BRZ2018 MCTI/UNESCO • Em janeiro de 2011 o Rio de Janeiro foi assolado pelo mais catastrófico evento pluviométrico já ocorrido no Brasil. Dentre as áreas afetadas ganham destaque os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, onde milhares de deslizamentos de terra e blocos de rocha ocorreram, decorrentes dos elevados eventos pluviométricos em 11 e 12 de janeiro (~100 mm/dia e ~150mm/dia, respectivamente) que ceifaram a vida de mais de 1.500 pessoas. Motivação: Motivação: Série de escorregamentos ocorridos durante o evento pluviométrico de janeiro/2011 (foto de Marcelo Vallin). Serra Fluminense: Serra do Mar: (modificado de LACERDA, 1998) A escarpa da Serra do Mar é o principal palco de ocorrência de deslizamentos em encostas no país, estando em sua maioria associados a intensos eventos pluviométricos. Área de Estudo: Mapas das unidades Geomorfológicas com escala de 1:250.000 (CPRM). • Relatórios e banco de dados disponibilizados pela ANA; • Banco de dados disponibilizados pelo SIMERJ; • Banco de dados disponibilizados pelo INPE; • Relatórios e banco de dados disponibilizados pelo DRM; • Mapas disponibilizados pelo CPRM, DRM e Fundação CIDE; • Teses de doutorado, dissertações de mestrado, livros e artigos acadêmicos sobre o tema abordado. Documentos de Referência: • GUIDICINI & IWASA (1976) - intensa análise do registro pluviométrico de nove regiões do território brasileiro (compreendendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará) que foram palco de fenômenos catastróficos, por ocasião de episódios de chuva intensa, entre os anos de 1928 a 1976 ; - avaliaram a importância das chuvas antecedentes para 3, 7, 15, 30, 60, 90 e 120 dias, realizando também análises probabilísticas da repetição destes eventos; - A periodicidade, intensidade (antes e durante o evento) e duração das chuvas tiveram destaque nas considerações feitas para as análise dos resultados. Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • GUIDICINI & IWASA (1976) – Carta de Periculosidade - intensa análise do registro pluviométrico de nove regiões do território brasileiro (compreendendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará) que foram palco de fenômenos catastróficos, por ocasião de episódios de chuva intensa, entre os anos de 1928 a 1976 ; - avaliaram a importância das chuvas antecedentes para 3, 7, 15, 30, 60, 90 e 120 dias, realizando também análises probabilísticas da repetição destes eventos; - A periodicidade, intensidade (antes e durante o evento) e duração das chuvas tiveram destaque nas considerações feitas para as análise dos resultados. Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • GUIDICINI & IWASA (1976) Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • TATIZANA et al. (1987) – Envoltória de Escorregamentos - análise de eventos de alta pluviosidade e suas respectivas manifestações nas encostas da Serra do Mar, próximo à cidade de Cubatão; A partir da retroanálise de diversos eventos ocorridos, pretendia-se definir : - o número de dias anteriores ao evento, que apresentara influência efetiva nos escorregamentos ; - relação numérica entre o valor de chuva acumulado e a intensidade pluviométrica horária para os casos de escorregamento. Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • TATIZANA et al. (1987) – Envoltória de Escorregamentos Sendo: I = intensidade horária Ac = valor de chuva acumulada nos 4 dias anteriores ao evento K e b = constantes da variação geométrica (variando conforme as características geotécnicas das encostas e condições climáticas). Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • D’ORSI (2011) – Determinação de Limiar Pluviométrico - uma proposta de pluviometria crítica específica para o setor da Serra dos Órgãos compreendido entre os km 86 e 104 da BR-116 RJ; - pesquisa dividida em duas etapas, sendo elas: 1) Levantamento de dados: obtidos a partir de relatórios de obras do DNER existentes em um posto da ANTT no km 106 da rodovia, banco de dados do CRT (Concessionária Rio- Teresópólis) e fontes diversas (periódicos, sites da internet e artigos técnicos). 2) Análise dos dados e tentativas de correlações entre pluviosidade e escorregamentos. Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: • D’ORSI (2011) – Determinação de Limiar Pluviométrico A coleta destes registros e dados possibilitaram a divisão das informações em três categorias: 1. Eventos Pluviométricos com registros de Ocorrências; 2. Eventos Pluviométricos sem registros de Ocorrências e 3. Ocorrências circunstanciais (sendo estas as ocorrências onde não existe correlação com eventos pluviométricos). De todas as combinações pluviométricas testadas, a utilização da intensidade pluviométrica horária (mm/h) com a acumulada de 24 horas antecedentes foi a que apresentou melhores resultados na definição de um limiar pluviométrico crítico. Metodologias de correlação entre pluviosidade e escorregamentos: 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • Produtos: 1 - Plano de Trabalho. 2 - Documento técnico contendo a compartimentação e delimitação de domínios geomorfológicos por tipologia de movimentos gravitacionais de massa da Serra Fluminense no Estado do Rio de Janeiro. 3 - Documento técnico contendo a revisão bibliográfica das metodologias e modelagens matemáticas da relação solo, umidade e resistência ao cisalhamento. 4 - Documento técnico contendo o relatório final, que estabelece a correlação chuvas x deslizamento como índices limites para intensidade e duração de chuvas deflagradoras de deslizamentos, por tipologia de movimentos gravitacionais de massa e para cada compartimento geológico-geomorfológico da Serra Fluminense no Estado do Rio de Janeiro. 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • Dados pluviométricos – INVENTÁRIO ANA (2009) CÓDIGO NOME DA ESTAÇÃO TIPO CÓDIGO MUNICÍPIO MUNICÍPIO UF ENTIDADE LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE (m) INÍCIO FIM 02243009 Petrópolis pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°30'42" -43°10'15" 890.00 01/05/1938 01/08/2005 02243010 Itamarati - SE pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°29'07" -43°08'57" 1,085.00 01/07/1938 - 02243011 Rio da Cidade pluviômetro / pluviógrafo 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°26'17" -43°10'13" 704.0001/07/1938 - 02243012 Pedro do Rio pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°19'57" -43°08'10" 645.00 01/11/1938 - 02243014 Fagundes pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°17'59" -43°10'41" 460.00 01/07/1938 - 02243016 Moreli (Parada Moreli) pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°12'03" -43°01'37" 600.00 01/01/1955 - 02243023 Tristão Câmara pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°00'00" -43°00'00" 490.00 01/04/1937 01/11/1948 02243188 Petrópolis (Parque Nacional) pluviômetro / est. climat. 19039000 Petrópolis RJ INMET -22°32'00" -43°11'00" 895.00 01/09/1912 01/08/1960 02243189 Araras pluviômetro / est. climat. 19039000 Petrópolis RJ INMET -22°31'00" -43°11'00" 820.00 01/01/1943 01/07/1976 02243247 Raiz da Serra pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ DNOS -22°32'00" -43°11'00" - 01/11/1935 01/07/1938 02243249 Granja Jurity pluviôm./pluvióg./est. climat. 19039000 Petrópolis RJ INMET -22°18'00" -43°02'00" 980.00 01/01/1985 - 02243268 Bingen pluviômetro 19039000 Petrópolis RJ ANA -22°18'17" -43°13'29" - 01/08/2005 - TOTAL: 12 ESTAÇÕES INVENTÁRIO - ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS (ANA,2009) - PETRÓPOLIS 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • Dados pluviométricos – INVENTÁRIO ANA (2009) CÓDIGO NOME DA ESTAÇÃO TIPO CÓDIGO MUNICÍPIO MUNICÍPIO UF ENTIDADE LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE (m) INÍCIO FIM 02242026 Bom Sucesso pluviômetro 19060000 Teresópolis RJ ANA -22°16'17" -42°47'41" 870.00 01/11/1965 - 02242027 Fazenda Sobradinho pluviômetro 19060000 Teresópolis RJ ANA -22°12'04" -42°54'00" 650.00 01/05/1936 - 02242054 Soberbo pluviômetro 19060000 Teresópolis RJ DNOS -22°27'00" -42°59'00" 1,004.00 01/01/1936 01/05/1956 02242071 Teresópolis (Parque Nacional) pluviôm./est. telem./est. climat. 19060000 Teresópolis RJ INMET -22°26'00" -42°59'00" 980.00 01/01/1942 - 02242072 Teresópolis pluviômetro 19060000 Teresópolis RJ INMET -22°27'00" -42°56'00" 874.00 - - 02242089 Teresópolis pluviômetro / pluviógrafo 19060000 Teresópolis RJ SERLA (INEA) -22°26'00" -42°58'27" 860.00 01/12/1973 01/11/1979 02242100 Fazenda Coqueiro pluviômetro / pluviógrafo 19060000 Teresópolis RJ SERLA (INEA) -22°25'42" -42°48'03" 140.00 01/09/1978 01/12/1993 TOTAL: 7 ESTAÇÕES INVENTÁRIO - ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS (ANA,2009) - TERESÓPOLIS 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA TIPOLOGIA DO MOVIMENTO DATA DA OCORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO coord_X coord_Y ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS fevereiro/1999 Estrada Bernardo Coutinho, Jardim 684941.39 7519068.57 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS fevereiro/1999 Estrada Bernardo Coutinho, Jardim 685247.26 7519160.64 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro próximo à Estrada União Indústria 685510.41 7517237.33 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 700949.64 7520794.92 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 700959.42 7520024.91 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 701795.5 7519697.52 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 701448.08 7520856.02 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 701782.94 7520827.32 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 701237.82 7519099.4 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro BR-495 701447.2 7520068.67 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro RUA JOÃO DE FARIAS, PETRÓPOLIS 690644.29 7512185.88 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro RUA OSWERO VILAÇA, BAIRRO ALTO DA 688347.66 7507566.41 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro RUA ANTONIO SOARES PINTO, CENTRO, 687501.6 7508434.26 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS sem registro CENTRO, PETRÓPOLIS 688384.91 7507898.47 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 704882.71 7520628.29 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 704863.74 7520509.81 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 703745.79 7519993.27 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 703849.94 7519856.29 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 702662.43 7520074.93 ESCORREGAMENTO sem registro BR-495 704601.2 7520622.03 ESCORREGAMENTO sem registro BAIRRO SÃO SEBASTIÃO - 686401.5 7506350.23 LEVANTAMENTO DAS OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA - PETRÓPOLIS 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA TIPOLOGIA DO MOVIMENTO DATA DA OCORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO coord_X coord_Y ESCORREGAMENTO sem registro BAIRRO SÃO SEBASTIÃO - 686076.47 7506094.51 ESCORREGAMENTO 22/03/2001 ESTRADA DAS ARCAS - PETRÓPOLIS 693675.38 7523772.83 ESCORREGAMENTO sem registro CENTRO, PETRÓPOLIS 687177 7508944 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 701635.45 7519780.76 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 701383.32 7520726.21 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 701766.89 7520613.36 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 703857.2 7520479.91 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 704257.62 7520556.76 CORRIDA DE DETRITOS sem registro BR-495 703376.45 7519620.99 CORRIDA DE DETRITOS 24/12/2001 AV. AMARAL PEIXOTO, BAIRRO 683168.62 7508157.12 CORRIDA DE DETRITOS 24/12/2001 RUA PROFESSOR EUGÊNIO WERNECK, 689390.75 7508199.38 CORRIDA DE DETRITOS sem registro ALTO DA SERRA, PETRÓPOLIS 687725.91 7506607.25 CORRIDA DE DETRITOS dezembro/2001 RUA OTTO REYMARUS, BAIRRO ALTO DA 688434.74 7507253.88 CORRIDA DE DETRITOS dezembro/2001 RUA OTTO REYMARUS, BAIRRO ALTO DA 688344.69 688344.69 CORRIDA DE DETRITOS dezembro/2001 RUA OTTO REYMARUS, BAIRRO ALTO DA 688445.03 7507104.31 CORRIDA DE DETRITOS dezembro/2001 RUA OTTO REYMARUS, BAIRRO ALTO DA 688493.54 7507124.62 CORRIDA DE DETRITOS dezembro/2001 RUA OTTO REYMARUS, BAIRRO ALTO DA 688413.57 7507081.25 38 REGISTROS 10 REGISTROS 28 REGISTROS LEVANTAMENTO DAS OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA - PETRÓPOLIS TOTAL DE OCORRÊNCIAS = OCORRÊNCIAS COM REGISTRO = OCORRÊNCIAS SEM REGISTRO = 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA TIPOLOGIA DO MOVIMENTO DATA DA OCORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO coord_X coord_Y ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS 07/11/2010 Km 92,2 – BR-116 RJ 705819.44 7513254.27 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS 24/03/2008 Km 89,9 – BR-116 RJ 706574.39 7514421.56 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS 01/07/1980 Km 92,3 – BR-116 RJ 705925.6 7513229.56 ROLAMENTO / QUEDA DE BLOCOS 02/12/1981 Km 93 – BR-116 RJ 706029.19 7512654.72 ESCORREGAMENTO 24/03/2008 Km 92,6 – BR-116 RJ 706024.10 7512981.87 ESCORREGAMENTO 01/07/1980 Km 92,3 – BR-116 RJ 705925.6 7513229.56 ESCORREGAMENTO 05/03/1981 Km 91,5– BR-116 RJ 705634.62 7513867.11 ESCORREGAMENTO 26/11/1981 Km 93,080– BR-116 RJ 705928.29 7512625.18 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 91– BR-116 RJ 705696.00 7514168.00 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 86,5– BR-116 RJ 709708.25 7515205.01 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 88– BR-116 RJ 708603 7514897 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 88,5– BR-116 RJ 708105.65 7514943.15 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 91– BR-116 RJ 705696 7514168 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 91,3– BR-116 RJ 705498.94 7514138.39 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 92,8– BR-116 RJ 706047.1 7512819.92 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 94,34– BR-116 RJ 706103.69 7512773.03 ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 96– BR-116 RJ 705870.17 7512038.4 LEVANTAMENTO DAS OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA - TERESÓPOLIS 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA TIPOLOGIA DO MOVIMENTO DATA DA OCORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO coord_X coord_Y ESCORREGAMENTO 02/12/1981 Km 98,8– BR-116 RJ 705280.23 7510852.05 ESCORREGAMENTO 02/02/1988 Km 95,6– BR-116 RJ 706020.81 7511877 ESCORREGAMENTO02/02/1988 Km 96,6– BR-116 RJ 705768.12 705768.12 ESCORREGAMENTO 21/01/1991 Km 87,9– BR-116 RJ 708693.93 7514875.76 ESCORREGAMENTO 21/01/1991 Km 90 – BR-116 RJ 706503.74 7514379.3 ESCORREGAMENTO 21/01/1991 Km 91,8 – BR-116 RJ 705673.94 7513450.97 ESCORREGAMENTO 21/01/1991 Km 93 – BR-116 RJ 705952.44 7512621.75 CORRIDA DE DETRITOS 02/12/1981 Km 88,8 – BR-116 RJ 707851.18 7514799.24 CORRIDA DE DETRITOS 24/03/2008 Km 89,9 – BR-116 RJ 706574.39 7514421.56 CORRIDA DE DETRITOS 24/03/2008 Km 92,6 – BR-116 RJ 706024.10 7512981.87 CORRIDA DE DETRITOS 02/12/1981 próx. ao Posto Garrafão– BR-116 RJ 705882.93 7512763.37 28 REGISTROS LEVANTAMENTO DAS OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA - TERESÓPOLIS TOTAL DE OCORRÊNCIAS = 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • DADOS PLUVIOMETRICOS X OCORRÊNCIAS COM REGISTRO - PETRÓPOLIS 914BRZ2018 – Metodologia de Trabalho • DADOS PLUVIOMETRICOS X OCORRÊNCIAS COM REGISTRO – PETRÓPOLIS CONCLUSÕES - Reduzido número de dados pluviométricos (estações pluviométricas / pluviômetros) próximos às ocorrências de movimento de massa; - Reduzido número de ocorrências apresentando registro. • DADOS PLUVIOMETRICOS X OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTOS DE MASSA – NOVA FRIBURGO – JANEIRO / 2011 • DADOS PLUVIOMETRICOS X OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTOS DE MASSA – NOVA FRIBURGO – JANEIRO / 2011 PRAÇA DO SUSPIRO • DADOS PLUVIOMETRICOS X OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTOS DE MASSA – PROPOSTA DE TRABALHO Utilização de modelos de previsibilidade de escorregamentos complementando-se a quantidade de registros de ocorrência de escorregamentos. SHALSTAB Shalstab: • Programa fundamentado em conhecimentos associados à geotecnia, geologia, geomorfologia e hidrologia sendo desta forma possível o desenvolvimento de um modelo matemático que associa precipitação pluviométrica com as variações na saturação do solo e destas com a estabilidade das encostas, o que permite uma análise de risco e previsão em grandes áreas. O Modelo Shalstab • Desenvolvido por Dietrich e Montgomery (1998), trata-se de um modelo matemático determinístico que visa a definição dos locais no relevo mais susceptíveis à ocorrência de escorregamentos translacionais rasos. • Vantagens: - simula o efeito da topografia na geração de zonas saturadas no relevo; - possui como principal característica a ênfase dada ao papel desempenhado pela topografia na deflagração dos movimentos de massa; - incorpora o parâmetro área de contribuição na análise de estabilidade, permitindo uma representação mais fiel exercido pela topografia no condicionamento dos deslizamentos. PARÂMETROS DO SOLO PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS derivados do Modelo Digital de Elevação (declividade, área de contribuição) MODELO DE ESTABILIDADE DE ENCOSTA + MODELO HIDROLÓGICO PREVISÃO DE ÁREAS INSTÁVEIS A ESCORREGAMENTOS RASOS Dietrich & Montgomery (1998) Modelo Shalstab GERAÇÃO DO MDE (método baseado em grades, rede irregular de triangulação ou métodos baseados em curvas de nível) EDIÇÃO DE DADOS (preparação e tratamento dos dados coletados) AQUISIÇÃO DE DADOS (digitalização, restituição fotogramétrica ou sensoriamento remoto) MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO w s w ρ METODOLOGIA DO SHALSTAB MODELO DE ESTABILIDADE = C + ( - u) tan Equação de Coulomb: sgzcossen = C + (sgzcos 2 - wghcos 2 ) tan Substituindo , e u na Eq. de Coulomb: Resolvendo para h/z: = sgzcossen = sgzcos 2 u = wghcos2 s- peso específico do solo g-aceleração da gravidade z- espessura do solo w- peso específico da água h- altura do nível d'água. SOLO = z h - + tan tan θ 1 C ρ ρ θ.tan .g.z.cos 2 ‘ METODOLOGIA DO SHALSTAB MODELO DE ESTABILIDADE Condição de estabilidade do talude de acordo com a relação entre a inclinação do talude (tg ) e o valor da taxa de umedecimento do solo (h/z), para um solo com = 45º e s/w = 1,6 (modificado de MONTGOMERY & DIETRICH,1998). qa = Ksat sen cos b h MODELO HIDROLÓGICO a ÁREA DRENADA COMPRIMENTO DO CONTORNO ÂNGULO DA ENCOSTA ESPESSURA DO SOLO NÍVEL DO LENÇOL FREÁTICO (Beven & Kirkby, 1979; O’Loughlin 1986) Tbsen = Ksat sen cos b z Resolvendo para h/z: q.a T.b.sen θ T.b.sen q.a z h = COMBINAÇÃO DOS MODELOS Modelo de Estabilidade Modelo Hidrológico - + = tan tan 1 tan.cos.z.g. 'C z h w s 2 wρ = sen.b.T a.Q z h MODELO SHALSTAB - + = tan tanθ 1 θ.tan.g.z.cosρ 'C ba θsen T Q w s 2 w (12) Modelo de Estabilidade Modelo Hidrológico - + = tan tan 1 tan.cos.z.g. 'C z h w s 2 wρ = sen.b.T a.Q z h MODELO SHALSTAB - + = tan tanθ 1 θ.tan.g.z.cosρ 'C ba θsen T Q w s 2 w (12) Modelo de Estabilidade Modelo Hidrológico - + = tan tan 1 tan.cos.z.g. 'C z h w s 2 wρ = sen.b.T a.Q z h MODELO SHALSTAB - + = tan tanθ 1 θ.tan.g.z.cosρ 'C ba θsen T Q w s 2 w (12) Modelo de Estabilidade Modelo Hidrológico - + = tan tan 1 tan.cos.z.g. 'C z h w s 2 wρ = sen.b.T a.Q z h MODELO SHALSTAB - + = tan tanθ 1 θ.tan.g.z.cosρ 'C ba θsen T Q w s 2 w (12) Razão a/b em função da tg (eixos em logaritmo). A linha tracejada representa o limite de saturação (GUIMARÃES, 2000 apud MONTGOMERY & DIETRICH, 1998). SOLO COMBINAÇÃO DOS MODELOS Classes de estabilidade, rotuladas de A à G, referentes às condições de estabilidade e saturação em função da razão a/b e tan deduzidas a partir da Figura anterior (Guimarães, 2000). SOLO COMBINAÇÃO DOS MODELOS A linha tracejada define o limite de saturação, onde para h/z = 1 (condição de saturação do solo), a equação 3.26 se transforma em a/b = (T/q)sen. Assim sendo, todo ponto localizado acima desta linha representa uma situação onde o solo se encontra saturado. Segundo GUIMARÃES (2000), este procedimento é útil para a realização de uma calibração do modelo a partir destes parâmetros topográficos. A calibração é feita a partir da plotagem de parâmetros topográficos que servirãopara calibrar o modelo a partir do mapa de cicatrizes dos escorregamentos. Em cada escorregamento é determinada a célula correspondente ao maior valor de área de contribuição e sua declividade. A plotagem relativa aos valores de área de contribuição e declividade produz uma nuvem de pontos que pode ser usada para estimar a razão de instabilidade q/T a partir da equação 3.26. A Tabela 3.2 mostra todas as condições no que se refere às condições de saturação e estabilidade, relativas ao gráfico da Figura 3.19. Tabela 3.2 – Classes de estabilidade, rotuladas de A à G, referentes às condições de estabilidade e saturação em função da razão a/b e tan deduzidas a partir da Figura 3.19 (Guimarães, 2000). Classe de estabilidade C ondição A) Incondicionalmente estável e saturado a/b > (T/q)sen e tan tan (1 - w / s ) B) Incondicionalmente estável e não saturado a/b (T/q)sen e tan tan (1 - w / s ) C) Estável e não saturado a/b < (T/q)sen e tan (1 - w / s ) < tan <tan D) Instável e não saturado a/b < (T/q)sen e tan (1 - w / s ) < tan <tan E) Instável e saturado a/b > (T/q)sen e tan (1 - w / s ) < tan <tan F) Incondicionalmente instável e não saturado tan > tan e a/b < (T/q)sen G) Incondicionalmente instável e saturado tan > tan e a/b > (T/q)sen - sen q T tan tan 1 b a w s - sen q T tan tan 1 b a w s - sen q T tan tan 1 b a w s Exemplo de aplicação: A REGIÃO DO QUITANDINHA Rua Goiás Rua Minas Gerais Avenida Amaral Peixoto ruptura menor ruptura maior A REGIÃO DO QUITANDINHA • Inserida no 1º distrito de Petrópolis, região que apresenta o maior índice de ocorrência de deslizamentos do município; • Se caracteriza pelo drástico aumento na ocupação de suas encostas, através de loteamentos irregulares e áreas de invasão, contribuindo para o surgimento de novas áreas de instabilidade; • O último acidente vultuoso registrado ocorreu em 24/12/2001, onde uma grande ruptura que se estendeu cortando parte da Rua Goiás, atravessando a Rua Minas Gerais até atingir a Avenida Amaral Peixoto. ÁREA DE ESTUDO: METODOLOGIA: Ensaio de Permeabilidade Ensaio de Cisalhamento Direto Ensaio de Caracterização ENSAIOS GEOTÉCNICOS REALIZADOS IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO SHALSTAB Geração do MDE Simulações criadas para análise METODOLOGIA: Ensaios Geotécnicos Local de retirada da amostra Cicatriz do escorregamento em dezembro de 2001 METODOLOGIA: Ensaios Geotécnicos Prof. = 1,00m amostra METODOLOGIA: Implementação do Shalstab SIMULAÇÕES CRIADAS PARA ANÁLISE RESULTADOS MODELO SHALSTAB X MAPA DE CICATRIZES - SIMULAÇÃO 01 RESULTADOS MODELO SHALSTAB X MAPA DE CICATRIZES SIMULAÇÃO 02 RESULTADOS MODELO SHALSTAB X MAPA DE CICATRIZES SIMULAÇÃO 03 Contribuição hidrológica ao longo da região de estudo com a indicação das cicatrizes mapeadas. RESULTADOS AGRADECIMENTOS MUITO OBRIGADA!!!!
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