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Ensino clínico I Saúde coletiva PROF. ISMAEL COSTA Processo gerador saúde- doença Grécia antiga Na Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da medicina, considerava que a saúde era o perfeito equilíbrio entre os líquidos (na época, chamados de humores) corporais: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. OMS O mais conhecido conceito de saúde foi formulado pela organização mundial da saúde em 1948: “como um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (WHO, 1948). 8º CNS “Em seu sentido mais abrangente, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.” (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1987, p.382). Lei 8080/90 “Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013). 5 “visões” de doença Sofrimento: está relacionado ao mal-estar, à incapacidade de realizar algo desejado, não necessariamente tem a presença do mal-estar físico. O estar e o poder estar doente: neste caso, trata-se da capacidade declarar-se ou não como doente, dependendo do interesse da pessoa. Um deficiente físico pode se sentir doente ou não, dependendo do seu grau de inclusão ou de satisfação com a própria vida, ou ainda, com a possibilidade de entrar no mercado de trabalho. 5 “visões” de doença A adversidade: a sensação de não se incluir dentro do padrão de normalidade. O Perigo: está associada à ideia de contágio. Uma pessoa portadora de uma doença transmissível grave poderá ser vista como um perigo para a sociedade. Um sinal: algo que serve para marcar um grupo, uma situação social ou um comportamento. Exemplos: tuberculose-pobreza, Cirrose-alcoolismo, AIDS-promiscuidade sexual. Observe que esta associação pode ser verdadeira, parcialmente verdadeira ou preconceituosa. Modos de adoecer e modos de curar ao longo da história Pré-história Modos de adoecer e modos de curar ao longo da história Mundo antigo Modos de adoecer e modos de curar ao longo da história Idade média/sociedade feudal Modos de adoecer e modos de curar ao longo da história Sociedade industrial Período Modo de produção Problemas de saúde mais frequentes Práticas terapêuticas Pré-História Comunismo primitivo: (caça, pesca e coleta). Acidentes, escassez de alimentos. Mágicas: Bruxaria, xamanismo. Idade antiga Asiáticos: (baseado na agricultura) Doenças transmissíveis Mágicas: religiosa, surgimento da medicina racional (Grécia antiga). Sociedade medieval Feudalismo: (agricultura, forte presença da igreja católica). Doenças transmissíveis Mágica religiosa e racional Era industrial moderna Capitalismo: (desenvolvimento da ciência e da indústria) Transição epidemiológica: aumento das doenças não- transmissíveis Medicina científica, práticas interdisciplinares. Saúde pública, o que é? Segundo Winslow (1920) "Saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver saúde física, mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade para o saneamento do meio ambiente, o controle das infecções na comunidade, a organização dos serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde”. Problema /questão de saúde pública Podemos encontrar algumas similaridades entres os “problemas de saúde pública”, segundo ROCHA e CESAR (2008 p. 275) um problema será de saúde pública quando: “Constitui causa comum de morbidade* oumortalidade*”; “Existemmétodos eficazes de prevenção e controle”; “Osmétodos não estão sendo adequadamente utilizados”; Problema /questão de saúde pública Todavia, mesmo com esta definição os problemas de saúde pública podem ou não determinar ações concretas, pois os recursos não são infinitos, ou pelo menos não existem na mesma medida em que as solicitações são feitas. Assim a saúde pública precisará definir prioridades a partir de critérios como: número de pessoas atingidas, seriedade do dano, custo, grau de interesse da comunidade. (CHAVES apud ROCHA e CESAR, 2008). Revisão de legislação do SUS Artigo 196 A saúde é um direito de todos e um dever do Estado.... O Estado Estado significa PODER PÚBLICO. Nos países democráticos, o Estado é dividido em 3 poderes: Executivo – é o poder de governar, administrar, fazer obras, é sinônimo de GOVERNO. Legislativo – é o poder de fazer leis. No Brasil é executado por deputados, senadores, vereadores e pelo presidente da república. Judiciários- é o poder de fazer cumprir as leis. É o poder dos juízes, promotores, desembargadores, etc. BY ISMAEL COSTA Poder executivo •O poder executivo- GOVERNOS – No Brasil existem 3 esferas de poder executivo, ou seja, 3 esferas de governo: •Federal •Estadual •Municipal •O Brasil é um Estado Federativo, ou seja, é constituído de uma de entidades autônomas menores com relativo grau de independência, os chamados entes federativos: •São entes federativos: a UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS. BY ISMAEL COSTA HIERARQUIA DAS LEIS ARTIGO 196 “Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” ARTIGO 197 São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Regulamentação X Execução Quem regula, controla ? ◦R: O poder público Quem executa? ◦R: O poder público diretamente ou indiretamente através de terceiros e pessoa física ou jurídica de direito privado Artigo 198 •Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: •I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; •II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; •III - participação da comunidade. CRIADO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM EQUIDADE Obs: Embora não esteja descrito na constituição também consideramos “Equidade” como um dos princípios do SUS. Equidade significa procurar a justiça na distribuição dos cuidados e recursos. Recebe mais quem precisa mais. REDE REGIONALIZADA Terciário Secundário Primário REDE HIERARQUIZADA Descentralização x Regionalização Descentralização – esferas de governo. Regionalização – divisão territorial para organização da rede Artigo 198 – Financiamento do SUS Parágrafo Único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,além de outras fontes. SEGURIDADE SOCIAL Seguridade Social Saúde Previdência Assistência Social Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. §2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. §3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. §4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo o tipo de comercialização. Art 199 Participação complementar Serviços públicos Serviços públicos SUS (UNIVERSAL) SERVIÇOS PRIVADOS (SUPLEMENTARES) Ações e serviços de saúde Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; Art 200 Art 200 IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para o consumo humano; Art 200 VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. As Leis Orgânicas do SUS Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Lei 8142 de 28 de dezembro de 1990. Lei 8142 Participação da comunidade. Mecanismos de transferências de recursos financeiros Lei 8080 Organização e funcionamento dos serviços de saúde. Condições para promoção, proteção e recuperação LEIS ORGÂNICAS Lei 8080/90 Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Lei 8080Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) Obs: Conceito ampliado de saúde. Lei 8080 Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). Lei 8080 – art 4º § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. Vigilância Sanitária §1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Vigilância epidemiológica Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravo Saúde do trabalhador Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho Art 7º Princípios e Diretrizes do SUS “Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: Princípios e diretrizes I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; Princípios e diretrizes IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; Princípios e diretrizes VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; Princípios e diretrizes X - integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. Lei 8142 Lei 8142 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências Lei 8142 Art. 1º – O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I- a Conferência de Saúde, e II- o Conselho de Saúde. Lei 8142 §1º A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde. Lei 8142 §2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantesdo governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Conferências x Conselhos Conferência de saúde – se reúne a cada 4 anos e propõe diretrizes. Conselho de saúde – caráter permanente e deliberativo , atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde Lei 8142 §4º A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. Composição paritária DECRETO No 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011 PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Art. 2o Para efeito deste Decreto, considera-se: I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, (...), com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde; PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde... III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS; PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS; V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema; VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde; VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica – documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Organização do SUS Art. 3o O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Organização do SUS Art. 5o Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde. Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma pactuado nas Comissões Intergestores. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM HierarquizaçãoArt. 8o O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Art. 9o São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: I - de atenção primária; II - de atenção de urgência e emergência; III - de atenção psicossocial; e IV - especiais de acesso aberto. Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas de Entrada às ações e serviços de saúde, considerando as características da Região de Saúde. HierarquizaçãoArt. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM HierarquizaçãoArt. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme legislação vigente. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM Hierarquização Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede de atenção da respectiva região. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM REGRAS Hierarquização Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação. PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM REGRAS Conceito de atenção básica A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. Conceito de atenção básica É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Conceito de atenção básica Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior freqüência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. Conceito de atenção básica É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde. Conceito de atenção básica Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidadeda atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sócio-cultural, buscando produzir a atenção integral. Funções da AB na RAS I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; Funções da AB na RAS III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Funções da AB na RAS IV - Ordenar as redes: reconhecer a necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. Processo de trabalho das equipes de AB I - definição do território de atuação e de população (...) II - programação e implementação das atividades (...) III - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco (...) IV - realizar o acolhimento com escuta qualificada, (...) V - prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita; VI - realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, (...) VII - desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúdedoença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários; Processo de trabalho das equipes de AB VIII - implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, (...) IX - participar do planejamento local de saúde (...) X - desenvolver ações intersetoriais, (...) XI - apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social; XII - realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade (...) Atribuições específicas- enfermeiro I - realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias (...) II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos (...) III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe; e VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. Programa nacional de imunização BY ISMAEL COSTA 102 Histórico A técnica da variolação -Essa prática não era isenta de riscos, trazia consigo uma letalidade de 1% a 2%, contra cerca de 30% da doença natural. A variolação persistiu nos locais mais remotos do continente asiático e na África até próximo de quando a varíola foi erradicada. A variolação foi introduzida na Europa por Lady Mary Wortley Montagu, esposa do embaixador britânico junto ao Império Otomano no início do século XVIII. Infecção intencional de leishmaniose cutânea (Ásia Central). HistóricoNos Estados Unidos, então colônia britânica, a variolação foi introduzida pelo Reverendo Cotton Mather, que aprendeu a técnica com escravos africanos. A criação da vacinaFoi com o conhecimento prévio da variolação que Edward Jenner (1749 – 1823) desenvolveu a vacinação com material retirado de vacas leiteiras, ao observar que as ordenhadoras da região do condado de Gloucester (Inglaterra) eram resistentes à varíola. Alguns fazendeiros da região, já tendo percebido o fato, infectavam sua família com material de lesões da varíola bovina, ou cowpox. Quadro pintado por Ernest Board em 1915, aparece Edward Jenner vacinando James Phipps com material colhido da mão de Sarah HistóricoNo Brasil, a vacina antivariólica foi introduzida já em 1804, por Felício Caldeira Brandt, que foi buscar a vacina na Europa a pedido de fazendeiros da Bahia. A variolação e, posteriormente, a vacinação antivariólica, eram procedimentos de base empírica, sem fundamentação teórica. Foi somente no final do século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia, que se tornou possível obter vacinas através de desenvolvimento sistemático em laboratório. HistóricoAinda que a vacinação como medida de saúde pública remonte ao final do século XVIII, foi apenas na segunda metade do século XX que a vacinação ganhou foros de medida de intervenção sistemática, de utilização universal e com avaliação de eficácia, eficiência e efetividade. A história das vacinas é centenária, a da vacinação é relativamente recente. Imunização FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE Idade - No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Gestação - As gestantes não devem receber vacinas vivas. Nas situações específicas de profilaxia, estará indicada a imunização passiva. 110 FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE Amamentação - A vacina febre amarela não está indicada para mulheres que estejam amamentando, razão pela qual a vacinação deve ser adiada até a criança completar seis meses de idade. Reação anafilática - A reação ocorre nas primeiras duas horas após a aplicação e é caracterizada pela presença de urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, podendo evoluir com hipotensão e choque anafilático. 111 FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE Pacientes imunodeprimidos -Os pacientes imunodeprimidos – deverão ser avaliados caso a caso para a administração adequada de imunobiológicos. Tais pacientes não deverão receber vacinas vivas. Uso de antitérmico profilático -recomenda-se a sua utilização apenas para as crianças com história pessoal e familiar de convulsão e para aquelas que tenham apresentado febre maior do que 39,5ºC ou choro incontrolável após dose anterior de vacina tríplice bacteriana (penta ou DTP ou DTPa). 112 FATORES RELACIONADOS À VACINA Via de administração Dose e esquema de vacinação- De modo geral, as vacinas inativadas necessitam de mais de uma dose para uma adequada proteção. Adjuvantes -São substâncias presentes na composição de algumas vacinas e que aumentam a resposta imune dos produtos que contêm micro-organismos inativados ou seus componentes (por exemplo: os toxoides tetânico e diftérico). 113 TIPOS DE VACINAS Vacinas polissacarídicas - Construídas a partir de polissacárides da cápsula envolvente do agente infeccioso. Não induzem memória imunológica duradoura e não são eficazes em crianças menores de dois anos. Conjugadas – polissacarídicas- Conjugam um polissacarídeo da cápsula com uma proteína transportadora ou “carreadora”. Esta conjugação produz uma resposta imunológica mais eficaz e capaz de induzir memória duradoura. TIPOS DE VACINAS As vacinas recombinantes (gênicas) são feitas a partir de vírus geneticamente manipulados,os quais contêm genes de outros vírus. Os vírus mais utilizados para a produção da vacina são aqueles com genoma extenso. Ex: Hepatite B Toxoide (ou anatoxina) é uma toxina bateriana inativa, à qual, pelo efeito de métodos químicos ou físicos, é destruída a sua ação tóxica, ficando a ação imunizante específica da toxina. Uma aplicação dos toxoides é o seu uso como vacinas. Exemplos Resistência natural (inespecífica) Imunidade (específica Resistência Meio externo Organismo Antígeno Antígeno Anticorpo Anticorpo Anticorpo •Natural : Infecção •Artificial: Vacina •Natural : Leite materno/via placentária •Artificial: Soros/imunoglobulinas TIPOS DE IMUNIDADE RESPOSTA IMUNE TIPOS DE AGENTES IMUNIZANTES Vacina inativada: composta por bactérias ou vírus mortos, derivados de agentes infecciosos purificados e/ou modificados química ou geneticamente. Vacina atenuada: bactérias ou vírus vivos enfraquecidos, atenuados por múltiplas passagens em culturas de células. Estas vacinas desenvolvem uma “infecção” e não devem ser aplicadas em gestantes pelos riscos ao feto. 119 120 Bacterianas Virais Atenuadas BCG-ID Cólera-VO Febre Tifóide-VO Rotavírus-VO Sarampo-SC Caxumba-SC Rubéola-SC Varicela-SC VOP Febre Amarela-SC Inativadas Difteria-IM Tétano-IM Coqueluche-IM Hib-IM Meningocócica-IM Pneumocócica-IM Febre Tifóide-IM Gripe-IM/SC VIP-IM Raiva-IM/ID Hepatite B-IM Hepatite A-IM 121 Nome Tipos Descrição IgA 2 Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos. É passado para o neonato via aleitamento. IgD 1 Funciona principalmente como uma receptor de antígeno nas células B virgens. Suas funções são menos definidas do que as dos outros isotérmicos. IgE 1 Se liga a alérgenos e ativam os mastócitos - responsáveis pela liberação de histamina- e basófilos. (Reação de hipersensibilidade Inata)=alergia. Também protege contra parasitas helmintos. IgG 4 Participa da opsonização; ativação do sistema de complemento (inflamação e fagocitose); citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpo; Inibição por feedback das células B. Além de ser o único tipo de Ig que ultrapassa a barreira placentária IgM 1 Expressa na superfície das células B virgens. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente - ativação do sistema de complemento. CONTRA INDICAÇÕES GERAIS PARA VACINAÇÃO Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações: a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e história de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos. 122 CONTRA INDICAÇÕES GERAIS PARA VACINAÇÃO Notas: • A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui contraindicação à dose subsequente. • Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica. • Não indique o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para não interferir na imunogenicidade da vacina. 123 SITUAÇÕES ESPECIAIS São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação: • Usuários que fazem uso de terapia com corticosteroides devem ser vacinados com intervalo de,pelo menos, três meses após a suspensão da droga. Notas: • É considerada imunossupressora a dose superior a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente para crianças e acima de 20 mg/kg/dia para adultos por tempo superior a 14 dias. SITUAÇÕES ESPECIAIS • Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreviníveis, mas é necessário avaliar cada caso. • Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no Crie o mais precocemente possível. Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de agentes vivos atenuados. ADIAMENTO DA VACINAÇÃO – Tratamento com corticoides em doses imunossupressoras (2 mg/kg/dia em crianças ou 20 mg/kg/dia em adultos, por mais de 14 dias) ou outras terapêuticas imunossupressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia). Nesse caso, deve-se agendar a vacinação para 3 meses após a conclusão do tratamento. – Durante a evolução de doenças agudas febris. – O uso de imunoglobulinas também deve adiar a aplicação de algumas vacinas vivas, como as contra sarampo e rubéola. Deve-se adiar a aplicação de vacinas de sarampo e rubéola por 3 meses após o fim do tratamento com imunoglobulina, sangue total ou plasma. VACINAÇÃO SIMULTÂNEA A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração. De um modo geral, as vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas FA, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administradas com intervalo de 30 dias. BY ISMAEL COSTA 127 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES • Doença aguda benigna sem febre • Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg. • Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção). • Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola. • Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente. BY ISMAEL COSTA 128 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES • Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita. • Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia comprovada). • História de alergia não específica, individual ou familiar. • História familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão). • Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral. BY ISMAEL COSTA 129 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES • Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunossupressora. • Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica. • Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola. BY ISMAEL COSTA 130 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES • Convalescença de doenças agudas. • Usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada). • Internação hospitalar. • Mulheres no período de amamentação (considere as situações de adiamento para a vacina febre amarela). BY ISMAEL COSTA 131 Calendário nacional de vacinação - 2017 132 Idade BCG HEP. B. Penta/DTP VIP/VOP PNEUMO 10 VORH MnC F.A. Ao nascer dose única dose ao nascer 3 meses 1° dose 5 meses 2° dose 9 meses DOSE ÚNICA 2 meses 1°dose 1° dose (VIP) 4 meses 2°dose 2° dose (VIP) 6 meses 3°dose 3° dose (VIP) 1°dose 2°dose 2°dose 1°dose Calendário nacional de vacinação - 2017 133 Idade HEP. B. MnC F.A. HPV dT 9 anos 10 a 19 anos 3 doses (verificar situação vacinal) 1 reforço ou dose única (situação vacinal 12 e 13 anos 1 dose (situação vacinal) Vacinas 2 doses (meninas de 9 a 14 anos ) (meninos de 12 e 13 anos) Reforço a cada 10 anos Calendário nacional de vacinação - 2017 134 Idade HEP. B. MnC F.A. HPV dT 9 anos 10 a 19 anos3 doses (verificar situação vacinal) 1 reforço ou dose única (situação vacinal 12 e 13 anos 1 dose (situação vacinal) Vacinas 2 doses (meninas de 9 a 14 anos ) (meninos de 12 e 13 anos) Reforço a cada 10 anos Calendário nacional de vacinação - 2017 135 Idade HEP. B. F.A. TRI-VIRAL dT 20 a 59 anos 3 doses (verificar situação vacinal) 1 dose (situação vacinal) 2 doses(20 a 29 anos) 1 dose (30 a 49 anos) de acordo com situação vacinal reforço a cada 10 anos Vacinas Calendário nacional de vacinação - 2017 136 Idade HEP. B. F.A. dT influenza 60 anos e mais 3 doses (verificar situação vacinal) 1 dose (situação vacinal) reforço a cada 10 anos dose anual- campanha Idade HEP. B. dT dTPa gestantes 3 doses (verificar situação vacinal) 3 doses ou mais (de acordo com situação vacinal 1 dose a cada gestação a partir da 20° semana Vacinas Vacinas BCG •Crianças prematuras e baixo peso- contra-indicação. •Revacinar após 6 meses se não fizer cicatriz •HIV – idade limite 18 meses, entre 18 meses e 4 anos (só com sorologia negativa). Hepatite B Faixa Etária- até 1 mês de vida – 4 doses (0,2,4,6). 1º dose mono, subsequentes Penta. De 1 mês até 4 anos – 3 doses de penta (intervalo de 60 dias) , (0,2,4). Acima de 5 ANOS – 3 doses de HepB mono valente (0,1,6). Grupos Vulneráveis Dose: 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1mL a partir de 20 anos, via intramuscular. PENTA Esquema: Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. Dose: 0,5mL, via intramuscular. DTP + HIB + HEP B DTP Reforço: Administrar 2 (dois) reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 (quatro) anos de idade. Dose: 0,5mL, via intramuscular. DTP VIP-VOP 2 , 4 e 6 meses –VIP; 15 e 4 anos - VOP Reforço: Administrar o primeiro reforço aos 15 meses de idade e o segundo reforço aos 4 anos de idade. Dose: VOP-duas gotas, exclusivamente por via oral. VIP – 0,5 ml IM PNEUMO 10 Esquema: Administrar 2(duas) doses aos 2 (dois), 4 (quatro) e meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, em crianças menores de 1 (um) ano de idade. Dose: 0,5mL, via intramuscular. Particularidades: Reforço aos 12 meses até os 4 anos. Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que perderam a oportunidade de serem vacinadas. Idade mínima 1º dose Idade máxima 1 m e 15 dias 2 meses 3 m e 15 dias Idade mínima 2º dose Idade máxima 3 m e 15 dias 4 meses 7 m e 29 dias VORH MENINGO C Esquema: Administrar 2 (duas) doses, aos 3 (três) e 5 (cinco) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Reforço: Particularidades: Reforço aos 12 meses até os 4 anos. 2° Reforço entre 12 e 13 anos. Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que perderam a oportunidade de serem vacinadas. FEBRE AMARELA A vacina febre amarela deve ser feita aos 9 meses de idade dose única, visando resgatar as potenciais falhas primárias e secundárias da vacina em lactentes. Para pessoas que viajam para áreas endêmicas, será realizada uma única dose 10 dias antes da viagem. TRI-VIRAL – Esquema (2017): Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola. Para indivíduos de 20 a 29 anos de idade: administrar 2 doses, conforme situação vacinal encontrada. Para pessoas entre 30 e 49 anos considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola, ou sarampo e rubéola, aplicar uma dose caso não tenha sido vacinada. TRI-VIRAL Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até 1 ( um) mês após a vacinação. Em situação de bloqueio vacinal em crianças menores de 12 meses, administrar 1 (uma) dose entre 6 (seis) meses e 11 meses de idade e manter o esquema vacinal. TETRA VIRAL – Esquema: Administrar 1 dose, aos 15 meses de idade, a crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral (corresponde a uma dose de varicela e a 2ª dose da tríplice viral). Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que perderam a oportunidade de serem vacinadas. Dose: 0,5 mL, subcutânea. dT – Dupla Adulto Reforço: Indivíduos a partir de 7 (sete) anos de idade, com esquema vacinal completo (3 (três) doses) para difteria e tétano, administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos. Em todos os casos após completar o esquema, administrar reforço a cada 10 anos. Em casos de ferimentos graves, comunicantes de casos de difteria ou gestação, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 (cinco) anos. Dose: 0,5mL, via intramuscular. INFLUENZA - GRIPE PNEUMO 23 Esquema: Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso. Administrar 1 (uma) dose adicional 5 (cinco) anos após a dose inicial, uma única vez. Hepatite A Esta vacina foi incluída no calendário vacinal em 2014. Consta de 1 dose a ser aplicada aos 15 meses de idade. Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que perderam a oportunidade de serem vacinadas. HPV Vacina HPV –Indicado para meninas de 9 a 14 anos. Adolescentes com 14 anos de idade poderão iniciar o esquema vacinal, desde que o complete até 15 anos, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses. Aplicar 2 doses com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda. Mulheres e homens HIV + fazem esquema de 3 doses (0,2 e 6 meses) e podem ser vacinadas até os 26 anos. HPV A vacina é quadrivalente e protege contra os sorotipos 6,11,16,18. Obs: 2017 – Meninos de 12 e 13 anos devem ser também vacinados. * Até 2020, a faixa etária masculina será ampliada gradativamente para meninos a partir de nove anos de idade. dTPa Vacina dTPa – Vacina dTPa – (Informe Técnico para Implantação da Vacina Adsorvida Difteria, Tétano e Coqueluche Pertussis Acelular Tipo adulto – dTpa, 2014) A vacina tipo adulto-dTpa é disponibilizada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação e poderá ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal (UTI/UCI neonatal). Obs: (2017):Mulheres que não vacinaram na gestação devem ser vacinadas no puerpério o mais rapidamente possível. Vacina Composição Contra-indicações Estabilidade BCG BCG (bacilo de Calmette & Guérin) liofilizado Peso menor de 2 kg, AIDS. 6h, a luz solar inativa a BCG. Hepatite B Partículas virais, hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como conservante Reação anafilática sistêmica O congelamento inativa a vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser utilizada durante do prazo de validade. VOP Contém os três tipos de poliovírus atenuados (tipos I,II e III). Diarréia e vomito (na rotina) VORH Vírus isolados de humanos e atenuados Gastroenterite (internação) Caso a mesma não seja administrada imediatamente, deve ser mantida entre _ 2°C e + 8°C e desprezada após 24 horas HlB Polissacarídeo capsulas – PRP- (poliribosil- ribitol-fosfato), conjugado quimicamente a uma proteína carreadora. Reação anafilática sistêmica Febre amarela Vírus vivos atenuados, apresentada sob a forma liofilizada. Alergia anafilática ao ovo 4h Tri-Viral Vírus vivos atenuadoscontra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Alergia anafilática ao ovo, gravidez, uso de imunoglobina (3m anteriores) 8h DTP Toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada em suspensão, tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio. Criança com 7 anos ou + Doença neurológica ativa, reação grave à doses anteriores. dT Toxóide diftérico e toxóide tetânico, tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio Anafilática sistêmica grave seguindo-se à aplicação de dose anterior; síndrome de Guillain-Barré nas seis semanas após a vacinação contra difteria e/ou tétano anterior. Pneumo 10conj Polissacarídeo de pneumococos conjugados. Adjuvante de alumínio Reação anafilática sistêmica Meningo C conj Polissacarídeo do Mn C conjugado a toxóide tetânico. Adjuvante de hidróxido de alumínio. Reação anafilática sistêmica Anti-Influenza Utilizam-se dois tipos de vacinas inativas contra influenza: vacinas de vírus de fracionados; vacinas de subunidades. Trivalentes (2 vírus tipo A e 1 tipo B). Na composição das vacinas, entram antibióticos como a neomincina ou polimixina e podem conter timerosal como conservante História de anafilaxia a proteínas do ovo ou a outros componentes da vacina Pneumo 23 É constituída de uma suspensão de antígenos polissacarídeos purificados, com 23 sorotipos de pneumococo, em solução salina e conservada por fenol. Reação anafilática sistêmica Raiva Cultivo celular (inativada) Reação anafilática sistêmica IMUNIZAÇÃO CONTRA TÉTANO EM CASO DE FERIMENTO 162 IMUNIZAÇÃO CONTRA RAIVA COMPOSIÇÃO - A vacina é produzida em culturas distintas de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha, entre outras) com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM), inativados pela betapropriolactona. Indicação: 1. PRÉ-EXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que, por força de suas atividades, estão permanentemente expostos ao risco da infecção pelo vírus.Também está indicada para indivíduos com risco de exposição ocasional ao vírus. IMUNIZAÇÃO CONTRA RAIVA 2. PÓS-EXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que sofreram mordedura, arranhadura e lambedura de mucosa provocadas por animais transmissores da doença. 3. REEXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que já tenham recebido profilaxia anteriormente. PRÉ-EXPOSIÇÃO Na pré-exposição, ou seja, quando for indicada a administração da vacina antes do contato com o vírus da raiva, o esquema é de três doses: no dia zero, no 7º e no 28º dias. O controle sorológico é uma exigência básica para a correta avaliação do indivíduo vacinado. Quando o indivíduo realizou a profilaxia de pré-exposição e for exposto ao vírus da raiva, a conduta a ser adotada é a seguinte: PRÉ-EXPOSIÇÃO Caso apresente comprovação sorológica com títulos protetores (maiores ou iguais a 0,5 UI/mL), não administre a vacina. Caso não apresente comprovação sorológica ou o título seja inferior a 0,5 UI/mL, aplique uma dose e realize o teste sorológico a partir 14º dia após a vacinação. OBSERVAÇÕES (2) Avalie, sempre, os hábitos do cão e do gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou pelo gato, que, com certeza, não têm risco de contrair a infecção rábica. Se o animal for procedente de área de raiva controlada, não é necessário iniciar o esquema. OBSERVAÇÕES (3) O soro deve ser infiltrado dentro e ao redor da(s) lesão(ões). Quando não for possível infiltrar toda a dose, aplique o máximo possível. A quantidade restante, a menor possível, aplique pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplique em local anatômico diferente daquele em que foi aplicada a vacina. Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída em soro fisiológico em quantidade suficiente para que todas as lesões sejam infiltradas. OBSERVAÇÕES (4) Nos casos em que se conhece tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando não há soro disponível no momento, aplique a dose recomendada de soro no máximo em até sete dias após a aplicação da 1ª dose de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da aplicação da 3ª dose da vacina. Após esse prazo, o soro não é mais necessário. (5) Nas agressões por morcegos ou qualquer espécie de animal silvestre, deve-se indicar soro vacinação independentemente da gravidade da lesão ou indicar conduta de reexposição. RE-EXPOSIÇÃO EAPV Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico. Um evento que está temporalmente associado ao uso da vacina, nem sempre tem relação causal com ela. A grande maioria dos eventos são locais e sistêmicos leves, por isso as ações de vigilância são voltadas para os eventos moderados e graves. Em raríssimas situações, o óbito pode ser em decorrência da vacinação. BY ISMAEL COSTA 172 EAPV De acordo com o tipo de manifestação: locais ou sistêmicos. Quanto à gravidade: A. Evento adverso grave (EAG): são consideradas graves as situações apresentadas a seguir: a. Requer hospitalização por pelo menos 24 horas ou prolongamento de hospitalização já existente. b. Causa disfunção significativa e/ou incapacidade persistente (sequela). c. Resulte em anomalia congênita. d. Causa risco de morte (ou seja, induz à necessidade de uma intervenção clínica imediata para evitar o óbito). e. Causa o óbito. B. Evento adverso não grave (EANG): qualquer outro evento que não esteja incluído nos critérios de evento adverso grave (EAG). BY ISMAEL COSTA 173 BY ISMAEL COSTA 174 Vacina locais sistêmicos BCG Locais: úlceras, abcessos, linfoadenopatia, ,quelóide, Raro: reação lupóide Lesões por disseminação: cutâneas, osteocarticulares, linfonodos, em um único órgão. HepB dor, rubor, enduração. febre, fadiga ,tontura, cefaléia.A púrpura trombocitopênica idiopática após a vacina contra hepatite B é um evento raro cuja relação causal é difícil de ser comprovada DTP-HiB-HB Rubor, calor, dor,endurecimento local febre,sonolência, choro persistente, anorexia,vômito, irritabilidade, apnéia. Raros: convulsões, EHH,encefalopatia, anafilaxia Pneumo 10 eritema, enduração e dor. irritabilidade, sonolência Meningo C eritema, enduração e dor. febre baixa e irritabilidade BY ISMAEL COSTA 175 Vacina locais sistêmicos Febre Amarela dor no local da injeção Febre, cefaléia e mialgia. Rara: Encefalite e Doença Viscerotrópica Aguda (DVA) Rotavirus ***** Invaginação intestinal VOP ***** Poliomielite associada à vacina VIP eritema, enduração e dor. febre (rara) Tri-viral ardência de curta duração, eritema, hiperestesia, enduração e linfadenopatia regional, nódulo ou pápula com rubor Febre, cefaléia, exantema, linfoadenopatia, raros: meningite , encefalite, PEESA, púrpura e artralgia Influenza eritema e enduração Febre, mal-estar e mialgia.Raros: síndrome de Guillan-Barre BY ISMAEL COSTA 176 Vacina locais sistêmicos Raiva Humana dor, prurido, edema, enduração e pápulas urticariformes Febre, mal-estar, cefaléia, náuseas, dor abdominal, dores musculares e tonturas dT ou DT Dor, Rubor, edema. Raro: reação de Arthur Febre, cefaléia, irritabilidade, anorexia. Raros: síndrome de Guillan-Barre Varicela eritema, enduração e dor. exantema similar ao da varicela (mais comum em imunodeprimidos) OBSERVAÇÕES 1-EHH caracteriza-se por quadro clínico de palidez, diminuição ou desaparecimento do tônus muscular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos de instalação súbita, que pode ocorrer até 48 horas após a aplicação da vacina. 2-Invaginação intestinal- Invaginação é uma forma de obstrução intestinal, em que um segmento do intestino penetra em outro segmento. Fenômeno de Artus – Intensaresposta inflamatória PEESA-Paeencefalite esclerosante sub-aguda BY ISMAEL COSTA 177 Vacinação de profissionais de saúde Esquema de hepatite B para profissionais de saúde. Estes profissionais podem ser vacinados contra a Hepatite B sem fazer teste sorológico prévio. Recomenda-se a sorologia um a dois meses após a última dose do esquema vacinal, para verificar se houve resposta satisfatória à vacina (Anti-HBs > 10UI/mL) para todos esses profissionais. REDE e CADEIA de FRIO 180 INSTÂNCIAS DA REDE – Nacional: A instância nacional é representada pela Coordenação-geral do PNI (CGPNI), unidade gestora, estrutura técnico-administrativa da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), sendo responsável pelas seguintes atividades de imunização desenvolvidas pelas equipes técnicas especializadas. – Estaduais: A instância estadual organiza-se em 27 centrais estaduais de armazenamento e distribuição de imunobiológicos, geralmente localizadas nas capitais das unidades federadas do Brasil e sob responsabilidade técnico-administrativa das coordenações estaduais de imunizações das secretarias estaduais de saúde. INSTÂNCIAS DA REDE – Regional: A instância regional incorpora as Centrais Regionais de Rede de Frio (CRRFs) que estão subordinadas às secretarias estaduais de saúde, ocupando posição estratégica para distribuição. Em relação aos municípios de sua abrangência, assumem responsabilidades compatíveis com as centrais estaduais, observada a estrutura hierarquizada da rede de frio. – Municipal: Nesta instância, encontra-se a Central Municipal de Rede de Frio (CMRF), incluída na estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde. Tem como atribuições o planejamento integrado e o armazenamento de imunobiológicos recebidos da instância estadual/regional para utilização na sala de vacinação. INSTÂNCIAS DA REDE – Local: É a instância destinada às atividades operacionais de vacinação; está em contato direto com o usuário final desta cadeia. A sala de vacinação (SV) representa a instância final da rede de frio, sendo responsável exclusivamente pelos procedimentos de vacinação de rotina, campanhas, bloqueios e intensificações. Considerada as suas atribuições, as salas localizam-se em unidades/serviços da Rede de Atenção Básica de Saúde e em hospitais que ocupam posição estratégica em relação à rede de frio. *Observação: Segundo o manual de 2013, por não atender aos critérios de segurança e qualidade, o refrigerador de uso doméstico não é mais recomendado para o armazenamento de imunobiológicos. As instancias que ainda utilizam tais equipamentos devem proceder, no menor prazo possível, a substituicão gradativa por câmaras refrigeradas cadastradas pela Anvisa. ORIENTAÇÕES PARA ESCOLHA DO EQUIPAMENTO Compatibilizar o equipamento (dimensões e configuração: vertical ou horizontal) com o espaço disponível. Operar, na faixa de temperatura entre +2ºC e +8ºC, as câmaras refrigeradas para imunobiológicos. Operar, na faixa de - 25ºC a - 15ºC, o freezer científico para imunobiológicos. Ter sistema de ventilação por circulação de ar forçado e temperatura uniformemente distribuída em todos os compartimentos. Possuir, preferencialmente, registrador gráfico contínuo de temperatura. ORIENTAÇÕES PARA ESCOLHA DO EQUIPAMENTO Dispor de controlador de alta e baixa temperatura com indicador visual e alarme audiovisual, com bateria. Recomendável porta de vidro com sistema antiembaçante. Porta com vedação de borracha e fechamento magnético. Recomendável alarme sonoro e/ou visual para indicação de porta aberta. Recomendável sistema de rodízios com freio diagonal. Desejável entrada para conexão com computador para transferência dos registros e armazenamento. Especificar tensão de alimentação do equipamento, compatível com a tensão local. Utilização de termômetros – Em todas as instâncias da rede de frio, o controle da temperatura é feito pela verificação em termômetros. – Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos ou volantes, bem como no transporte, os imunobiológicos devem ser conservados entre +2ºC e +8ºC (ideal 5°C). Para controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros: de máxima e mínima, linear e de cabo extensor. – A temperatura dos equipamentos é verificada, pelo menos, duas vezes ao dia, no início e no final do dia de trabalho. A cada verificação, a temperatura lida deve ser registrada no Formulário de Controle de Temperatura (BRASIL, 2007). TIPOS DE TERMÔMETROS - Termômetro de máxima e mínima: permite verificar as variações de temperatura.(...)Deve ficar na prateleira central em posição vertical e ser zerado após cada verificação de temperatura. - Termômetro linear: é utilizado principalmente para verificar a temperatura de caixa térmica que esteja acondicionando imunobiológicos. Deve ser introduzido entre as vacinas. Tipos de termômetros - termômetro de cabo extensor: também é utilizado para verificação de temperatura de caixas térmicas (na rotina do dia, na limpeza do refrigerador e no transporte de imunobiológicos). O sensor é introduzido entre as vacinas e o visor do termômetro é afixado sobre a tampa da caixa. -Termômetro a laser: É um equipamento de alta tecnologia, utilizado principalmente para a verificação de temperatura dos imunobiológicos nos volumes (caixas térmicas), recebidos ou expedidos em grandes quantidades. Sala de vacinação “A Sala de Vacinação (SV) representa a instância final da Rede de Frio, sendo responsável exclusivamente pelos procedimentos de vacinação de rotina, campanhas, bloqueios e intensificações. Recomenda-se a utilização de freezers exclusivos para guarda das bobinas reutilizáveis, em número suficiente às demandas locais. É recomendada, também, a climatização da sala de vacinação (aparelhos de ar-condicionado, para clima quente, e aquecedores, para clima frio), de forma a minimizar os riscos indesejados de alterações de temperatura dos imunobiológicos”. (Manual da rede de frio, 2013 p. 16) Vacinas que podem congelar (Manual da rede de frio – 2013) -25° a -15° (freezer) Febre Amarela e VOP PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA Manter o equipamento fechado até que a corrente seja reativada ou que se verifique o tipo de problema. Quando o defeito identificado não for solucionado em até seis horas, providenciar para que os imunobiológicos sejam colocados em caixas térmicas, mantendo a temperatura ente +2ºC e +8ºC, até que sejam transferidos para outro equipamento em um serviço ou na instância mais próxima. 193 PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA - O prazo de quatro a seis horas só deve ser tolerado quando o refrigerador: a) está funcionando em perfeitas condições; b) tem vedação perfeita da borracha da porta; c) tem controle diário de temperatura; d) contém gelo reciclável, sacos plásticos ou recipientes com gelo no evaporador; e) contém garrafas com água na última prateleira. 194 SOB SUSPEITA Ao colocar um imunobiológico sob suspeita são adotadas as seguintes providências: a) suspender a utilização dos produtos sob suspeita, mantendo-os em refrigeração adequada; b) registrar no formulário para solicitação de re-teste de imunobiológicos as seguintes informações: lote, quantidade, validade, apresentação, laboratório produtor, local e condições de armazenamento; c) descrição do problema identificado; d) a alteração de temperatura verificada e outras informações sobre o momento da detecção do problema; e) contatar a instância da rede de frio imediatamente superior; f) discutir o destino a ser dado ao imunobiológico; 195 INUTILIZAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS As sobras diárias de imunobiológicos na sala de vacinação, compostos por microorganismos vivos, devem ser submetidas a descaracterização física utilizandoautoclaves durante 15 minutos, à temperatura de 127ºC, estufa por 30 minutos a 120° C. ou utilizando qualquer outro processo de inativação de microorganismos de eficácia comprovada cientificamente. ATENÇÃO: Em ambos os processos os frascos não precisam ser abertos. TUBERCULOSE Epidemiologia • A TB continua sendo um importante problema de saúde mundialmente, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. • A relevância da magnitude da TB pode ser evidenciada pelas estimativas da OMS para o ano de 2007 : • Casos novos no mundo: 9,27 milhões. A maioria destes casos estaria nas regiões da Ásia (55%) e da África (31%), enquanto as regiões do Mediterrâneo Oriental (6%), Europa (5%) e Américas (3%) teriam os menores percentuais. Apesar do aumento no número de casos novos, a taxa de incidência global vem diminuindo lentamente (menos de 1% ao ano), sendo estimada uma taxa de 139 casos por 100.000 hab. Houve declínio em 5 das 6 regiões da OMS e somente a Europa manteve a sua taxa estável. 198 Agente etiológico • A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do ponto de vista sanitário, a espécie mais importante é a M. tuberculosis. O M. tuberculosis (também conhecido como bacilo de Koch) é um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), fino, ligeiramente encurvado, que possui de 1 a 4 micra de comprimento. 199 Agente etiológico 200 Reservatórios 201 O principal reservatório é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. Modo de transmissão • A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. By Ismael Costa 202 Período de incubação • Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. • A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas causas, destacando-se, dentre estas, as condições socioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ou outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas e infecção pelo HIV). By Ismael Costa 203 By Ismael Costa 204 Período de transmissibilidade • A transmissão é plena enquanto o doente com a forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento. • Com o esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas. • As crianças com tuberculose pulmonar geralmente não são infectantes. By Ismael Costa 205 Detecção de casos • A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. • Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de infecção. • Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo à cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença. By Ismael Costa 206 DEFINIÇÃO DE CASO Suspeito Indivíduo com tosse por 3 semanas ou mais (sintomático respiratório) e/ou outros sinais e sintomas, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, inapetência, com imagens radiológicas compatíveis com a doença é considerado caso suspeito e, portanto, deve ser investigado para tuberculose. O sintomático respiratório, por definição, é toda pessoa que tem tosse por 3 ou mais semanas. Nas populações especiais, a suspeita de tuberculose surge com pontos de corte diferenciados para o tempo de tosse: privados de liberdade – duas semanas ou mais; e PVHA, indígenas, pessoas em situação de rua independentemente do tempo do sintoma. BY ISMAEL COSTA 207 DEFINIÇÃO DE CASO Confirmado Critério laboratorial – todo caso que, independentemente da forma clínica, apresenta pelo menos uma amostra positiva de baciloscopia, ou de cultura, ou de TRM-TB. Critério clínico-epidemiológico – todo caso que não preenche o critério de confirmação laboratorial acima descrito, mas que recebeu o diagnóstico de tuberculose ativa. Essa definição leva em consideração dados clínico- epidemiológicos associados à avaliação de outros exames complementares (como os de imagem, histológicos, entre outros). BY ISMAEL COSTA 208 TDO (DOTS) • O tratamento diretamente observado constitui uma mudança na forma de administrar os medicamentos, sem mudanças no esquema terapêutico: o profissional treinado passa a observar a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura. By Ismael Costa 209 Estratégia Operacional • Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos) deve realizar o tratamento diretamente observado. • Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se considerar as seguintes modalidades de supervisão: • Domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local por ele solicitado. • Na Unidade de Saúde – observação em unidades de ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou Hospitais. • Prisional: observação no sistema prisional. • Compartilhada: quando o doente recebe a consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao seu domicílio ou trabalho. By Ismael Costa 210 TDO • O TDO consiste na observação diária da ingestão dos medicamentos (...), por, no mínimo, 3 observações semanais do início ao fim (24 ingestões observadas na fase intensiva e 48 na fase de manutenção). • Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a observação seja realizada por uma pessoa da família, de equipamentos da assistência social ou da comunidade, capacitados por profissional da equipe de saúde. • Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu responsável semanalmente para monitorar o tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são menores as taxas de cura e maior o abandono quando um familiar faz a observação. By Ismael Costa 211 TDO • O local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuário, e nunca do serviço. • Os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e, apesar da melhor absorção ser obtida com ingestão em jejum, podem ser administrados em qualquer horário, mesmo durante refeições. By Ismael Costa 212 Diagnóstico • A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. • A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. • A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares. By Ismael Costa 213 BY ISMAEL COSTA • TB pulmonar: • Pode se apresentar sob a forma primária, pós- primária (ou secundária) ou miliar. Os sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse persistente, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.By Ismael Costa 215 • TB pulmonar primária - É mais comum em crianças e clinicamente apresenta-se, na maior parte das vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna, inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo. By Ismael Costa 216 • TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum no adolescente e adulto jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou produtiva. • A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não costuma ultrapassar os 38,5º C. • A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e emagrecimento, embora indivíduos com bom estado geral e sem perda do apetite também possam ter TB pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal. By Ismael Costa 217 • TB miliar – A denominação é vinculada ao aspecto radiológico pulmonar. É uma forma grave de doença e ocorre em 1% dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos casos em pacientes HIV soropositivos, em fase avançada de imunossupressão. • A apresentação clínica clássica é a aguda, mais comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas são febre, astenia e emagrecimento, que em associação com tosse ocorrem em 80% dos casos. O exame físico mostra hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato-máculo-papulo-vesiculosas. By Ismael Costa 218 • A forma pulmonar, além de ser mais frequente (85,5% dos casos novos de tuberculose em 2012), é também a mais relevante para a saúde pública, especialmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. • Entretanto, não raramente (em 14,5% dos casos em 2012), a tuberculose manifesta-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressão e órgão acometido. By Ismael Costa 219 • TB extrapulmonar • As apresentações extrapulmonares da TB têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes com aids, especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave. By Ismael Costa 220 Exame bacteriológico • Exame microscópico direto - baciloscopia direta • Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todo laboratório público de saúde e pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados. A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais utilizada em nosso meio. • A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão By Ismael Costa 221 • A baciloscopia direta deve ser solicitada aos pacientes que apresentem: • Critérios de definição de sintomático respiratório (exame de escarro); • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse (exame de escarro); • Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em materiais biológicos diversos). By Ismael Costa 223 • A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da primeira consulta, e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. • Nos casos em que há indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais. By Ismael Costa 224 Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características: descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A identificação (nome do paciente e data da coleta) deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta indelével. BY ISMAEL COSTA COLETA Local da coleta – As amostras devem ser coletadas em local aberto, de preferência ao ar livre ou em condições adequadas de biossegurança. Orientação ao paciente – 1. Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está devidamente identificado (nome do paciente e a data da coleta no corpo do pote). BY ISMAEL COSTA COLETA 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir esta operação até obter três eliminações de escarro, evitando que ele escorra pela parede externa do pote. 3. Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nesta posição. BY ISMAEL COSTA COLETA 4. Orientar o paciente a lavar as mãos. 5. Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou unidade de saúde, esta poderá ser conservada em geladeira comum até no máximo sete dias. BY ISMAEL COSTA CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE As amostras clínicas devem ser enviadas e processadas no laboratório imediatamente após a coleta. As unidades de saúde deverão receber, a qualquer hora de seu período de funcionamento, as amostras coletadas no domicílio e conservá-las sob refrigeração até o seu processamento. Para o transporte de amostras devem-se considerar três condições importantes: refrigeração; proteção contra a luz solar; e acondicionamento adequado para que não haja risco de derramamento. BY ISMAEL COSTA CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE Para transportar potes de escarro de uma unidade de saúde para outra, recomenda- se a utilização de caixas de isopor com gelo reciclável ou cubos de gelo dentro de um saco plástico. As requisições dos exames devem ser enviadas com o material, fora do recipiente de transporte. BY ISMAEL COSTA Cultura • A cultura para micobactéria é indicada nos seguintes casos: • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com baciloscopia repetidamente negativa; • Suspeitos de TB com amostras paucibacilares (poucos bacilos); • Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da amostra (por exemplo crianças); • Suspeitos de TB extrapulmonar; • Casos suspeitos de infecções causadas por Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes casos o teste de sensibilidade pode ser feito com MIC). By Ismael Costa 232 Cultura + teste de sensibilidade • Contatos de casos de tuberculose resistente; • Pacientes com antecedentes de tratamento prévio independentemente do tempo decorrido; • Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores de HIV; • Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês de tratamento; • Falência ao tratamento antiTB . • Em investigação de populações com maior risco de albergarem cepa de M.tuberculosis resistente (profissionais de saúde, população de rua, privados de liberdade, pacientes internados em hospitais que não adotam medidas de biossegurança e instituições de longa permanência) ou com difícil abordagem subseqüente (indígenas). By Ismael Costa 233 • A técnica do escarro induzido, utilizando nebulizador ultrassônico e solução salina hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%), pode ser usada em pacientes com forte suspeita de tuberculose pulmonar e sem adequado material proveniente da árvore brônquica, tanto para a baciloscopia direta como para a cultura. By Ismael Costa 234 Exame radiológico • Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita
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