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Existencialismo: Liberdade e Individualidade

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Existencialismo 
O Existencialismo é uma escola filosófica que teve seu período mais fértil entre os séculos XIX e XX. Esta escola possui uma linha de pensamento filosófico com foco na existência, valorizando a liberdade individual de cada indivíduo. Compreende que as pessoas são diferentes e livres para serem como quiserem, sendo responsáveis por suas escolhas. 
A análise filosófica tem seu ponto de partida no qual o indivíduo é caracterizado pela "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo. Muitos existencialistas também classificavam as filosofias acadêmicas e sistematizadas, no estilo e conteúdo, como sendo muito abstratas das experiências humanas. 
O filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.”, é geralmente considerado o pai do existencialismo e também um grande crítico dos pensamentos do filosofo Hegel. Kierkegaard parte da linha do existencialismo cristão e sustentava a ideia que o indivíduo possui ampla liberdade de escolha e busca por proposito, o homem e apenas o homem dirá qual será seu futuro e ideias, assim criando a supervalorização do indivíduo. 
A filosofia do Kierkegaard descreve os modos de vida possíveis que o ser humano pode ter no plano terrestre:
Ele começa nos mostrando o plano de vida estético, no qual o homem é guiado apenas pela busca do prazer (prazeres mundanos). É um estilo de vida completamente egoísta, em que não há pensamentos de coletivo ou familiar e o grande objetivo do indivíduo é satisfazer seus desejos pessoais.
Em seguida temos o modo de vida ético, que possui noções como ética, justiça, certo e errado. Nesse modo existe uma visão de mundo e problemas diferente do anteriormente citado, uma vez que há o entendimento de coletivo e que um ato pode desencadear uma sequência de outros acontecimentos. O estilo de vida ético não deve ser visto como a exclusão do estético, do prazer, mas, sim, a reorganização dele.
Vida religiosa, o estágio religioso, é o modo de vida em que o indivíduo está em sua maior plenitude, estágio de maturidade do homem, onde ele pode viver à mercê de suas vontades mais internas (fé), não mais das vontades estéticas e nem das leis éticas. A vida nesse modo possui sentido e deixa de ser tão mundana.
Kierkegaard nos apresenta esses três estágios e a luta do homem com o seu “eu” diante da vida, a busca de sua total realização é representada pelo modo de vida religioso onde o mesmo consegue se desvencilhar das amarras dos prazeres mundanos e ter um contato mais real com a sua existência diante do absoluto (Deus). 
Os filósofos existencialistas partem do mesmo pressuposto: a liberdade de escolha, seus males e prazeres. Entretanto, diferem em alguns aspectos. Um dos mais conhecidos é Jean-Paul Sartre (1905-1980). “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.”. Para Sartre nós existimos singularmente e só depois de nossa existência é que formamos nossa essência, tudo formulado com base em escolhas, escolhas essas feitas de forma livre e particular. Diferentemente de Aristóteles, Sartre coloca que apenas o próprio homem pode escolher o seu fim e não algo maior ou cosmológico. Sartre afirma que não podemos escapar das responsabilidades de nossos próprios atos, pois a liberdade não existe sem a responsabilidade, “A maldição da liberdade”.
Por fim, Sartre defende que a liberdade e a autenticidade de cada ser é essencial para uma vida digna.
Já Friedrich W. Nietzsche, “Deus está morto”. Filosofo alemão, desafiou grandes fundamentos do cristianismo e a moralidade tradicional. Acreditava que o impulso dominante a todos os seres vivos, inclusive o homem, é a vontade de permanecer vivo. Isso significa a vontade de ter poder sobre todas as forças que tornam a vida difícil ou impossível. Para Nietzsche a evolução do homem viria quando o mesmo negasse as tradições e velhos costumes, quando se soltasse das amarras do pensamento de rebanho, surgindo assim um homem com potencial superior “Super-Homem”, sendo capaz de ser o mestre de si mesmo.
Nietzsche não se intitulou como existencialista, pois surgiu em uma época em que a escola existencialista ainda não estava completamente concretizada, mas grande parte do seu conteúdo é coerente a estes pensamentos. 
Por fim, o existencialismo foi uma maneira do homem reafirmar a importância da liberdade e individualidade humana, colocando em pauta, questões como costumes e tradições.
Bibliografia: 
https://www.allaboutphilosophy.org/portuguese/existencialismo.htm 
https://www.educabras.com/vestibular/materia/filosofia/aulas/o_existencialismo 
https://origamideideias.wordpress.com/2016/11/07/estetico-etico-e-religioso-segundo-kierkegaard/

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