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Doenças auto imunes em pequenos animais

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Diabetes Mellitus (tipo I) em gatos.
Sistema auto-imune como causador da Diabetes Mellitus (tipo I)
O diabetes mellitus do (tipo 1) tem sido considerado uma doença auto-imune órgão-específico, decorrente da destruição seletiva das células β-pancreáticas. Apresenta patogenia complexa, envolvendo a participação de vários fatores, dentre esses, resposta auto-imune com presença de auto-anticorpos e/ou linfócitos auto-reativos, culminando em anormalidades metabólicas. Ou seja. Vai haver uma destruição seletiva das células β-apancreáticas, produtoras de insulina, pela infiltração progressiva de células inflamatórias, particularmente por linfócitos T auto-reativos. 
Isso ocorre porque substâncias que conferem a resposta pró-inflamatória, que induzem a migração e estimulam vários tipos celulares a secretarem radicais livres que são extremamente tóxicos para as células β-pancreáticas. Durante esse processo, os linfócitos T-CD8+ são considerados o tipo celular mais importante envolvido na destruição auto-imune. Tais linfócitos, após reconhecimento do auto-antígeno pancreático ligado à molécula HLA de classe I, realizam a destruição das células β-pancreáticas por citólise (desequilíbrio osmótico causando perda de água), através da liberação de perforina e granzima e, adicionalmente, por induzir apoptose celular. Dessa maneira, macrófagos, linfócitos T-CD4+ e linfócitos T-CD8+ atuam sinergicamente na destruição das células β- pancreáticas.
ETIOLOGIA: É um distúrbio endócrino crônico que resulta numa disfunção no pâncreas onde as células β não têm capacidade absoluta, ou apenas relativa de produzir insulina. Esse fator acarreta no declínio da produção de insulina, e assim, diminui o poder de atuação deste, junto às células.
Conseqüência do declínio de insulina: Causa aumento da concentração de glicose no sangue levando ao quadro de hiperglicemia prolongado.
Ocorrência: A insulina é responsável pela entrada de glicose nas células, assim, se não há insulina suficiente a glicose vai manter-se na corrente sanguínea até ser excretada pelos rins. Em longo prazo essa condição vai causar lesões, já que a presença de glicose na urina de animais saudáveis não é comum.
Maior ocorrência de diabetes mellitus tipo 1: O corpo não produz suficiente para as suas necessidades, sendo assim necessário a aplicação de injeções de insulina no corpo.
Tipo 2: Nesse tipo o corpo pode segregar insulina, apesar de não ser comum já que os tecidos podem não reconhecer a molécula de insulina não deixando-as entrar em seu interior.
CAUSAS: As causas não são muito claras. As causas estão ligadas a fatores que de alguma forma afeta o pâncreas, “atrapalhando” a produção de insulina. 
Podem ser: 
Auto-anticorpos;
Hipofunção das células β;
Fatores hereditários;
Fatores progestagênicos (ligado ao uso de anticoncepcionais durante a gravidez);
Fatores corticosteróides (entre outras causas, ganho de peso);
Pancreatite (inflamação no pâncreas);
Intoxicação por glicose;
Obesidade;
Sexo (maior predileção por machos);
Animais de raça; exceto Birmanês;
Gatos entre os 9 e 11 anos;
OBS.: A diabetes mellitus pode ocorrer em gatos, independente de sua idade ou sexo.
DIAGNÓSTICO: É positivo se houver, depois de exames, alta quantidade de glicose no sangue (hiperglicemia) associada com a presença de glicose na urina. 
(Fructoseamina: teste que permite aos médicos veterinários diagnosticarem uma hiperglicemia numa situação de diabetes, de uma induzida por uma situação de stress, já que o exame avalia a presença de glicose do sangue por um tempo maior.)
SINTOMAS: 
Perda de peso (mesmo com apetite aumentado - polifagia); 
Polidipsia: Aumento da ingestão de água (excesso de sede);
Polúria: aumento da micção (excesso de urina);
Hálito frutado (semelhante à acetona);
Patas geladas;	
Sintomas menos freqüentes: 
Vômito;
Diarréia;
Distúrbios neurológicos;
Desidratação;
Cataratas (num estado mais avançado da doença)
Neuropatias: 
Fraqueza;
Atrofia muscular;
Diminuição dos reflexos nos membros
TRATAMENTO: 
O tratamento tem os objetivos de: resolver os sinais clínicos associados com o diabetes, evitar períodos de hipoglicemia e prevenir o desenvolvimento de complicações que podem ser alcançados através da correção do peso e dieta, uso de drogas hipoglicemiantes orais (reduzem a glicose no sangue) e insulinoterapia (controle da insulina no organismo através de injeções). 
A monitoração do paciente pode ser feita através da avaliação diária da glicemia domiciliar (quantidade de glicose no sangue), realização da curva glicêmica, determinação de corpos cetônicos no sangue e dosagem de proteínas glicosiladas.
DOENÇAS DO SISTEMA IMUNE
O sistema imunológico pode ser explicado como uma barreira de defesa do organismo que está em constante combate a agentes de patogenias (doenças) diversas, buscando expulsá-las do corpo do indivíduo e impedi-las de agirem neste corpo. É considerada uma doença auto-imune quando, muitas vezes por razões desconhecidas, o sistema imunológico deixa de lado os agentes malignos e se volta contra as células saudáveis do organismo, confundindo-as como prejudiciais e buscando destruí-las.
COMPLEXO LUPUS ERITEMATOSO
INTRODUÇÃO
O Lúpus é descrito como uma doença auto-imune de baixa incidência nos animais de estimação, mas está entre as principais dermatoses mais estudadas na atualidade. Este complexo pode ser classificado em Lúpus Eritematoso Discóide (LED) considerado uma forma benigna da doença, cujos sinais clínicos limitam-se a pele e mucosa e o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) de caráter mais grave ou maligno, em que se apresenta como um distúrbio sistêmico.
O LES é um dos distúrbios auto-imunes sistêmicos mais estudados em humanos. É uma doença complexa, que envolve múltiplos órgãos, os mais afetados são articulações, rins e pele. Como ocorre em muitas doenças auto-imunes o LES apresenta inúmeros sinais clínicos, possui curso progressivo e não tem uma causa especifica.
Essa doença acomete mais os cães do que os gatos e raramente ocorre em grandes animais. Diferentemente dos humanos, que a doença acomete predominantemente as mulheres, nos animais domésticos pode tanto acometer machos quanto fêmeas. Existem certas raças de cães que apresentam incidência maior, como Shetland sheepdog, Pastor alemão, Old EngliSh sheepdog, Afghan Hound, Beagle, Poodle. E acomete principalmente cães de meia idade. Com relação às raças felinas, são citadas as raças Himalaia, Siames e Persa.
ETIOLOGIA E PATOLOGIA
A causa do LES permanece indeterminada, mas a doença se caracteriza pela produção de auto-anticorpos (proteínas do sangue que se viram contra partes do próprio organismo, podem ser a causa de uma doença auto-imune, mas por norma são apenas um sinal da doença, não o motivo) que se dirigem contra vários tecidos e componentes celulares. Esses auto-anticorpos e os antígenos próprios podem lesionar diretamente os tecidos ou causar lesão pela formação de complexos imunes, os quais podem ser depositados nos glomérulos, vasos sanguíneos, pele e articulações, resultando em uma inflamação crônica.
Os animais com LES apresentam auto-anticorpos em uma diversidade de tecidos e células. Os auto-anticorpos antinucleares (ANA) são encontrados em alta porcentagem em animais com LES, esses auto-anticorpos são dirigidos contra os antígenos nucleares. Os ANAs também são encontrados em animais normais ou pacientes com outras doenças, entretanto sua freqüência é menor. A incidência de ANA é de 16% em animais normais, 20% em animais com outras doenças, comparada a 97% em animais com LES.
Os autoanticorpos dirigidos contra antígenos nos glóbulos vermelhos, plaquetas, e linfócitos são freqüentemente observados, resultando em anemia hemolítica, trombocitopenia e anormalidades do sistema imune. Outros autoanticorpos detectados são aqueles que se dirigem aos componentes do músculo (miosite) e pele (dermatite).
Embora exista um extenso número de auto-anticorpos identificadosem animais com LES, os principais sintomas são devido à deposição de complexos imunes na parede de vasos de pequenos e médios calibres, em território da microcirculação. Estes, após a ativação do sistema de complemento, ativam os mediadores da inflamação, produzindo ao final um processo de vasculite leucocitoclástica, com freqüente necrose da parede vascular e dos tecidos por ela nutridos, gerando alterações estruturais e funcionais em vários órgãos ou sistemas.
Acredita-se que o LES ocorre em animais com predisposição genética a doença, e que se desenvolve no organismo do animal a partir do contato com determinados fatores ambientais como microorganismos infecciosos, fármacos e/ou exposição à luz solar, esses fatores podem agravar o LES.
Segundo Rhodes (2003) e Scott ET AL. (1996) a exposição à luz solar precipita ou exacerba a doença em muitos casos, demonstrando uma fotossensibilidade do animal, sendo freqüentemente agravado no verão.	
Radiação ultravioleta: A influência da luz solar no desenvolvimento e exacerbação da doença é conhecida nos animais domésticos (Snyder, 2007). A radiação ultravioleta (UV) pode actuar de diversas formas, sendo uma delas a alteração das propriedades do ADN e de outros antigénios nucleares a nível dos queratinócitos, com aumento do poder imunogénico destas moléculas 31 (Mok & Lau, 2003). Já foi também demonstrado que os raios UV induzem a apoptose dos queratinócitos (Mok & Lau, 2003) e a exposição de antigénios nucleares à sua superfície (Scott et al., 2001; Hargis & Ginn, 2007). Consequentemente ocorrerá chamada de autoanticorpos ao local e ligação destes aos queratinócitos, com indução de citotoxicidade mediada por anticorpos e libertação de diversas citocinas, nomeadamente IL-1, IL-6 e TNF-α (Scott et al., 2001). Outra das influências da luz UV passa pela indução da hiperexpressão da ICAM-1 (Scott et al., 2001), que tem influência no tráfego de linfócitos para o local (Hargis & Ginn, 2007).	
SINAIS CLÍNICOS 
No geral, os principais sintomas do LES é a combinação de: Poliartrite (afeta principalmente as articulações intervertebral, carpal, tarsal e em caso mais avançado a temporomandibular; É um sintoma muito freqüente e geralmente o primeiro a aparecer e os animais manifestam-na através de letargia, rigidez e dificuldades em se levantar. Por vezes também é patente uma locomoção difícil ou uma troca constante de peso de um membro para o outro.), febre, glomerulonefrite (depósito de complexos imunes no glomérulo, aumento do volume de urina, Caracteriza normalmente por proteinúria superior a 0,5g/L.) e dermatite (Os sintomas dermatológicos são frequentes e podem ser os primeiros a surgir caso os animais vivam em regiões solarengas. Normalmente caracterizam-se por fotossensibilidade em localizações específicas, que correspondem às áreas mais expostas à luz solar, como a região dorsal dos membros anteriores, face e orelhas, ou mais glabras – sem pelo, como as axilas, a região inguinal ou o abdômen e extremidades digitais; Podem ocorrer na forma de despigmentação, crostas, eritema, descamação e alopecia; Pode haver o desenvolvimento de úlceras na pele e na cavidade bucal.). 
Mas podem também apresentar anemia hemolítica (ocorre quando há a presença de anticorpos dirigidos contra antígenos celulares nos glóbulos vermelhos- anticorpos antieritrócitos), trombocitopenia (ocorre quando há a presença de anticorpos dirigidos contra antígenos celulares nas plaquetas – anticorpos antiplaquetas), distúrbios do SNC (Em gatos, há relatos que eles contraem as orelhas, cauda e membros pélvicos, tem convulsões, gemidos de impaciência, desorientação e ataxia.), esplenomegalia (aumento do baço além do seu tamanho normal), leucopenia (quando o número de leucócitos, que são as células de defesa do sangue, está baixo) e miosite (quando anticorpos dirigem contra componentes dos músculos, inflamação dos músculos que causa o seu enfraquecimento, provocando sintomas como dor muscular, fraqueza muscular e aumento da sensibilidade dos músculos). 
Esses sintomas podem ocorrer simultaneamente e desenvolverem ao longo do tempo. Foi observado que eles podem diminuir durante algum tempo e, em seguida, novamente reaparecer quando os cães são expostos à radiação ultravioleta do sol. 
DIAGNÓSTICO
Para o diagnóstico de LES não há um teste específico, então é baseado em histórico clínico do animal (avaliando todos os sinais clínicos), anamnese e através da detecção de autoanticorpos. O método mais comum para mensuração dos autoanticorpos é o exame de imunofluorescência indireta (O teste é feito utilizando um substrato nuclear como fonte de material antigênico e a ligação de AAN a este é revelada através da incubação com um anti-soro espécie-específico, conjugado com um componente fluorescente. A amostra é inicialmente testada a uma diluição baixa e, se for positiva, são feitas diluições seriadas que permitirão estabelecer o título.)
O animal para ser diagnosticado com LES deve apresentar pelo menos duas manifestações clínicas distintas, juntamente com o resultado positivo ao teste de ANA. O animal que apresentar mais de três manifestações pode ser considerado portador do LES, mesmo na ausência do resultado do teste de ANA.
Pode ser feitos alguns exames auxiliares para o diagnóstico da doença, como hemograma completo, contagem de plaquetas, perfil bioquímico sérico, urinálise, exame citológico de fluido articular, histopatologia de pele ou do rim, ecografia abdominal (no caso de esplenomegalia).
TRATAMENTO
O tratamento clínico do LES pode ser feito com uso de anti-inflamatórios e em quadros mais graves é usado corticosteróides. A duração mínima do tratamento é de seis meses. 
É importante evitar a exposição do animal a luz solar, a fim de evitar a fotossensibilização. E se for inevitável, adotar o uso de filtros solares. Além de suplementar o animal com vitamina E.
Anemia Hemolítica em cães e gatos
Suspeita-se de anemia hemolítica imunomediada (AHIM) ao se constatar anemia grave, com teor sérico de proteína normal. AHIM pode classificada como regenerativa ou arregenativa, com destruição de células eritrocitárias na medula óssea, antes da liberação de reticulócitos. A destruição. pode ser discreta (baixo grau) ou rapidamente progressiva. Resumindo : é a destruição das hemácias devido a ligação de imunoglobulina à superfície do antígeno.
Etiologia
As causas específicas de AHIM não são conhecidas. No entanto, pode haver envolvimento de fatores genéticos na maior ocorrência da doença em algumas raças de cães, como Coker Spaniel, Poodle e Old English Sheep Dog. Fatores estimuladores, como vacina, estresse ou microrganismos, podem desencadeia AHIM em pacientes portadores de características genéticas predisponentes.
Nos animais que manifestam anemia hemolítica, a AHIM deve ser diferenciada de outras causas de anemia hemolítica em cães e gatos. 
Causas de anemia hemolítica em cães 
– Causas hereditárias (deficiência de piruvato quinase, deficiência de fosfofrutoquinase).
-Toxinas (cebola, zinco, cobre).
-Babesia canis, B. gibsoni, Mycoplasma hemocanis (Hemobartonella canis).
-Vacinação recente
-Reação a medicamento (cefalosporinas, penicilinas, sulfas, anti-inflamatórios não esteroides, levamisol, vitamina k3).
-Neoplasia (hematopoiética, hemangiosarcoma, histiocítica).
-Torção esplênica
-Hipofosfatemia
-Envenenamento por picada de abelha
-Microangiopatia (coagulação intravascular disseminada, síndrome caval da dirofilariose).
-Anemia hemolítica imunomediada idiopática.
Causas da anemia hemolítica em gatos
- Hereditária: deficiência de piruvato quinase
- Vírus da leucemia felina, vírus da imunodeficiência felina.
-Mycoplasma hemofiles, Mycoplasma haemiminutum.
-Cytauxzoon felis
-Toxinas (zinco, cobre, cebola, azul de metileno, benzocaína, proplileno glicol).
-Reação a medicamento (propiltiouracila, outros).
-Transfusão de sangue incompatível
-Isoeritrólise neonatal
-Neoplasia (hemangiosarcoma,histiocítica).
-Hipofosfatemia
-Microangiopatiopatia (coagulação intravascular disseminada
-Anemia hemolítica imunomediada idiopática.
Sinais clínicos
 -Inclui fraqueza, colapso palidez de gengiva e/ou alteração da cor da urina.
- O exame físico pode revelar febre, palidez ou icterícia de gengiva, sopro cardíaco sistolítico, hepatoesplenomegalia (sítios de fagocitose de eritrócitos), taquicardia e/ou taquipnéia.
Diagnóstico 
-Realiza o hemograma completo, urinálise, radiografia do tórax e abdômen, perfil bioquímico, perfil de coagulação e ultrassonografia abdominal. 
Tratamento
-Fluidoterapia, transfusão de eritrócitos, terapia profilática com heparina ou com aspirina. 
Referência: BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. et al. Manual Saunders de Clínica de Pequenos Animais. 3ed.São Paulo:Roca, 2008.
Complexo Pênfico
O complexo pênfico de doenças inclui pênfigo foliáceo, eritematoso, vulgar, vegetativo, pustular pan- epidérmico, paraneoplásico e associado a medicamento.
Etiologia - Sua etiologia é desconhecida. Teorias envolvem anormalidade no controle imune ou estimulo antigênico anormal.
Pênfico foliáceo : é o distúrbio cutâneo auto imune mais comum em cães e gatos. As raças mais suscetíveis incluem Akita, Chow Chow, Bearded Collie, Dachshund, Doberman Pinscher, Schipperke e Rottweiler.
Sinais clínicos: As lesões compreendem maculas eritematosas (manchas de cor avermelhada), que progridem rapidamente em seguida, se assemelham a crostas secas amareladas. Essas lesões podem se limitar ao pavilhão auricular, regiões perioral ou periocular, face dorsal do focinho, plano nasal e/ou leito ungueal, ou ser generalizadas. Embora as pústulas (pequena elevação da epiderme) sejam lesões primarias, são raramente observadas. Os animais podem apresentar descamações ou crostas nos coxim plantar, com ou sem envolvimento do leito ungueal (parte abaixo das unhas). Em geral, as unhas são normais.
Os gatos comumente exibem Paroníquia (é a inflamação da dobra ungueal - pele ao redor da unha), semelhante ao um núcleo “cremoso” de exsudato espesso, quando as unhas são afastadas manualmente.
Pênfigo Eritematoso: É uma variante raramente detectada de pênfigo foliáceo. Os cães da raça Collie são mais susceptíveis, essa doença é um diferencial de diagnostico da síndrome “nariz de Collie”. As lesões são semelhantes ao foliáceo, mas se limitam à face, alguns animais podem exibir despigmentação do plano nasal.
Pênfigo vulgar: As lesões caracterizam – se por erupções vesicubolhosas que se ulceram rapidamente, originando crostas espessas, podem ser principalmente mucocotâneas, localizadas ou generalizadas. É comum ocorrer a perda ou queda da unha e ulceração de coxim plantar. A ulceração da cavidade bucal pode ser um sintoma inicial.
Pênfigo vegetativo: É uma variante extremamente rara de pênfigo vulgar. As lesões são mais generalizadas do que mucocotâneas e são mais vegetativas (proliferativas) ou verrucosas/rugosas (semelhante a verrugas).
 Pênfigo pustular pan-epidérmico: Lesões limitam a face, são representadas por pústulas de curta duração, que se rompem e formam uma crosta espessa e aderente. As pústulas são encontradas em todas as camadas da epiderme e do epitélio folicular.
Pênfigo paraneoplásico
Forma rara de pênfigo detectada em associação com linfoma canino e com um caso de tumor de célula de Sertoli. A cavidade bucal é frequentemente acometida.
Pênfigo associado a medicamento
O pênfigo pode ser induzido ou deflagrado por medicamento e regride assim que o medicamento é interrompido. O medicamento comumente associa ao pênfigo é o Trimetoprima-sulfa, em gatos está associado a banho de imersão em itraconazol, metimazol e sulfeto de cálcio.
Diagnostico: 
Pênfigo foliáceo, eritematoso, vulgar e vegetativo. 
Esfregaço direto de pústula intacta ou superfície inferior de uma crosta espessa revela abundantemente quantidade de células acantolíticas. Pesquisa de anticorpos imunoflorescentes (IFA) e teste por coloração de imunoperoxidase (IPS), positivos, com coloração intercelular de imunoglobulina e/ou complemento no terço superior da epiderme (foliáceo e vulgar) e coloração intercelular padrão (eritematoso e vegetativo)
Pênfigo pustular pan – epidérmico 
Achados de histopatologia incluem pústulas estéreis envolvendo as camadas subgranulares da epiderme e hastes externas das raízes dos folículos pilosos, crostas supuradas com células acantolíticas, hiperplasia epidérmica irregular e resposta inflamatória intersticial e perivascular superficial.
Pênfigo paraneoplásico
 Lesões histológicas parecem um mistura de pênfigo foliáceo, vulgar e eritema multiforme.
Pênfigo associado a medicamento
A maior parte dos casos assemelham – se ao pênfigo foliáceo.
Tratamento
O tratamento é semelhante para todas as doenças do complexo pênfigo. Tem como terapia inicial o uso da prednisona, caso não haja resposta utiliza –se um quimioterápico.
Prednisona como tratamento único, usa – se com associação de protetor solar e glicocorticosteróide e/ou tracolimo tópico. É indicado para o pênfigo Eritomatoso.
Prednisona com Azatioprina é para tratar os pênfigos foliáceo, vulgar e vegetativo, quando as lesões estão em estagio avançado.
Prednisona com Clorambucila é o tratamento para o complexo pênfigo em cães pequenos e em todos gatos, quando as lesões são graves.

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