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Processo Civil I - Primeiro Bimestre

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PETIÇÃO INICIAL
É ato processual da parte, ato postulatório, apresentada na fase postulatória do processo.
Conceito
É o ato do autor pelo qual ele provoca o exercício da jurisdição, requerendo a tutela jurisdicional.
É a peça inaugural do processo.
Requisitos
Previstos no art. 282 do CPC
Juiz ou tribunal a que é dirigida: endereçamento, critério de fixação de competência;
qualificação das partes: individualização dos participantes da relação jurídica processual;
Fatos e fundamentos jurídicos do pedido: causa de pedir próxima (causa de pedir jurídica, fundada no direito) e remota (fundada nos fatos, na realidade fática);
Teoria da substanciação da causa de pedir - os fatos narrados sobrepõem-se ao direito subjetivo violado, pode o juiz acolher o pedido do autor baseado em fundamentação jurídica distinta daquela trazida na inicial 
Pedido, com suas especificações: imediato (referente à sentença esperada pelo autor) e o mediato (correspondente à pretensão de direito material alegado pelo autor - bem da vida). (ver maiores considerações a seguir)
Valor da causa: valor pecuniário, critério fixado pelo art. 259 do CPC , como parâmetro geral, o valor da causa deve corresponder ao proveito econômico esperado pelo autor, quando a ação não tem proveito econômico o valor da causa deve ser fixado por estimativa.
Reflexos decorrentes delimitação do valor da causa: 
 cálculo da taxa judiciária (fixada em percentual sobre o valor da causa; fixação de competência (em determinados Estados existem foros regionais que têm sua competência fixada pelo valor); a fixação das verbas de sucumbência (de 10 a 20% sobre o valor da causa — ver art. 20, CPC).
Provas: autor deve indicar as provas com que pretende demonstrar a veracidade do os fatos;
O requerimento de citação do réu: é o ato pelo qual o autor requer seja o réu chamado a participar da relação jurídica processual.
Documentos indispensáveis: art. 283
Emenda da inicial – art. 284 do CPC
A emenda da inicial ocorre por determinação judicial quando não se encontram presentes os requisitos do art. 282. 
Determinada diante da existência de lacunas, omissões ou contradições, capazes de dificultar o futuro julgamento do mérito;
Prazo para emendar a inicial: 10 dias 
Indeferimento da petição inicial
Vício apresentado na inicial é insanável, caracterizando uma das hipóteses previstas no art. 295, CPC;
Determinada quando não promovida a emenda da inicial, art. 284, parágrafo único, CPC.
Inicial pode ser indeferida independentemente de determinação de emenda 
Obs: de acordo com menção doutrinária, há uma zona dúbia existente entre a determinação da emenda e o indeferimento de plano da inicial, ficando ambas sujeitas a certa dose de subjetivismo do juiz da causa. 
Julgamento liminar de improcedência - art. 285-A, CPC
Improcedência do pedido; 
Petição inicial que trate unicamente de matéria de direito;
Questões idênticas já discutidas no mesmo juízo;
Dispensa da citação. 
PEDIDO
O pedido é limitador da atividade jurisdicional.
A sentença não pode ser extra petita ( sobre pedido diverso daquilo que conta na petição inicial), ultra petita (decide concedendo mais do que foi pedido na petição inicial) ou citra petita (sentença que aprecia apenas parte do pedido) .
Pedido mediato: 
Referente à sentença esperada pelo autor; é a solicitação da prestação jurisdicional; espécie de providência que o autor deseja obter.
Pedido imediato: 
Pretensão de direito material alegado pelo autor e negado pelo réu; refere-se ao específico bem da vida que se pretende obter através da ação.
Pedido certo - art. 286, CPC
A regra é que o pedido seja certo e determinado ou ao menos determinável. 
Pedido genérico - art. 286, I,II e III, CPC
É admissível: nas ações universais (ex: inventário, refere-se a uma universalidade de bens, a herança, pode não ser possível ao autor especificar desde logo os bens deixados pelo “de cujus”
Obs: Pedido genérico formulado em hipótese não admitida implica inépcia da petição inicial (art. 295, par. único, I, do CPC).
Pedido cominatório - art. 287 e arts. 461, § 4º, e 461-A
Pretende a imposição ao réu do dever de praticar ou não praticar algum ato; de tolerar alguma atividade 
Pedidos alternativos – art. 288, CPC 
O autor se encontra diante de uma obrigação alternativa, na qual o devedor se exonera pelo cumprimento de uma das opções existentes.
Alternativos = quando a satisfação do autor se realiza pelo acolhimento de qualquer um dos pedidos formulados;
Pedidos sucessivos – art. 289, CPC 
O autor formula uma pretensão principal, mas traz na inicial pedidos subsidiários, a serem analisados no caso de impossibilidade de acolhimento de sua preferência.
Sucessivos = quando o autor estabelece uma ordem de preferência (pedido principal, pedido subsidiário)
Pedido de prestações periódicas – art. 290, CPC
Feito nas relações jurídicas de trato sucessivo; a sentença abrangerá as prestações vencidas ao tempo da propositura da demanda, aquelas que se venceram no curso da ação e também as vicendas (existentes enquanto durar a obrigação) 
Pedidos cumulativos – art. 292, CPC 
Realizados em decorrência do mesmo fato constitutivo; tem-se um único fato constitutivo gerando vários pedidos contra o mesmo réu.
Cumulativos = quando o autor pretende o acolhimento de todos os pedidos;
Sobre a cumulação de pedidos há entendimentos no seguinte sentido:
Cumulação de pedidos é diferente de cumulação de ações, em que há vários fatos constitutivos distintos originando vários pedidos distintos, o dispositivo legal (art. 292) trataria de cumulação de pedidos.
A norma (art. 292) trata também de cumulação de ações, sendo possível diante do princípio da economia processual e desde que haja (art. 292, par. 1º) compatibilidade entre os pedidos; competência do juízo para a apreciação do pedido; procedimento adequado, não podendo o autor cumular pedidos (ações) quando os pedidos disserem respeito a espécies distintas de processo. 
Se os procedimentos forem distintos, o autor deve adotar o procedimento ordinário (art. 292, § 2º)
Aditamento do pedido – art. 294, CPC
Alteração, pelo autor, do que anteriormente foi formulado ou acréscimos de pedido; é possível até a citação; após a citação é necessária a anuência do réu (art. 264, CPC), contudo, pode ser feita somente até o saneamento do feito, quando se encerra a fase postulatória. 
CITAÇÃO
Ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado, a fim de se defender, ato por meio do qual se notifica o réu para que ele possa exercer seu direito de defesa – art. 213, CPC. 
Relação jurídica assume configuração triangular – art. 214, CPC.
ato indispensável para a validade do processo 
Falta ou nulidade citação: nulidade do processo
Efeitos – art. 219, CPC
A citação válida gera efeitos processuais (prevenção, litispendência e litigiosidade do objeto discutido em juízo) e materiais (constituição do devedor em mora),
Prevenção
Fixação da prevenção no que diz respeito à comarca, soluciona o conflito entre juízes de competência territorial distinta (comarcas diversas) ocorrendo a fixação de competência onde primeiro se realizar a citação
Obs: prevenção é modo de fixação de competência para um único juízo, quando houver mais de um juízo competente. Outra forma de fixação de competência por prevenção, além desta prevista no art. 219: ver art. 106 do CPP
 
Litispendência
Existindo duas ações idênticas em andamento. O primeiro processo a realizar a citação válida prossegue, sobrevindo a extinção dos demais.
Litigiosidade da coisa
É o bem jurídico sobre o qual controvertem as partes, ocorrendo a citação válida fica o bem ou direito vinculado ao processo, devendo ser submetido ao seu resultado. 
Interrupção da prescrição
A data da distribuição da ação é o marco interruptivo da prescrição; nesse sentido, a interrupção da prescrição ocorre com a citação válida, sendo que a interrupção retroage à datada propositura da ação.
Obs: Pode ocorre que o juiz, antes mesmo de mandar citar o réu, reconheça a prescrição e indefira a inicial: ver art. 295, IV, CPC. 
Constitui em mora o devedor 
Efeito de caráter material, aplicável quando a obrigação tem vencimento certo. 
Comparecimento espontâneo do réu
Supre a falta ou a nulidade da citação – art. 214, § 1º, CPC 
Quando o réu comparece e somente argui a nulidade da citação, será considerado citado somente quando for proferida decisão acerca do que alegou – art. 214, § 2º, CPC
Quem recebe a citação – art. 215, CPC; local em que se realiza a citação – art. 216, CPC; circunstâncias em que não se realiza a citação – art. 217 e 218, CPC. 
Modalidades – art. 221, CPC
Citação real
Existe a certeza de que o réu foi cientificado da propositura da ação
Pelo correio – art. 222 e 223: regra, sendo inadmissível nos casos previstos no art. 222, CPC; 
Por oficial de justiça – art. 225 e 226, CPC: quando for inadequada a citação pelo correio;
Por meio eletrônico: regulada pela Lei n. 11.419/2006
Citação ficta ou presumida
Não existe a certeza de que o ato tenha realmente chegado ao conhecimento do réu, sendo estabelecida simples presunção de seu conhecimento da existência da ação
Por edital – art. 231 a 233, CPC: cabimento sempre que o réu se encontre em lugar incerto (é impossível sua localização precisa na região em que se encontra), não sabido (total desconhecimento de onde se encontre o réu)
Obs: se o réu não comparecer, ser-lhe-á nomeado curador (chamado de curador especial) – art. 9º, II, CPC) 
Por hora certa – art. 227 a 229, CPC: realizada quando o réu se furta à citação com o intuito de prejudicar o autor, nestas hipóteses, a citação realizada por meio de pessoa que não o réu.

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