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DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL Seja bem-vindo Os professores responsáveis pela organização e seleção dos conteúdos desta disciplina são profissionais reconhecidos por seu mérito na área específica desse conhecimento e responsáveis pela seleção de fontes de pesquisas relevantes sobre os temas que formam as trilhas de aprendizagem, que norteará você na experiência de uma leitura guiada para sua aprendizagem. A boa notícia é que seguindo este roteiro de estudos, você encontra a informação necessária para que possa aprender os conteúdos e conseguir sucesso nessa disciplina. Não esqueça! O estudo guiado exige a auto responsabilidade do estudante pelo seu percurso de aprendizagem, mas você será acompanhado, permanente por professores e tutores para colaborar no seu percurso de aprendizagem. UNIDADE I: A ERA DOS DIREITOS DE BOBBIO: ENTRE A HISTORICIDADE E A ATEMPORAREDADE. LOPES, A. M. D’Á. A era dos direitos de Bobbio: Entre a historicidade e a atemporalidade. Revista de Informação Legislativa Brasília a. 48 n. 192 out./dez. 2011. Acesso: http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/242925/000936205.pdf Norberto Bobbio contribuiu significativamente com a teoria dos direitos humanos visto que nele concorre o domínio tanto da teoria jurídica como da teoria política. Grande parte da teoria de Bobbio sobre os direitos humanos está presente em seu livro intitulado “A era dos direitos”, que pode ser considerada uma obra que trata de temas atuais sem se referir a nenhum tempo específico. A origem da teoria dos direitos humanos é moderna de acordo com Bobbio (1992). Já Lewandowsky (1984) coloca que a teoria dos direitos humanos teve sua origem no Iluminismo e no Jusnaturalismo dos séculos XVII e XVIII, com a noção de que o homem tinha direitos inalienáveis e imprescritíveis, de ordem natural e independente do Estado. As ideias sobre dignidade, liberdade e igualdade existiam, mas não eram direitos reivindicáveis por todos os seres humanos. O pensamento iluminista, com suas ideias sobre a ordem natural, sua exaltação as liberdades e sua crença nos valores individuais do homem acima dos sociais, constitui a gênese da teoria dos direitos humanos. No Humanismo também se encontram os antecedentes da teoria dos direitos humanos a medida que traz uma nova visão do mundo, da natureza, da arte, e da moral, contrária à visão do mundo medieval. Assim, o homem conseguiu sair do círculo cosmo-teológico passando a ser consciente da sua capacidade criativa, do seu protagonismo histórico, e da necessidade da proclamação de direitos inerentes à sua natureza humana. Das declarações de finais do século XVIII à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, o mundo passou por grandes transformações. As atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial evidenciaram a necessidade de elaboração de um documento que estabelecesse um mínimo de proteção a todos os seres humanos universalmente, independentemente da sua raça, origem, cor, idade, sexo, religião, nacionalidade, etc. Há uma dificuldade em definir os direitos humanos haja vista a tendência de utilizar diversas expressões como sinônimas, comprometendo não apenas a sua compreensão, mas a sua aplicação e proteção. São utilizados como sinônimos de direitos humanos os direitos fundamentais, sendo que direitos humanos são os princípios que resumem a concepção de uma convivência digna, livre e igual de todos os seres humanos, válidos para todos os povos e em todos os tempos, enquanto os direitos fundamentais são os direitos da pessoa (física ou jurídica) constitucionalmente garantidos e limitados espacial e temporalmente. Para Bobbio, só a partir do momento em que a humanidade tome consciência do valor de todo e cada ser humano é que esses direitos alcançarão o sentido necessário para que a luta pela sua efetividade seja uma tarefa universal e não tenhamos os direitos humanos desrespeitados em quase todas as partes do mundo em pleno século XXI. Documento completo: UNIDADE I <iframe src="https://onedrive.live.com/embed?cid=45330FDE958FC1B0&resid=45330FDE958FC1B0%21577 &authkey=AGApC-w8SQyL68o&em=2" width="476" height="288" frameborder="0" scrolling="no"></iframe> Guia de estudo: unidade I 1. Explique as principais críticas de Bobbio às teorias clássicas ao analisar a origem da teoria dos direitos humanos. 2. Quais as diferenças entre direitos humanos e direitos fundamentais apresentados no artigo de Lopes (2011). 3. Historicamente, afirma Bobbio (1992), têm existido três tentativas de fundamentação dos direitos do homem. Apresente e explique cada uma dessas três tentativas. Interagindo 1 - Bloco de Notas 2 - Partilhando Ideias 3 - Avaliar o documento sugerido 4 - Contribua com um documento UNIDADE II: SEGURIDADE SOCIAL BRASILEIRA: DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO E TENDÊNCIAS RECENTES. MOTA, A. E. Seguridade Social brasileira: Desenvolvimento histórico e tendências recentes. et al. (Org.). Serviço Social e Saúde: Formação e trabalho Profissional. São Paulo: Cortez, 2007.p. 40-48. Acesso: http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto1-2.pdf Enquanto produto histórico das lutas do trabalho, as políticas de proteção social atendem às necessidades inspiradas em princípios e valores socializados pelos trabalhadores e reconhecidos pelo Estado. No entanto qualquer intervenção em cada área que compõe a seguridade social (saúde, previdência ou assistência social) dependerá tanto das estratégias do capital quanto da socialização da política pelas classes trabalhadoras. Apesar de a seguridade social ser um espaço de disputas e negociações da ordem burguesa traz no seu ensejo políticas de prover proteção social a todos os trabalhadores principalmente a partir da II pós-guerra. Geralmente, esses sistemas são executados por meio de ações assistenciais para aqueles que não podem prover o seu sustento por meio do trabalho, para cobertura de riscos do trabalho, nos casos de doenças, acidentes, invalidez e desemprego temporário e para manutenção da renda do trabalho, seja por velhice, morte, suspensão definitiva ou temporária da atividade laborativa. No Brasil é somente a partir dos anos 80 que é idealizado a seguridade social orientada pelos conteúdos do estado de bem estar utilizado em países desenvolvidos, sendo que não ocorre à universalização do acesso aos benefícios sociais devido as características excludentes do mercado de trabalho, pauperização da população, o nível de concentração de renda e as fragilidades do processo de publicização do Estado. Para minimizar as tensões sociais oriundas do não atendimento das demandas sociais coletivas são escolhidas questões pontuais para serem atendidas. Nessa conjuntura atual é importante destacar algumas tendências presentes como: a regressão de políticas redistributivas de natureza pública e constitutiva de direitos, em prol de pol íticas compensatórias de combate à pobreza e de caráter seletivo e temporário; a Privatização e mercantilização dos serviços sociais; a Emergência de novos protagonistas a partir do voluntariado atrelado à participação da sociedade civil e a Despolitização das desigualdades sociais de classe. Vale ressaltar outro aspecto recente nas políticas de seguridade social em relação ao mercado de trabalho, que esvazia as medidas de enfrentamento à precarização e desproteção do trabalho, em prol de ações pontuais e de duvidosa eficácia contra o desemprego, a geração de renda e a formação de mão de obra. Assim, do ponto de vista político, as políticas denominadas de trabalho e renda e que atravessam a seguridade social, podem ser a mais nova modalidade de incorporação das necessidades do trabalho à nova ordemdo capital. Documento completo: UNIDADE II <iframe src="https://onedrive.live.com/embed?cid=45330FDE958FC1B0&resid=45330FDE958FC1B0%21578 &authkey=AG6HXQHJrpEp5MY&em=2" width="476" height="288" frameborder="0" scrolling="no"></iframe> Guia de estudo: UNIDADE II 1. De acordo com o texto, os trabalhadores brasileiros adquiriram novos direitos com acesso a serviços públicos nos anos 80. Pesquise e aponte dois direitos adquiridos na área de assistência social e na área da saúde. 2. Explique a crítica de Mota (2007) acerca da fala do Prof. Wilson Cano, em colóquio promovido pela USP, com a presença de renomados intelectuais brasileiros quando diz que “está sendo produzido um novo sistema perverso de regressão na distribuição da renda nesse país. Uma figura fantasmagórica, Hobin Hood às avessas, travestido, que não rouba dos ricos para dar aos pobres, que não tira da classe média para dar aos pobres, mas que vai tirar da classe média para dar ao sistema financeiro”. Interagindo 5 - Bloco de Notas 6 - Partilhando Ideias 7 - Avaliar o documento sugerido 8 - Contribua com um documento UNIDADE III: DA SEGURIDADE SOCIAL À INTERSETORIALIDADE: REFLEXÃO SOBRE A INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. MONNERAT, G. L.; SOUSA, R. G. Da Seguridade Social à intersetorialidade: reflexões sobre a integração das políticas sociais no Brasil. Revista Katálises. Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 41-49, jan./jun. 2011. Acesso: http://www.scielo.br/pdf/rk/v14n1/v14n1a05.pdf. O presente artigo tem o intuito de abordar os principais dilemas para implementação da Seguridade Social no Brasil a partir do andamento e integração das políticas de saúde e de assistência social. O processo de implementação da Seguridade Social esbarra em obstáculos de ordem política e econômica que dificultam a promessa integradora proposta, como resultado do movimento de redemocratização do país, a Constituição Federal de 1988, ao menos do ponto de vista normativo, ultrapassa a perspectiva de seguro social e inaugura a concepção de seguridade social. Na política de saúde, a inclusão da intersetorialidade presente no ideário da Reforma Sanitária é contemplada nos princípios e nos programas do Sistema Único de Saúde trazendo alguns dilemas e perspectivas. A área da saúde incorporou a intersetorialidade como uma diretriz em sua lei orgânica de 1990, prevendo na sua concepção, a integração intrassetorial da rede assistencial com a intersetorial. A descentralização da saúde avança em termos do planejamento e gestão setorial, buscando por resultados mais efetivos através da transversalidade de ações no campo social, mas ainda mantém uma visão voltada para seu objeto de intervenção específico. No campo da saúde coletiva o que prevalece é a ideia da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), de ação intersetorial como articulação de vários setores para alcançar melhores resultados de saúde (melhorar taxas de mortalidade infantil, hipertensão, desnutrição, por exemplo). Já na política de assistência social, as mudanças preconizadas na Carta de 1988 e a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), promulgada em dezembro de 1993 (BRASIL, 1993) não modificaram os problemas de fragmentação e descoordenação apresentados nesse campo. Com a (LOAS), a assistência social passou a ser direito do cidadão e dever do Estado, além de ser uma política de seguridade social não contributiva prevendo os mínimos sociais através de ações integradas pelo Estado e pela sociedade. Assim, a população em situação de pobreza deixou de ser “assistida” ou “favorecida” para se tornar usuária ou beneficiária. Com a criação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) em 2004 há uma reconstrução da política de assistência social, na formulação de programas com desenho intersetorial trazido na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), onde se destaca a criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Embora a passos lentos, alguns movimentos apontam para trajetórias e memórias técnicas diferentes em torno da Seguridade Social atribuindo novos desafios para criar formas e mecanismos inovadores voltados aos sistemas e redes de proteção social. Documento completo: UNIDADE III <iframe src="https://onedrive.live.com/embed?cid=45330FDE958FC1B0&resid=45330FDE958FC1B0%21579 &authkey=AH1nawUx58iT7w8&em=2" width="476" height="288" frameborder="0" scrolling="no"></iframe> Guia de estudo: UNIDADE III 1. Qual a concepção de Seguridade Social? 2. De acordo com o texto, explique como ocorre a inclusão da intersetorialidade na Política de Saúde? 3. Para Pereira (2007), o SUAS é, nos termos da lei, um mecanismo organizador dos preceitos, disposições, ações e procedimentos previstos nas (LOAS) e na (PNAS), garantindo, do ponto de vista operacional e em caráter sistêmico, a implementação e a gestão da política. Quais os principais objetivos e como funciona o (SUAS)?Para Pereira (2007), o SUAS é, nos termos da lei, um mecanismo organizador dos preceitos, disposições, ações e procedimentos previstos nas (LOAS) e na (PNAS), garantindo, do ponto de vista operacional e em caráter sistêmico, a implementação e a gestão da política. Quais os principais objetivos e como funciona o (SUAS)? Interagindo 9 - Bloco de Notas 10 - Partilhando Ideias 11 - Avaliar o documento sugerido 12 - Contribua com um documento UNIDADE IV: ASSISTÊNCIA SOCIAL: DIREITO SOCIAL OU BENESSE? COUTO, B. R. Assistência social: direito social ou benesse? Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo: Ed. Cortez, n. 124, p. 665-677, out./dez. 2015. Acesso: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n124/0101-6628-sssoc-124-0665.pdf A política de assistência social desde a sua constituição apresenta um caráter contraditório como política pública na área da seguridade social, mas vinculado à caridade e ao assistencialismo. Sua trajetória reuniu avanços no campo da política social que mesmo em condições adversas, tem sido considerado campo do reconhecimento social. Um dos desafios nessa política social está relacionado à visão da Assistência Social como assistencialismo e filantropia, pois foram décadas de uma cultura tuteladora e clientelista. A tentativa de homogeneizar a vida na sociedade capitalista aponta para a barbárie, despolitiza e empobrece a existência daqueles que vivem do seu trabalho. Reconhecer os limites e as possibilidades impostas pela luta diária recoloca a necessidade de realimentar o campo das políticas sociais, entre elas a assistência social, com potência para disputa. De acordo com a análise de Rocha (2014) sobre as tendências da política de assistência social na atualidade, aponta os desafios para amenizar a reatualização desse pensamento conservador. Além disso, há que lutar por mais investimentos e eficiência na aplicação dos poucos recursos existentes, a fim de reduzir a ideia da política assistencial como algo residual, compensatório e dirigido somente a uma parcela da população incapaz de se sustentar por si própria. Vale ressaltar a imposição do sistema em culpabilizar e responsabilizar os indivíduos pelas mazelas vivenciadas e identificadas como “problemas sociais” desconstituindo assim a possibilidade de ampliação do acesso à proteção social e o embate politizado dos direitos sociais com a luta de classes. Dessa forma a prática volta-se ao tradicional conservadorismo, que tem no cumprimento de regras institucionais para se ter o acesso em vez de ser um direi to de reivindicação. Faz-se necessário uma formação profissional pautada na consciência de classe para que rompa com essa lógica estereotipada do trabalho profissional impostopelo capital e com a ideia do direito como favor ou ajuda emergencial prestada sem regularidade e através de um processo de centralismo decisório. Documento completo: UNIDADE IV <iframe src="https://onedrive.live.com/embed?cid=45330FDE958FC1B0&resid=45330FDE958FC1B0%21580 &authkey=AM7utROXl3BpYwE&em=2" width="476" height="288" frameborder="0" scrolling="no"></iframe> Guia de estudo: UNIDADE IV 1. O campo da política de assistência social tem sido espaço privilegiado do trabalho profissional do assistente social. Trabalho esse que tem sido problematizado na perspectiva de entender com que análise os assistentes sociais hoje estão sendo convocados a trabalhar nesse campo. Uma das análises recorrentes tem sido apontar o caráter conservador com que o trabalho tem sido executado nos diversos espaços, serviços e programas existentes. Explique como a autora apresenta esse caráter conservador da prática profissional. 2. A autora Yazbek (2008, p. 102) alerta sobre o pensamento conservador que tem invadido o campo da assistência social. Explique como Yazbek percebe essa problemática. 3. Iamamoto (2007) expõe que para trabalhar como assistente social é necessário um repertório teórico crítico, consistente, pois os enormes desafios que estão colocados ao Serviço Social no campo das políticas sociais nesses tempos de barbárie encobrem a realidade e é um fecundo território para o moralismo e o trabalho baseados no senso comum. De acordo com o texto aponte os desafios imposto ao profissional do Serviço Social que atua no campo da assistência social. Interagindo 13 - Bloco de Notas 14 - Partilhando Ideias 15 - Avaliar o documento sugerido 16 - Contribua com um documento
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