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Esquemas, Crenças, Erros Cognitivos Pensamentos Automáticos

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Esquemas
Crenças
Distorções Cognitivas
Pensamentos Automáticos
Profa. Claudia Oliveira Soares 
*
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ESQUEMA
A maioria dos pesquisadores do desenvolvimento cognitivo usa uma dessas quatro abordagens para definir esquema:
Behaviorista
Psicométrica
Processamento de Informação
Piagetiana
Papalia (2000)
*
*
ABORDAGEM PIAGETIANA
Observa as mudanças na qualidade do funcionamento cognitivo
O que a pessoa é capaz de fazer
Relação com a evolução das estruturas mentais 
Como as crianças se adaptam ao seu ambiente, sustentando que a cognição se desenvolve em etapas. 
*
*
Piaget  o núcleo do comportamento inteligente estaria numa capacidade inata de adaptar-se ao ambiente.
Descreve o desenvolvimento cognitivo  estágios.
Em cada estágio a criança desenvolve uma nova maneira de pensar/responder ao ambiente = esse desenvolvimento ocorreria por meio de três princípios que estão inter-relacionados: 
organização, 
adaptação e 
equilibração. 								Papalia (2000)
*
*
ORGANIZAÇÃO COGNITIVA
Tendência de criar sistemas de conhecimento cada vez mais complexos. 
Desde que nascem  organizam o que conhecem por meio de representações mentais da realidade dar sentido a seu mundo. 
Representações mentais  estruturas chamadas esquemas = podem ser conceituados como padrões organizados de comportamento que uma pessoa usa para pensar e agir em uma situação. 
À medida que as crianças adquirem mais informação  esquemas tornam-se cada vez mais complexos  progredindo as maneiras de realizar ações motoras até o pensamento crítico sobre percepções sensoriais, e depois até o pensamento abstrato. 
*
*
ADAPTAÇÃO: modo como lidamos com as novas informações 
 Envolvendo:
Assimilação: tomar uma informação e incorporá-la em estruturas cognitivas existentes 
Acomodação: mudar nossas ideias para incluir um novo conhecimento.
Equilibração: busca constante de equilíbrio, entre a criança e o mundo exterior e entre as próprias estruturas cognitivas da criança. 
*
*
Piaget  esquemas  tem sua origem no exercício dos reflexos.
Bebê recém-nascido  ao exercitar seus reflexos hereditários começa a relacionar o contexto no qual o reflexo é aplicado com a situação alcançada por ele, dando origem aos esquemas.
Esquema piagetiano  estrutura cognitiva dinâmica que se modifica ao longo do tempo, agregando conhecimento. 
*
*
Por meio de suas interações, das experiências que a criança vivencia, constrói ativamente os seus conhecimentos. 
A ação da criança sobre os objetos  é que possibilita a formação da inteligência, em que a estrutura lógica é formada pelo desenvolvimento cognitivo, e neste sentido, a socialização, a linguagem, a curiosidade é expressão do desenvolvimento cognitivo. 
 
Papalia (2000) 
*
*
Papalia (2000)  o bebê necessita de toda a atenção e cuidados do adulto, sozinho ele não sobreviveria, pois o período que vai do nascimento à aquisição da linguagem é marcado por um extraordinário e complexo desenvolvimento da mente. 
A criança progressivamente aumenta o autocontrole do seu próprio corpo e sentimentos. 
Assim, ela conseguirá pouco a pouco lidar com as demandas da vida. 
*
*
Formação de um Esquema
 
 Fatores congênitos Experiências
 e Infantís
 hereditários
 Esquemas
 
 Situações ativadoras Pensamentos e
 ou desencadeantes Comportamentos
*
*
CONCEITO DE ESQUEMAS
Tem sua história relativamente ligada aos teóricos Piaget e Bartlett, primeiros a definir e descrever um esquema como: 
“Estruturas que integram 
e atribuem significados aos eventos”.
Beck & Freeman (1993) 
*
*
ESQUEMAS
Aaron Beck
sugere que os ESQUEMAS são
estruturas cognitivas 
cujo conteúdo específico são as
CRENÇAS CENTRAIS.
*
*
 Esquema ou Estrutura Cognitiva
 Crença Central 
 ou Nuclear
 Erros ou Crenças
 Distorções Intermediárias
 Cognitivas
 Pensamentos 
 Automáticos
*
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ESQUEMAS - DEFINIÇÕES
 “Elementos organizados a partir de experiências e reações passadas que formam um corpo relativamente compacto e persistente de conhecimento capaz de dirigir as valorizações e percepções posteriores” 
 Segal (1988)
“Armazenam postulados e suposições básicas para interpretar as informações”
Beck (in Cottraux e Blackbum, 2001)
*
*
São estruturas internas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou protótipos de estímulos, ideias ou experiências, e também organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados.
São estruturas cognitivas com conteúdos (crenças)
São estruturas mentais que contêm armazenadas as representações de significados.
São fundamentais para orientar a seleção, codificação, organização, armazenamento e recuperação de informações de dentro do aparato cognitivo.
Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que entram no sistema cognitivo. 
 
 			(Williams, 1997)
ESQUEMAS - DEFINIÇÕES
*
*
Dá à experiência sua forma e significado, provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e dos eventos.
São padrões ordenadores da experiência que ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua percepção e guiar suas respostas (cognitivas, emocionais e comportamentais).
(Clark, Beck, Alford, 1999)
 
ESQUEMAS - DEFINIÇÕES
*
*
A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser como é.
*
*
PROCESSAMENTO AUTOMÁTICO DE INFORMAÇÃO
“Os esquemas, depois de desenvolvidos, servem como modelos para o processamento das experiências ulteriores e acabam desembocando em confirmações automáticas e circulares dos próprios esquemas”
Marco Callegaro, em O NOVO INCONSCIENTE, Artmed 2011, pag. 243
*
*
VIÉS CONFIRMATÓRIO
Paciente com autoimagem  Incapaz de ser amada
Processa a experiência de uma rejeição amorosa como evidência da veracidade de suas crenças, reconfirmando-as a cada experiência negativa
Cada vez mais, parecem certas e reais suas crenças sobre si mesma.
Circuito de retroalimentação  estabiliza a ideia de ser indigna de amor.
*
*
PROFECIA CATASTRÓFICA
O comportamento é influenciado de modo negativo por esse conjunto de crenças (esquema), fazendo a pessoa agir de modo a confirmar sua profecia catastrófica 
(previsão sem fundamento de que algo catastrófico acontecerá) 
 Evidência confirmatória dos esquemas
 ou
 viés confirmatório
*
*
AUTOPERPETUAÇÃO
Aquele que se considera indigno de amor agirá de forma acabrunhada e tímida, não olhará nos olhos e falará baixo em uma situação social, conduta que certamente aumenta sua chance de 
 REJEIÇÃO
As rejeições que ocorrem, por sua vez, CONFIRMAM os esquemas em um círculo vicioso 
 AUTOPERPETUADOR (viés confirmatório).
*
*
 ESQUEMA  núcleo da
 personalidade
Embora a TCC permita que o sujeito se dê conta em maior grau sobre os esquemas, normalmente não estamos conscientes de sua operação, nem mesmo de sua existência, apenas dos resultados produzidos, que acabam compondo o núcleo de nossa personalidade.
*
*
EXEMPLOS DE ESQUEMASINCAPACIDADE:
“Sou incapaz” 
“Meu autoconceito profissional depende do que os outros pensam de mim” 
“A não ser que eu alcance os mais altos padrões de desempenho, eu provavelmente serei um profissional de segunda classe”.
DESAMOR:
“Não sou amado” 
“Não sou gostável” 
“Se alguém não gosta de mim, isso significa que não sou gostável”.
INADEQUAÇÃO:
 “Sou socialmente inadequado” 
“Sou feio” , “Sou chato”, “Sou estranho”
*
*
VULNERABILIDADE: 
“É melhor não dizer nada, do que arriscar cometer um erro”
“É melhor não me aproximar do que ser rejeitado”
“Se eu for rejeitado (não aprovado, dispensado, tiver dor, etc.) não suportarei”.
PERFECCIONISMO: 
“A não ser que as coisas aconteçam como eu quero, minha vida não vale a pena” 
“Tirar dez não é mais do que obrigação”.
INFERIORIDADE: 
“Se uma pessoa tem algo que eu não tenho, isso significa que ela é uma pessoa melhor do que eu”.
EXEMPLOS DE ESQUEMAS
*
*
(Beliefs)
*
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FILOSOFIA  mais especificamente em EPISTEMOLOGIA  CRENÇA é uma condição psicológica que se define pela SENSAÇÃO DE VERACIDADE relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva. 
CRENÇA  pode não ser fidedigna à REALIDADE e pode representar o ELEMENTO SUBJETIVO DO CONHECIMENTO  afetam tudo em nossa vida  como criamos os filhos, onde decidimos morar, com quais pessoas nos relacionamos, nosso estado de saúde, o trabalho que fazemos, o dinheiro que ganhamos ou temos e nosso equilíbrio mental e emocional. 
NOSSAS CRENÇAS CONSTROEM O NOSSO MUNDO.
DEFINIÇÃO - CRENÇAS
*
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Mas...  crenças não são "A VERDADE“  são apenas uma percepção que foi aceita como verdade. 
O que é fantástico sobre as crenças é que podemos mudá-las! 
Podemos escolher acreditar em ideias que apoiam nossos sonhos e visões do que desejamos.
PODEMOS MUDAR AS CRENÇAS NEGATIVAS e instalar novas e poderosas ideias é essencial para criar uma vida em alinhamento com nossos desejos.
DEFINIÇÃO - CRENÇAS
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CRENÇAS CENTRAIS, 
BÁSICAS OU NUCLEARES
Core Beliefs
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Esquema ou Estrutura Cognitiva
REPRESENTAÇÃO
 Crenças
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As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento.
São globais, rígidas e supergeneralizadas. 
Pode-se dizer que fazem parte da personalidade dos indivíduos
São Ideias e conceitos fundamentais sobre nós mesmos, os outros e o mundo
São Incondicionais
Formadas desde a infância e se fortalecem com o tempo
As pessoas frequentemente não as articulam, sequer para si mesmas. 
Essas ideias são consideradas pela pessoa como verdades absolutas.
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970)
*
*
Fazem parte, portanto da formação de nosso caráter que se refere a fatores psicossociais, fatores aprendidos que influem na personalidade. Boa parte do caráter é formado ao longo da experiência e do processo de socialização.
 As CRENÇAS CENTRAIS estão inseridas dentro de estruturas mais ou menos estáveis, os ESQUEMAS, que orientam o comportamento e manifestam os traços de personalidade do indivíduo, isto é, regras específicas que regem o processamento da informação e do comportamento.
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970)
*
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Características:
Irracionais
Rígidas
Excessivas
Supergeneralizadas
Absolutas
Extremas
Primitivas
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970)
*
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Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou Crenças Nucleares  Disfuncionais
Predispõem a transtornos emocionais
Impedem a realização de metas
Associadas a emoções fortes
Tornam-se ativas em situações relacionadas às vulnerabilidades específicas do indivíduo
Idiossincráticas (cada pessoa tem o seu conjunto)	
*
*
Muitas são culturalmente reforçadas: 
“sofrer é virtuoso” 
“só podia ser mulher” 
“professor tem que saber tudo”
“psicólogo não tem problema” 
“é esforçada e não inteligente”
“não se pode elogiar, senão se fracassa”
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou Crenças Nucleares  Disfuncionais
*
*
As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos pensamentos  ativam-se durante os TRANSTORNOS EMOCIONAIS
O processo de informação torna-se tendencioso, extraindo da realidade os aspectos que confirmam a crença disfuncional  viés confirmatório.
Passado o problema emocional ela volta a ser latente.
Nos traços e TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE os indivíduos tem suas crenças disfuncionais ativadas na maior parte do tempo.
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou Crenças Nucleares  Disfuncionais
*
*
“Pelas crenças centrais nos ajudarem a compreender nosso mundo em uma idade tão tenra, pode nunca nos ocorrer avaliar se elas são o modo mais útil de compreender nossas experiências adultas. Ao contrário, quando adultos agimos, pensamos e sentimos como se elas fossem 100% verdadeiras.”
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 109, Artmed, 1999) 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou Crenças Nucleares  Disfuncionais
*
*
Crenças sobre si mesmo
Crenças sobre os outros
Crenças sobre o mundo
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou Crenças Nucleares  Disfuncionais
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CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO
DESAMPARO: impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado
DESAMOR: indesejável, incapaz de ser gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho
DESVALOR: incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valor
					Judith Beck (1995)
 
*
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CRENÇAS CENTRAIS SOBRE OS OUTROS
Os pacientes percebem os outros de maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica. 
Crenças disfuncionais ou negativas sobre os outros levam os pacientes a terem percepções muito negativas.
As pessoas são vistas como desprezíveis, frias, prejudiciais, ameaçadoras e manipuladoras.
As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se aproveitar, tirar vantagens, etc.
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CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE OS OUTROS
Às vezes, os pacientes podem ter uma visão positiva, mas irreal (disfuncional), como se as pessoas fossem superiores, muito eficientes, amáveis e úteis (diferente da visão que eles tem de si próprios)
 Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg 37.
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CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE O MUNDO
Os pacientes podem perceber o mundo de maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica. E da mesma forma criam crenças negativas sobre este mundo.
Os pacientes acreditam que não conseguem o que querem em razão dos obstáculos encontrados no mundo.
“O mundo é injusto, hostil, imprevisível, incontrolável, ameaçador, perigoso, etc.”
Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 38.
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IMPORTANTÍSSIMO
Conceituar corretamente a categoria, ou categorias, das CRENÇAS CENTRAIS dos pacientes é essencial para conduzir eficientemente a terapia.
Judith Beck, em “Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, pag. 36, Artmed, 2007
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PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS
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CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS (Judith Beck,1995)
As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias.  
São construções cognitivas disfuncionais.
São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta.
Pressupostos Subjacentes ou Pressupostos Condicionais ou
Crenças Subjacentes ou Crenças Intermediárias
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REGRAS (eu devo...)
 “Tenho que ser perfeito em tudo o que faço”
 “Não devo me mostrar como sou, pois verão que sou incompetente”
ATITUDES (é preciso que...) 
 “É horrível ser incompetente”
 “É terrível desperdiçar seu potencial”
SUPOSIÇÕES (se eu...)
 “Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar mudar eu não conseguirei ficar bem.” 
 “Se eu cometo erros é porque sou má”
 “Se eu fizer o que os outrosesperam, 
 então irão gostar de mim.”
 
 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS (Judith Beck,1995)
*
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As crenças intermediárias pressupõem que, desde que determinadas REGRAS, NORMAS e ATITUDES sejam cumpridas  “se eu fizer o que os outros esperam, então irão gostar de mim”  então
não haverá problemas e o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo. 
 (Fennel, 1997)
 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
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Se, por alguma circunstância, os pressupostos por exemplo: “devo sempre sacrificar-me pelo bem-estar dos outros”  não estão sendo cumpridos, o indivíduo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando as crenças centrais negativas  “sou um fracassado, incapaz de ser amado” são ativadas.
 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
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 São mais maleáveis do que as crenças centrais.
Embora o indivíduo construa e mantenha os pressupostos e as regras como tentativa de lidar com a CRENÇA CENTRAL DISFUNCIONAL, ele as acaba confirmando e reforçando.
Determinam “ESTILOS DE ENFRENTAMENTO” 
 ou
 “ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS” 
 (Judith Beck, 1995)
 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
*
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ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de lidar com as crenças (esquemas).
Tem correlação direta com as REGRAS e os PRESSUPOSTOS DISFUNCIONAIS que acabam por reforçar ainda mais as crenças.
Os pressupostos condicionais modelam a relação entre as estratégias comportamentais e as crenças nucleares.
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Manutenção da crença
Evitação da crença
Compensação da crença
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
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MANUTENÇÃO DA CRENÇA
Refere-se a como o pensar e agir acabam perpetuando as crenças nucleares. A literatura chama de capitular, render-se a ela.
Por exemplo, uma pessoa que pensa e se “sente” inferior aos outros sempre se coloca, literalmente ou na imaginação, atrás dos outros, porque tem a crença: “Eu não mereço nada melhor”.
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EVITAÇÃO DA CRENÇA
Refere-se às estratégias COGNITIVAS, EMOCIONAIS e COMPORTAMENTAIS usadas para evitar o acionamento das crenças nucleares e dos sentimentos dolorosos associados a elas.
Por exemplo, uma pessoa muito tímida, que fica retraída, não se comunica, fecha-se para o mundo, se pensa e se sente não desejável e acaba se deprimindo, ficando só em casa. Como não faz nenhum movimento para enfrentar o problema, ao contrário, o evita, acaba perpetuando sua crença de não ser desejável.
*
*
COMPENSAÇÃO DA CRENÇA
Refere-se a comportamentos que as pessoas tem que parecem contradizer suas crenças nucleares.
Por ex., no caso anterior, o indivíduo que se vê como não desejado, engaja-se em uma intensa e frenética vida social e amorosa (sem, no entanto, aprofundar nenhuma das relações), tudo para compensar sua crença de não ser desejado.
Os processos de compensação do esquema tentativas parcialmente bem-sucedidas de desafio e superação usualmente envolvem uma falha em reconhecer a vulnerabilidade subjacente, deixam a pessoa despreparada quando a compensação falha e a crença é acionada.
*
*
EXEMPLO: Indivíduo com Ansiedade Social
CRENÇA CENTRAL  Sou incapaz de ser amado
ATITUDE  É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão gostar de mim. 
REGRA  Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas 
SUPOSIÇÃO Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou. Devo me afastar, caso contrário me machucarão.
PENSAMENTO AUTOMÁTICO 
Não vou ter assunto pra conversar na festa. 
*
*
 Durante esta aula  Você pode perceber alguns níveis no seu pensamento. Você pode estar tendo alguns pensamentos avaliativos rápidos... Não decorrentes de deliberação ou raciocínio...
 Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com frequência, bastante rápidos e breves. 
 Você pode aprender a identificar seus PA prestando atenção às suas mudanças de afeto.
 COMO IDENTIFICAR MEUS PA’s ?
*
*
Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade dos seus pensamentos.
 Em termos cognitivos, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções, em geral, mudam.
 Vamos entender de onde vem os PA’s... 
 COMO IDENTIFICAR MEUS PA’S ?
*
*
Ei, isso faz sentido... Finalmente uma aula interessante!
Ah! Isso é ridículo... Nunca vai funcionar...
 
 Essa aula tá muito chata! Que desperdício de dinheiro...
Eu preciso mesmo aprender tudo isso? E se eu não conseguir? 
Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC...
 Arrrgh... essa aula *$%@#*...
*
*
CC são entendimentos que são tão fundamentais e profundos, que as pessoas frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas. 
São idéias consideradas (pela pessoa) como verdades absolutas, é o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas.
Isso é difícil demais... E nunca vou aprender essa TCC...
 COMO IDENTIFICAR AS CRENÇAS ?
 Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos. 
*
*
Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC...
 CRENÇA CENTRAL = “Eu sou incompetente”
 CC = é ativada na aula = autocrítica = interpretação da situação negativada.
 VIÉS CONFIRMATÓRIO = desconsiderada e desconta as evidências contrárias à CC.
 MANUTENÇÃO DA CC = mesmo que seja imprecisa, não verdadeira, disfuncional.
 COMO IDENTIFICAR AS CRENÇAS ?
*
*
 As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições.
 As CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS (CI) influenciam como a pessoa pensa, sente e se comporta.
ATITUDE
REGRA
SUPOSIÇÃO
“é horrível ser incompetente”
“Eu devo estudar muito, o tempo todo”
“Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz de ser tão bom como os meus colegas”
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
*
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*
ERROS COGNITIVOS
Processamento defeituoso da informação.
São vieses sistemáticos na forma como indivíduos interpretam suas experiências.
Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas.
*
*
PENSAMENTOS DISTORCIDOS
Erros cognitivos = Pensamentos distorcidos
Deslizes de pensamento
Impedem que se faça uma avaliação exata das experiências
Impelem a se tomar o caminho menos adequado, tirar conclusões e supor o pior.
Desviam do caminho adequado ou induzem à distorção dos fatos.
*
*
FLEXIBILIDADE COGNITIVA
O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as distorções do pensamento, ou seja, modificar os erros cognitivos promovendo maior flexibilidade cognitiva  construindo pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de gerar uma melhora no estado de humor no paciente.
*
*
As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação.
Por exemplo.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender” (catastrofização e vitimização)
DISTORÇÕES COGNITIVAS
*
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CATASTROFIZAÇÃO
Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em consideração outros desfechos  Acreditar que esse acontecimento será terrível e insuportável  Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva.
“Perder o emprego será o fim da minha carreira”
“Não suportarei a separação da minha mulher”
“Se eu perder o controle será o meu fim” 
*
*
ABSTRAÇÃO SELETIVA 
(filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel)
Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção  outros aspectos relevantes da situação são ignorados parte negativa de toda uma situação é realçada  todo o restante positivo não é percebido.
Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um cartão de boas-festas de um velho amigo  pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo“  ignora as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
*
*
 INFERÊNCIA ARBITRÁRIA
Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever as chances de um elevador cair com ela dentro  responde que “as chances são de 30% ou mais de o elevador cair até o chão e eu me machucar” Muitas pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis.
*
*
SUPERGENERALIZAÇÃO
Conclusão sobre um acontecimento isolado é estendida de maneira ilógica a outras áreas do funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma prova  Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com pensamentos automáticos: 
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada direito"
*
*
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
A importância de um atributo, evento ou sensação é exagerada ou minimizada.
 Uma mulher com transtorno de pânico começa a sentir tonturas durante o início de um ataque de pânico  pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um derrame"
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”
“Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que as minhas”
*
*
PERSONALIZAÇÃO
Assumir responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos  falhando em ver que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos.
O chefe estava nervoso e de cara feia, e a secretária pensa: “Devo ter feito algo errado”
O marido separando-se da esposa, pensa: “Não consegui manter meu casamento, ele acabou por minha causa.”
*
*
PENSAMENTO ABSOLUTISTA
 (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em 2 categorias totalmente mau  bom, total fracasso  sucesso, completamente perfeito cheio de defeitos.
Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na escola  Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está longe do ideal, pois tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades. 
Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz para si mesmo: "Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem".
*
*
RACIOCÍNIO EMOCIONAL
Presumir que sentimentos são fatos  “Sinto, logo existo”
Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade Presumir que as reações emocionais refletem a situação verdadeira.
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.”
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.
“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser verdadeiro.”
“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser desesperadora.”
*
*
ADIVINHAÇÃO
Prever o futuro Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer.
Expectativas negativas = como fatos.
“Não irei gostar da viagem.”
“Ela não aprovará meu trabalho.”
“Dará tudo errado.”
*
*
LEITURA MENTAL
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando  desconsiderando outras hipóteses possíveis.
“Ela não está gostando da minha conversa”
“Ele está me achando inoportuna”
“Ele não gostou do meu projeto”
*
*
ROTULAÇÃO
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento específico.
“Sou incompetente.”
“Ele é uma pessoa má.”
“Ela é burra.”
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DESQUALIFICANDO O POSITIVO
Experiências positivas e qualidades que entram em conflito com a visão negativa são desvalorizadas porque “não contam” ou são triviais.
“O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi fácil.”
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.”
“Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena.”
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IMPERATIVOS
“deveria” e “tenho que”
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas como são  Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento  Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo  evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas.
“Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.”
“Eu devo ser perfeito em tudo que faço.”
“Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo.”
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VITIMIZAÇÃO
Considerar-se injustiçado ou não entendido  fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos”
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem.
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QUESTIONALIZAÇÃO (E se?)
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi.
Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora.”
“E se o novo emprego não der certo?”
“Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.”
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BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
Supor que quando uma coisa parece difícil de ser tolerada, ela é intolerável.
Significa aumentar o desconforto e não tolerar o desconforto temporário, quando é do seu interesse fazê-lo em prol de algo que você deseja.
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Frequentemente você adia os trabalhos acadêmicos, pensando: “Vai dar muito trabalho. Vou fazer quando estiver com vontade”  Você tende a deixar p/fazer o trabalho quase no fim do prazo e isso se torna desconfortável demais p/ser ainda mais adiado  Infelizmente, esperar até o último momento significa que você raramente se esforça tanto quanto poderia no seu curso/trabalho para atingir todo o seu potencial. 
Você quer superar sua ansiedade por viajar para longe de casa enfrentando diretamente o seu medo ainda assim, cada vez que você tenta viajar para longe de trem, você fica ansioso e pensa: “Isso é horrível, eu não posso suportar”  rapidamente retorna para casa, o que reforça seu medo mais do que o ajuda a vivenciar uma experiência menos ameaçadora.
BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
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PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
São um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos  Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação.
São, usualmente aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica Parecem surgir espontaneamente, mas estão ligados ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.
São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um dependente de drogas.
São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. 
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Influenciam o comportamento: o que escolhemos ou não fazer e a qualidade do nosso desempenho.
Podem ocorrer em forma verbal ou como imagens.
Pensamentos e Crenças afetam respostas biológicas.
São influenciados pelas crenças que se adquire na infância e no meio cultural.
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
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Ajudam a definir os estados de humor que experimentamos
“Os pensamentos ajudam a definirqual estado de humor experimentamos em determinada situação, por exemplo, as pessoas com raiva pensam a respeito de como foram prejudicadas; pessoas deprimidas pensam sobre quão infelizes suas vidas se tornaram; e pessoas ansiosas veem perigo em toda parte.”
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 24, Artmed, 1999)
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
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É uma cognição alicerçada em auto-avaliações e auto-direcionamentos, fora do alcance consciente que opera automaticamente, de forma particular e produzida pelos esquemas.
					(Aaron Beck)
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
(PA)
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PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Uma gama de situações pode gerar 
 PAD (Pensamentos Automáticos Disfuncionais)
Sequência entre a geração da situação desencadeante e o comportamento final  “Pensamento Quente”
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Pequenos acontecimentos
Pensamentos estressantes
Lembranças
Imagens
Emoções
Comportamentos 
Sensações físicas
Sensações mentais
SITUAÇÕES  DESENCADEANTES 
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Pensamentos automáticos tornam-se situações ESTIMULANTES quando os pacientes os avaliam, tomam conhecimento deles e
 
 TEM PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS ADICIONAIS 
SITUAÇÕES  ESTIMULANTES
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REAÇÕES DO PACIENTE
Emocional
Comportamental
Física
É importante descobrir se a natureza dessas reações perturba o paciente  Normalmente eles se sentem perturbados com suas emoções negativas 
 
 
 
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O paciente estava na farmácia e pensou:
 “Por que este remédio não me ajuda?” 
 (Ansioso)
Percebeu a ansiedade e pensou:
 “Nunca vou sarar” 
 (Desanimado)
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO EMOCIONAL
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A paciente viu um prato de biscoitos e pensou:
“Não tem problema se eu pegar apenas um” 
(pegou o biscoito e comeu)
Quando terminou de comer percebeu o que tinha feito e pensou: “Oh! Eu não devia ter comido. Realmente quebrei minha dieta hoje. Talvez eu possa comer mais um e recomeçar minha dieta amanhã”.
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO COMPORTAMENTAL
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O paciente estava dirigindo quando passou pela sua cabeça as imagens de um acidente, sentiu-se ansioso e percebeu que seu coração estava batendo mais forte.
Pensou: “Isso pode acontecer comigo”
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO FÍSICA
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SITUAÇÕES E REAÇÕES
“Na verdade, pode ser mais importante trabalhar a avaliação do paciente quanto às suas reações do que a situação desencadeante”
 
 Judith Beck em TERAPIA COGNITIVA PARA DESAFIOS CLÍNICOS, O que fazer quando o básico não funciona, página 47, Artmed
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USO DE SUBSTÂNCIAS
Situações desencadeantes e estimulantes
SITUAÇÃO 1  Em casa
PA “Estou sem dinheiro, quebrado”
 “ Eu nunca sairei desse buraco”
EMOÇÃO  Tristeza, desânimo
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SITUAÇÃO 2  Percebe o sentimento de tristeza
PA  “Eu odeio este sentimento”
	 “Se eu pudesse cheirar só uma carreira (usar cocaína)”
 EMOÇÃO  Ansiedade
PA  Lembrança do sentimento maravilhoso 
	 da 1ª vez que usou cocaína 
 EMOÇÃO  Excitação
 REAÇÃO FÍSICA  Fissura
USO DE SUBSTÂNCIAS
Situações desencadeantes e estimulantes
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SITUAÇÃO 3  Reconhece o desconforto da fissura
PA  “Preciso conseguir um pouco (de cocaína)”
	 “Não vai me fazer mal desta vez”
 EMOÇÃO  Alívio
 COMPORTAMENTO  Evita pensamentos 
				 que possam detê-lo, 
				 consegue a cocaína 	
				 e a consome.
USO DE SUBSTÂNCIAS
Situações desencadeantes e estimulantes
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Situação 4  Mais tarde percebe o que faz
PA “Não acredito que eu fiz isso. Sou um fraco”
 “Eu nunca vou me livrar disto”(da dependência)
		REFORÇO DA CRENÇA DE SER 
		UM FRACASSO E SEM CONTROLE
USO DE SUBSTÂNCIAS
Situações desencadeantes e estimulantes
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EXERCÍCIO PRÁTICO 
(RPD 4 PARTES 
COM DISTORÇÃO COGNITIVA) 
RPD – Registro de 
 Pensamento 
 Disfuncional
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Exercício RPD 4 PARTES – com DISTORÇÃO COGNITIVA
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Sara, 32 anos, casada há 5 anos, uma filha de 4 anos, publicitária.
QUEIXA: Procurou terapia a pedido do psiquiatra que a tratou há 2 anos num episódio de depressão e, há 1 mês a medicou (Rivotril e Citalopram) c/diagnóstico de TOC + hipocondria.
PROBLEMA CENTRAL: Há 12 anos tem mania de limpeza e hábito de lavar as mãos constantemente. Na adolescência tinha “medo de chegar perto de alguém (com AIDS) e de ser infectada” chegando a “sentir o sintoma dessa doença e tinha diarreia e vômitos”. Recentemente achou “uma bolinha na axila” e ficou “triste e caída” ao perceber pensamentos como “tenho câncer de mama”, “vou fazer quimio” e “vou morrer” , entrando em “crise” ao marcar consulta com o médico três vezes e não ter coragem de ir à consulta e ficar “adiando a ida ao médico” por “medo de ter o diagnóstico”. Emagreceu 4 quilos no último mês e está muito preocupada (apesar dos resultados normais em vários exames clínicos, a pedido de um cardiologista, 6 meses atrás).
PROBLEMAS ATUAIS: Marido diz “que eu infernizo a vida dele” e “ele já não aguente mais”. Há 1 mês, tirou 18 dias de férias no trabalho e retornou mais cansada do que saiu (quando mudou-se do apto onde moravam, para o sobrado que construíram, no mesmo terreno da casa dos sogros). Retornou ao trabalho 2 dias antes do combinado, pois se confundiu com a data. Costuma parar na farmácia próxima de sua casa, no ir e vir para o trabalho, onde se pesa 2 ou 3 três vezes ao dia, relatando muita ansiedade nas pesagens, pois “não é normal emagrecer assim sem fazer regime” e que “agora o pânico se instalou, pois almocei bem e emagreci, tem algo de errado comigo”. Passou férias de verão com a filha, no interior de SP, na casa de seu pai (que vive com 3ª esposa) e que relembraram o tio paterno, que estava doente, emagreceu muito, e morreu no final do ano passado. Lembrou-se de uma situação muito aflitiva e recorrente nos últimos meses, quando deixa sua filha na escolinha logo cedo e, no caminho do trabalho pensa “será que eu deixei mesmo ela na escola?” ou “será que ela saiu da escola e ninguém viu?” e, ao chegar no trabalho, liga ansiosa para a escolinha e “dou a desculpa da lancheira, só prá ter certeza que minha filha está lá”.
RELATO CASO CLÍNICO  SARA
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Terapia Cognitivo-comportamental
 Judith Beck. 
ARTMED, 2013
Aprendendo a TCCl – Um Guia Ilustrado
 Jesse H. Wright, Monica R. Basco e Michael E. Thase. ARTMED, 2008
TCC na Prática psiquiátrica. Paulo Knapp e cols. 
ARTMED, 2004
Manual de Técnicas em Terapia Cognitiva. Rian Mcmullin ARTMED,2005
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