Exercicio extra 21 09 2016 corrigido

Prévia do material em texto

�Unicesumar – Centro Universitário Cesumar
	Pró-Reitoria Acadêmica
� PAGE \* MERGEFORMAT �- 1 -�
�Unicesumar – Centro Universitário Cesumar
	Pró-Reitoria Acadêmica
	Diretoria de Ensino
		
�
2º ano - Atos e negócios jurídicos Turma: ___________
Acadêmico:
EXERCÍCIOS EXTRA - TREINAMENTO
“ A expressão “negócio jurídico” não é empregada no Código Civil no sentido comum de operação ou transação comercial, mas como uma das espécies em que se subdividem os atos jurídicos lícitos.” (Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil brasileiro :vol.1, São Paulo, Saraiva, 2003, p.275).
Primeira Questão : “Ta nervoso vai pescar / Fica frio não adianta esquentar / Ta nervoso vai pescar / Cabeça fria bota as coisas no lugar / Dinheiro,pouco tanta coisa pra pagar / Desempregado doidinho pra trabalha / Fila pra tudo tem fila ate pra mijar / Isso aqui é um absurdo / Desse jeito assim não dá.” (Letra Gino e Geno).
Situação Problema: João da Silva vai até o Rio Paraná em temporada de pesca aberta. Lá pesca um peixe permitido, Dourado, de acordo com a metragem permitida. Embarca o bicho e faz no período da noite um delicioso peixe recheado e assado.
Pergunta-se: a) Com relação a situação problema e a classificação estudada o ato de pescar constitui-se em ato jurídico? Indique o enquadramento desta “pesca”. Explique o raciocínio e fundamente se houver.
2 são as respostas admitidas 1- trata-se de ato-fato jurídico, porque a consequência “aquisição da propriedade do peixe vem de previsão legal e não da manifestação de vontade;
Trata-se de ato jurídico em sentido restrito, a manifestação de vontade no caso é tácita e consiste em ir até o rio, lançar equipamento e trazer o peixe embora.
b) (teoria) Diferencie ato jurídico em sentido restrito e Negócio Jurídico. (Conceitue os dois e depois indique a diferença)
Ato jurídico em sentido restrito – “o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei,” (Carlos Roberto Gonçalves)
Negocio jurídico – “a ação humana visa diretamente a alcançar um fim prático permitido na lei, dentre a multiplicidade de efeitos possíveis. Por essa razão é necessária uma vontade qualificada, sem vícios.” (Carlos R. Gonçalves
Desta forma a diferença consiste que no ato em sentido restrito a manifestação de vontade apenas gera o efeito que a lei pre-determina; Já no Negócio a autonomia volitiva das partes é maior, produzindo não só efeitos pré determinados mas também outros querido e escolhidos pelas partes.
Segunda Questão : “o Código Civil brasileiro menciona e regula seis defeitos: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores. No art. 171, II, diz ser anulável o negócio jurídico que contenha tais vícios.” (Direito Civil Esquematizado, Carlos Roberto Gonçalves, São Paulo Saraiva, 2012. p.306)
Situação Problema: Silvio Silva, ao comprar um cavalo, pensando em inscrevê-lo nas provas de corridas estaduais procura Marcio Santos, famoso vendedor de cavalos de raça e de corrida. Marcio lhe apresenta diversos cavalos e Silvio acaba por escolher um burrico que não foi apresentado, que estava no fundo do estábulo.
No dia da concretização da venda, Marcio delegou a conclusão do negócio a um seu funcionário (procurador) que vendo o equivoco que Silvio estava cometendo, calou-se e nada esclareceu com relação ao animal escolhido.
Pergunta-se: a) Com relação a situação problema há vício capaz de gerar a anulabilidade do negócio jurídico? Explique o raciocínio e fundamente se houver.
Caso Marcio saiba da omissão de seu funcionário o dolo de terceiro é capaz de anular o negócio jurídico – art.148, CC
Caso Marcio desconheça o dolo omissivo, o negocio não será anulado, consequentemente resolve-se pela regra do art. 149, CC sendo o funcionário e Marcio solidariamente responsável pela indenização.
b) (teoria) Indique e explique 3 diferenças entre anulabilidade e nulidade.
 
Nulidade - Não confirmação e também não convalescem – art.169, CC 
Anulabilidade – confirma-se e convalesce – art.172 e 178 do CC;
Nulidade – quem pode alegar – art.168, CC 
Anulabilidade – art. 177, “in fine” CC;
Anulabilidade – efeitos da sentença art.177, CC;
Terceira Questão : “Além dos elementos estruturais e essenciais, que constituem requisitos de existência e de validade do negócio jurídico, pode este conter outros elementos meramente acidentais, introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não necessários à sua existência. Aqueles são determinados pela lei; estes dependem da vontade das partes. Uma vez convencionados, têm o mesmo valor dos elementos estruturais e essenciais, pois que passam a integrá-lo de forma indissociável” (Direito Civil Esquematizado, Carlos Roberto Gonçalves, São Paulo Saraiva, 2012. p.287)
Pergunta-se: Disserte sobre um dos três elementos acidentais. (A dissertação deve conter: conceito do elemento; classificação do elemento quando houver e implicações legais, bem como deve ser mencionados os fundamentos legais.)
Poderia escolher condição, termo ou encargo e fazer a dissertação;
Mario assume o compromisso de dar a José um carro se ele (José) passar no vestibular. Esse negócio é a termo, condicional ou modal? Explique, justificando o por quê não é os outros dois. Dê o fundamento legal a ser utilizado.
O Negócio será condicional, pois José passar no vestibular é evento futuro e incerto, assim os efeitos ficam condicionados a ocorrência da condição. (art.121, CC)
Se acontecer José adquire o direito ao bem, caso contrário é como se o negócio não houvesse sido celebrado – art.125, CC)
Há diferença entre o dolo acidental ou essencial? Explique e fundamente
Sim existe. O dolo essencial, também denominado principal pode levar a anulabilidade do negócio, pois foi o motivo determinante do negócio. (art.145, CC). Já o acidental, que não leva a anulabilidade apenas gera reparação de danos (art.146,CC);
João, 16 anos, não emancipado, assina o contrato de locação de um imóvel. Após três meses sem pagar aluguel, Mario, o proprietário do imóvel descobre a idade de João e decide ingressar juridicialmente. Tal negócio exposto no exemplo é valido, nulo ou anulável? Fundamente sua resposta no Código Civil vigente.
Tal negócio é anulável mas apenas a João cabe a alegação. (art.171, I; art.178, III e 180, todos do CC)
Jorge profissional liberal prestou serviços para Anabelle. Anabelle não pagou o contratado. Responda: o prazo para que Jorge ingresse com ação de cobrança é prescricional ou decadencial? Justifique com fundamento legal e abordando a natureza da ação proposta.
Prescricional – uma vez que cobrança é um direito subjetivo; art.206, CC
Aponte (indique e explique) as diferenças entre prescrição e decadência.
Prescrição é o fim da pretensão;
Decadência do direito;
Prescrição o trata-se de prazo em regra em anos (exceto prescrição da força executiva do título de crédito)
Decadência o prazo pode ser em dias, meses ou anos;
Prescrição prevista no código civil art. 205 e 206;
Decadência ao longo de todo o código;
Prescrição pode sofrer com causa suspensivas e interruptivas;
Decadência – exceto a incapacidade absoluta não há suspensão;
Prescrição após o decurso do prazo (integral) pode ser renunciada;
Decadência legal não;
Prescrição é apenas legal, a decadência pode ser legal ou convencional.
Bom trabalho!
Av. Guedner, 1610, (44) 3027-6360 // 87.050-390 – Maringá – PR - www.cesumar.br
� PAGE \* MERGEFORMAT �- 3 -�