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14/08/2018 1 FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ – FASC DISCIPLINA: PARASITOLOGIA PARASITOLOGIA PROFª DRA PAULA ESMERALDO Conhecendo o Componente Curricular 14/08/2018 2 O que a Parasitologia nos proporcionará? Considerações gerais sobre parasitismo. Morfologia, biologia, patogenia, epidemiologia e profilaxia dos ectoparasitas e endoparasitas do homem (Protozoários, Helmintos, Artrópodos). Principais animais peçonhentos do Brasil. Conhecer e discutir sobre os principais parasitos humanos, suas interações com o homem e o ambiente, ações sobre o organismo humano, sintomatologia, ciclos citológicos, profilaxia, prevenção e tratamento. Qual o objetivo do componente curricular? 14/08/2018 3 Qual a forma de avaliação? A avaliação do processo de ensino e aprendizagem será realizada ao longo da disciplina. • Avaliações escritas do conteúdo teórico; • Relatórios de aulas práticas; • Seminários • Confecção de panfletos; • Estudos dirigidos e outros. BIBLIOGRAFIA BÁSICA • CIMERMAN, Benjamin; FRANCO, Marco Antonio. Parasitologia Humana: e seus Fundamentos Gerais. São Paulo: Atheneu, 2010. • NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 12ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. • REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. 3ª.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Bibliografia 14/08/2018 4 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • COTRAN, KUMAR, ROBBINS. Patologia Estrutural e Funcional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. • LEVENTHAL, R. CHEADLE, R. Parasitologia Médica. São Paulo. Editorial Premier, 2000. • MURRAY, P. R. Micologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990. • NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11ª ed. São Paulo: Atheneu, 2010. • REY, Luis. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Bibliografia FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ – FASC DISCIPLINA: PARASITOLOGIA A PARASITOLOGIA, O AMBIENTE E O HOMEM PROFª DRA PAULA ESMERALDO 14/08/2018 5 O QUE É PARASITOLOGIA? Parasitologia é o estudo dos parasitas ou doenças parasitárias , métodos de diagnósticos e controle de doenças parasitárias. Na maioria dos casos um organismo (o hospedeiro) passa a constituir o meio ecológico onde vive o outro (o parasita). A PARASITOLOGIA E O ENFERMEIRO 14/08/2018 6 A PARASITOLOGIA E O NUTRICIONISTA DEFINIÇÕES PARASITISMO É a associação entre seres vivos, em que existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela associação. O parasito é o agressor, o hospedeiro é o que alberga o parasito. Tipos de parasitismo: • Endoparasito • Ectoparasito • Hiperparasito 14/08/2018 7 DEFINIÇÕES PARASITISMO Tipos de parasitismo: Endoparasito: o que vive dentro do corpo do hospedeiro. Exemplo: Ancylostoma duodenale. Ancylostoma duodenale DEFINIÇÕES PARASITISMO Tipos de parasitismo: Ectoparasito: o que vive externamente ao corpo do hospedeiro. Exemplo: Pediculus humanus (piolho). Pediculus humanus 14/08/2018 8 DEFINIÇÕES PARASITISMO Tipos de parasitos: Hiperparasito: o que parasita outro parasito. Exemplo: Entamoeba histolytica sendo parasitado por fungos (Sphoerita endogena) ou mesmo por cocobacilos. Entamoeba histolytica DEFINIÇÕES O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO Parasito Acidental Parasito Estenoxênico Parasito Eurixeno 14/08/2018 9 DEFINIÇÕES O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO Parasito Acidental: parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Exemplo: Dipylidium caninum, parasitando criança. DEFINIÇÕES O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO Parasito Estenoxênico: parasita espécies de vertebrados muito próximas. Exemplo: algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, só aves etc. Anopheles sp. 14/08/2018 10 DEFINIÇÕES O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO Parasito Eurixeno: parasita espécies de vertebrados muito diferentes. Exemplo: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves. DEFINIÇÕES CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITAS Parasito Facultativo Parasito Heteroxênico Parasito Monoxênico 14/08/2018 11 DEFINIÇÕES CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITAS Parasito Facultativo: pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro (nesse último caso, isto é, quando não está parasitando, é chamado vida livre). Exemplo: larvas de moscas Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria orgânica (esterco) em decomposição. Sarcophagidae bercaea DEFINIÇÕES CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITAS Parasito Heteroxênico: possui hospedeiro definitivo e intermediário. Exemplos: Trypanosoma cruzi, S. mansoni. Doença de Chagas 14/08/2018 12 DEFINIÇÕES CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITAS Parasito Monoxênico: possui apenas o hospedeiro definitivo. Exemplos: Enterobius vermicularis, A. lumbricoides. Ascaris lumbricoides DEFINIÇÕES DOENÇAS: ORIGEM E TIPO DE TRANSMISSÃO Antroponose Zoonose Zooantroponose Antropozoonose 14/08/2018 13 DEFINIÇÕES DOENÇAS: ORIGEM E TIPO DE TRANSMISSÃO ANTROPONOSE Doença exclusivamente humana. Exemplo: filariose bancrofiiana, necatorose, gripe etc. ZOONOSE Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. Atualmente, são conhecidas cerca de 100 zoonoses. Exemplo: doença de Chagas, toxoplasmose, raiva, brucelose DEFINIÇÕES DOENÇAS: ORIGEM E TIPO DE TRANSMISSÃO ANTROPOZOONOSE Doença primária de animais, que pode ser transmitida aos humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro acidental. ZOOANTROPONOSE Doença primária dos humanos, que pode ser transmitida aos animais. Exemplo: esquistossomose no Brasil (o humano é o principal hospedeiro). 14/08/2018 14 DEFINIÇÕES VETOR É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros. Vetor Biológico: É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Exemplos: o T. cruzi, no T. infestam; o S. mansoni, no Biomphalaria glabrata. Vetor Mecânico: É quanto o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte. Ex.: Tunga penetram veiculando mecanicamente esporos de fungo. DEFINIÇÕES AGENTE ETIOLÓGICO É o agente causador ou responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto. Trypanosoma cruzi 14/08/2018 15 ORIGEM DO PARASITISMO ORIGEM DO PARASITISMO Inter-relação dos seres vivos na natureza Na evolução de uma destas associações um organismo menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de alimento Após milhares de anos houve uma evolução para o melhor relacionamento com o hospedeiro Essa evolução, feita a custa de adaptações, tornou o invasor (parasito) mais e mais dependente do outro ser vivo A adaptação é a marca do parasitismo SIMBIOSE PREDATISMO CANIBALISMO 14/08/2018 16 TIPOS DE ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICA Degenerações Hipertrofia BIOLÓGICA Capacidade reprodutiva Tipos diversos de reprodução Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro Tropismos TIPOS DE ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICA Degenerações Representadas por perdas ou atrofia de órgãos locomotores, aparelho digestivo etc. Assim, por exemplo, vemos as pulgas, os percevejos, algumas moscas parasitas de carneiro (Mellophogus ovinus) que perderam as asas. Mellophogus ovinus 14/08/2018 17 TIPOS DE ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICA Hipertrofia Encontradas principalmente nos órgãos de fixação, resistência ou proteção e reprodução. TIPOS DE ADAPTAÇÕES BIOLÓGICA Capacidade reprodutiva Para suplantar as dificuldades de atingir novo hospedeiro e escaparem da predação externa, os parasitos são capazes de produzirem grandes quantidades de ovos, cistos ou outras formas infectantes; assim fazendo, algumas formas conseguirão vencer as barreiras e poderão perpetuar a espécie. 14/08/2018 18 TIPOS DE ADAPTAÇÕES BIOLÓGICA Tipos diversos de reprodução O hermafroditismo, a partenogênese, a poliembrionia, a esquizogonia etc. representam mecanismos de reprodução que permitem ou uma mais fácil fecundação (encontro de machos e fêmeas) ou mais segura reprodução da espécie. TIPOS DE ADAPTAÇÕES BIOLÓGICA Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro Presença de antiquinase, que é uma enzima que neutraliza a ação dos sucos digestivos sobre numerosos helmintos; capacidade de resistir à ação de anticorpos ou de macrófagos, capacidade de induzir uma imunossupressão etc. 14/08/2018 19 TIPOS DE ADAPTAÇÕES BIOLÓGICA Tropismos • Os diversos tipos de tropismos são capazes de facilitar a propagação, reprodução ou sobrevivência de determinada espécie de parasito. • Os tropismos mais importante são: Geotropismo Termotropismo Quimiotropismo Heliotropismo etc. ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS 14/08/2018 20 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS TIPOS DE ASSOCIAÇÕES Harmônicas ou positivas Quando há beneficio mútuo ou ausência de prejuízo mútuo Desarmônica ou negativa Quando há prejuízo para algum dos participantes ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS Comensalismo Mutualismo Simbiose ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS Competição Canibalismo Predatismo Parasitismo 14/08/2018 21 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO Associação harmônica entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens (o hóspede) sem prejuízos para o outro (o hospedeiro) Exemplo: Entamoeba coli vivendo no intestino grosso humano. Entamoeba coli ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO As vantagens podem ser: • Proteção (habitação) • Transporte (meio de locomoção) • Nutrição (o hóspede se aproveita dos restos alimentares) 14/08/2018 22 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO Divisões: • Forésia • Inquilinismo • Sinfilismo ou protocooperação ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO Divisões: Forésia: Quando na associação uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte a outra espécie. Exemplo: Peixe-piolho Echneis remora 14/08/2018 23 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO Divisões: Inquilinismo Quando uma espécie vive no interior de outra, sem se nutrir à custa desta, mas utilizando o abrigo e parte do alimento que a outra capturou. Exemplo: o peixe Fierasfer, que se abriga no interior de holotúrias e se alimenta de pequenos crustáceos ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: COMENSALISMO Divisões: Sinfilismo ou protocooperação Quando duas espécies se associam para beneficio mútuo, mas sem obrigatoriedade, isto é, a associação não é necessária para a sobrevivência de ambas. Ex.: formigas (gênero Camponotus) que sugam as secreções de pulgões (afídeos) 14/08/2018 24 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: MUTUALISMO Quando duas espécies se associam para viver, e ambas são beneficiadas Exemplo: associação que ocorre no intestino de cupins com os protozoários do gênero Hypermastiginia. ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES HARMÔNICAS: SIMBIOSE Uni a troca de vantagens a nível tal que esses seres são incapazes de viver isoladamente As espécies realizam funções complementares, indispensáveis a vida de cada uma Exemplo: Os protozoários fornecem abrigo e fontes alimentares para as bactérias que, por sua vez, sintetizam substâncias (complexo B etc.) necessárias ao protozoário. 14/08/2018 25 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS: COMPETIÇÃO Exemplares da mesma espécie ou de espécies diferentes lutam pelo mesmo abrigo ou alimentos É um fator de regulação do nível ou número populacional de certas espécies. Ex.: moscas Calliphoridae e Sarcophagidae ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS: CANIBALISMO Quando um animal se alimenta de outro da mesma espécie ou da mesma família Quase sempre ocorre devido à superpopulação e deficiência alimentar no criadouro As formas mais ativas e mais fortes devoram as menores ou mais fracas Exemplo: larvas do mosquito Culex (Lutzia) bogoti se alimentam de larvas de outros Culicini e Anophelini 14/08/2018 26 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS: PREDATISMO Quando uma espécie animal se alimenta de outra espécie A sobrevivência de uma espécie depende da morte de outra espécie ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS: PARASITISMO Associação entre seres vivos, onde há a unilateralidade de benefícios O hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo Essa associação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasito 14/08/2018 27 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS ANIMAIS ASSOCIAÇÕES DESARMÔNICAS: PARASITISMO Fatores necessários para a existência de doenças parasitárias: • Inerentes ao parasito: número de exemplares, tamanho, localização, virulência, metabolismo etc. • Inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, nível de resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos, uso de medicamentos etc. Da combinação desses fatores poderemos ter "doente", portador assintomático", "não parasitado“ ECOLOGIA PARASITÁRIA 14/08/2018 28 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA É a unidade funcional de base em ecologia Representa uma comunidade ecológica ou um ambiente natural, onde há um estreito relacionamento entre as várias espécies de animais, vegetais e minerais São a consequência dos longos processos de adaptação entre os seres vivos e o meio Dotados de autorregulação e capazes de resistir, dentro de certos limites, a modificações ambientais e as bruscas variações de densidade das populações ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ECOSSISTEMA: Heterotróficos Decompositores Abióticos Autotróficos 14/08/2018 29 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ECOSSISTEMA: Heterotróficos São os seres que utilizam das substâncias orgânicas produzidas pelos seres autotróficos. São os elementos consumidores. Exemplo: herbívoros e carnívoros. ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ECOSSISTEMA: Decompositores São os seres heterotróficos capazes de decompor os elementos autototróficos e heterotróficos que morreram, transformando-os em substâncias mais simples e reutilizáveis pelos autotróficos. Exemplo: bactérias 14/08/2018 30 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ECOSSISTEMA: Abióticos São os componentes físicos e químicos do meio ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ECOSSISTEMA: Autotróficos • Seres capazes de fixar energia luminosa (solar) e sintetizar alimentos a partir de elementos inorgânicos • São as plantas e algas verdes, que são os elementos produtores 14/08/2018 31 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA O equilíbrio é regulado pelo potencial biótico (capacidade reprodutiva) de cada espécie e pela ação dos elementos abióticos, autotróficos, heterotróficos e decompositores Alguns fatores intervêm na manutenção do equilíbrio do ecossistema: • Barreiras • Densidade populacional ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA Barreiras que intervêm na manutenção do equilíbrio: • Físicas: presença de montanhas, rios ou mesmo terra para as espécies aquáticas, e vice-versa; • Climáticas: temperatura e umidade variando durante o ano (estações), regulando o potencial biótico; 14/08/2018 32 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA Barreiras que intervêm na manutenção do equilíbrio: • Biológicas: ausência de hospedeiros, de alimento, presença de inimigos naturais e a própria densidade populacional (crowding), em que a "superpopulação" inibe a reprodução. ECOLOGIA PARASITÁRIA ECOSSISTEMA Barreiras que intervêm na manutenção do equilíbrio: • Densidade populacional (crowding): onde a "superpopulação" inibe a reprodução. 14/08/2018 33 ECOLOGIA PARASITÁRIA HABITAT É o ecossistema, local ou órgão, onde determinada espécie ou população vive Ascaris lumbricoides (“lombriga”) ECOLOGIA PARASITÁRIA NICHO ECOLÓGICO É a atividade dessa espécie ou população dentro do hábitat Ascaris lumbricoides (“lombriga”) Ancylostoma duodenale (“amarelão”) 14/08/2018 34 ECOLOGIA PARASITÁRIA ECÓTOPO É o abrigo físico do animal Dentro da cafua, os triatomíneos ("barbeiros") vivem nas frestas do barro Triatoma infestans ECOLOGIA PARASITÁRIA ECÓTONO É uma região de transição entre dois ecossistemas ou biomas fronteiriços 14/08/2018 35 ECOLOGIA PARASITÁRIA BIÓTOPO É o local onde as condições para a sobrevivência de uma ou várias espécies são uniformes e mantêm-se constantes em diferentes áreas ou regiões O biótopo do tatu é semelhante nas várias regiões onde ele habita AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO 14/08/2018 36 AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO PRESENÇA DE UM PARASITO EM UM HOSPEDEIRO X PATOGENICIDADE Hospedeiro Parasita + Ausência de Patogenicidade Presença de Patogenicidade AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO A ação patogênica dos parasitos é muito variável, podendo ser do tipo: • Espoliativa • Tóxica • Mecânica • Traumática • Irritativa • Enzimática • Anóxia 14/08/2018 37 AÇÃO ESPOLIATIVA Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Ancylostomatidae AÇÃO TÓXICA Quando o parasito produz enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Ascaris lumbricoides Schistosoma mansoni (miracídio) 14/08/2018 38 AÇÃO MECÂNICA Quando o parasito impede o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Ascaris lumbricoides AÇÃO TRAUMÁTICA Quando o parasito produz lesão no tecido do hospedeiro AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Ancylostoma braziliensis 14/08/2018 39 AÇÃO IRRITATIVA Quando o parasito está presente de forma constante no hospedeiro, sem produzir lesões traumáticas, mas provoca irritação no local parasitado AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Ascaris lumbricoides (lábios) AÇÃO ENZIMÁTICA Quando o parasito produz enzimas que dissolvem partes do corpo do seu hospedeiro AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Schistosoma mansoni (cercária) 14/08/2018 40 ANÓXIA Quando o parasito consome o O2 da hemoglobina ou produz anemia AÇÃO DOS PARASITAS SOBRE O HOSPEDEIRO Plasmodium falciparum CICLO BIOLÓGICO DAS PARASITOSES 14/08/2018 41 Variam de simples a complexos Componentes: • Modo de transmissão • Forma morfológica que invade seres humanos (estádio infectante) • Forma detectada por meio de métodos laboratoriais (estádio diagnosticável) CICLO BIOLÓGICO DAS PARASITOSES CICLO BIOLÓGICO DAS PARASITOSES 14/08/2018 42 CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS SEGUNDO O MODO DE TRANSMISSÃO CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS SEGUNDO O MODO DE TRANSMISSÃO Parasitos transmitidos entre pessoas devido ao contato pessoal ou objetos de uso pessoal (fômites) Sarcoptes scabiei, Phthirus pubis, Pediculus humanus Parasitos transmitidos pela água, alimentos, mãos sujas ou poeira Entamoeba histolytica, T. gondii, Ascaris lumbricoides Parasitos transmitidos por solos contaminados por larva Ancylostoma duodenale, Necator americanus 14/08/2018 43 CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS SEGUNDO O MODO DE TRANSMISSÃO Parasitos transmitidos por vetores ou hospedeiros intermediários T. cruzi, Plasmodium sp., S. mansoni, Parasitos transmitidos por mecanismos diversos Larvas de moscas (miíases), Tunga penetram (bicho de pé) CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 14/08/2018 44 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS CLASSIFICAÇÃO NOMENCLATURA TAXONOMIA SISTEMÁTICA Ordenação dos seres vivos em classes Baseado no parentesco, semelhança ou ambos Aplicação de nomes distintos a cada uma das classes Estudo teórico da classificação Estudo das formas dos organismos, sua diversidade e toda e qualquer relação entre elas CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Promulgada por regras de nomenclaturas denominadas Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica Nomenclatura latina e binominal Categorias taxonômicas: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie Escritas grifadas ou em itálico Pode possuir subespécie. Ex.: Culex pipiens fatigans Pode possuir subgênero. Ex.: Anopheles (Kerteszia) cruzi 14/08/2018 45 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Categorias com desinências próprias: CATEGORIA SUFIXO EXEMPLO Tribo ini Culicini Subfamília inae Culicinae Família idae Culicidae Superfamília oidea Oxyuroidea CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS GRUPOS DE INTERESSE EM PARASITOLOGIA Os animais que parasitam os humanos estão incluídos em cinco grandes filos: FILO CARACTERÍSTICA EXEMPLO Protozoa Animais unicelulares Trypanosoma cruzi Platyhelminthes Vermes achatados Taenia solium Nematoda Vermes redondos Ascaris lumbricoides Acantocephala Vermes arredondados (com pseudo-segmentação e uma probóscida armada de ganchos) Arthropoda Insetos e ácaros em geral Sarcoptes scabiei 14/08/2018 46 FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ – FASC DISCIPLINA: PARASITOLOGIA PARASITOLOGIA PROFª DRA PAULA ESMERALDO
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