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Powerpoint saúde coletiva

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Ensino clínico I
Saúde coletiva
PROF. ISMAEL COSTA
Processo gerador saúde-
doença
Grécia antiga
Na Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da
medicina, considerava que a saúde era o perfeito
equilíbrio entre os líquidos (na época, chamados de
humores) corporais: bile amarela, bile negra,
fleuma e sangue.
OMS
O mais conhecido conceito de saúde foi
formulado pela organização mundial da saúde
em 1948: “como um completo estado de
bem-estar físico, mental e social e não
apenas a ausência de doença ou
enfermidade” (WHO, 1948).
8º CNS
“Em seu sentido mais abrangente, a saúde é a
resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e
posse de terra e acesso a serviços de saúde. É
assim, antes de tudo, o resultado das formas de
organização social da produção, as quais podem
gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.”
(CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1987, p.382).
Lei 8080/90
“Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica
do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”. (Redação
dada pela Lei nº 12.864, de 2013).
5 “visões” de doença
Sofrimento: está relacionado ao mal-estar, à incapacidade de realizar algo desejado, não
necessariamente tem a presença do mal-estar físico.
O estar e o poder estar doente: neste caso, trata-se da capacidade declarar-se ou não como
doente, dependendo do interesse da pessoa. Um deficiente físico pode se sentir doente ou não,
dependendo do seu grau de inclusão ou de satisfação com a própria vida, ou ainda, com a
possibilidade de entrar no mercado de trabalho.
5 “visões” de doença
A adversidade: a sensação de não se incluir dentro do padrão de normalidade.
O Perigo: está associada à ideia de contágio. Uma pessoa portadora de uma doença
transmissível grave poderá ser vista como um perigo para a sociedade.
Um sinal: algo que serve para marcar um grupo, uma situação social ou um comportamento.
Exemplos: tuberculose-pobreza, Cirrose-alcoolismo, AIDS-promiscuidade sexual. Observe que
esta associação pode ser verdadeira, parcialmente verdadeira ou preconceituosa.
Modos de adoecer e modos de curar ao 
longo da história
Pré-história
Modos de adoecer e modos de curar ao 
longo da história
Mundo antigo
Modos de adoecer e modos de curar ao 
longo da história
Idade média/sociedade feudal
Modos de adoecer e modos de curar ao 
longo da história
Sociedade industrial
Período Modo de produção Problemas de saúde mais
frequentes
Práticas terapêuticas
Pré-História Comunismo primitivo:
(caça, pesca e coleta).
Acidentes, escassez de
alimentos.
Mágicas: Bruxaria,
xamanismo.
Idade antiga Asiáticos: (baseado na
agricultura)
Doenças transmissíveis Mágicas: religiosa,
surgimento da medicina
racional (Grécia antiga).
Sociedade
medieval
Feudalismo:
(agricultura, forte
presença da igreja
católica).
Doenças transmissíveis Mágica religiosa e racional
Era industrial
moderna
Capitalismo:
(desenvolvimento da
ciência e da indústria)
Transição epidemiológica:
aumento das doenças não-
transmissíveis
Medicina científica, práticas
interdisciplinares.
Saúde pública, o que é?
Segundo Winslow (1920)
"Saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e
desenvolver saúde física, mental e a eficiência, através de esforços
organizados da comunidade para o saneamento do meio ambiente, o
controle das infecções na comunidade, a organização dos serviços médicos e
paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de
doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada
indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à
manutenção da saúde”.
Problema /questão de saúde pública
Podemos encontrar algumas similaridades entres os “problemas de saúde pública”, segundo
ROCHA e CESAR (2008 p. 275) um problema será de saúde pública quando:
“Constitui causa comum de morbidade* oumortalidade*”;
“Existemmétodos eficazes de prevenção e controle”;
“Osmétodos não estão sendo adequadamente utilizados”;
Problema /questão de saúde pública
Todavia, mesmo com esta definição os problemas de saúde pública podem ou não determinar
ações concretas, pois os recursos não são infinitos, ou pelo menos não existem na mesma
medida em que as solicitações são feitas. Assim a saúde pública precisará definir prioridades a
partir de critérios como:
número de pessoas atingidas,
seriedade do dano,
custo,
grau de interesse da comunidade. (CHAVES apud ROCHA e CESAR, 2008).
Revisão de legislação do 
SUS
Artigo 196
A saúde é um direito de todos e um dever do Estado....
O Estado
Estado significa PODER PÚBLICO. Nos países democráticos, o Estado é dividido em 3 poderes:
Executivo – é o poder de governar, administrar, fazer obras, é sinônimo de GOVERNO.
Legislativo – é o poder de fazer leis. No Brasil é executado por deputados, senadores,
vereadores e pelo presidente da república.
Judiciários- é o poder de fazer cumprir as leis. É o poder dos juízes, promotores,
desembargadores, etc.
BY ISMAEL COSTA
Poder executivo
•O poder executivo- GOVERNOS – No Brasil existem 3 esferas de poder
executivo, ou seja, 3 esferas de governo:
•Federal
•Estadual
•Municipal
•O Brasil é um Estado Federativo, ou seja, é constituído de uma de entidades
autônomas menores com relativo grau de independência, os chamados entes
federativos:
•São entes federativos: a UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS
MUNICÍPIOS.
BY ISMAEL COSTA
HIERARQUIA DAS LEIS
ARTIGO 196
“Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”
ARTIGO 197
São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também,
por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Regulamentação X Execução
Quem regula, controla ?
◦R: O poder público
Quem executa?
◦R: O poder público diretamente ou indiretamente através de terceiros e pessoa física ou jurídica de
direito privado
Artigo 198
•Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
•I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
•II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
•III - participação da comunidade.
CRIADO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM
EQUIDADE
Obs: Embora não esteja descrito na constituição também consideramos “Equidade” como um
dos princípios do SUS. Equidade significa procurar a justiça na distribuição dos cuidados e
recursos. Recebe mais quem precisa mais.
REDE REGIONALIZADA
Terciário
Secundário
Primário
REDE HIERARQUIZADA
Descentralização x Regionalização
Descentralização – esferas de governo.
Regionalização – divisão territorial para organização da rede
Artigo 198 – Financiamento do SUS
Parágrafo Único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
recurso do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios,além de outras fontes.
SEGURIDADE SOCIAL
Seguridade 
Social
Saúde
Previdência 
Assistência 
Social
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do
sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito
público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos.
§2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
§3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo o tipo de comercialização.
Art 199
Participação 
complementar
Serviços 
públicos
Serviços 
públicos
SUS (UNIVERSAL)
SERVIÇOS 
PRIVADOS 
(SUPLEMENTARES)
Ações e serviços de saúde
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de
interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
Art 200
Art 200
IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para o consumo humano;
Art 200
VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
As Leis Orgânicas do SUS
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.
Lei 8142 de 28 de dezembro de 1990.
Lei 8142
Participação da 
comunidade.
Mecanismos 
de 
transferências 
de recursos 
financeiros
Lei 8080
Organização e 
funcionamento 
dos serviços de 
saúde.
Condições para 
promoção, 
proteção e 
recuperação
LEIS ORGÂNICAS
Lei 8080/90
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
Lei 8080Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de
2013)
Obs: Conceito ampliado de saúde.
Lei 8080
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
Lei 8080 – art 4º
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais,
estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de
insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de
equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em
caráter complementar.
Vigilância Sanitária
§1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes
do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
Vigilância epidemiológica
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravo
Saúde do trabalhador
Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um
conjunto de atividades que se destina, através das ações de
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à
recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
trabalho
Art 7º Princípios e Diretrizes do SUS
“Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados
contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
Princípios e diretrizes
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os
níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em
todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua
integridade física e moral;
Princípios e diretrizes
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços
de saúde e sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de
prioridades, a alocação de recursos e a orientação
programática;
Princípios e diretrizes
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em 
cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
Princípios e diretrizes
X - integração, em nível executivo, das ações de
saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros,
tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
prestação de serviços de assistência à saúde da
população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos
os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a
evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
Lei 8142
Lei 8142
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras
providências
Lei 8142
Art. 1º – O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com
as seguintes instâncias colegiadas:
I- a Conferência de Saúde, e
II- o Conselho de Saúde.
Lei 8142
§1º A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da
política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.
Lei 8142
§2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto
por representantesdo governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários,
atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
Conferências x Conselhos
Conferência de saúde – se reúne a cada 4 anos e propõe diretrizes.
Conselho de saúde – caráter permanente e deliberativo , atua na formulação de estratégias e
no controle da execução da política de saúde
Lei 8142
§4º A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será
paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
Composição paritária
DECRETO No 7.508, DE 
28 DE JUNHO DE 2011
PRODUZIDO POR ISMAEL COSTA ISMAC@GLOBO.COM 
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Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a
organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a
assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.
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Art. 2o Para efeito deste Decreto, considera-se:
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes, (...), com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de
ações e serviços de saúde;
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II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – acordo de colaboração
firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as
ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com
definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde...
III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no
SUS;
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IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os
entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos
humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa
privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos
e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde
articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de
garantir a integralidade da assistência à saúde;
VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para
o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral,
necessita de atendimento especial;
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica – documento que
estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e
demais produtos apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a
serem seguidos pelos gestores do SUS.
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Organização do SUS
Art. 3o O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta,
mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma
regionalizada e hierarquizada.
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Organização do SUS
Art. 5o Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter,
no mínimo, ações e serviços de:
I - atenção primária;
II - urgência e emergência;
III - atenção psicossocial;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V - vigilância em saúde.
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde
observará cronograma pactuado nas Comissões
Intergestores.
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HierarquizaçãoArt. 8o O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde
se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e
hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço.
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Art. 9o São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os
serviços:
I - de atenção primária;
II - de atenção de urgência e emergência;
III - de atenção psicossocial; e
IV - especiais de acesso aberto.
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado nas Comissões
Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas de Entrada às ações e serviços
de saúde, considerando as características da Região de Saúde.
HierarquizaçãoArt. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais
especializados, entre outros de maior complexidade e densidade
tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada.
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HierarquizaçãoArt. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de
saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado
na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no
critério cronológico, observadas as especificidades previstas para
pessoas com proteção especial, conforme legislação vigente.
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Hierarquização
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do
cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos
serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede
de atenção da respectiva região.
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REGRAS
Hierarquização
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as
regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de
saúde na respectiva área de atuação.
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REGRAS
Conceito de atenção básica
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto
de ações de saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e a proteção da
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, redução de danos e a
manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte na
situação de saúde e autonomia das pessoas e nos
determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades.
Conceito de atenção básica
É desenvolvida por meio do exercício de práticas
de cuidado e gestão, democráticas e
participativas, sob forma de trabalho em
equipe, dirigidas a populações de territórios
definidos, pelas quais assume a
responsabilidade sanitária, considerando a
dinamicidade existente no território em que
vivem essas populações.
Conceito de atenção básica
Utiliza tecnologias de cuidado complexas e
variadas que devem auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior
freqüência e relevância em seu território,
observando critérios de risco, vulnerabilidade,
resiliência e o imperativo ético de que toda
demanda, necessidade de saúde ou sofrimento
devem ser acolhidos.
Conceito de atenção básica
É desenvolvida com o mais alto grau de
descentralização e capilaridade, próxima da
vida das pessoas. Deve ser o contato
preferencial dos usuários, a principal porta
de entrada e centro de comunicação da Rede
de Atenção à Saúde.
Conceito de atenção básica
Orienta-se pelos princípios da universalidade,
da acessibilidade, do vínculo, da continuidade
do cuidado, da integralidadeda atenção, da
responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social. A Atenção
Básica considera o sujeito em sua singularidade
e inserção sócio-cultural, buscando produzir a
atenção integral.
Funções da AB na RAS
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de
serviço de saúde com o mais elevado grau de
descentralização e capilaridade, cuja participação
no cuidado se faz sempre necessária;
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades
e demandas de saúde, utilizando e articulando
diferentes tecnologias de cuidado individual e
coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz
de construir vínculos positivos e intervenções
clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva
de ampliação dos graus de autonomia dos
indivíduos e grupos sociais;
Funções da AB na RAS
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir
projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e
organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção
das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os
diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo
cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de
uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo
de produzir a gestão compartilhada da atenção integral.
Articulando também as outras estruturas das redes de
saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
Funções da AB na RAS
IV - Ordenar as redes: reconhecer a
necessidades de saúde da população sob sua
responsabilidade, organizando as
necessidades desta população em relação aos
outros pontos de atenção à saúde,
contribuindo para que a programação dos
serviços de saúde parta das necessidades de
saúde dos usuários.
Processo de trabalho das equipes de 
AB
I - definição do território de atuação e de população (...)
II - programação e implementação das atividades (...)
III - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco (...)
IV - realizar o acolhimento com escuta qualificada, (...)
V - prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
VI - realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, (...)
VII - desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de
saúdedoença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e
coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;
Processo de trabalho das equipes de 
AB
VIII - implementar diretrizes de qualificação dos modelos
de atenção e gestão tais como a participação coletiva
nos processos de gestão, a valorização, (...)
IX - participar do planejamento local de saúde (...)
X - desenvolver ações intersetoriais, (...)
XI - apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão
local e do controle social;
XII - realizar atenção domiciliar destinada a usuários que
possuam problemas de saúde controlados/compensados
e com dificuldade (...)
Atribuições específicas- enfermeiro
I - realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias (...)
II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e
conforme protocolos (...)
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto
com os outros membros da equipe;
V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe
de enfermagem e outros membros da equipe; e
VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS.
Programa nacional de 
imunização
BY ISMAEL COSTA 102
Histórico A técnica da variolação -Essa prática não era isenta de
riscos, trazia consigo uma letalidade de 1% a 2%, contra
cerca de 30% da doença natural.
 A variolação persistiu nos locais mais remotos do
continente asiático e na África até próximo de quando a
varíola foi erradicada.
 A variolação foi introduzida na Europa por Lady Mary
Wortley Montagu, esposa do embaixador britânico junto
ao Império Otomano no início do século XVIII.
 Infecção intencional de leishmaniose cutânea (Ásia
Central).
HistóricoNos Estados Unidos, então colônia britânica, a
variolação foi introduzida pelo Reverendo Cotton
Mather, que aprendeu a técnica com escravos
africanos.
A criação da vacinaFoi com o conhecimento prévio da variolação que Edward
Jenner (1749 – 1823) desenvolveu a vacinação com
material retirado de vacas leiteiras, ao observar que as
ordenhadoras da região do condado de Gloucester
(Inglaterra) eram resistentes à varíola.
Alguns fazendeiros da região, já tendo percebido o fato,
infectavam sua família com material de lesões da varíola
bovina, ou cowpox.
Quadro pintado por Ernest Board em 1915,
aparece Edward Jenner vacinando James
Phipps com material colhido da mão de Sarah
HistóricoNo Brasil, a vacina antivariólica foi introduzida já em 1804, por Felício Caldeira
Brandt, que foi buscar a vacina na Europa a pedido de fazendeiros da Bahia.
A variolação e, posteriormente, a vacinação antivariólica, eram procedimentos
de base empírica, sem fundamentação teórica. Foi somente no final do século
XIX, com o desenvolvimento da microbiologia, que se tornou possível obter
vacinas através de desenvolvimento sistemático em laboratório.
HistóricoAinda que a vacinação como medida de saúde pública remonte ao final do
século XVIII, foi apenas na segunda metade do século XX que a vacinação
ganhou foros de medida de intervenção sistemática, de utilização universal
e com avaliação de eficácia, eficiência e efetividade.
A história das vacinas é centenária, a da vacinação é relativamente recente.
Imunização
FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA 
IMUNE
Idade - No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
Gestação - As gestantes não devem receber vacinas vivas. Nas situações específicas de
profilaxia, estará indicada a imunização passiva.
110
FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA 
IMUNE
Amamentação - A vacina febre amarela não está indicada para mulheres que estejam
amamentando, razão pela qual a vacinação deve ser adiada até a criança completar seis meses
de idade.
Reação anafilática - A reação ocorre nas primeiras duas horas após a aplicação e é
caracterizada pela presença de urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, podendo
evoluir com hipotensão e choque anafilático.
111
FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA 
IMUNE
Pacientes imunodeprimidos -Os pacientes imunodeprimidos – deverão ser avaliados caso a
caso para a administração adequada de imunobiológicos. Tais pacientes não deverão receber
vacinas vivas.
Uso de antitérmico profilático -recomenda-se a sua utilização apenas para as crianças com
história pessoal e familiar de convulsão e para aquelas que tenham apresentado febre maior
do que 39,5ºC ou choro incontrolável após dose anterior de vacina tríplice bacteriana (penta
ou DTP ou DTPa).
112
FATORES RELACIONADOS À VACINA
Via de administração
Dose e esquema de vacinação- De modo geral, as vacinas inativadas necessitam de mais de
uma dose para uma adequada proteção.
Adjuvantes -São substâncias presentes na composição de algumas vacinas e que aumentam a
resposta imune dos produtos que contêm micro-organismos inativados ou seus componentes
(por exemplo: os toxoides tetânico e diftérico).
113
TIPOS DE VACINAS
Vacinas polissacarídicas - Construídas a partir de polissacárides da cápsula envolvente do agente
infeccioso. Não induzem memória imunológica duradoura e não são eficazes em crianças
menores de dois anos.
Conjugadas – polissacarídicas- Conjugam um polissacarídeo da cápsula com uma proteína
transportadora ou “carreadora”. Esta conjugação produz uma resposta imunológica mais eficaz e
capaz de induzir memória duradoura.
TIPOS DE VACINAS
As vacinas recombinantes (gênicas) são feitas a partir de vírus geneticamente manipulados,os
quais contêm genes de outros vírus. Os vírus mais utilizados para a produção da vacina são
aqueles com genoma extenso. Ex: Hepatite B
Toxoide (ou anatoxina) é uma toxina bateriana inativa, à qual, pelo efeito de métodos químicos
ou físicos, é destruída a sua ação tóxica, ficando a ação imunizante específica da toxina. Uma
aplicação dos toxoides é o seu uso como vacinas. Exemplos
Resistência 
natural 
(inespecífica)
Imunidade
(específica
Resistência
Meio 
externo
Organismo
Antígeno Antígeno Anticorpo
Anticorpo Anticorpo
•Natural : Infecção
•Artificial: Vacina
•Natural : Leite materno/via 
placentária
•Artificial: Soros/imunoglobulinas
TIPOS DE IMUNIDADE
RESPOSTA IMUNE
TIPOS DE AGENTES IMUNIZANTES
Vacina inativada: composta por bactérias ou vírus mortos, derivados de agentes infecciosos
purificados e/ou modificados química ou geneticamente.
Vacina atenuada: bactérias ou vírus vivos enfraquecidos, atenuados por múltiplas passagens em
culturas de células. Estas vacinas desenvolvem uma “infecção” e não devem ser aplicadas em
gestantes pelos riscos ao feto.
119
120
Bacterianas Virais
Atenuadas BCG-ID
Cólera-VO
Febre Tifóide-VO
Rotavírus-VO
Sarampo-SC
Caxumba-SC
Rubéola-SC
Varicela-SC
VOP
Febre Amarela-SC
Inativadas Difteria-IM
Tétano-IM
Coqueluche-IM
Hib-IM
Meningocócica-IM
Pneumocócica-IM
Febre Tifóide-IM
Gripe-IM/SC
VIP-IM
Raiva-IM/ID
Hepatite B-IM
Hepatite A-IM
121
Nome Tipos Descrição
IgA 2
Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital,
prevenindo sua colonização por patógenos. É passado para o neonato via aleitamento.
IgD 1
Funciona principalmente como uma receptor de antígeno nas células B virgens. Suas funções são
menos definidas do que as dos outros isotérmicos.
IgE 1
Se liga a alérgenos e ativam os mastócitos - responsáveis pela liberação de histamina- e basófilos.
(Reação de hipersensibilidade Inata)=alergia. Também protege contra parasitas helmintos.
IgG 4
Participa da opsonização; ativação do sistema de complemento (inflamação e fagocitose);
citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpo; Inibição por feedback das células
B. Além de ser o único tipo de Ig que ultrapassa a barreira placentária
IgM 1
Expressa na superfície das células B virgens. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade
mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente - ativação do sistema de complemento.
CONTRA INDICAÇÕES GERAIS PARA VACINAÇÃO
Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações:
a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de
dose anterior; e
história de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos.
122
CONTRA INDICAÇÕES GERAIS PARA 
VACINAÇÃO
Notas:
• A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui
contraindicação à dose subsequente.
• Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica.
• Não indique o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para não
interferir na imunogenicidade da vacina.
123
SITUAÇÕES ESPECIAIS
São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da
vacinação:
• Usuários que fazem uso de terapia com corticosteroides devem ser vacinados com intervalo
de,pelo menos, três meses após a suspensão da droga.
Notas:
• É considerada imunossupressora a dose superior a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente
para crianças e acima de 20 mg/kg/dia para adultos por tempo superior a 14 dias.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças
imunopreviníveis, mas é necessário avaliar cada caso.
• Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, podem receber todas
as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no Crie o mais precocemente possível.
Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de
agentes vivos atenuados.
ADIAMENTO DA VACINAÇÃO
– Tratamento com corticoides em doses imunossupressoras (2 mg/kg/dia em crianças
ou 20 mg/kg/dia em adultos, por mais de 14 dias) ou outras terapêuticas
imunossupressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia). Nesse caso, deve-se
agendar a vacinação para 3 meses após a conclusão do tratamento.
– Durante a evolução de doenças agudas febris.
– O uso de imunoglobulinas também deve adiar a aplicação de algumas vacinas vivas,
como as contra sarampo e rubéola. Deve-se adiar a aplicação de vacinas de sarampo e
rubéola por 3 meses após o fim do tratamento com imunoglobulina, sangue total ou
plasma.
VACINAÇÃO SIMULTÂNEA
 A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo
momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração.
 De um modo geral, as vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas
simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas
FA, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administradas com intervalo de
30 dias.
BY ISMAEL COSTA
127
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
• Doença aguda benigna sem febre
• Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na
idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser
administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg.
• Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação
local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção).
• Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano,
difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola.
• Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente.
BY ISMAEL COSTA 128
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
• Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita.
• Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia
comprovada).
• História de alergia não específica, individual ou familiar.
• História familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão).
• Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral.
BY ISMAEL COSTA 129
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
• Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunossupressora.
• Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica.
• Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem
os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola.
BY ISMAEL COSTA 130
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
• Convalescença de doenças agudas.
• Usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada).
• Internação hospitalar.
• Mulheres no período de amamentação (considere as situações de adiamento para a vacina
febre amarela).
BY ISMAEL COSTA 131
Calendário nacional de vacinação -
2017
132
Idade BCG HEP. B. Penta/DTP VIP/VOP PNEUMO 10 VORH MnC F.A.
Ao nascer dose única dose ao nascer
3 meses 1° dose
5 meses 2° dose
9 meses DOSE ÚNICA
2 meses
1°dose 1° dose (VIP)
4 meses
2°dose 2° dose (VIP)
6 meses
3°dose 3° dose (VIP)
1°dose
2°dose 2°dose
1°dose
Calendário nacional de vacinação -
2017
133
Idade HEP. B. MnC F.A. HPV dT
9 anos
10 a 19 anos
3 doses
(verificar 
situação 
vacinal)
1 reforço ou dose
única (situação
vacinal 12 e 13
anos
1 dose (situação
vacinal)
Vacinas
2 doses 
(meninas de 
9 a 14 anos ) 
(meninos de 
12 e 13 anos)
Reforço a 
cada 10 
anos
Calendário nacional de vacinação -
2017
134
Idade HEP. B. MnC F.A. HPV dT
9 anos
10 a 19 anos3 doses
(verificar 
situação 
vacinal)
1 reforço ou dose
única (situação
vacinal 12 e 13
anos
1 dose (situação
vacinal)
Vacinas
2 doses 
(meninas de 
9 a 14 anos ) 
(meninos de 
12 e 13 anos)
Reforço a 
cada 10 
anos
Calendário nacional de vacinação -
2017
135
Idade HEP. B. F.A. TRI-VIRAL dT
20 a 59 anos
3 doses
(verificar 
situação 
vacinal)
1 dose (situação
vacinal)
2 doses(20 a 29 anos)
1 dose (30 a 49 anos)
de acordo com
situação vacinal
reforço a 
cada 10 
anos
Vacinas
Calendário nacional de vacinação -
2017
136
Idade HEP. B. F.A. dT influenza
60 anos e mais
3 doses
(verificar 
situação 
vacinal)
1 dose (situação
vacinal)
reforço a cada 10 
anos
dose anual- 
campanha
Idade HEP. B. dT dTPa
gestantes
3 doses
(verificar 
situação 
vacinal)
3 doses ou mais 
(de acordo com 
situação vacinal
1 dose a cada
gestação a partir da
20° semana
Vacinas
Vacinas
BCG
•Crianças prematuras e baixo peso-
contra-indicação.
•Revacinar após 6 meses se não fizer 
cicatriz
•HIV – idade limite 18 meses, entre 
18 meses e 4 anos (só com sorologia 
negativa).
Hepatite B
Faixa Etária- até 1 mês de vida –
4 doses (0,2,4,6). 1º dose mono, 
subsequentes Penta.
De 1 mês até 4 anos – 3 doses de 
penta (intervalo de 60 dias) , 
(0,2,4).
Acima de 5 ANOS – 3 doses de 
HepB mono valente (0,1,6).
Grupos Vulneráveis
Dose: 0,5 mL até os 19 anos de 
idade e 1mL a partir de 20 anos, 
via intramuscular.
PENTA
Esquema: Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade, com
intervalo de 60 dias entre as doses.
Dose: 0,5mL, via intramuscular.
DTP + HIB + HEP B
DTP
Reforço: Administrar 2 (dois) 
reforços, o primeiro aos 15 meses 
de idade e o segundo aos 4 (quatro) 
anos de idade.
Dose: 0,5mL, via intramuscular.
DTP
VIP-VOP
2 , 4 e 6 meses –VIP; 15 e 4 anos - VOP
Reforço: Administrar o primeiro reforço aos 15
meses de idade e o segundo reforço aos 4
anos de idade.
Dose: VOP-duas gotas, exclusivamente por via
oral. VIP – 0,5 ml IM
PNEUMO 
10
Esquema: Administrar 2(duas) doses aos 2 (dois), 
4 (quatro) e meses de idade, com intervalo de 60 
dias entre as doses, em crianças menores de 1 
(um) ano de idade.
Dose: 0,5mL, via intramuscular.
Particularidades: Reforço aos 12 meses até os 4 
anos.
Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 
anos que não fizeram o reforço ou que perderam a 
oportunidade de serem vacinadas.
Idade mínima 1º dose Idade máxima
1 m e 15 dias 2 meses 3 m e 15 dias
Idade mínima 2º dose Idade máxima
3 m e 15 dias 4 meses 7 m e 29 dias
VORH
MENINGO C
Esquema: Administrar 2 (duas) doses, aos 3 (três) e 5 (cinco) meses de idade, com intervalo de
60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.
Reforço: Particularidades: Reforço aos 12 meses até os 4 anos. 2° Reforço entre 12 e 13 anos.
Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que
perderam a oportunidade de serem vacinadas.
FEBRE AMARELA
A vacina febre amarela deve ser feita aos 9 meses de idade dose única, visando resgatar as
potenciais falhas primárias e secundárias da vacina em lactentes.
Para pessoas que viajam para áreas endêmicas, será realizada uma única dose 10 dias antes da
viagem.
TRI-VIRAL
– Esquema (2017): Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina com
componente sarampo, caxumba e rubéola.
Para indivíduos de 20 a 29 anos de idade: administrar 2 doses, conforme situação vacinal
encontrada.
Para pessoas entre 30 e 49 anos considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de vacina
com componente sarampo, caxumba e rubéola, ou sarampo e rubéola, aplicar uma dose caso
não tenha sido vacinada.
TRI-VIRAL
Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até 1 ( um) mês após a vacinação. Em situação
de bloqueio vacinal em crianças menores de 12 meses, administrar 1 (uma) dose entre 6 (seis)
meses e 11 meses de idade e manter o esquema vacinal.
TETRA VIRAL
– Esquema: Administrar 1 dose, aos 15 meses de idade, a crianças que já tenham recebido a 1ª
dose da vacina tríplice viral (corresponde a uma dose de varicela e a 2ª dose da tríplice viral).
Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o reforço ou que
perderam a oportunidade de serem vacinadas.
Dose: 0,5 mL, subcutânea.
dT – Dupla Adulto
Reforço: Indivíduos a partir de 7 (sete) anos de idade, com esquema vacinal completo (3 (três)
doses) para difteria e tétano, administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos.
Em todos os casos após completar o esquema, administrar reforço a cada 10 anos. Em casos de
ferimentos graves, comunicantes de casos de difteria ou gestação, antecipar a dose quando a
última foi administrada há mais de 5 (cinco) anos.
Dose: 0,5mL, via intramuscular.
INFLUENZA - GRIPE
PNEUMO 23
Esquema: Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a
Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e ou em
instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas
de repouso. Administrar 1 (uma) dose adicional 5 (cinco) anos após a dose inicial, uma única
vez.
Hepatite A
Esta vacina foi incluída no calendário vacinal em 2014. Consta de 1 dose a ser aplicada aos 15
meses de idade. Obs (2017) : aplicar uma dose em crianças de 2 a 4 anos que não fizeram o
reforço ou que perderam a oportunidade de serem vacinadas.
HPV
Vacina HPV –Indicado para meninas de 9 a 14 anos. Adolescentes com 14
anos de idade poderão iniciar o esquema vacinal, desde que o complete
até 15 anos, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
Aplicar 2 doses com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda.
Mulheres e homens HIV + fazem esquema de 3 doses (0,2 e 6 meses) e
podem ser vacinadas até os 26 anos.
HPV
A vacina é quadrivalente e protege contra os sorotipos 6,11,16,18. Obs:
2017 – Meninos de 12 e 13 anos devem ser também vacinados. * Até 2020,
a faixa etária masculina será ampliada gradativamente para meninos a
partir de nove anos de idade.
dTPa
Vacina dTPa – Vacina dTPa – (Informe Técnico para Implantação da Vacina Adsorvida Difteria,
Tétano e Coqueluche Pertussis Acelular Tipo adulto – dTpa, 2014)
A vacina tipo adulto-dTpa é disponibilizada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação e
poderá ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto e profissionais de saúde
que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal (UTI/UCI neonatal). Obs:
(2017):Mulheres que não vacinaram na gestação devem ser vacinadas no puerpério o mais
rapidamente possível.
Vacina Composição Contra-indicações Estabilidade
BCG
BCG (bacilo de Calmette & Guérin) liofilizado Peso menor de 2 kg, AIDS. 6h, a luz solar inativa a BCG.
Hepatite B
Partículas virais, hidróxido de alumínio como
adjuvante e o timerosal como conservante
Reação anafilática sistêmica O congelamento inativa a vacina.
Depois de aberto o frasco-ampola de
múltiplas doses, a vacina poderá ser
utilizada durante do prazo de
validade.
VOP
Contém os três tipos de poliovírus atenuados
(tipos I,II e III).
Diarréia e vomito (na rotina)
VORH
Vírus isolados de humanos e atenuados Gastroenterite (internação) Caso a mesma não seja administrada
imediatamente, deve ser mantida
entre _ 2°C e + 8°C e desprezada após
24 horas
HlB
Polissacarídeo capsulas – PRP- (poliribosil-
ribitol-fosfato), conjugado quimicamente a
uma proteína carreadora.
Reação anafilática sistêmica
Febre amarela
Vírus vivos atenuados, apresentada sob a
forma liofilizada.
Alergia anafilática ao ovo 4h
Tri-Viral
Vírus vivos atenuadoscontra o sarampo, a
caxumba e a rubéola.
Alergia anafilática ao ovo,
gravidez, uso de imunoglobina
(3m anteriores)
8h
DTP
Toxóide diftérico, toxóide tetânico e
Bordetella pertussis inativada em
suspensão, tendo como adjuvante
hidróxido ou fosfato de alumínio.
Criança com 7 anos ou +
Doença neurológica ativa,
reação grave à doses
anteriores.
dT
Toxóide diftérico e toxóide tetânico,
tendo como adjuvante hidróxido ou
fosfato de alumínio
Anafilática sistêmica grave
seguindo-se à aplicação de
dose anterior; síndrome de
Guillain-Barré nas seis
semanas após a vacinação
contra difteria e/ou tétano
anterior.
Pneumo 10conj
Polissacarídeo de pneumococos
conjugados. Adjuvante de alumínio
Reação anafilática sistêmica
Meningo C conj
Polissacarídeo do Mn C conjugado a
toxóide tetânico. Adjuvante de hidróxido
de alumínio.
Reação anafilática sistêmica
Anti-Influenza
Utilizam-se dois tipos de vacinas
inativas contra influenza: vacinas de
vírus de fracionados; vacinas de
subunidades. Trivalentes (2 vírus tipo A
e 1 tipo B). Na composição das vacinas,
entram antibióticos como a neomincina
ou polimixina e podem conter timerosal
como conservante
História de anafilaxia a
proteínas do ovo ou a outros
componentes da vacina
Pneumo 23
É constituída de uma suspensão de
antígenos polissacarídeos purificados,
com 23 sorotipos de pneumococo, em
solução salina e conservada por fenol.
Reação anafilática sistêmica
Raiva
Cultivo celular (inativada) Reação anafilática sistêmica
IMUNIZAÇÃO CONTRA TÉTANO EM CASO DE FERIMENTO
162
IMUNIZAÇÃO CONTRA RAIVA
COMPOSIÇÃO - A vacina é produzida em culturas distintas de células (diploides humanas,
células Vero, células de embrião de galinha, entre outras) com cepas de vírus Pasteur (PV) ou
Pittman-Moore (PM), inativados pela betapropriolactona.
Indicação:
1. PRÉ-EXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que, por força de suas atividades, estão
permanentemente expostos ao risco da infecção pelo vírus.Também está indicada para
indivíduos com risco de exposição ocasional ao vírus.
IMUNIZAÇÃO CONTRA RAIVA
2. PÓS-EXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que sofreram mordedura, arranhadura e
lambedura de mucosa provocadas por animais transmissores da doença.
3. REEXPOSIÇÃO ao vírus rábico em indivíduos que já tenham recebido profilaxia anteriormente.
PRÉ-EXPOSIÇÃO
Na pré-exposição, ou seja, quando for indicada a administração da vacina antes do contato com
o vírus da raiva, o esquema é de três doses: no dia zero, no 7º e no 28º dias. O controle
sorológico é uma exigência básica para a correta avaliação do indivíduo vacinado.
Quando o indivíduo realizou a profilaxia de pré-exposição e for exposto ao vírus da raiva, a
conduta a ser adotada é a seguinte:
PRÉ-EXPOSIÇÃO
Caso apresente comprovação sorológica com títulos protetores (maiores ou iguais a 0,5 UI/mL),
não administre a vacina.
Caso não apresente comprovação sorológica ou o título seja inferior a 0,5 UI/mL, aplique uma
dose e realize o teste sorológico a partir 14º dia após a vacinação.
OBSERVAÇÕES
(2) Avalie, sempre, os hábitos do cão e do gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas
do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou pelo gato, que, com certeza, não têm
risco de contrair a infecção rábica. Se o animal for procedente de área de raiva controlada, não
é necessário iniciar o esquema.
OBSERVAÇÕES
(3) O soro deve ser infiltrado dentro e ao redor da(s) lesão(ões). Quando não for possível
infiltrar toda a dose, aplique o máximo possível. A quantidade restante, a menor possível,
aplique pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplique em local
anatômico diferente daquele em que foi aplicada a vacina. Quando as lesões forem muito
extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída em soro fisiológico em quantidade suficiente
para que todas as lesões sejam infiltradas.
OBSERVAÇÕES
(4) Nos casos em que se conhece tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou
quando não há soro disponível no momento, aplique a dose recomendada de soro no máximo
em até sete dias após a aplicação da 1ª dose de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da
aplicação da 3ª dose da vacina. Após esse prazo, o soro não é mais necessário.
(5) Nas agressões por morcegos ou qualquer espécie de animal silvestre, deve-se indicar soro
vacinação independentemente da gravidade da lesão ou indicar conduta de reexposição.
RE-EXPOSIÇÃO
EAPV
Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum
imunobiológico.
Um evento que está temporalmente associado ao uso da vacina, nem sempre tem relação
causal com ela.
A grande maioria dos eventos são locais e sistêmicos leves, por isso as ações de vigilância são
voltadas para os eventos moderados e graves. Em raríssimas situações, o óbito pode ser em
decorrência da vacinação.
BY ISMAEL COSTA 172
EAPV
De acordo com o tipo de manifestação: locais ou sistêmicos.
Quanto à gravidade:
A. Evento adverso grave (EAG): são consideradas graves as situações apresentadas a
seguir:
a. Requer hospitalização por pelo menos 24 horas ou prolongamento de hospitalização
já existente. b. Causa disfunção significativa e/ou incapacidade persistente (sequela). c.
Resulte em anomalia congênita. d. Causa risco de morte (ou seja, induz à necessidade
de uma intervenção clínica imediata para evitar o óbito). e. Causa o óbito.
B. Evento adverso não grave (EANG): qualquer outro evento que não esteja incluído
nos critérios de evento adverso grave (EAG).
BY ISMAEL COSTA 173
BY ISMAEL COSTA 174
Vacina locais sistêmicos
BCG Locais: úlceras, abcessos, linfoadenopatia,
,quelóide, Raro: reação lupóide
Lesões por disseminação: cutâneas,
osteocarticulares, linfonodos, em um
único órgão.
HepB dor, rubor, enduração. febre, fadiga ,tontura, cefaléia.A
púrpura trombocitopênica idiopática
após a vacina contra hepatite B é um
evento raro cuja relação causal é difícil
de ser comprovada
DTP-HiB-HB Rubor, calor, dor,endurecimento local febre,sonolência, choro persistente,
anorexia,vômito, irritabilidade, apnéia.
Raros: convulsões, EHH,encefalopatia,
anafilaxia
Pneumo 10 eritema, enduração e dor. irritabilidade, sonolência
Meningo C eritema, enduração e dor. febre baixa e irritabilidade
BY ISMAEL COSTA 175
Vacina locais sistêmicos
Febre Amarela dor no local da injeção Febre, cefaléia e mialgia. Rara:
Encefalite e Doença Viscerotrópica
Aguda (DVA)
Rotavirus ***** Invaginação intestinal
VOP ***** Poliomielite associada à vacina
VIP eritema, enduração e dor. febre (rara)
Tri-viral ardência de curta duração, eritema, hiperestesia,
enduração e linfadenopatia regional, nódulo ou
pápula com rubor
Febre, cefaléia, exantema,
linfoadenopatia, raros: meningite ,
encefalite, PEESA, púrpura e artralgia
Influenza eritema e enduração Febre, mal-estar e mialgia.Raros:
síndrome de Guillan-Barre
BY ISMAEL COSTA 176
Vacina locais sistêmicos
Raiva Humana dor, prurido, edema, enduração e pápulas
urticariformes
Febre, mal-estar, cefaléia,
náuseas, dor abdominal, dores
musculares e tonturas
dT ou DT Dor, Rubor, edema. Raro: reação de Arthur Febre, cefaléia, irritabilidade,
anorexia. Raros: síndrome de
Guillan-Barre
Varicela eritema, enduração e dor. exantema similar ao da varicela
(mais comum em
imunodeprimidos)
OBSERVAÇÕES
1-EHH caracteriza-se por quadro clínico de palidez, diminuição ou desaparecimento do tônus
muscular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos de instalação súbita, que pode
ocorrer até 48 horas após a aplicação da vacina.
2-Invaginação intestinal- Invaginação é uma forma de obstrução intestinal, em que um
segmento do intestino penetra em outro segmento.
Fenômeno de Artus – Intensaresposta inflamatória
PEESA-Paeencefalite esclerosante sub-aguda
BY ISMAEL COSTA 177
Vacinação de profissionais de saúde
Esquema de hepatite B para profissionais de saúde.
Estes profissionais podem ser vacinados contra a Hepatite B sem fazer teste sorológico prévio.
Recomenda-se a sorologia um a dois meses após a última dose do esquema vacinal, para
verificar se houve resposta satisfatória à vacina (Anti-HBs > 10UI/mL) para todos esses
profissionais.
REDE e CADEIA de FRIO
180
INSTÂNCIAS DA REDE
– Nacional: A instância nacional é representada pela Coordenação-geral do PNI
(CGPNI), unidade gestora, estrutura técnico-administrativa da Secretaria de Vigilância
em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), sendo responsável pelas seguintes
atividades de imunização desenvolvidas pelas equipes técnicas especializadas.
– Estaduais: A instância estadual organiza-se em 27 centrais estaduais de
armazenamento e distribuição de imunobiológicos, geralmente localizadas nas
capitais das unidades federadas do Brasil e sob responsabilidade técnico-administrativa
das coordenações estaduais de imunizações das secretarias estaduais de saúde.
INSTÂNCIAS DA REDE
– Regional: A instância regional incorpora as Centrais Regionais de Rede de Frio
(CRRFs) que estão subordinadas às secretarias estaduais de saúde, ocupando posição
estratégica para distribuição. Em relação aos municípios de sua abrangência, assumem
responsabilidades compatíveis com as centrais estaduais, observada a estrutura
hierarquizada da rede de frio.
– Municipal: Nesta instância, encontra-se a Central Municipal de Rede de Frio (CMRF),
incluída na estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde. Tem como
atribuições o planejamento integrado e o armazenamento de imunobiológicos
recebidos da instância estadual/regional para utilização na sala de vacinação.
INSTÂNCIAS DA REDE
– Local: É a instância destinada às atividades operacionais de vacinação; está em
contato direto com o usuário final desta cadeia. A sala de vacinação (SV) representa a
instância final da rede de frio, sendo responsável exclusivamente pelos
procedimentos de vacinação de rotina, campanhas, bloqueios e intensificações.
Considerada as suas atribuições, as salas localizam-se em unidades/serviços da Rede de
Atenção Básica de Saúde e em hospitais que ocupam posição estratégica em relação à
rede de frio.
*Observação: Segundo o manual de 2013, 
por não atender aos critérios de 
segurança e qualidade, o refrigerador de 
uso doméstico não é mais recomendado 
para o armazenamento de 
imunobiológicos. 
As instancias que ainda utilizam tais 
equipamentos devem proceder, no 
menor prazo possível, a substituicão
gradativa por câmaras refrigeradas 
cadastradas pela Anvisa.
ORIENTAÇÕES PARA ESCOLHA DO 
EQUIPAMENTO
Compatibilizar o equipamento (dimensões e configuração: vertical ou horizontal) com o
espaço disponível.
Operar, na faixa de temperatura entre +2ºC e +8ºC, as câmaras refrigeradas para
imunobiológicos.
Operar, na faixa de - 25ºC a - 15ºC, o freezer científico para imunobiológicos.
Ter sistema de ventilação por circulação de ar forçado e temperatura uniformemente
distribuída em todos os compartimentos.
Possuir, preferencialmente, registrador gráfico contínuo de temperatura.
ORIENTAÇÕES PARA ESCOLHA DO 
EQUIPAMENTO
Dispor de controlador de alta e baixa temperatura com indicador visual e alarme
audiovisual, com bateria.
Recomendável porta de vidro com sistema antiembaçante.
Porta com vedação de borracha e fechamento magnético.
Recomendável alarme sonoro e/ou visual para indicação de porta aberta.
Recomendável sistema de rodízios com freio diagonal.
Desejável entrada para conexão com computador para transferência dos registros e
armazenamento.
Especificar tensão de alimentação do equipamento, compatível com a tensão local.
Utilização de termômetros
– Em todas as instâncias da rede de frio, o controle da temperatura é feito pela
verificação em termômetros.
– Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos ou volantes, bem como no
transporte, os imunobiológicos devem ser conservados entre +2ºC e +8ºC (ideal 5°C).
Para controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros: de máxima e
mínima, linear e de cabo extensor.
– A temperatura dos equipamentos é verificada, pelo menos, duas vezes ao dia, no
início e no final do dia de trabalho.
A cada verificação, a temperatura lida deve ser registrada no Formulário de Controle de
Temperatura (BRASIL, 2007).
TIPOS DE TERMÔMETROS
- Termômetro de máxima e mínima: permite
verificar as variações de temperatura.(...)Deve ficar
na prateleira central em posição vertical e ser zerado
após cada verificação de temperatura.
- Termômetro linear: é utilizado principalmente para
verificar a temperatura de caixa térmica que esteja
acondicionando imunobiológicos. Deve ser
introduzido entre as vacinas.
Tipos de termômetros
- termômetro de cabo extensor: também é utilizado para
verificação de temperatura de caixas térmicas (na rotina
do dia, na limpeza do refrigerador e no transporte de
imunobiológicos). O sensor é introduzido entre as vacinas
e o visor do termômetro é afixado sobre a tampa da caixa.
-Termômetro a laser: É um equipamento de alta
tecnologia, utilizado principalmente para a verificação de
temperatura dos imunobiológicos nos volumes (caixas
térmicas), recebidos ou expedidos em grandes
quantidades.
Sala de vacinação
“A Sala de Vacinação (SV) representa a instância final da Rede de Frio, sendo
responsável exclusivamente pelos procedimentos de vacinação de rotina, campanhas,
bloqueios e intensificações.
Recomenda-se a utilização de freezers exclusivos para guarda das bobinas
reutilizáveis, em número suficiente às demandas locais. É recomendada, também, a
climatização da sala de vacinação (aparelhos de ar-condicionado, para clima quente,
e aquecedores, para clima frio), de forma a minimizar os riscos indesejados de
alterações de temperatura dos imunobiológicos”. (Manual da rede de frio, 2013 p. 16)
Vacinas que podem congelar (Manual da rede de frio – 2013) -25° a -15° (freezer)
Febre Amarela e VOP
PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Manter o equipamento fechado até que a corrente seja reativada ou que se verifique o tipo de
problema.
Quando o defeito identificado não for solucionado em até seis horas, providenciar para que os
imunobiológicos sejam colocados em caixas térmicas, mantendo a temperatura ente +2ºC e
+8ºC, até que sejam transferidos para outro equipamento em um serviço ou na instância mais
próxima.
193
PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
- O prazo de quatro a seis horas só deve ser tolerado quando o refrigerador:
a) está funcionando em perfeitas condições;
b) tem vedação perfeita da borracha da porta;
c) tem controle diário de temperatura;
d) contém gelo reciclável, sacos plásticos ou recipientes com gelo no evaporador;
e) contém garrafas com água na última prateleira.
194
SOB SUSPEITA
Ao colocar um imunobiológico sob suspeita são adotadas as seguintes providências:
a) suspender a utilização dos produtos sob suspeita, mantendo-os em refrigeração
adequada; b) registrar no formulário para solicitação de re-teste de imunobiológicos as
seguintes informações: lote, quantidade, validade, apresentação, laboratório produtor,
local e condições de armazenamento;
c) descrição do problema identificado; d) a alteração de temperatura verificada e outras
informações sobre o momento da detecção do problema; e) contatar a instância da
rede de frio imediatamente superior;
f) discutir o destino a ser dado ao imunobiológico;
195
INUTILIZAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS
As sobras diárias de imunobiológicos na sala de vacinação, compostos por microorganismos
vivos, devem ser submetidas a descaracterização física utilizandoautoclaves durante 15
minutos, à temperatura de 127ºC, estufa por 30 minutos a 120° C. ou utilizando qualquer
outro processo de inativação de microorganismos de eficácia comprovada cientificamente.
ATENÇÃO: Em ambos os processos os frascos não precisam ser abertos.
TUBERCULOSE
Epidemiologia
• A TB continua sendo um importante problema de saúde mundialmente,
exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle
considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública.
• A relevância da magnitude da TB pode ser evidenciada pelas estimativas
da OMS para o ano de 2007 :
• Casos novos no mundo: 9,27 milhões. A maioria destes casos estaria nas
regiões da Ásia (55%) e da África (31%), enquanto as regiões do
Mediterrâneo Oriental (6%), Europa (5%) e Américas (3%) teriam os
menores percentuais. Apesar do aumento no número de casos novos, a
taxa de incidência global vem diminuindo lentamente (menos de 1% ao
ano), sendo estimada uma taxa de 139 casos por 100.000 hab. Houve
declínio em 5 das 6 regiões da OMS e somente a Europa manteve a sua
taxa estável.
198
Agente etiológico
• A tuberculose pode ser causada por
qualquer uma das sete espécies que
integram o complexo Mycobacterium
tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis,
M. africanum, M. canetti, M. microti, M.
pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do
ponto de vista sanitário, a espécie mais
importante é a M. tuberculosis. O M.
tuberculosis (também conhecido como
bacilo de Koch) é um bacilo álcool-ácido
resistente (BAAR), fino, ligeiramente
encurvado, que possui de 1 a 4 micra de
comprimento.
199
Agente etiológico
200
Reservatórios
201
O principal
reservatório é o ser
humano. Outros
possíveis
reservatórios são
gado bovino,
primatas, aves e
outros mamíferos.
Modo de transmissão
• A tuberculose é transmitida de
pessoa a pessoa, principalmente
através do ar. A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de um
doente de tuberculose pulmonar
bacilífera lança no ar gotículas, de
tamanhos variados, contendo no
seu interior o bacilo.
By Ismael Costa
202
Período de incubação
• Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem,
em média, 4 a 12 semanas para a detecção das
lesões primárias. A maioria dos novos casos de
doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses
após a infecção inicial.
• A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado,
e de que essa infecção evolua para a doença,
depende de múltiplas causas, destacando-se,
dentre estas, as condições socioeconômicas e
algumas condições médicas (diabetes mellitus,
silicose, uso prolongado de corticosteróide ou
outros imunossupressores, neoplasias, uso de
drogas e infecção pelo HIV).
By Ismael Costa
203
By Ismael Costa
204
Período de transmissibilidade
• A transmissão é plena enquanto o doente com a
forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera
eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.
• Com o esquema terapêutico recomendado, a
transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis
insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.
• As crianças com tuberculose pulmonar geralmente
não são infectantes.
By Ismael Costa
205
Detecção de casos
• A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente a totalidade dos casos.
• Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja
baciloscopia de escarro é positiva, são a
principal fonte de infecção.
• Doentes de tuberculose pulmonar com
baciloscopia negativa, mesmo que tenham
resultado positivo à cultura, são muito menos
eficientes como fontes de transmissão,
embora isto possa ocorrer. As formas
exclusivamente extrapulmonares não
transmitem a doença.
By Ismael Costa
206
DEFINIÇÃO DE CASO
Suspeito
Indivíduo com tosse por 3 semanas ou mais (sintomático respiratório) e/ou
outros sinais e sintomas, como febre vespertina, sudorese noturna,
emagrecimento, inapetência, com imagens radiológicas compatíveis com a
doença é considerado caso suspeito e, portanto, deve ser investigado para
tuberculose.
O sintomático respiratório, por definição, é toda pessoa que tem tosse
por 3 ou mais semanas. Nas populações especiais, a suspeita de
tuberculose surge com pontos de corte diferenciados para o tempo de
tosse:
privados de liberdade – duas semanas ou mais; e
PVHA, indígenas, pessoas em situação de rua independentemente do
tempo do sintoma.
BY ISMAEL COSTA 207
DEFINIÇÃO DE CASO
Confirmado
Critério laboratorial – todo caso que, independentemente da forma clínica, 
apresenta pelo menos uma amostra positiva de baciloscopia, ou de 
cultura, ou de TRM-TB.
Critério clínico-epidemiológico – todo caso que não preenche o critério de 
confirmação laboratorial acima descrito, mas que recebeu o diagnóstico 
de tuberculose ativa. Essa definição leva em consideração dados clínico-
epidemiológicos associados à avaliação de outros exames complementares 
(como os de imagem, histológicos, entre outros).
BY ISMAEL COSTA 208
TDO (DOTS)
• O tratamento diretamente
observado constitui uma mudança
na forma de administrar os
medicamentos, sem mudanças no
esquema terapêutico: o
profissional treinado passa a
observar a tomada da medicação
do paciente desde o início do
tratamento até a sua cura.
By Ismael Costa
209
Estratégia Operacional
• Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos)
deve realizar o tratamento diretamente observado.
• Para a implementação do tratamento diretamente
observado, devem-se considerar as seguintes
modalidades de supervisão:
• Domiciliar: observação realizada na residência do
paciente ou em local por ele solicitado.
• Na Unidade de Saúde – observação em unidades de
ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou
Hospitais.
• Prisional: observação no sistema prisional.
• Compartilhada: quando o doente recebe a consulta
médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em
outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao
seu domicílio ou trabalho.
By Ismael Costa
210
TDO
• O TDO consiste na observação diária da ingestão dos
medicamentos (...), por, no mínimo, 3 observações semanais
do início ao fim (24 ingestões observadas na fase intensiva e
48 na fase de manutenção).
• Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a
observação seja realizada por uma pessoa da família, de
equipamentos da assistência social ou da comunidade,
capacitados por profissional da equipe de saúde.
• Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu
responsável semanalmente para monitorar o tratamento, com
atenção reforçada, uma vez que são menores as taxas de cura e
maior o abandono quando um familiar faz a observação.
By Ismael Costa
211
TDO
• O local e o horário da administração
do medicamento devem estar de
acordo com as necessidades do
usuário, e nunca do serviço.
• Os medicamentos deverão ser
administrados uma única vez ao dia
e, apesar da melhor absorção ser
obtida com ingestão em jejum,
podem ser administrados em
qualquer horário, mesmo durante
refeições.
By Ismael Costa
212
Diagnóstico
• A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode
acometer uma série de órgãos e/ou sistemas.
• A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais
freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública,
pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da
doença.
• A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal
estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a
detecção precoce das formas pulmonares.
By Ismael Costa
213
BY ISMAEL COSTA
• TB pulmonar:
• Pode se apresentar sob a forma primária, pós-
primária (ou secundária) ou miliar. Os
sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse
persistente, produtiva ou não (com muco e
eventualmente sangue), febre vespertina,
sudorese noturna e emagrecimento.By Ismael Costa
215
• TB pulmonar primária - É mais comum em crianças
e clinicamente apresenta-se, na maior parte das
vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta
irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna,
inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo.
By Ismael Costa
216
• TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer
idade, mas é mais comum no adolescente e adulto
jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou
produtiva.
• A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou
sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não
costuma ultrapassar os 38,5º C.
• A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame
físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e
emagrecimento, embora indivíduos com bom estado
geral e sem perda do apetite também possam ter TB
pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar
diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou
mesmo ser normal.
By Ismael Costa
217
• TB miliar – A denominação é vinculada ao aspecto
radiológico pulmonar. É uma forma grave de
doença e ocorre em 1% dos casos de TB em
pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos
casos em pacientes HIV soropositivos, em fase
avançada de imunossupressão.
• A apresentação clínica clássica é a aguda, mais
comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas
são febre, astenia e emagrecimento, que em
associação com tosse ocorrem em 80% dos casos.
O exame físico mostra hepatomegalia (35% dos
casos), alterações do sistema nervoso central (30%
dos casos) e alterações cutâneas do tipo
eritemato-máculo-papulo-vesiculosas.
By Ismael Costa
218
• A forma pulmonar, além de ser mais frequente (85,5%
dos casos novos de tuberculose em 2012), é também a 
mais relevante para a saúde pública, especialmente a 
positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável 
pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
• Entretanto, não raramente (em 14,5% dos casos em 
2012), a tuberculose manifesta-se sob diferentes 
apresentações clínicas, que podem estar relacionadas 
com idade, imunodepressão e órgão acometido.
By Ismael Costa
219
• TB extrapulmonar
• As apresentações
extrapulmonares da TB têm
seus sinais e sintomas
dependentes dos órgãos e/ou
sistemas acometidos. Sua
ocorrência aumenta entre
pacientes com aids,
especialmente entre aqueles
com imunocomprometimento
grave.
By Ismael Costa
220
Exame bacteriológico
• Exame microscópico direto - baciloscopia direta
• Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por
todo laboratório público de saúde e pelos laboratórios
privados tecnicamente habilitados. A pesquisa do bacilo
álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen
é a técnica mais utilizada em nosso meio.
• A baciloscopia do escarro, desde que executada
corretamente em todas as suas fases, permite detectar de
60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é
importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos
bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de
transmissão
By Ismael Costa
221
• A baciloscopia direta deve ser solicitada aos pacientes que
apresentem:
• Critérios de definição de sintomático respiratório (exame de
escarro);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse (exame de escarro);
• Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em materiais
biológicos diversos).
By Ismael Costa
223
• A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no
mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da primeira
consulta, e outra, independentemente do resultado
da primeira, na manhã do dia seguinte,
preferencialmente ao despertar.
• Nos casos em que há indícios clínicos e radiológicos de
suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico
apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas
amostras adicionais.
By Ismael Costa
224
Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características:
descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura
de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A identificação (nome do paciente e data da coleta) deve
ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou
caneta com tinta indelével.
BY ISMAEL COSTA
COLETA
Local da coleta – As amostras devem ser coletadas em local aberto, de preferência ao ar livre
ou em condições adequadas de biossegurança.
Orientação ao paciente –
1. Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está
devidamente identificado (nome do paciente e a data da coleta no corpo do pote).
BY ISMAEL COSTA
COLETA
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem
a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a
tosse. Repetir esta operação até obter três eliminações de escarro, evitando que ele escorra
pela parede externa do pote.
3. Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para
cima, cuidando para que permaneça nesta posição.
BY ISMAEL COSTA
COLETA
4. Orientar o paciente a lavar as mãos.
5. Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou unidade de saúde,
esta poderá ser conservada em geladeira comum até no máximo sete dias.
BY ISMAEL COSTA
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
As amostras clínicas devem ser enviadas e processadas no laboratório imediatamente após a
coleta. As unidades de saúde deverão receber, a qualquer hora de seu período de
funcionamento, as amostras coletadas no domicílio e conservá-las sob refrigeração até o seu
processamento.
Para o transporte de amostras devem-se considerar três condições importantes:
refrigeração;
proteção contra a luz solar; e
acondicionamento adequado para que não haja risco de derramamento.
BY ISMAEL COSTA
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
Para transportar potes de escarro de uma unidade de saúde para outra, recomenda- se a
utilização de caixas de isopor com gelo reciclável ou cubos de gelo dentro de um saco plástico.
As requisições dos exames devem ser enviadas com o material, fora do recipiente de
transporte.
BY ISMAEL COSTA
Cultura 
• A cultura para micobactéria é indicada nos
seguintes casos:
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com
baciloscopia repetidamente negativa;
• Suspeitos de TB com amostras paucibacilares
(poucos bacilos);
• Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da
amostra (por exemplo crianças);
• Suspeitos de TB extrapulmonar;
• Casos suspeitos de infecções causadas por
Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes
casos o teste de sensibilidade pode ser feito com
MIC).
By Ismael Costa
232
Cultura + teste de sensibilidade
• Contatos de casos de tuberculose resistente;
• Pacientes com antecedentes de tratamento prévio
independentemente do tempo decorrido;
• Pacientes imunodeprimidos, principalmente
portadores de HIV;
• Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês
de tratamento;
• Falência ao tratamento antiTB .
• Em investigação de populações com maior risco de
albergarem cepa de M.tuberculosis resistente
(profissionais de saúde, população de rua, privados de
liberdade, pacientes internados em hospitais que não
adotam medidas de biossegurança e instituições de
longa permanência) ou com difícil abordagem
subseqüente (indígenas).
By Ismael Costa
233
• A técnica do escarro induzido,
utilizando nebulizador
ultrassônico e solução salina
hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%),
pode ser usada em pacientes com
forte suspeita de tuberculose
pulmonar e sem adequado
material proveniente da árvore
brônquica, tanto para a
baciloscopia direta como para a
cultura.
By Ismael Costa
234
Exame radiológico
• Deve ser solicitada para todo o paciente com
suspeita

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