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Síntese dos capítulos do livro Ciência e Comportamento Humano Skinner

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DEISE LOPES NUNES FERNANDES
FELIPE ALVES
GRACIELLE RODRIGUES DOS SANTOS
JÚLIA SANTOS DE FARIA
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E COMPORTAMENTAL II: LIVRO “CIÊNCIA E COMPORTAMENTO HUMANO”, TRABALHO DOS CAPÍTULOS I, II E III
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
POUSO ALEGRE – MG
2018
DEISE LOPES NUNES FERNANDES
FELIPE ALVES
GRACIELLE RODRIGUES DOS SANTOS
JÚLIA SANTOS DE FARIA
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E COMPORTAMENTAL II: LIVRO “CIÊNCIA E COMPORTAMENTO HUMANO”, TRABALHO DOS CAPÍTULOS I, II E III
Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia Comportamental e Experimental II, do curso de psicologia, da Faculdade de Ciências Médicas Doutor José Antônio Garcia Coutinho, da Universidade do Vale do Sapucaí.
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
POUSO ALEGRE – MG
2018
CAPÍTULO I
O mal uso da ciência
Ao iniciar o primeiro capítulo, Skinner critica a irresponsabilidade com que a ciência e os produtos dela têm sido tratados, trazendo o relato sobre a previsão do cientista Francesco Lana, por volta do século XVII, sobre uma moderna guerra aérea. De acordo com o autor, o poder do homem é desproporcional à sua sabedoria, visto que duas grandes guerras mundiais, em apenas meio século, não trouxeram a segurança de uma paz final e os sonhos de progresso em direção a uma civilização superior foram destruídos pelo espetáculo da morte de milhões de pessoas inocentes. 
Skinner ressalta que a ciência tem se desenvolvido desigualmente, pois ao atacar primeiro os problemas mais fáceis, vem aumentando o domínio da sociedade sobre a natureza inanimada sem prepará-la para os sérios problemas sociais que daí irão decorrer. O autor destaca, por exemplo, que a aplicação da ciência evita a fome, as pragas e diminui os índices de mortalidade, apenas para aumentar a população da Terra além do alcance dos sistemas estabelecidos de controle cultural ou governamental. 
 O autor fala ainda que não é surpreendente encontrar-se a afirmativa de que a ciência deveria ser abandonada, pelo menos por uns tempos. No entanto, Skinner afirma que eliminar a pesquisa científica significaria, agora, um retomo à fome e à peste, e aos trabalhos exaustivos de uma cultura escrava.
Para afirmar a ideia de Skinner, Oliveira (2013), por exemplo, vai dizer que a ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos medicamentos, aos entendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das particularidades das relações entre estruturas químicas e efeitos farmacológicos, assim como dos efeitos adversos. Contudo, a ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da maioria dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos colaterais, tais como as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas manipulações genéticas, no uso de animais de laboratório, entre outros.
A ciência como um corretivo 
Skinner defende a ideia de que talvez a ciência não seja errada, mas a sua aplicação. Diz que os métodos da ciência têm tido um sucesso enorme onde quer que tenham sido experimentados e que não precisamos nos retirar dos setores onde ela já avançou, como por exemplo na indústria tecnológica, farmacológica, química e outros. Seria apenas necessário que esses métodos fossem aplicados aos assuntos humanos. A pesquisa e o ensino das Ciências Humanas, por exemplo, nos permitem olhar para o mundo onde vivemos, perceber suas mudanças e suas tendências, compreender grupos e comportamentos, observar as mudanças históricas da vida em sociedade e projetar que tipo de sociedade queremos para o futuro.
 Diante disso, o autor diz ainda que, ao observar cuidadosamente o comportamento humano, poderemos ser capazes de adotar um curso mais sensato de ação. 
A ameaça à liberdade
Skinner, no entanto, diz que a aplicação da ciência ao comportamento humano não é tão simples. Para ele, a ciência não se preocupa somente com o “obter os fatos”, depois do que se poderia agir, de maneira não-científica, com mais sabedoria. A ciência fornece a sua própria sabedoria. Ela seria uma tentativa de descobrir ordem, de mostrar que certos acontecimentos estão ordenadamente relacionados com outros. Nenhuma tecnologia prática pode basear-se na ciência até que estas relações tenham sido descobertas. Mas a ordem não é somente um produto final possível; é uma concepção de trabalho que deve ser adotada desde o princípio. Não se podem aplicar os métodos da ciência em assunto que se presume ditado pelo capricho.
De acordo com o autor, se vamos usar os métodos da ciência no campo dos assuntos humanos, devemos pressupor que o comportamento é ordenado e determinado, não havendo lugar para o livre-arbítrio. Devemos esperar descobrir que o que o homem faz é o resultado de condições que podem ser especificadas e que, uma vez determinadas, poderemos antecipar e até certo ponto determinar as ações. 
Esta possibilidade desagrada a muitas pessoas por se opor a uma tradição de longo tempo, que encara o homem como um agente livre, cujo comportamento é o produto, não de condições antecedentes específicas, mas de mudanças interiores espontâneas. As filosofias preponderantes da natureza humana reconhecem uma “vontade” interna que tem a força de interferir com as relações causais e que toma impossíveis a previsão e o controle do comportamento. Sugerir que abandonemos esta noção é ameaçar muitas crenças acalentadas e destruir o que parece ser uma concepção produtiva e estimulante da natureza humana.
A questão da prática
Skinner diz que nossas práticas atuais não representam nenhuma posição definida, pois algumas vezes vamos ver o comportamento humano como espontâneo e responsável, ora reconhecemos que a determinação interior não é, afinal, completa; que o indivíduo não é para ser levado sempre em conta. O autor diz ainda que vemos o homem comum como o produto de seu ambiente; mas nos reservamos o direito de dar um crédito especial aos grandes homens por suas realizações.
O autor ainda ressalta que estamos em transição. Não abandonamos totalmente a filosofia tradicional da natureza humana; ao mesmo tempo, estamos longe de adotar um ponto de vista científico sem reservas. Aceitamos a adoção do determinado em parte; todavia, permitimos que as nossas simpatias e as adesões anteriores se ergam em defesa do ponto de vista tradicional. 
Atualmente estamos empenhados em uma espécie de remendo no qual novos fatos e métodos estão montados de acordo com as teorias tradicionais. Se esta fosse uma questão meramente teórica, não haveria motivo para alarme; mas as teorias afetam a prática. Uma concepção científica do comportamento humano dita uma prática, a doutrina da liberdade pessoal, outra. Confusão na teoria significa confusão na prática. Uma concepção que científica altera significativamente o agir humano baseado na liberdade.
De modo geral, para Skinner, as principais justificativas para o empreendimento de uma ciência do comportamento humano são os resultados práticos para a sociedade - daí a ênfase na predição e no controle. Diante disso, surge questões polêmicas como a prática da clonagem humana, eutanásia, suicídio assistido, pena de morte, aborto, dentre outros que podem afetar a sociedade. 
CAPÍTULO 2
Segundo Skinner, a ciência é um processo intelectual único que produz notáveis resultados. O perigo é que as suas espantosas realizações possam esconder sua verdadeira natureza. Isto é especialmente importante quando se estende os métodos da ciência a um novo campo. As características básicas da ciência não se restringem a nenhum assunto particular. Quando estudamos Física, Química ou Biologia, estudamos acumulações organizadas de informação. Estas acumulações não são a ciência mesma, mas os produtos da ciência. 
O autor ainda diz que a ciência exige certa atitude do cientista, tal como aceitar os fatos, mesmo que forem contrários aos seus desejos. Os cientistas descobriram que ser honestos é essencial para progredir. Os dados, não os cientistas,falam mais alto. Mas a ciência é mais que um conjunto de atitudes, é a busca da ordem, da uniformidade, de relações ordenadas entre os eventos da natureza. Ela tem por finalidade capacitar-nos a manejar um assunto do modo mais eficiente.
A ciência é, certamente, mais do que um conjunto de atitudes. É a busca da ordem, da uniformidade, de relações ordenadas entre os eventos da natureza. Começa, como todos nós começamos, por observar episódios singulares, mas rapidamente avança para a regra geral, para a lei científica.
Em um estágio posterior, a ciência avança da coleção de regras ou leis para arranjos sistemáticos mais amplos. Não só propõe enunciados sobre o mundo, como enunciados a respeito de enunciados. Estabelece um “modelo” do seu objeto, o qual ajuda a gerar novas regras, da mesma maneira que as próprias regras geram novas práticas no trato dos casos singulares. Por algum tempo, uma ciência pode permanecer aquém deste estágio.
O comportamento como uma disciplina científica
De acordo com Skinner, o comportamento é uma matéria difícil, não porque seja inacessível, mas porque é extremamente complexo. Desde que é um processo, e não uma coisa, não pode ser facilmente imobilizado para observação. É mutável, fluido e evanescente, e, por esta razão, faz grandes exigências técnicas da engenhosidade e energia do cientista. Contudo, não há nada essencialmente insolúvel nos problemas que surgem deste fato.
Um vago senso de ordem emerge de qualquer observação demorada do comportamento humano. Qualquer suposição plausível sobre o que dirá um amigo em dada circunstância é uma previsão baseada nesta uniformidade. Se não se pudesse descobrir uma ordem razoável, raramente poder-se-ia conseguir eficácia no trato com os assuntos humanos. Os métodos da ciência destinam-se a esclarecer estas uniformidades e torná-las explícitas. As técnicas de trabalho de campo do antropólogo e do psicólogo social, os procedimentos da clínica psicológica, e os métodos experimentais rigorosos de laboratório estão dirigidos para este final, assim como os instrumentos matemáticos e lógicos da ciência. 
Algumas objeções a uma ciência do comportamento 
Quando a ciência do comportamento atinge o ponto de lidar com relações ordenadas, encontra a resistência daqueles que deram sua lealdade às concepções pré- científicas ou extracientíficas. A resistência não toma sempre a forma de uma rejeição clara da ciência. Pode ser transmudada em alegações sobre os limites da ciência, às vezes expressas em termos altamente científicos.
Conforme Skinner, no Princípio de Indeterminação há circunstâncias sob as quais o físico não pode colocar-se na posse de toda informação relevante: se escolhe observar um evento, deve desistir da possibilidade de observar um outro. No estágio atual de nossos conhecimentos, certos eventos também parecem por isso imprevisíveis. Mas disso não se segue que estes acontecimentos sejam livres ou arbitrários. Uma vez que o comportamento humano é enormemente complexo e o organismo humano é de dimensões limitadas, muitos atos podem incluir processos aos quais o princípio de indeterminação se aplique.
Argumenta-se que a razão não pode compreender a si própria, ou, em termos algo mais substanciais, que o comportamento requerido para se entender o próprio comportamento deva ser alguma coisa além do comportamento que é compreendido.
A ciência se ocupa do geral, mas o comportamento do indivíduo é necessariamente único. A “história de caso” tem riquezas e características que estão em nítido contraste com os princípios gerais. É fácil nos convencermos de que há dois mundos distintos e que um está além do alcance da ciência. Esta distinção não é peculiar ao estudo do comportamento. Pode ser sempre feita nos estágios iniciais de qualquer ciência, quando não é ainda claro o que se poderá deduzir de um princípio geral a respeito de um caso particular.
A extraordinária complexidade do comportamento é, às vezes, uma fonte complementar de dificuldades. Ainda que o comportamento seja determinado, pode ser muito complexo para ser tratado em termos de leis. Da complexidade não se segue a autodeterminação.
Ainda outra objeção ao uso do método científico no estudo do comportamento humano é que o comportamento é matéria anômala, porque uma previsão feita a seu respeito pode alterá- lo.
Ao tratar do tema, Skinner começa enfatizando a extrema complexidade desse objeto de estudo. Ressalta que essa é uma das objeções normalmente levantadas contra a possibilidade de uma ciência do comportamento e descarta-a por considerar que: 1) "da complexidade não se segue a autodeterminação; 2) nada se pode afirmar sobre os limites das investigações desse objeto até que tenhamos tentado, e, mais importante, 3) pode-se simplificar as condições em laboratório ou através de análises estatísticas. A importância das técnicas experimentais e matemáticas para o estudo do comportamento (mesmo sem serem consideradas essenciais), aqui novamente ressaltadas pelo autor, deve ser marcada como uma das características do seu pensamento. O estabelecimento de relações quantitativas entre as variáveis em estudo, obtidas após um adequado controle das condições experimentais, parece ser a via privilegiada de descrição científica para Skinner. No estudo das variáveis que controlam o modo como os organismos se comportam, assim, qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerada". Essas condições (ou eventos) deveriam ser descobertas e analisadas, preferencialmente, de forma quantitativa.
Tendo delimitado o tipo de análise que a ciência deveria empreender, o autor passa a especificar mais claramente quais seriam as variáveis das quais o comportamento é função. As variáveis a serem consideradas deveriam ser aquelas ao alcance de uma análise científica, aquelas que estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e em sua história ambiental. [Aquelas que] Possuem um status físico para o qual as técnicas usuais da ciência são adequadas e permitem uma explicação do comportamento nos moldes da de outros objetos explicados pelas respectivas ciências.
CAPÍTULO 3 
Por que os organismos se comportam
Segundo Behaviorismo Clássico ou Metodológico de John Watson, o comportamento está relacionado com as mudanças observadas no organismo (sistema glandular e motor) decorrente de algum estímulo ambiental antecedente. O teórico rejeitou toda e qualquer referência a processos mentais em sua proposta de ciência psicológica. Todos os comportamentos são reflexos o qual as respostas são eliciadas por estímulos. O evento antecedente é a causa do comportamento, onde os processos internos (natureza mentais – subjetivos) que diferem dos comportamentais (natureza física – objetiva). As explicações eram inadequadas e limitadas, já que nem todo comportamento poderia ser explicado por conexões S-R. 
Os termos “causa” e “efeito” já não são usados em larga escala na ciência. Têm sido associados a tantas teorias da estrutura e do funcionamento do universo que já significam mais do que os cientistas querem dizer. Os termos que os substituem, contudo, referem-se ao mesmo núcleo fatual. Uma “causa” vem a ser uma “mudança em uma variável independente e um “efeito”, uma “mudança em uma variável dependente”. A antiga “relação de causa e efeito” transforma-se em uma “relação funcional”. Os novos termos não sugerem como uma causa produz o seu efeito, meramente afirmam que eventos diferentes tendem a ocorrer ao mesmo tempo, em certa ordem. Isto é importante, mas não é decisivo. 
Não há especial perigo no uso de “causa” e “efeito” em uma discussão informal se estivermos sempre prontos a substituí-los por suas contrapartidas mais exatas. Estamos interessados, então, nas causas do comportamento humano. Queremos saber por que os homens se comportam da maneira como o fazem. Qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerado. Segundo Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hullentre, noestímulo e a resposta existe um conjunto de eventos ocorrendo no organismo determinante do fenômeno comportamental, o qual o ambiente é iniciador da cadeia S-O-R e os mediadores são as causas reais do comportamento. 
As Variáveis mediacionais essencialmente as intraorganísmicas de caráter neurofisiológico, apresentam matriz de crenças-valores (variável cognitiva). Processo de aprendizagem ligado a construção de mapas cognitivos a partir da relação organismo-meio - guia para o comportamento em situações posteriores (sign-gestalts). Todo organismo se comporta para alcançar um objetivo, no qual o comportamento possui propriedades próprias não redutíveis à fisiologia. Descobrindo e analisando estas causas poderemos prever o comportamento; poderemos controlar o comportamento na medida em que o possamos manipular. Quando descobrimos ou pensamos ter descoberto que traços físicos proeminentes explicam parte do comportamento de um homem, é tentador supor que os traços insignificantes explicam as outras partes. Isto está implícito na assertiva de que a pessoa comporta-se desse jeito por ter “nascido assim”. Objetar contra isso não é negar que fatores hereditários determinem o comportamento. Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. 
Diferenças acentuadas no comportamento de espécies diferentes mostram que a constituição genética observada na estrutura corporal dos indivíduos ou inferida da história genética é importante. Mas a doutrina do “nasce assim” tem pouco a ver com fatos demonstrados. Geralmente é um apelo à ignorância. “Hereditariedade”, como o termo é usado pelo leigo, é uma explicação fantasiosa do comportamento a ela atribuído. Mesmo quando pode ser demonstrado que certo aspecto do comportamento é devido à estação do nascimento, ao tipo físico de um modo geral, ou à constituição genética, o possível uso desse conhecimento é muito limitado. Pode ajudar na previsão do comportamento, mas é de mínimo valor em uma aná¬lise experimental ou no controle do comportamento porque essa condição conhecida não pode ser manipulada depois que o indivíduo foi concebido.
 Segundo Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, o organismo é uno e interage em sua totalidade com o ambiente. O qual o estudo do comportamento visa identificar o contexto em que cada resposta foi estabelecida e se mantém, assim como sua função no ambiente. Para o teórico grande parte do comportamento é operante e não reflexo. A classe de respostas cuja sua probabilidade de ocorrência é função de suas conseqüências. O mais que se pode dizer é que o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.
Ele fala em ser tentador incumbir “o comportamento de um organismo vivo ao comportamento de um agente interior”. Por esse motivo, associa o comportamento a causas neurais, como se os estados de eventos neurais antecipassem as formas de comportamento. Em seguida, ele associa o comportamento com as causas internas psíquicas, utilizando do raciocínio inconsciente para explicar realizações intelectuais. 
Uma terceira associação é com as causas interiores conceptuais. Nesta, Skinner fala que “as causas interiores mais comuns não têm dimensão de espécie alguma, nem neurológica, nem psíquica”. Aqui ele se depara com um despreparo para com as propriedades pelas quais são descobertas no comportamento.
Logo depois, o autor traz um tópico para falar das variáveis das quais o comportamento é função. Neste tópico é mostrado um encandeamento casual composto de três elos: uma operação efetuada de fora sobre o organismo, uma condição interna e um certo comportamento.
Para finalizar, Skinner fala sobre uma análise funcional, expondo as fontes que provém da análise do material feito por uma ciência do comportamento. Como as observações casuais que mesmo sem uma análise evidente, podem ser fornecidas indicações para estudos posteriores. A observação de campo controlada, onde são acolhidos dados e conclusões. A observação clínica onde são realizados teste para medir, resumir e comparar um comportamento com outro.
As pesquisas que são feitas de forma mais rigorosas. Os estudos em laboratório do comportamento humano onde são proporcionados materiais extremamente úteis, determinando a importância de uma condição dada. E os resultados dos estudos de laboratórios do comportamento de animais abaixo do nível humano sendo feito a objeção entre o homem e outros animais.
Dessa forma, percebe-se que o estudo do comportamento, por Skinner, teve afirmações e contradições entre elas próprias. Sendo associado ao as causas neurais, depois psíquicas e depois a conceptuais, contradizendo as neurais e psíquicas.
Constata-se que o comportamento já foi analisado em diversos aspectos e pode ser estudado tanto pelo externo como pelo interno. Acredito nas causas internas, onde o comportamento externo de um indivíduo é refletido por um agente interno.
Segundo Skinner a identificação das variáveis externas das quais o comportamento é função é chamada de análise funcional. Tentar prever e controlar o comportamento de um organismo implica em identificar as variáveis dependente e independente que controlam os comportamentos. A variável dependente é a variável que sofre o efeito de outras variáveis, para a qual procuramos a causa, e a variável independente são as causas do comportamento, sendo esta as condições externas das quais o comportamento é função.
Ainda de acordo com o autor, o comportamento humano como objeto de estudo é tão complexo e difícil quanto estudar as estruturas dos átomos em química, por exemplo. Diante disso, concepções superficiais que a ciência diz sobre qualquer objeto não são adequados para a ação prática, sendo necessário mergulhar a fundo para compreender o comportamento humano e melhorar os métodos de controle de acordo com o caráter rígido que a ciência possui.
REFERÊNCIAS
Oliveira, A.G., & Silveira, D. (2013). A Importância da Ciência Para a Sociedade. Revista Concelho Federal de Farmácia, 25(4), p.1. Recuperado em 27 agosto, 2018, de http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=view&path%5B%5D=572&path%5B%5D=pdf
Skinner, B.F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.

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