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figuras de linguagens
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. 
As figuras de linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou semânticas.
Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta, estudaremos, de modo sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.
Denotação
Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.
Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário
Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.
Conotação
Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original.
A chave da questão é você ser feliz independente do momento
Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.
Figuras de som ou sonoras
As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. 
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)
Aliteração
Na aliteração ocorre a repetição ritmada e harmônica de sons consonantais. Aparece, predominantemente, nos fonemas iniciais das palavras.
“Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos...” (Eugênio de Castro)
“Chove chuva, chove sem parar.” (Jorge Bem Jor)
O rato roeu a roupa do rei de Roma. (Trava-língua popular)
Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.
“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)
Assonância
Na assonância ocorre a repetição harmônica e regular de sons vocálicos. Aparece, predominantemente, na sílaba tônica da palavra.
A pálida lágrima da Flávia.
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” (Eugênio de Castro)
Figuras de palavras ou semânticas
Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. 
Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)
Metáfora
Na metáfora ocorre uma comparação entre dois elementos com características em comum. Essa característica não se encontra, contudo, salientada, estando a comparação implícita.
“As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.” (Mário Quintana)
“Mas a girafa era uma virgem de tranças recém-cortadas.” (Clarice Lispector)
Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).
Metonímia
Na metonímia ocorre a substituição de palavras com sentidos próximos, ou seja, que partilham uma relação de contiguidade ou proximidade de sentido. Pode haver troca do efeito pela causa, da parte pelo todo, do autor pela obra, da marca pelo produto,...
“E o médico veio de Chevrolé” (Oswaldo de Andrade)
“Trabalhava ao piano, não só Chopin como ainda os estudos deCzerny.” (Murilo Mendes)
Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
Antítese
Na antítese ocorre a aproximação de conceitos contrários, sendo enfatizada essa relação de antagonismo.
“Tristeza não tem fim,/Felicidade, sim.” (Vinicius de Moraes)
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!
Hipérbole é a figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia com exagero, a fim de enfatizá-la ou destacá-la.
Exemplo:
Meu último amor eterno
acabou antes de ontem.
(TELLES, Carlos Queiroz. Sonhos grilo e paixões. 6 ed. São Paulo: Moderna. p. 44-5.)
Hipérbole
Na hipérbole ocorre a intensificação de uma sentimento ou ação, que se traduz num grande exagero da realidade.
“Rios te correrão dos olhos, se chorares!.” (Olavo Bilac)
Já te disse um milhão de vezes para irmos embora.
Estou morrendo de fome.
Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Personificação ou prosopopeia é a figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações próprios dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais.
Exemplo:
A lua foi ao cinema 
passava um filme engraçado
a história de uma estrela 
que não tinha namorado
(LEMIINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 1987)
Prosopopeia ou personificação
Na prosopopeia ou personificação ocorre a atribuição de características, sentimentos e ações humanas a seres inanimados e/ou irracionais.
“O cipreste inclina-se em fina reverência/e as margaridas estremecem, sobressaltadas.” (Cecília Meireles)
“A água não pára de chorar.” (Manuel Bandeira)

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