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Mecanismo de Ação dos Analgésicos

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Mecanismo de Ação dos Analgésicos 
Ao selecionar um esquema analgésico, os dentistas estimam o grau de dor esperado após um procedimento específico e consideram suas experiências clínicas anteriores; entretanto, é importante avaliar a eficácia do esquema prescrito, uma vez que as respostas dos pacientes variam. As experiências e as respostas prévias do paciente ao tratamento analgésico podem também constituir uma grande ajuda para a seleção de medicações específicas.
AINES
Em geral, os AINE são classificados como analgésicos suaves, porém essa classificação não é totalmente correta. Para avaliar a eficácia de um analgésico, é importante considerar o tipo de dor, bem como sua intensidade. Em alguns tipos de dor pós-operatória, por exemplo, os AINE podem ser superiores aos analgésicos opioides. Além disso, mostram-se eficazes em situações nas quais a inflamação induza sensibilização em nociceptores a estímulos mecânicos ou químicos anteriormente indolores. A dor que acompanha a inflamação e a lesão tecidual provavelmente resulta da estimulação local das fibras de dor e do aumento da sensibilidade à dor (hiperalgesia), devido em parte à maior excitabilidade dos neurônios centrais da medula espinhal
A tabela abaixo lista os principais AINES disponíveis para uso em Odontologia. As posologias estão disponíveis no módulo de Anti-Inflamatórios. 
 DIPIRONA
A dipirona sódica é um derivado pirazolônico não-narcótico com efeitos analgésico e antipirético. O seu mecanismo de ação não se encontra completamente investigado. Alguns dados indicam que a dipirona sódica e seu principal metabólito (4-N-metilaminoantipirina) possuem mecanismo de ação central e periférico combinados.
 PARACETAMOL
O mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado. O paracetamol pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas no Sistema Nervoso Central (COX-3) e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso perifericamente. A ação periférica pode ser decorrente também da inibição da síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores ante os estímulos mecânicos ou químicos.
 ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Os opioides exercem efeitos profundos sobre as regiões corticocerebrais que controlam os aspectos somatossensoriais e discriminativos da dor, suprimindo a percepção da dor ao eliminar ou alterar os aspectos emocionais da dor e ao induzir euforia e sono em doses mais altas. Os pacientes perdem a atenção aos estímulos dolorosos, tornam-se menos ansiosos e ficam mais relaxados. Nos pacientes com dor crônica, o efeito eufórico dos opioides está habitualmente atenuado. Alguns pacientes sofrem efeitos disfóricos com a administração de opioides.
Não são indicados para o tratamento inicial de dores leves, mesmo sendo mais eficazes na produção de analgesia que os AINE. No entanto, podem causar tolerância e dependência física.
Para o tratamento de dores moderadas ou que não respondam a analgésicos não opioides isolados, indica-se o uso oral de associação de opioides menos potentes, codeína, por exemplo, a analgésicos não opioides (paracetamol, AAS). A associação dos fármacos tem a vantagem de reduzir a quantidade de opioide necessária para o alívio da dor e sua diminuição por meio de dois mecanismos distintos: inibição da síntese de prostanoides e da transmissão nociceptiva pelos opioides. Dores intensas ou dores moderadas que não respondam à associação devem ser tratadas com o uso de analgésicos opioides fortes isoladamente.
O tramadol é um analgésico sintético de ação central, que alivia a dor mediante a recaptação de norepinefrina e serotonina no sistema nervoso central, e de ação sobre receptores opiodes µ, como agonista fraco. Parece ser tão eficaz quanto os outros opioides fracos. No tratamento da dor branda a moderada, é tão eficaz quanto a morfina e a meperidina. Entretanto, no tratamento da dor grave ou crônica, é menos eficaz. O tramadol pode determinar efeitos colaterais típicos dos opioides – sedação, depressão respiratória, constipação e até dependência e comumente podem ser observadas náuseas, tonturas, sonolência e cansaço.
 ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
São fármacos eficazes no tratamento de dores neuropáticas. São amplamente utilizados para condições dolorosas crônicas. Seus efeitos resultam do bloqueio da recaptação da norepinefrina e serotonina, em vias centrais descendentes nociceptivas, onde esses neurotransmissores são liberados. Reduzem a excitabilidade neuronal, bloqueando canais de sódio e cálcio, além de receptores de adenosina e glutamatérgicos do tipo N-metil D-aspartado (NMDA). Agem direta e indiretamente em receptores opioides e bloqueiam a captação de adenosina, alterando a transmissão de impulsos pelas vias moduladoras da dor. Seu efeito analgésico independe do antidepressivo. A latência para efeito é menor e a dose analgésica é muito inferior àquela utilizada para o tratamento de depressão, diminuindo o risco de efeitos adversos
ANTICONVULSIVANTES
Vários fármacos anticonvulsivantes são utilizados no tratamento de dores neuropáticas, sendo úteis em dores lancinantes ou em choque. Seu mecanismo de ação consiste em limitar o disparo repetitivo de potenciais de ação evocados pela despolarização nos neurônios da medula espinhal, pela inativação dos canais de sódio. Um segundo mecanismo parece envolver a potencialização da inibição sináptica mediada pelo ácido γ-aminobutírico (GABA).
RELAXANTES MUSCULARES
Diversas alterações musculares resultam em espasmos que são contrações musculares involuntárias, dolorosas, que provocam mudança de função. Tais espasmos podem desencadear episódios dolorosos que são mais danosos aos pacientes que a própria limitação de funcionamento.
Os relaxantes musculares são fármacos utilizados no tratamento de distúrbios musculoesqueléticos. Podem ser divididos por 2 tipos de atuação: ação sobre o sistema nervoso central ou ação direta na musculatura esquelética. Suas reações adversas incluem redução de reflexos, sedação e dependência física
Estão geralmente associados ao Paracetamol e Dipirona.

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