Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) AMANDA DE OLIVEIRA OLIMPIO R.A: T2881A3 GABRIELA LIMA VENDRAME R.A: C384577 CLAITON ANDRE DO PRADO R.A: C30EEA3 MAGNER FERNANDO GOBI R.A: C347183 ANA CAROLINE BATISTA R.A: C3707G0 TEMA: EPIDEMIOLOGIA O que é EPIDEMIOLOGIA? EPI= SOBRE DEMO= POPULAÇÃO LOGIA= ESTUDO DOENÇAS CAUSAS EPIDEMIOLOGIA – Estudo dos diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua freqüência, modo de distribuição, evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção. História da epidemiologia A epidemiologia originou-se das observações de Hipócrates feitas há mais de 2000 anos, de que, fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Entretanto, foi somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala. A abordagem epidemiológica, a qual compara os coeficientes (taxas) de doenças em subgrupos populacionais, tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX. A sua aplicação foi inicialmente feita visando o controle de doenças transmissíveis e, posteriormente, no estudo das relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas. Epidemiologia Tradicionalmente dividida: Descritiva: estuda a freqüência e a distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações. Analítica: testa hipóteses de relações causais. Epidemiologia Conceito Ciência que estuda o processo saúde-doença, em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação da doença, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. “A epidemiologia pode ser definida como “o estudo da distribuição e dos determinantes de eventos ou estados relacionados à saúde-doença, em populações específicas, e a aplicação deste estudo para o controle de problemas de saúde”. Last, 1995 Médico x Epidemiologista Médico - Investigar alterações no organismo - Exame clínico - Solicita exames complementares - Chega a um diagnóstico - Indica prescrição Epidemiologista - Investigar o agravo na população Freqüência e distribuição da doença Informações - dados Hipóteses de fatores determinantes Associação fator -doença Profilaxia Evolução da Epidemiologia até o Século XIX Hipócrates – Grécia antiga (Médico grego, pai da medicina e epidemiologia) Galeno – Século XVII (Roma antiga) John Graunt (1620 – 1674) Orientação para avaliar os fatores como clima, maneira de viver, hábitos alimentares. Teoria dos Miasmas (Má qualidade do ar, decomposição de animais e plantas). Pai da demografia ou estatísticas vitais (estimou a probabilidade de vida ou morte de uma população Epidemiologistas - Século XIX Cientistas Ingleses William Farr – responsável pela coleta de estatísticas médicas. Sua contribuição mais importante foi a criação de um sistema para registrar rotineiramente as causas da morte. Louis Villermé – conhecido por seus primeiros estudos sobre epidemiologia social, ou efeitos do status socioeconômico na saúde, era um defensor da reforma higiênica em fábricas e prisões. John Snow – considerado pai da epidemiologia moderna. Demonstrou que o cólera, era causado pelo consumo de águas contaminadas com matérias fecais, ao comprovar que os casos dessa doença se agrupavam nas zonas onde a água consumida estava contaminada com fezes. Cientistas Franceses Pierre Louis – foi um médico, clínico e patologista francês conhecido por seus estudos sobre tuberculose , febre tifóide e pneumonia , mas a maior contribuição de Louis para a medicina foi o desenvolvimento da doença "método numérico", precursor da epidemiologia e do moderno ensaio clínico Louis Pasteur – reconhecido pelas suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade e a criação da primeira vacina contra a raiva (Vacina anti-rábica). Século XX Primeira metade Influência da microbiologia – Diagnóstico etiológico. No Brasil – Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Emílio Ribas destacaram-se como sanitaristas com medidas saneadoras e preventivas. Lind, Takaki e Goldberger – Estudo das doenças não infecciosas (prevenção do escoburto, beribéri e pelagra) Segunda metade (pós Segunda Guerra Mundial) Desenvolvimento da epidemiologia Ênfase das pesquisas – mudança de perfil das doenças prevalentes. Determinação das condições de saúde da população. Investigações etiológicas. Estudos de Coorte – Fatores de risco em doenças crônicas. Estudos de Caso-controle – Tabagismo x Câncer de pulmão. Situação Atual Pilares da Epidemiologia Atual Ciências Biológicas – clínica, patologia, microbiologia, parasitologia e a imunologia. Ciências Sociais – a busca de melhor conhecimento da interação do social com o biológico na produção da doença. Estatística – arte de coletar, resumir e analisar dados sujeitos a variações, como, a aleatoriedade dos eventos e o controle de variáveis que dificultam a interpretação dos resultados. Fundamentos básicos de epidemiologia Premissas Básicas Agravos à saúde, não ocorrem ao acaso. Distribuição desigual dos agravos na população. Distribuição desigual dos fatores de risco. O propósito da epidemiologia – o que investigar Conhecimento destas situações, orienta aplicação de medidas preventivas e curativas direcionadas. Definições de saúde e doença: causa versus determinantes Abordagens epidemiológicas/método epidemiológico – natureza da informação, tipos de estudo Objetivos da Epidemiologia Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas; Conhecer dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção e promoção da saúde, controle e tratamento das doenças; Estabelecer prioridades, para melhorar cada vez mais o nível de saúde da população; Identificar os fatores etiológicos das doenças. Problema Epidemiológico Em epidemiologia, o problema tem origem quando doenças, acometem grupos humanos. A necessidade de remover fatores ambientais contrários à saúde ou de criar condições que a promovam, que determina a problemática própria da epidemiologia. Alvo do estudo epidemiológico O alvo de um estudo epidemiológico, é sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer. Por exemplo, um grupo específico de pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria. Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico, é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo. Epidemiologia clínica A epidemiologia também está, preocupada com a evolução e o desfecho (história natural) das doenças nos indivíduos e nos grupos populacionais. A aplicação dos princípios e métodos epidemiológicos, no manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes, levou ao desenvolvimento da epidemiologia clínica. Estado de saúde das populações A epidemiologia é freqüentemente utilizada, para descrever o estado de saúde de grupos populacionais. O conhecimento da carga de doenças que subsiste na população, é essencial para as autoridades em saúde. Esse conhecimento permite melhor utilização de recursos, através da identificação de programas curativos e preventivos prioritários à população. Medir Saúdee Doença Medir saúde e doença, é fundamental para a prática da epidemiologia. Diversas medidas são utilizadas para caracterizar a saúde das populações. O estado de saúde da população, não é totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas. Existe a necessidade de dados fidedignos e completos para gerar as informações. Registro dos dados: Forma contínua: óbitos, nascimentos, doenças de notificação obrigatória; Forma periódica: recenseamento da população; - Forma ocasional: pesquisas realizadas com fins específicos: conhecer a prevalência da hipertensão arterial em uma comunidade, em determinado momento. Dados relevantes à saúde: População: número de habitantes, idade, sexo, etc; Sócio-econômicos: renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação; Ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição de lixo; Serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços; Morbidade: doenças que ocorrem na comunidade; Eventos vitais: óbitos, nascidos vivos e mortos. Esses dados refletem a saúde – ou ausência dela – da população que se deseja estudar. “Ponta do iceberg” Refere-se a uma característica desses dados, ou seja, tanto morbidade quanto a mortalidade, representam apenas uma parcela da população, a que morre ou a que chega ao serviço de saúde e tem seu diagnóstico feito e registrado corretamente. Conceitos em Epidemiologia Surto – Epidemia de proporções reduzidas, atingindo uma pequena comunidade humana, restrita a instituições fechadas. Endemia – Ocorrência coletiva de uma determinada doença, que no decorrer de um longo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantém sua incidência constante. Epidemia – Se caracteriza pela incidência, em um curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença. Pandemia – Ocorrência epidêmica em várias nações. Aplicações da Epidemiologia 1. Supervisão de Doenças - Epidemia: Um rápido e dramático aumento na freqüência de uma doença dentro de uma população. - Taxa de Incidência de uma doença: mede a rapidez com que novos casos da doença aparecem. 2. Procurando as causas da doença - Estudo Caso-Controle: presença (casos) ou ausência (controle) da doença de interesse. - Estudo de Coorte: baseados na presença (exposição) ou ausência (não exposição) de um fator de risco de interesse. 3. Testando o Diagnóstico Verificação dos resultados dos testes: Um bom teste deve ter: um baixo percentual de falsos positivos ou uma alta especificidade e um baixo percentual de falsos negativos ou uma alta sensibilidade - Sensibilidade = P(Teste + | Doença Presente) Ex: VDRL (78% a 100%) Análise de secreção da técnica de Gram 90% - Especificidade = P(Teste - | Doença Ausente) * TPHA (98% a 100%) * Análise de secreção da técnica de Gram 98% Referências Bibliográficas ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 5 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. FELTCHER, R; FLETCHER, S; WAGNER, E. H. Epidemiologia Clínica: elementos essenciais. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Epidemiológica. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2004: Uma análise da situação de saúde. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2007. PEREIRA, M.G. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
Compartilhar