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TEORIA GERAL DO PROCESSO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
LIVRO: Teoria Geral do Processo é um sistema de conceitos e princípios elevados ao grau máximo de generalização útil e condensados indutivamente a partir do confronto dos diversos ramos do direito processual.
Sempre que se trate de procedimentos realizados mediante o exercício de poder por um agente que se sobrepõe aos demais, ali se tem processo e não mero procedimento.
Sobre conhecer o processo: Conhecer o processo e conhecer sua teoria geral é estar consciente de que toda essa ciência gira em torno da jurisdição exercida pelo juiz, da ação que o demandante exerce ao provocar o exercício da jurisdição, da defesa que o demandado tem o direito de opor à pretensão do demandante e do processo mediante o qual o juiz exerce a jurisdição, o autor exerce a ação e o réu, a defesa.
O homem é um ser social. E por isso há inúmeros tipos de relações. Porém o Estado não se preocupa com todos os tipos de relações, mas há aquelas em que ele se preocupa e as regulamentam.
RELAÇÃO JURÍDICA – é uma relação interindividual regulamentada por normas legais. O Estado cria essas normas porque tais normas regulamentam, harmonizam, organizam todos os tipos de interesses que possam surgir na vida social.
A idéia do direito é organizar, harmonizar os interesses individuais e coletivos.
Mas a simples existência de normas regulamentadoras não é suficiente para resolver todos os conflitos que surgem na vida social? NÃO! Por quê? Porque a interpretação da norma gera entendimentos diferentes. Ou seja, A norma gera interpretações diferentes.
FUNÇÃO DO DIREITO: O direito exerce na sociedade uma função ordenadora.
O Direito coordena os interesses que se manifestam na vida social, organiza as atividades das pessoas e compõem os conflitos entre eles.
A ordem jurídica harmoniza as relações sociais intersubjetivas.
O direito é a forma mais eficaz de controle social.
O interesse humano denota vínculo em relação a determinado bem. Para que haja um conflito é necessário que tenha pelo menos dois interesses sobre o mesmo bem.
CONFLITO: a função reguladora do Direito não é capaz de evitar/eliminar o nascimento de conflitos no seio da sociedade.
Regra geral: os conflitos caracterizam-se por situações em que uma pessoa, pretendendo para si determinado bem, não pode obtê-lo: a) porque aquele que poderia satisfazer sua pretensão não a satisfaz; b) porque o próprio direito proíbe a satisfação voluntária da pretensão.
Com o conflito nasce a insatisfação do indivíduo, e este é sempre um fator anti-social.
A indefinição da situação das pessoas envolvidas no conflito, uma perante a outra, perante os bens pretendidos e perante o próprio direito é sempre motivo de tensão individual e social.
Esses conflitos de interesses tendem a acomodar-se voluntariamente na sociedade Se alguma dessas pessoas titulares do interesse resolvam disputar efetivamente aquele bem, vai surgir a PRETENSÃO.
Pretensão é a exigência de subordinação de interesse alheio para o interesse próprio. E se houver resistência a essa pretensão, aí surge a LIDE.
Lide é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. Lide é a pretensão resistida deduzida em juízo – trata-se do conflito de interesses manifestado em juízo – tal termo é utilizado como sinônimo de ação, porém na verdade aquela (lide) é um meio pelo qual se exercita o direito a esta ação, significa demanda, litígio, pleito judicial.
Esses conflitos de interesses se acomodam na sociedade, eles se harmonizam. O sujeito insatisfeito irá buscar sua atividade jurisdicional.
ATIVIDADE JURISDICIONAL – é o trabalho que o Estado tem de quando provocado, sair da sua posição de inércia e substituir a vontade as partes (caráter substitutivo) em conflito e dizer quem tem e quem não tem razão, fazendo valer sua decisão.
Como que o Estado faz isso?
Aplicando as normas regulamentadoras das condutas humanas ao caso concreto.
Qual o escopo social da jurisdição?
Eminir conflitos e pacificação social (pacificar eventuais conflitos de interesses)
Qual o escopo jurídico da jurisdição?
Aplicar a lei ao caso concreto.
JURISDIÇÃO – é o trabalho por meio do qual o Estado substitui a vontade das partes em conflito e aplicando a lei no caso em concreto resolve o conflito.
O Estado no exercício da sua função jurisdicional não pode resolver conflitos ou aplicar a lei em concreto como bem entender.
O Estado deve fazer tais atividades obedecendo um determinado método que já foi pré-determinado, que é chamado processo.
A atividade jurisdicional é o estado aplicando a norma legal ao caso em concreto, para isso, deve-se seguir um método estabelecido/ deve-se observar uma técnica, um método de trabalho que é o processo.
PROCESSO é ferramenta de trabalho. É método que deve ser observado pelo Estado para que ele possa aplicar a lei ao caso em concreto.
É um instrumento estatal de solução de controvérsias. É a técnica que será utilizada pelo Estado para aplicar a lei ao caso concreto.
PROCEDIMENTO – é a forma em quem os atos processuais vão se desenvolver. É o modo que se desenvolve o processo.
(A pastinha que vemos e chamamos de processo, na verdade são os atos processuais. Ele é a materialização do processo, chamado de procedimento.
DIREITO MATERIAL - conjunto de normas, regras e princípios que regulamentam os interesses que surgem na sociedade (individuais ou coletivos) – é onde se encontra o direito civil, o penal, o tributário etc.
DIREITO PROCESSUAL – são normas, regras, princípios e garantias que possuem um único objetivo: usar o direito material e aplicar no caso em concreto.
*eles não se confundem, mas se complementam. O direito material sem o direito processual é lei sem aplicação prática.
É norma sem sanção. É norma que quando não cumprida, nada acontece.
E o direito processual sem o direito material é regra/forma sem conteúdo. É formalidade sem substância.
O DIREITO PROCESSUAL, ENTÃO, É INSTRUMENTO DE REALIZAÇÃO DO DIREITO MATERIAL.
O objetivo do processo é a SATISFAÇÃO do direito material. O processo ocorre mediante a coordenação de atos. Que tem como fim: a satisfação do direito material.
Uma sentença terminativa (em que não foi solucionado problema da vida) representa o fracasso do direito processual.
Quando o legislador cria as normas em abstrato, ele já previa situações de vantagem e de desvantagem. Previu quais interesses deveriam prevalecer e quais deveriam ser sacrificados.
Essa posição de vantagem sobre a norma, chamamos de direito subjetivo.
DIREITO SUBJETIVO – é o poder que uma pessoa tem de exigir que alguém aja de uma determinada forma em função dessa pessoa se encontrar em uma posição de vantagem assegurada pela norma legal.
É o poder da vontade consubstanciado na faculdade de agir e exigir de outrem determinado comportamento para a realização de um interesse, cujo pressuposto é a existência de uma relação jurídica. Somente o direito subjetivo (e não o potestativo) e está sujeito a violações e, quando estas são verificadas, nasce para o titular do direito subjetivo a faculdade (poder) de exigir de outrem uma ação ou omissão (prestação positiva ou negativa), poder tradicionalmente nomeado de pretensão.
FASES DO DIREITO PROCESSUAL
1)FASE SINCRÉTICA 
Nessa fase o direito processual não era visto como uma ciência “isolada”. Mas sim como um pedaço do direito material.
Não existia uma noção da autonomia jurídica processual.
2)FASE AUTONOMISTA (também conhecida como fase conceitual)
O direito processual passou a ser estudado como uma ciência autônoma. E começaram a ter debates de natureza exclusivamente processual.
Porém eles exageraram e começaram a focar apenas o direito processual, sem considerar o direito material.
Se perdeu de vista para que o processo serve.
3) FASE INSTRUMENTALISTA
É fase atual, na qual o processo foi considerado como um instrumento de resolução de conflitos,atua com um único objetivo: aplicação do direito material.
O art. 4º do CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
OU SEJA, buscando a Satisfação – de acordo com a fase instrumentalista.
Como tira o Estado da inércia?
Exercitando meu direito de ação.
AÇÃO – é o direito de invocar o exercício da atividade jurisdicional.
O jusrisdicionado retira o Estado da inércia por meio da ação. E a jurisdição atua por meio do processo.
O DIREITO DE AÇÃO É UMA GARANTIA CONSTITUCIONAL
Art.. 5, XXXV da CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Isso quer dizer que não importa se você tem ou não razão, você tem o direito de tirar o Estado da inércia, exercendo a atividade jurisdicional.
A doutrina extrai desse artigo algumas idéias correspondentes:
a) direito de ação; b) princípio da inasfastabillidade do controle jurisdicional; c) acesso à justiça.
DIREITO ABSTRATO – quando você provoca a atuação jurisdicional, você tem o direito ao provimento jurisdicional. O Estado tem que decidir (pode até ser uma decisão contrária).
Por isso que se diz que o direito a ação é um direito abstrato – porque ele assegura um provimento jurisdicional (decisão).
DIREITO AUTÔNOMO – É um direito completamente desvinculado do direito subjetivo que você alega ter.
Só o judiciário irá dizer se você é ou não titular desse direito.
ACESSO A JUSTIÇA – possui dois significados:
1) O termo Justiça pode ser substituído por poder Judiciário.
Então, acesso ao poder judiciário. Objetivo: eliminar ou diminuir eventuais obstáculos que impeçam ou dificultem o acesso do jurisdicionado ao poder judiciário (é com objetivo de eliminar as barreiras que podem atrapalhar o acesso ao judiciário).
2) Substituir justiça por acesso a ordem jurídica justa.
	1º significado: acesso a uma tutela jurisdicional que realmente seja apta a proteger efetivamente aquele direito reclamado.
	2º significado: acesso do jurisdicionado que permitam que ele possa alcançar aquela tutela jurisdicional efetiva.
SOCIEDADE X DIREITO
O Direito na sociedade tem a função de ordem.
Não há sociedade sem direito, nem direito sem sociedade.
A relação vem da função que o direito exerce: de organizar e harmonizar
CONFLITOS E INSATISFAÇÕES
NECESSIDADE: é a relação de dependência do homem para algum elemento
BEM DA VIDA: tudo que tem aptidão de satisfazer uma necessidade (pode ser bens materiais e imateriais)
INTERESSE: é a posição favorável a satisfação de uma necessidade.
Posição vinculada a alguma coisa.
-	Individual: posição favorável a um único indivíduo.
-	coletivo: posição favorável a vários indivíduos,
PRETENSÃO: 
É a exigência de subordinação de interesse alheio à interesse próprio.
- resistência: a oposição a uma pretensão
- lide: conflito de interesse qualificado por uma pretensão resistida deduzida em juízo.
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Tem dois atos como: 
ato das partes envolvidas (forma PARCIAL de resolução de conflitos);
ato de terceiro (forma imparcial de solução de conflitos).
AUTOTELA: aquele que pretende para si algum direito por meio da sua força, buscar a satisfação das suas necessidades. Também conhecido como autodefesa.
Características: imposição da vontade de uma parte sobre a outra; ausência de um juiz distinto das partes para solucionar o conflito.
(Caracteriza-se pela vitória do mais forte, mais astuto, sobre o mais fraco. A satisfação da pretensão era obtida através da força e na medida dela.
Nessa fase não havia normas gerais e abstratas impostas pelo Estado forte a impor o Direito acima da vontade dos particulares ou ainda sem a intervenção do órgão.)
É EXCEÇÃO, mas está previsto em alguns artigos, veja: 
CC - Art. 644. O depositário poderá reter o depósito até que se lhe pague a retribuição devida, o líquido valor das despesas, ou dos prejuízos a que se refere o artigo anterior, provando imediatamente esses prejuízos ou essas despesas.
CC - Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
CC – Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
AUTOCOMPOSIÇÃO: é a solução dado por uma ou por ambas as partes.
Uma das duas abre mão de toda ou uma parte do direito que tem.
- desistência: renúncia a pretensão.
- submissão: renúncia que foi oferecer a pretensão.
- transação: é a resolução de conflito por meio de concessões recíprocas.
Pode ser endo ou extraprocessual.
CC - Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
ARBITRAGEM
Antes: era facultativa – as próprias partes colocavam os conflitos na mão de alguém.
O Estado passou a arbitragem como algo obrigatório. Depois veio a jurisdição conforme conhecemos hoje.
MEIOS ALTERNATIVOS 
Conciliação e mediação – a diferença reside na técnica e não no objetivo. Ambos visam a mesma coisa.
DIREITO PROCESSUAL 
É o ramo do direito que trata do processo, isto é, da sequência de atos com uma determinada finalidade. Nele estão contidos todos os princípios e normas legais que regulamentam os procedimentos da jurisdição, que é exercício da função típica do Poder Judiciário e função soberana do Estado.
OBJETO DO DIREITO PROCESSUAL
O estudo da jurisdição, ação, defesa e processo.
É uma CIÊNCIA AUTÔNOMA, pois ela tem princípios próprios, institutos próprios.
É um ramo do DIREITO PÚBLICO, pois representa a supremacia do Estado. (ele regulamenta o exercício do poder estatal)
As normas que irão aplicar as normas podem de direito privado, mas o direito processual é quem vai aplicar e ele é de direito público.
RELAÇÃO ENTRE DIREITO PROCESSUAL E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Todo o direito processual é baseado na CF. A base do processo é a CF.
É na CF que se cria o Poder Judiciário, as garantias dos magistrados, que prevê as garantias processuais (ex. as motivações, o fundamento da decisão)
DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL
Custuma-se dividir o direito processual levando-se em consideração o tipo de norma material que irá se aplicar ao caso concreto. Observando a natureza jurídica da pretensão.
- DIREITO PROCESSUAL PENAL - pretensão punitiva
- DIREITO PROCESSUAL CIVIL - pretensão não punitiva
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL
Os princípios são as diretrizes do direito processual – é uma fonte de orientação segura para orientar/interpretar as normas processuais.
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
Imparcialidade do juiz. É pressuposto de validade do próprio julgamento. Se o juiz for parcial isso vicia toda a relação jurídica processual.
No art.. 95 da CF relacionam algumas garantias que pretendem primar pela imparcialidade. Ex. vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade do subsídio.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I- exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
O art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção
Tribunal de exceção - É um órgão julgador que foi criado especificamente para julgar determinado fato (a pessoa tem que ser julgada por um órgão pré-existente) – é uma forma de garantir a imparcialidade do juiz.
Art. 144 e 145 CPC – irá comentar sobre Suspeição e impedimento do juiz.
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Art. 145.  Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
O juiz que pode se declarar Impedido ou Suspeito, ou então a prórpia parte, no período de 15 dias após tomar ciência.
O juiz pode aceitar (e colocar um sucessor) ou ele presta informações do que porque não está impedido.
CADERNO: O caráter da imparcialidade é inseparável do órgão jurisdicional.
A imparcialidade é pressuposto para que a relação processual se instaure e desenvolva validamente.
Para exercer a sua função, o juiz tem que estar “entre as partes e acima delas, e não ao lado de uma delas”. Para assegurar a imparcialidade do juiz, a CF 88 prescreve-lhe:
garantias (art. 95 CF): irredutibilidade de vencimentos; vitaliciedade
vedações (art. 95, § único)
proíbe juízos e tribunais de exceção
A imparcialidade do JUIZ é uma garantia de justiça para as partes,
2) PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
A pessoa não pode ser julgada por um órgão julgador escolhido para “aquilo ali”.
A pessoa não pode ser julgada por quem ela escolheu.
Ninguém pode ser julgado por órgão instituído após o fato. (Está ligado aos tribunais de excessão).
Existe uma ordem taxativa de competência (se é uma ação de família, ela vai ser julgada pela vara de família – há um sorteio entre as varas de famílias).
Só são órgãos os instituídos pela lei (então eles já foram criados antes do fato).
Art. 5º LIII – Ninguém será processado, nem sentenciado senão pela autoridade competência.
3) PRINCÍPIO DA ISONOMIA (ou da Igualdade)
Art. 5º, caput – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Art. 139, I – O juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe: assegurar às partes igualdade de tratamento.
Art. 7º - É assegurada às partes paridade de tratamento...
- Princípio da paridade de armas
A ideia é dar o mesmo tratamento no curso do processo.
Igualdade formal negativa X igualdade substancial
Igualdade formal negativa – sem que se faça qualquer distinção entre as partes.
Igualdade substancial – tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais (na medida das suas igualdades)
- Esse princípio foi evoluindo pois nem sempre é bom as partes serem tratadas de forma igual (as vezes uma das partes é hiposuficiente)
Artigos que visam isso:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público.
Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei parainterposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 4o A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.
§ 8o Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.
Art. 1.048.  Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
II - regulados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará ao cartório do juízo as providências a serem cumpridas.
§ 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária.
§ 3o Concedida a prioridade, essa não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite ou do companheiro em união estável.
§ 4o A tramitação prioritária independe de deferimento pelo órgão jurisdicional e deverá ser imediatamente concedida diante da prova da condição de beneficiário.
4) PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
É indissociável da ideia de processo.
O processo é o próprio procedimento em contraditório.
(Lembrando = processo = é o método estatal que será utilizado pelo Estado para aplicar a lei ao caso em concreto; Procedimento = é a forma com que um processo corre. É o modo de ser do processo).
Após o juiz receber a petição, ele irá informar as partes o que pode acontecer e for acontecendo, dando a possibilidade das partes se manifestarem.
Binômio = informação + reação = necessidade de ser informado e da possibilidade de reagir.
É diferente no civil e penal.
	CIVIL
	PENAL
	Simples possibilidade de reação
	Preciso da reação
	Disponível
	O direito é indisponível (o Estado não pode abrir mão do direito de punir.
Art. 7º CPC – garante o contraditório.
E o art. 5, LV, CF – aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa.
- contraditório X liminar inaudita altera parte
5) PRINCÍPIO DA AÇÃO OU DA DEMANDA 
(art. 2º e 141 do CPC)
Lembrando: Direito de ação = direito de provocar o exercício da jurisdição.
Cabe a parte a provocação da jurisdição.
Não cabe ao Estado, nem ao juiz. Cabe a parte a instauração do processo/da demanda.
Esse princípio visa preservar a imparcialidade do juiz/do magistrado.
O princípio se manifesta: (conteúdo)
a)Iniciativa de provocar a jurisdição cabe a parte.
b) Isso também vale com relação ao pedido pelo réu. – A ação não é só provocar a atividade jurisdicional. É praticar todos os demais atos que vão levar a tutela jurisdicional.
O réu também pode formular um pedido. Ex. RECONVENÇÃO em que o réu pode formular um pedido contra o réu.
c) O juiz deve respeitar os limites do pedido. 
Desse princípio podemos extrair o princípio da Congruência (correspondência).
Congruência entre o pedido e a sentença. (o pedido formulado na sentença tanto pelo autor ou pelo réu.
O JUIZ NÃO PODE TRAZER NA SENTENÇA AQUILO QUE ESTÁ FORA DA DEMANDA. – Os limites da demanda:
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 141.  O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 490.  O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes.
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único.  A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
Se o juiz profere uma decisão diferente da demanda pela parte, essa decisão é nula.
Essa decisão não é declarada de pleno direito, ela precisa de uma outra decisão (que declare a nulidade) para anular a outra.
Ela pode conter um vício mas ela vai produzir os seus efeitos normalmente.
Existem três vícios que podem existir numa decisão jurisdicional que estão ligados ao princípio da ação ou da demanda.
CITRA PETITA
Se o juiz julga menos do que foi pedido. (Não tem relação com quantidade)
É deixar de apreciar um pedido.
ULTRA PETITA
Ele julga menos do que foi pedido (pode ser com relação à quantidade)
Ex. eu peço 1.000 reais de dano moral. O juiz dá 10.000.
EXTRA PETITA
É julgado de natureza diversa.
Está além/fora do que foi pedido
Ex. você perde dano material e recebe dano moral.
Se a sentença tiver algum tipo desse vício, o tribunal irá declarar a existência desse vício e declara a nulidade da sentença.
6)PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE E DA INDISPONIBILIDADE
Em direito processual o poder dispositivo é aquele poder que a pessoa tem de exercer ou não seus direitos.
Como isso se manifesta?
No processo – no direito processual.
Ou seja, na liberdade que a pessoa tem de manifestar suas pretensões da forma que entender melhor.
A parte pode dispor dos seus direitos. Essa disposição vai se manifestar no processo na hora de expor sua pretensão na possibilidade inclusive de renunciar a pretensão ou até certos atos processuais.
Princípio da disponibilidade vigora no processo civil – em função da própria disponibilidade do direito material.
No processo penal vigora o princípio da indisponibilidade. (O Estado não tem o direito de punir, ele tem o DEVER de punir.).
7) PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO x PRINCÍPIO DA LIVRE INVESTIGAÇÃO DAS PROVAS
Princípio do dispositivo
Está ligado a produção probatória do processo.Está ligado a iniciativa das partes para conduzir as provas do processo.
O juiz estaria vinculado a iniciativa probatória das partes para colher as provas e julgar.
O fundamento desse princípio é garantir a imparcialidade do juiz.
Nesse princípio há um equívoco porque quando o juiz pede uma prova, na verdade ele não sabe qual parte será favorecida.
O princípio dispositivo ao longo dos anos foi mitigado pela evolução dos poderes instrutórios do juiz.
O que vigora hoje é um sistema misto entre o princípio do dispositivo e o da livre investigação das provas.
Princípio da livre investigação das provas
O juiz pode determinar qualquer investigação das provas.
No processo civil – o juiz pode se contentar com a verdade formal (ou seja, a verdade que está no processo) – para o juiz o que não está nos autos, não existe.
(No processo penal o juiz NÃO pode se contentar com a verdade formal – com o que está no processo apenas)
Se baseia nos seguintes artigos: 
Art. 370.  Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único.  O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Art. 385.  Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
§ 2o É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
§ 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
Art. 481.  O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
8) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
 
É a mola propulsora do direito processual. O que faz com que o processo caminhe para frente.
VIGORA no processo civil e no processo penal.
Visa dar continuidade aos atos processuais.
Pois o objetivo final é a solução da LIDE/ a resposta para o problema.
Pois a marcha processual vai caminhar para a frente, sem ficar voltando.
Funciona por meio da preclusão.
A medida que eu for avançando e praticando determinados atos processuais, eu vou perdendo o direito de praticar de novo aqueles atos processuais.
Ou seja, É A PERDA DA FACULDADE DE PRATICAR UM ATO PROCESSUAL.
PRECLUSÃO LÓGICA – É a perda da faculdade de realzar um ato processual em função de você já ter realizado um ato que seja logicamente incompatível com aquele que você quer praticar depois.
Ex. Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
 PRECLUSÃO TEMPORAL
Em razão de já ter escoado o tempo (Ou prazo) para a prática daquele ato.
O prazo serve para empurrar o processo para frente.
EX. Art. 223.  Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA
Perda da faculdade de realizar um ato processual em função de já ter consumado aquele ato.
9) PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ OU DO LIVRE CONVENCIMENTO.
Este princípio está ligado a apreciação das provas pelo Magistrado.
O juiz pode formar livremente o seu convencimento (de acordo com a sua consciência, mas ele deve motivar e fundamentar o porquê daquela decisão).
Este princípio regula a avaliação das provas pelo juiz.
Com relação a avaliação das provas dos autos, há 3 tipos de modelos processuais:
prova legal – cada prova já tem um valor pré-estabelecido. O magistrado não define um valor. Quem define é o próprio legislador (o juiz apenas aplica a lei)
Art. 406.  Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
livre convencimento puro – o magistrado tem a liberdade total de avaliar o que está nos autos e ele avalia da forma que bem entender. E não precisa motivar.
Pode até ser contrário aos fatos das provas, sem precisar fundamentar.
Persuasão racional (o sistema adotado no Brasil) – o magistrado pode apreciar de acordo com sua consciência, mas ele deve motivar e fundamentar seu convencimento.
Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
10) PRINCÍPIO DA EXIGÊNCIA DE MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
Art. 93 – IX CF = todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
OU SEJA, é uma garantia constitucional.
Art. 11.  Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único.  Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
ELEMENTOS DA SENTENÇA 
Art. 489.  São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
ENTÃO A SENTENÇA DEVE TER:
I – Relatório (resumo do procedimento)
II – Fundamento (motivos)
III – Dispositivo *mais importante (o julgamento – onde o juiz julga).
Se faltar um desses elementos, a sentença é NULA, pois ela afronta um princípio constitucional.
ERROR IN PROCEDENDO
Vício de natureza processual – defeito da sentença.
Neste caso o tribunal ANULA
ERROR IN IUDICANDO
É um erro de avaliação das provas dos autos/erro de avaliação da lei (julga errado)
Neste caso, o tribunal reforma a sentença (proferir um novo julgamento que vai consertar o errado)
FUNDAMENTO desse princípio: 
I – para a parte saber porque a pretensão dela não foi acolhida
(se ela não souber, não tem como ela entrar com o recurso)
II – O Tribunal precisa saber o porque ele chegou àquela decisão pra saber se ele errou ou acertou.
III – Político – que é possibilitar a própria fiscalização da imparcialidade do juiz
11) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Art. 93, IX, CF – “serão publicas... podendo a lei limitar a presença, em determinados atos... em caso de preservação do direito à intimidade
Art. 5, CF - LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Funciona como fiscalizador do trabalho do juiz, do MP e do advogado.
Art. 11 CPC – § único – segredo de justiça.
Art. 11 - Parágrafo único.  Nos casos de segredo de justiça,pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Art. 189 CPC – os tipos de processos que tramitam em segredo de justiça
Art. 189.  Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
CADERNO: Constitui importante garantia do indivíduo no tocante ao exercício da jurisdição.
A publicidade dos atos processuais situa-se entre as maiores garantias de imparcialidade, independência, autoridade e responsabilidade do juiz.
(cada órgão jurisdicional tem uma área específica para a publicação de seus atos).
Subdivide-se em:
a) Publicidade irrestrita (sistema popular)
Qualquer pessoa pode fazer-se presente às audiências e examinar os autos.
b) Publicidade Restrita (para as partes)
Os autos processuais são públicos só com relação às partes e seus defensores, ou ainda a um número reduzido de pessoas (funcionários da Vara)
Exceções: (exemplos):
- Sigilo dos autos (é a publicidade restrita – só as partes)
- Inquérito Policial (não é uma ação judicial, e sim um procedimento administrativo sigiloso. É sempre SIGILOSO)
- Estatuto da OAB
- leis especiais diversas: ex. Lei nº. 9.099/95 (Organização Criminosa) e Lei nº. 9.296/96 (Interceptações criminosas).
----- Audiência de processos que correm em segredo de justiça, na prática, deve-se pedir autorização do juiz para assistir as audiências.
12)PRINCÍPIO DA LEALDADE (processual)
Está ligado à moralidade e probidade do processo.
Ele impõe aos sujeitos processuais que atuem com respeito a moralidade e a probidade.
A violação desse princípio leva ao ilícito processual.
Trabalha o elemento ético do processo.
Ninguém pode litigar em benefício próprio.
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o.
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o.
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Art. 78.  É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
13) PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL
Não é apenas de custo financeiro, mas com relação processo mesmo, aplicando técnicas processuais que visem essa economia processual.
Ex. LISTISCONSÓRCIO 
Art. 113.  Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
ART. 55 – Pedido comum de duas ou mais ações.
Art. 55.  Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Art. 343 – RECONVENÇÃO
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
14) PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
Um ato processual defeituoso só será invalidado se mesmo com defeito ele não tiver alcançado seu objetivo.
Art. 188.  Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
(o processo visa resolver um problema da vida, se o mesmo é resolvido por algum ato processual de uma outra forma, mas que tenha alcançado seu objetivo, ele será considerado. Só será anulado se não tivesse resolvido oproblema).
15) PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
É a possibilidade de uma decisão ser reavaliada por um órgão de hierarquia superior.
É garantia que a pessoa tem da pessoa sofrer um reanalise por um órgão de hierarquia superior. É a possibilidade de revisão, por meio de recurso de um provimento jurisdicional.
É realizada por meio de recurso. 
FUNDAMENTO:
I – Político – a possibilidade de averiguar a legalidade daquela decisão.
II – Psicológica – Aceitar com mais facilidade aquela decisão, depois que um outro órgão jurisdicional reavalia aquela decisão.
Essa revisão exige a provocação da parte. Tem que recorrer.
Remessa necessária. – duplo grau de jurisdição obrigatório.
Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
16) PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL
Art. 5, inc. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
O juiz nunca poderá não julgar ou se esquivar de algum tipo de problema da vida que o jurisdicionado queria levar.
Mas esse princípio pode sofrer algumas limitações, sem que fere esse princípio.
Todas as pessoas têm o direito de um provimento jurisdicional, mas nem todos terão provisão de mérito, pois as pessoas têm que preencher alguns requisitos.
17) PRINCÍPIO DA ORALIDADE
É a prevalência da parte oral sobre a escrita.
Três sistemas. Um processo que seja:
Totalmente escrito
Totalmente oral
Meio termo
O que prevalece no Brasil é o meio termo.
Ele não se resume se há prevalência da palavra escrita sobre a oral. Ela representa um complexo de subprincípios. Que são:
I – Princípio da imediação ou imediatidade.
O juiz deve ter um contato próximo com as provas. É o que deve colher as provas. Esse princípio é mitigado. Pois é uma situação difícil. É o ideal, porém nem sempre é possível. (muitos processos são realizados por carta precatória). Acredita-se que o juiz está apto a julgar se ele estiver próximo as provas.
II – Princípio da identidade física do juiz
A prova oral seja colhida pelo mesmo juiz. Pois é próximo que o juiz pode avaliar melhor. Mas esse princípio pode ser mitigado. Pois às vezes o juiz pode sair da comarca em que estava, por exemplo.
III – Princípio da concentração dos atos processuais
A audiência deve ser preferencialmente uma. Se tiver necessidade de mais de uma audiência, ela deve ser em menor espaço de tempo possível. Esse princípio pode ser mitigado, pois nem sempre é possível ouvir todas as testemunhas num mesmo dia.
IV – Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias
As decisões que são proferidas no curso do processo não serão impugnáveis por meio de recurso próprio. Não é acolhido no processo civil nem no penal. É um princípio mitigado.
17) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Constitui a base para todos os outros princípios. Bastaria que esse princípio seja observado para que todos os princípios constitucionais sejam observados. Representa o conjunto de garantias constitucionais. 
Art. 5º LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
JURISDIÇÃO
CONCEITO
Atividade estatal pela qual o Estado sai da sua posição de inércia quando é provocado para em um determinado caso em concreto substituindo as partes em conflito, dizendo quem tem ou não razão mediante da aplicação da lei ao caso concreto.
Como o Estado resolve o conflito? Aplicando a lei ao caso concreto. Por meio do processo. Na qual a parte lesada convoca a atividade jurisdicional para resolver o seu conflito. 
Jurisdição é PODER, FUNÇÃO e ATIVIDADE ESTATAL.
PODER como uma manifestação do poder estatal. Podendo ser definida como a própria capacidade que o Estado tem de resolver os conflitos e impor decisões. (E aí já não interessa mais a vontade das partes).
FUNÇÃO próprio encargo de que quando provocado resolver os conflitos mediante a aplicação do Direito (por meio do processo).
ATIVIDADE como um complexo de atos (conjunto de atos) que são exercidos pelo juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que lhe é atribuída.
CARATERÍSTICAS
CARÁTER SUBSTUTIVO – O Estado substituindo a vontade dos titulares dos interesses (das partes) em conflito.
ESCOPO JÚRIDICO DE ATUAÇÃO DE DIREITO – É a satisfação do Direito Material. 
Escopo social = pacificação ( composição de eminir conflitos.
LIDE – A jurisdição é exercida com relação a uma lide.
( é o conflito de interesses qualificado com uma pretensão resistida deduzida em juízo.
INÉRCIA – o Estado só substitui a vontade das partes quando provocado. 
Porque por ele próprio fazer isso – não irá garantir a imparcialidade.
DEFINITIVIDADE – Após a decisão judicial se tornar definitiva, nenhum juiz pode julgar de novo aquela decisão.
Somente os atos jurisdicionais tem aptidão de se tornar imutáveis. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
O que é coisa julgada?
Coisa julgada depois que ela ocorre a situação se torna imutável. As partes não podem resolver aquilo em outro processo, o juiz não pode mais julgar aquilo.
É uma garantia constitucional. Somente os atos jurisdicionais têm a aptidão de se tornarem imutáveis.
Coisa julgada em direito processual significa imutabilidade. 
A sentença se torna imutável quando ocorre o trânsito em julgado.
Transito em julgada – é a passagem da sentença da situação de recorrível para irrecorrível. De mutável para imutável. Quando ocorre o trânsito em julgado? Quando não existirem mais recursos cabíveis para uma determinada. Não existem mais qualquer recurso que modifiquem essa decisão, ou quando o prazo que a parte tinha para interpor o recurso, ela não põe, aí ocorre a preclusão temporal. ( ocorrendo o Trânsito em Julgado.
Quando ocorre o trânsito em julgado, a sentença ganha uma qualidade: de imutabilidade.
É um fenômeno puramente processual. É um fenômeno endo processual.
Ninguém dentro do processo pode alterá-lo.
Sentença permitida – é aquela que começa a produzir efeitos fora do processo. É aquela sentença que resolve o problema da vida. Resolve a lide/mérito
Sentença terminativa – são aquelas sentenças que se extingue sem a resolução do mérito. Devido a algum problema processual, fazendo com que o problema não fosse resolvido. Essa sentença então não produz efeitos externos. Torna-se imutável, porém sendo endoprocessual.
A sentença que resolveu o problema, também recebe imutabilidade a respeito dos efeitos que elas projetam para fora do processo. 
A essa qualidade de imutabilidade chamamos de coisa julgada
COISA JULGADA É A QUALIDADE DE IMUTABILIDADE QUE REVESTE A SENTENÇA E/OU SEUS EFEITOS.
E que impede que aquela mesma situação seja reanalisada pelo mesmo juiz dentro do mesmo processo ou por qualquer outro magistrado em qualquer outro processo.
COISA JULGADA FORMAL – É a qualidade de imutabilidade que reveste a sentença e que impede que a mesma seja revista ou modificada dentro do mesmo processo onde foi proferida. 
COISA JULGADA MATERIAL – É a qualidade de imutabilidade que reveste os efeitos que a sentença projeta para fora do processo e que impede que aquela mesma situação seja revista ou modificada por qualquer juiz em qualquer outro processo.Ambos são graus distintos do mesmo fenômeno.
Para ter coisa julgada material tem que vir da coisa material formal.
Nem toda sentença que faz coisa formal, vai fazer coisa material. Ex. a sentença que extingue o processo sem a resolução do mérito.
Serve para dar estabilidade as decisões do poder judiciário. 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
São os princípios relacionados à Jurisdição
- Princípio da investidura 
Art. 37º, II CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Só pode exercer a atividade jurisdicional, aquela pessoa que foi regularmente investida no poder com a qualidade de juiz. 
- Princípio da aderência ao território ou principio da territorialidade.
Esse princípio estabelece limitações territoriais ao poder jurisdicional ao juiz.
Ele só pode exercer a função jurisdicional dentro dos seus limites, se precisar exercer a função fora daqueles limites, ele irá pedir para outro juiz que tenha como exercer a jurisdição naquele lugar. (Pode ser realizada por meio de carta precatória)
- Princípio da indelegabilidade
O magistrado não pode delegar suas funções a outras pessoas. Porque ele não age em nome próprio, ele está agindo em nome do Estado.
- Princípio da inevitabilidade
As decisões jurisdicionais serão impostas independemente da vontade das partes. É a própria manifestação do poder estatal. Por isso se fala em substituição, pois o juiz julga e impõe a sua vontade substituindo a vontade das partes.
- Princípio da inafastabilidade do Controle Jurisdicional
O Estado juiz quando provocado ele não pode se esquivar de julgar. É extraído do art. 5º, inc. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
- Princípio do juiz natural
Todo mundo tem o direito de ser julgado por um juiz imparcial, que tenha sido escolhido para aquele fim. E por um órgão que tenha sido instituído por meios legais. E não de acordo com a vontade de quem quer que seja.
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO (apenas para fins didáticos).
- Quanto ao objeto:
( Penal = pretensão punitiva
( Civil = pretensão não punitiva – tudo que não é penal é civil (ex. o trabalhista)
- Quanto aos organismos judiciários que exercem:
( Especial = pela justiça militar (Art. 122 a 124 CF), eleitoral (art. 118 a 121 CF) e trabalhista (art. 111 a 116, CF)
( Comum = Justiça Estadual (125 a 126 CF) e Justiça Federal (106 a 110 CF)

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