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Caderno Discente do Instituto Superior de Educação – Ano 2, n. 2 – Aparecida de Goiânia – 2008 
 
89 
 
O DOMÍNIO DA ESTILÍSTICA: NUM CONVITE A PESQUISAS 
E CRIAÇÕES AUTÔNOMAS

 
 
Maria Cláudia Martins Parente1 
 
Resumo: Este trabalho analisa e discute o porquê da ocorrência, da omissão da tra-
dição de pesquisas estilísticas, tanto no campo da crítica estilística literária, quanto 
no âmbito da Ciência da Expressão. À priori, são apresentados conceitos e referên-
cias indispensáveis acerca da Estilística e seus objetos, tendo como subsídios Mon-
teiro (2005), Câmara Júnior (1997), Guiraud (1970), entre outros. Em seguida, com 
base na pesquisa de campo realizada com duas professoras de Língua Portuguesa, 
uma da segunda fase do ensino fundamental e outra do ensino médio de uma Escola 
da Rede Estadual de Educação, são discutidas as questões pelas quais a Ciência da 
Expressão não é de “domínio” e nem de acesso aos discentes. Por fim, sugere-se al-
guns caminhos que podem ser traçados com o objetivo de solucionar as situações 
apresentadas, na busca da Ciência Estilística como uma fonte insubstituível de re-
cursos linguísticos que ornamentam e enriquecem dessemelhantes gêneros textuais, 
a fim de, em determinadas circunstâncias, alforriar escritores e criadores textuais dos 
grilhões da gramática normativa. 
 
Palavras-chave: Domínio da Estilística. Estilo. Funcionalidade. Criação autônoma. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O estilo - de stilus, punção ou estilete que servia para 
escrever em tabuinhas, antes da época do papel e da pe-
na de ganso – é a maneira de escrever, a utilização pelo 
escritor dos meios de expressão para fins literários, dis-
tinguindo-se, portanto, da gramática, que define o senti-
do e a correção das formas. 
Guiraud 
 
O presente artigo visa adentrar no campo da Estilística filologicamente, à priori, no in-
tuito de explorar as origens da Ciência Estilística e, também apresentar suas dimensões: Esti-
lística Fônica, Estilística Léxico Semântica e Estilística Sintática. No decorrer deste trabalho, 
serão expostas, ainda, noções indispensáveis de estilo e estilema e, finalmente, abordar-se-á 
algumas figuras de linguagem, explorando criticamente o estilo de época, gênero e a feição 
típica de alguns autores. Para tanto, leva-se em conta as definições sobre as figuras encontra-
das na obra Literatura, Produção e Gramática, de Leila Sarmento, as dimensões da Estilística 
com Mattoso Câmara, noções de didática citadas em “Didática Geral”, ainda noções de estilo, 
estilística e retórica, em A Estilística de Pierre Guiraud e, principalmente, a análise de alguns 
trechos de Machado de Assis e Vinícius de Moraes, que fundamentalizam uma discussão a-
 

 Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação, da Faculdade Alfredo Nasser, como requisito parcial 
para conclusão do curso de Letras, sob a orientação da Profª. Ms. Luciane Silva de S. Carneiro. 
 
 
Caderno Discente do Instituto Superior de Educação – Ano 2, n. 2 – Aparecida de Goiânia – 2008 
 
90 
 
cerca do resultado obtido na pesquisa de campo realizada com duas professoras de Língua 
Portuguesa, do ensino fundamental II e Ensino Médio, de uma escola da rede Estadual. Então, 
a partir desses resultados, a análise de fragmentos da letra da Música “Fátima” do compositor 
Dinho, da banda Capital Inicial, com a intenção de despertar novos pesquisadores no âmbito 
da Estilística, que sugere caminhos que possam solucionar situações que impedem tais pes-
quisas a fim de proporcionar o uso, a funcionalidade, a criação e, sobretudo, a intimidade e o 
domínio destes recursos, na vida escolar quotidiana. 
 
ESTILÍSTICA, ESTILO, RETÓRICA 
 
Segundo Guiraud (1970), estilística é a disciplina que estuda a expressividade duma 
língua e sua capacidade de emocionar mediante o estilo. Esse estilo, por sua vez, é o objeto de 
estudo da retórica antiga. Ele define-se não somente como uma maneira de escrever, mas 
também, como a maneira de escrever própria de um escritor, de uma escola artística, de um 
gênero, de uma época, de uma cultura. Tem-se então que: “A estilística […] não é mais que o 
estudo da expressão linguística; e a palavra estilo, reduzida a sua definição básica, nada mais 
é que uma maneira de exprimir o pensamento por intermédio da linguagem”. (GUIRAUD, 
1970, p.11). 
A retórica dos séculos clássicos é, ao mesmo tempo, uma arte da expressão literária e 
uma norma; instrumento crítico para a apreciação de estilos individuais e da arte de escritores 
renomados. Todavia, a partir do século XVIII, sua concepção tornou-se obsoleta, devido à 
chegada de novas tendências da arte e da linguagem. Por razão de sua incapacidade de reci-
clagem, surge a “Estilística” em sua dupla forma e torna-se uma retórica moderna, atualizan-
do-se em uma ciência da expressão e também uma crítica dos estilos individuais. 
 
O conjunto dos processos do estilo constituía; entre os antigos, objeto de um estudo 
especial, a retórica, arte da linguagem, técnica da linguagem considerada como arte 
e simultaneamente, gramática da expressão literária e instrumento crítico para a a-
preciação das obras. Transmitida da Antiguidade à Idade Média, renovada na época 
clássica, constitui uma estilística que é ao mesmo tempo ciência da expressão e ci-
ência da literatura, tal como podia ser entendida na época. (GUIRAUD, 1970, p.18). 
 
Considerando que a gramática das línguas naturais se abre em quatro grandes módulos 
(fonética/fonologia, morfologia, sintaxe e semântica) e que as fronteiras entre os mesmos não 
são absolutas, mas graduais (tanto que é possível falar em morfologia ou morfossintaxe), é 
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possível vislumbrar pelo menos três grandes dimensões da Estilística, conforme o faz Mattoso 
Câmara Júnior (1997, p. 110), a saber: 
a) estilística fônica ou fono-estilística, que ressalta a expressividade do material fôni-
co dos vocábulos tanto isolados quanto agrupados em frase. Nesse caso, estudam-se, sobretu-
do as assonâncias vocálicas, como no verso “E as cantilenas de serenos sons amenos”, de 
Eugênio de Castro; as aliterações, como nos seguintes versos de Fernando Pessoa: “Em ho-
ras, ainda louras. Lindas / Clorindas e Belindas, brandas / Brincam nos tempos das Berlin-
das / As vindas vendo das varandas”; e as onomatopeias, como em “Café com pão; Café com 
pão / Café com pão / Café com pão”, de Manuel Bandeira, onde a repetição do sintagma “ca-
fé com pão” sugere o ruído de uma locomotiva em movimento. Para tanto, o objeto de análise 
é o material fonético da língua, sobretudo os jogos entre sons oclusivos versus fricativos, sur-
dos versus sonoros, entre outras oposições possíveis. Além disso, considerando a representa-
ção escrita, à estilística fônica interessam também os fenômenos da paronímia, homofonia e 
homografia, a entoação frasal, o ritmo do verso ou da frase e a musicalidade inerente à pala-
vra. 
b) Estilística léxico-semântica ou léxico-estilística, que estuda a seleção vocabular e 
os fenômenos de conotação e polissemia, referentes aos valores afetivos, emotivos, ou soci-
almente convencionais que se aderem à significação das palavras. Assim, entram aí a explora-
ção do vocabulário, o emprego de diminutivos e aumentativos afetivos, o emprego de diminu-
tivos pejorativos ou maliciosos, a exploração da polissemia, da sinonímia e da paronímia, 
mais a exploração do antagonismo entre determinados campos semânticos. Somem-se ainda a 
coesão semântica obtida a partir da seleção vocabular, os fenômenos de denotação e conota-
ção, a monossemia ou monossignificaçãoversus a polissemia ou plurissignificação, as figuras 
de linguagem tais como as comparações, as metáforas e metonímias, as hipérboles e as sines-
tesias, os neologismos (criação estilística de novas palavras) e a adequação vocabular. 
c) Estilística sintática, cujo objetivo de análise é a ordem sintática e os fenômenos a 
ela inerentes, tais como ruptura da ordem sintática preferencial dentro de um verso ou de uma 
frase. Nesse caso, à estilística sintática interessam as variantes de colocação, suscetíveis de 
causar emoção ou sugestionar o próximo. 
Além dessas três grandes dimensões da Estilística geral, conforme Monteiro (2005), 
existem modalidades mais específicas da ciência estilística, quando aplicada delimitadamente 
a outros domínios, como, por exemplo, um texto jornalístico, um texto jurídico, um texto ci-
entífico ou a uma campanha de propaganda de um determinado produto. Em cada um desses 
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casos, existem procedimentos ou recursos estilísticos mais apropriados e específicos para que 
sejam obtidos efeitos de expressividade. 
Na área de Jornalismo, os grandes jornais como o Globo, a Folha de São Paulo ou O 
Estado de São Paulo, entre outros, editam “manuais de redação e estilo” que ditam as diretri-
zes básicas e as regras normativas na redação de uma reportagem ou de uma matéria específi-
ca, como um editorial, por exemplo. Isso, entretanto, não quer dizer que tais manuais são uma 
“camisa de força” para os jornalistas e colunistas, mas, antes, são balizas que norteiam e, até 
certo ponto, uniformizam o trabalho de redação jornalística. Por outro lado, os jornais e as 
revistas de informação semanal (Época, Veja, Isto é etc.) também reconhecem as habilidades 
expressivas de seus grandes colunistas, entre os quais, aqueles que se impõem pelo seu estilo, 
pelo seu poder de argumentação e, sobretudo, de cativar os leitores, como é o caso de Jô Soa-
res, Ziraldo e Arnaldo Jabor, para citar apenas alguns nomes entre outros tantos. Aliás, é exa-
tamente por serem grandes estilistas da palavra que esses grandes nomes do jornalismo são 
contratados e ganham uma coluna de destaque. 
Na área de Direito, existe uma estilística jurídica, inclusive como matéria de alguns 
cursos de Direito, que não se reduz à aplicação de aforismos jurídicos (palavras, expressões e 
citações latinas), mas, antes, procura dotar o profissional de área de Direito não só da habili-
dade de uso da linguagem oral bem como do poder da argumentação escrita, para que o mes-
mo exerça com eficácia sua profissão, que depende da força de expressão e do poder de con-
vencimento por meio do uso da palavra, falada ou escrita. 
Como se observa, há “estilísticas” aplicadas e ajustadas às atividades profissionais es-
pecíficas, mas todas elas intentam obter o máximo de expressividade do material linguístico. 
 
AS GRANDES VERTENTES DA ESTILÍSTICA 
 
Ao longo do desenvolvimento dos estudos estilísticos, segundo este ou aquele ponto 
de vista, foram se delineando pelo menos nove grandes vertentes, conforme Monteiro (2005, 
p.15-41), a saber: a) estilística retórica; b) estilística descritiva; c) estilística idealista; d) esti-
lística estrutural; e) estilística gerativa; d) estilística poética; e) estilística semiótica; f) estilís-
tica estatística; g) estilística discursiva. Destas, conceituar-se-á as primeiras de forma breve 
apenas para que se tenha uma noção do que as diferenciam, pois não é objetivo do trabalho 
focar nas várias estilísticas, mas nas figuras. 
 
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Estilística retórica 
Resultante da retomada da retórica clássica, a Estilística Retórica concentra-se em dois 
grandes objetivos: 1) utilizar métodos linguísticos para a análise do texto literário; 2) transpor 
o conceito de função poética da linguagem para o de função retórica. 
 
Estilística descritiva 
Conforme Monteiro (2005), os objetivos dessa vertente dos estudos de estilística são: 
analisar a expressão dos fatos de sensibilidade sobre a linguagem; analisar a ação dos fatos de 
linguagem sobre a sensibilidade. Esses objetivos seriam aplicáveis a alguns domínios, a saber: 
a) à linguagem em sua totalidade, procurando determinar os chamados “universais estilísti-
cos”; à uma determinada língua, delimitando a “estilística langue”. 
 
Estilística idealista 
Segundo Monteiro (2005), a estilística idealista é resultado das idéias esteticistas de 
Benedetto Croce (1866-1952). Seu principal postulado é a unidade do espírito humano, que 
seria a fonte de todo o conhecimento. Assim, a partir da premissa de que os traços fundamen-
tais da expressão poética são a totalidade e a universalidade, Croce procurou submeter o con-
ceito de poesia a uma investigação sistemática. 
 
Estilística estrutural 
Consoante Monteiro (2005), a Estilística Estrutural deve estar baseada em critérios ob-
jetivos, suficientes para controlar as possíveis inferências do leitor. Assim, a metodologia de 
análise estilística deve centrar-se nos fatos “estilisticamente marcados” em oposição a outros 
fenômenos linguísticos “não-marcados” em termos de estilo. Isso significa que é importante 
ressaltar a percepção do leitor, posto que sejam exatamente os fatos “marcados” os que sur-
preendem o leitor, uma vez que são imprevisíveis. Logo, aí, são fundamentais as noções de 
“norma” e “desvio” e a de “campos estilísticos”, proposta por Pierre Guiraud (1954a, b). 
 
Estilística gerativa 
De acordo com Monteiro (2005), o estilo é resultado de transformações de estruturas 
profundas em estruturas de superfície, que variam segundo as regras transformacionais em 
operação. Logo, o “efeito estilístico” resulta de uma forma particular de utilização do meca-
nismo transformacional inerente à língua em nível de realização superficial. Assim sendo, 
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seria possível uma descrição do estilo a partir de um conjunto finito de regras gerativas de 
“estruturas profundas” que, submetidas a transformações morfossintáticas e posteriormente 
submetidas a “filtros semânticos”, dariam origem a “estruturas de superfície”, que, por sua 
vez, estariam sujeitas à estilização. Consequentemente, são fundamentais aí os conceitos de 
gramaticalidade e agramaticalidade, aceitabilidade e inaceitabilidade, mesmo porque, no do-
mínio da linguagem poética, ocorrem muitas frases (versos) agramaticais ou inaceitáveis nas 
situações comunicativas cotidianas, mas perfeitamente aceitáveis num determinado contexto 
literário, como é o caso dos versos iniciais do Hino Nacional Brasileiro: “Ouviram do Ipiran-
ga as margens plácidas de um povo heróico e brado retumbante”, que, a rigor, é agramatical e 
inaceitável, tomando-se como parâmetro os padrões gramaticais lógicos da língua. 
 
Estilística poética 
Monteiro (2005) entende a Estilística poética com base em metodologia de análise lin-
guística, procura descrever os níveis estruturais da linguagem poética, que seriam a fonte da 
“literariedade” ou “expressividade literária”. Desse modo, a linguagem poética difere da lín-
gua prosaica pelo caráter perceptível de sua construção. Pode-se perceber seja pelo aspecto 
acústico, seja pelo aspecto articulatório, seja pelo aspecto semântico, às vezes, não é a cons-
trução, mas a combinação de palavras, a sua disposição que é perceptível. 
 
Estilística semiótica 
A Estilística semiótica procurou transcender os limites da frase ou verso, do texto lite-
rário, para buscar uma análise da expressividadenos mais variados tipos de mensagens oriun-
das de quaisquer outros sistemas semióticos (sistemas de signos). Nessa linha de análise, a 
Estilística se aplicaria a quaisquer linguagens, sobretudo às artísticas, enquanto sistemas de 
signos, tendo em vista dois grandes objetivos: a) a análise da organização da obra de arte; b) a 
análise da tipologia do discurso literário. 
 
ESTILEMA OU TRAÇO ESTILÍSTICO 
 
De acordo com Pierre Guiraud (1970), Estilema ou Traço Estilístico é uma marca pes-
soal, uma idiossincrasia, no uso da língua, escrita ou falada. 
Na arte literária, o reconhecimento dos estilemas ou traços estilísticos é fundamental 
para a avaliação da originalidade de uma obra e também para a compreensão do estilo do au-
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tor no conjunto de sua obra. Esse estilo é, portanto, resultado de um conjunto de estilemas ou 
traços estilísticos. 
 
Estilemas da fala 
Veja exemplos de traços estilísticos, no uso da linguagem falada, tais como os encon-
trados no Programa Zorra Total: 
“Bomba de chocolate, póde” 
“Tô pagâanu” 
Geralmente, não se faz necessário especificar de quem se fala. Pois esses estilemas são 
tão relevantes, que dispensam identificações posteriores. 
 
Estilema na escrita 
No uso da língua escrita, o “estilema” está subentendido no modo como os autores cri-
am e utilizam as figuras, também no emprego de determinada palavra, na caracterização de 
uma personagem, no uso da adjetivação, na metalinguagem, no conteúdo (particularizante, 
regionalizante ou universalizante), na criação de neologismos, nas preferências vocabulares, 
na ironia e humor e, especialmente, aos “desvios poéticos”, em relação à norma padrão escri-
ta. 
Escrever bem e criar estilo não se reduz simplesmente em desrespeito às convenções 
normativo-gramaticais gratuitamente, mas em saber até onde e como é possível infringi-las. 
Veja alguns exemplos em Carlos Drummond de Andrade: 
 
JOSÉ 
 
E agora, José? 
A festa acabou, a luz apagou, 
o povo sumiu, a noite esfriou, 
e agora José? 
E agora, você? 
Você que é sem nome, que 
zomba dos outros, você que 
faz versos, que ama, protesta? 
E agora, José? 
Está sem mulher, está sem 
discurso, está sem carinho, já 
não pode beber, já não pode 
fumar, cuspir já não pode, a 
noite esfriou, o dia não veio, o 
bonde não veio, o riso não 
veio, não veio a utopia e tudo 
acabou e tudo fugiu e tudo 
mofou, e agora José? 
E agora, José? 
Sua doce palavra, seu instante 
de febre, sua gula e jejum, sua 
biblioteca, sua lavra de ouro, 
seu terno de vidro, sua incoe-
rência, seu ódio – e agora? 
Com a chave na mão quer 
abrir a porta, não existe porta; 
quer morrer no mar, mas o 
mar secou; quer ir para Minas, 
Minas não há mais. 
José, e agora? 
Se você gritasse, se você gemes-
se, se você tocasse a valsa vie-
nense, se você dormisse, se você 
cansasse, se você morresse... 
Mas você não morre, você é duro, 
José! 
Sozinho no escuro qual bicho-do-
mato, sem teogonia, sem parede 
nua para se encostar, sem cavalo 
preto que fuja a galope, você 
marcha, José! José, para onde? 
 
 
 
 
 
 
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CIDADEZINHA QUALQUER 
 
Casas entre bananeiras 
Mulheres entre laranjeiras 
Pomar amor cantar 
 
 
Um homem vai devagar... 
Um burro vai devagar... 
Um cachorro vai devagar... 
Devagar...as janelas olham. 
 
Eta vida besta, meu Deus! 
O LUTADOR 
 
Lutar com as palavras 
É a luta mais vã 
Entanto lutamos 
Mal rompe a manhã 
 
São muitas, eu pouco. 
 
Busco persuadi-las. 
Ser-lhes-ei escravo 
De rara humildade. 
 
 
Dos poemas supracitados é possível subtrair os seguintes estilemas: 
a) Metalinguagem e/ou interdiscursividade: “Lutar com as palavras / é a luta mais vã” 
b) Anáforas insistentes: “Um homem vai devagar / um burro vai devagar / um cachor-
ro vai devagar”. 
c) Humor e ironia: “Eta vida besta, meu Deus”. 
d) Verso livre e branco, isto é, sem métrica determinada e sem rimas: em todos os po-
emas supracitados. 
Como se observa, no conjunto da obra drummondiana, uma série de procedimentos es-
tilísticos são recorrentes, ou seja, um conjunto de “traços estilísticos” se repetem, insistente-
mente, como as anáforas em José ou a predominância da metalinguagem em “O Lutador”, há 
procedimentos que tornam a obra de Drummond ímpar em relação a outros poetas de sua épo-
ca. 
 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
De acordo com Guiraud (1970), a retórica, ou melhor, o discurso tem na gramática o 
ponto de apoio para sustentar a significação e a correção de várias estruturas gramaticais, não 
deixando, porém, de dar ênfase ao valor “estético ou expressivo”, que representa a parte figu-
rativa, sensível da linguagem, por meio dos diversos recursos estilísticos. 
Guiraud (1970) concebe, então, as figuras de linguagem como recursos de expressivi-
dade e afetividade linguística, que registram maneiras de falar ou redigir diferenciadas, com o 
intuito de dar relevância por meio de expressões mais “vivas”, ou ainda de dar ao texto certo 
grau de literariedade, no que tange à valorização da atribuição estética da palavra. 
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As figuras de linguagem se encontram na divisa entre “o estilo de época” (ex.: realis-
mo, renascimento) e o estilo individual. O emprego consciente e o domínio desses poderosos 
recursos estilísticos possibilitam a singularização de uma obra. 
Esses recursos estilísticos salientam a autonomia dos signos linguísticos, ou seja, as 
palavras ou expressões ganham novos e dessemelhantes significados de acordo com a inten-
ção do autor. As figuras podem ser de palavra (tropos) no campo semântico; de construção 
concernem-se à sintaxe; de dicção (metaplasmos), referente à articulação dos vocábulos; ou 
ainda de pensamento, apresenta-se como uma linguagem intencional. 
 
OMISSÃO DA CRÍTICA ESTILÍSTICA E O ENSINO 
 
Conforme Guiraud (1970), durante longo tempo houve uma omissão da crítica estilís-
tica voltada para os estilos individuais, isso se deve à predominância das noções da antiga 
retórica, que confundia a estilística com a parte da gramática que estuda as figuras. Some-se a 
isso, a esdrújula nomenclatura das figuras de linguagem e a forma inadequada de trabalhá-las, 
que dificultam o acesso do aluno à Ciência da Expressão. 
De acordo com a pesquisa de campo realizada numa Escola da rede Estadual, observa-
se que a estranha nomenclatura das figuras de linguagem assusta quem procura estudá-las. 
Como se não bastasse, ainda são aplicadas a linguagens que os alunos não conhecem; tam-
pouco dominam, na verdade, remotas à realidade discente. 
 
Inferências 
Conforme Leila Sarmento “Prosopopeia ou personificação, ocorre quando há atribui-
ção de características humanas a seres animados, inanimados ou imaginários. Hipérbato é a 
figura que expressa a inversão da ordem das palavras numa frase.” (2006, p. 65). 
A exemplo disso, observe a personificação ou prosopopeia, existente no soneto abaixo 
de Raimundo Correia, poeta parnasiano: 
 
Visões que n’alma o céu do exílio incuba, 
Mortais visões! Fuzila o azul infando... 
Coleia, basilisco de ouro, ondeando 
O níger... Bramem leões de fulva juba... 
 
Devido à inversão da ordem das palavras e aos léxicos inusitados existentes no poema 
acima, transforma-se em uma difícil tarefa, extrair e refletir sobre as figuras apresentadas,até 
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para professores. Imagine então para estudantes da segunda fase do ensino fundamental e en-
sino médio?! 
Agora, façamos o mesmo com os fragmentos de Machado de Assis e, posteriormente 
de Vinícius de Moraes, mas desta vez para se encontrar a figura de palavra chamada metáfora. 
 
Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso 
extrair pérolas, que é a razão. (Machado de Assis). 
 
Ó minha amada / Que olhos os teus / São cais noturnos / Cheios de Adeus. (Vinícius 
de Moraes). 
 
Segundo Sarmento (2006), a metáfora se realiza numa transferência de um termo para 
outro campo semântico por meio de uma comparação implícita ou subtendida. 
 
DESPERTANDO INTERESSE PARA PESQUISAS: ALGUMAS SUGESTÕES 
 
Diante desta complicada situação, como os professores podem despertar o interesse de 
seus alunos para a pesquisa no âmbito da Estilística? 
Primeiramente, os professores devem abrandar esta questão disponibilizando maior 
tempo dentre os conteúdos gerais aplicados para a Estilística, abordando-a mais vezes. Tam-
bém utilizando construções textuais mais simples e quotidianas, que sejam próximas da reali-
dade discente. Isso de forma lúdica, a fim de despertar o interesse dos alunos para pesquisa, 
tornando-os íntimos desta disciplina. De acordo com Guiraud (1970, p.13), “[...] não existe 
fenômeno linguístico ou literário que não possa invocar a Estilística para justificar algumas de 
suas definições”. 
Formas lúdicas de se trabalhar questões ligadas à Ciência da Expressão, auxiliam num 
avivar do sujeito cognicente, em aprender e apreender não só as figuras de linguagem, mas 
também os estilos de época e do autor. 
 
Situações agradáveis 
 
É só a língua literária que interessa ao estilo, especial-
mente o seu rendimento expressivo, o “colorido”, como 
se dizia, próprio, para convencer o leitor, agradá-lo, 
manter vivo seu interesse, impressionar-lhe a imagina-
ção mediante formas vivas, pitorescas, elegantes e esté-
ticas. (GUIRAUD, 1970, p.17). 
 
Caderno Discente do Instituto Superior de Educação – Ano 2, n. 2 – Aparecida de Goiânia – 2008 
 
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Consoante Claudino Piletti (2003), os alunos geralmente preferem matérias lecionadas 
em situações agradáveis e associadas a recursos e procedimentos de ensino adequados. 
Os recursos didáticos, os procedimentos de ensino, e as atividades práticas são valio-
sas fontes de incentivo, pois existe uma mútua relação entre motivação e aprendizagem. 
 
Aula motivadora 
A exemplo da aplicação de uma aula motivadora: o professor pode tocar a música “Fá-
tima” da banda Capital Inicial e, à priori, pedir que as alunos prestem atenção na letra, fazen-
do, simultaneamente, um relaxamento físico com eles. Esse ato por si só, já descontrai e lhes 
desperta o interesse de trabalhar com a letra. 
Logo, o professor retira fragmentos da letra e lhes insere algumas figuras de lingua-
gem, como por exemplo: metáfora, zeugma, comparação e elipse, como está proposto no qua-
dro abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Comparação (ou símile) facilmente confundida com a metáfora – é a figura que a-
presenta, em geral, a conjunção comparativa “como”. Elipse é a omissão de um ter-
mo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Ocor-
re zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subtendida 
sua repetição. (SARMENTO, 2006, p. 63). 
 
A partir da interpretação e reflexão sobre a mensagem da música, o profissional do-
cente, juntamente com os alunos, abstrai o aspecto de denúncia social, de crítica à falsa moral, 
teorias marxistas e a tendência a temas contemporâneos. Por conseguinte, ressalta o estilo de 
época realista e, portanto, o estilo crítico agressivo do autor. 
 
A estilística da expressão é o estudo do valor estilístico dos meios de expressão; dos 
matizes afetivos, volitivos, estéticos, didáticos e outros, que dão colorido à signifi-
cação. Há valores expressivos que traduzem os sentimentos, os desejos, o caráter, o 
temperamento, a origem social, a situação do indivíduo falante; e valores expressi-
vos que representam suas intenções deliberadas, a impressão que ele quer produzir, 
valores, de grande importância na expressão literária. (GUIRAUD, 1970, p. 97). 
 
 
Fragmento: Vocês são vermes pensam que são reis 
 Metáfora 
 Metáfora Zeugma 
Fragmento: Não quero ser como vocês 
 Elipse 
 Elipse Comparação 
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Brincando com as palavras 
Outrossim, é relevante tratar da Estilística dentro das poesias infantis, como na poesia 
de Elias José, na qual o autor dá contemporaneidade ao poema quando lhe acrescenta uma 
análise e junta o bucólico com o urbano, fala de amor como desencadeante de grilações, utili-
za muito a aliteração (repetição de fonemas para produzir efeito) e joga com diferentes signi-
ficados da palavra grilo: 
 
GRILO GRILADO 
 
O grilo 
Coitado 
Anda grilado 
E eu sei 
O que há. 
Salta pra aqui, 
Salta pra ali, 
Cri-cri pra cá, 
Cri-cri pra lá. 
O grilo 
Coitado 
Anda grilado 
E não quer contar. 
No fundo 
Não ilude 
É só reparar 
Em sua atitude 
Pra se desconfiar. 
O grilo 
Coitado 
Anda grilado 
E quer um analista 
E quer um doutor. 
 
Seu grilo, 
Eu sei: 
O seu grilo 
É um grilo 
De amor 
 
Fonte: Fanny Abramovich (1991) 
 
Situação de entretenimento 
Nesta situação de entretenimento, o mestre tem a possibilidade de introduzir algumas 
figuras como: prosopopeia, onomatopeia, aliteração, anáfora. 
 
Onomatopeia: é a reprodução aproximada de sons ou ruídos. Anáfora: é a repetição 
de uma ou mais palavras no início de versos ou de orações. Aliteração é a repetição 
de fonemas iguais ou semelhantes ou palavras próximas, provocando um efeito so-
noro sugestivo. (SARMENTO, 2006, p. 267). 
 
Compreende-se que Fanny Abramovich (1991) salienta a existência de poetas que 
brincam com as palavras, dum modo gostosíssimo de ouvir e ler, lidando com toda ludicidade 
verbal e até engraçada, dotando-lhe uma qualidade estética, atingindo valores artísticos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Levando-se em conta os argumentos apresentados, observa-se que, diferentemente da 
gramática normativa que dita leis e regras para o uso de determinada língua, a Estilística é 
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livre no expressar-se, porquanto sua essência está no romper limites, fantasiar, permitindo-se 
brincar com as palavras e expressões, dotando-lhes de musicalidade, tornando-as, algumas 
vezes, tristes outras engraçadas, impetrando-lhes uma estética e tornando-as uma arte. 
Bons escritores conhecem e respeitam as normas da língua, entretanto, em determina-
das situações, se permitem quebrá-las, tendo em mente um objetivo claro e plena consciência 
dos seus atos. 
Ora! Se a Ciência da Expressão é vida e traz todo um dinamismo às produções textuais 
orais ou escritas, seria ignorância deixar reinar tal omissão. Os professores devem atentar para 
as barreiras que impedem pesquisas e criações no ramo da Estilística e se empenharem em 
encontrar diversas outras formas de estimular essas pesquisas e criações autônomas, intimi-
zando os alunos acerca da Ciência Estilística. 
 
STYLISTICS PROFICIENCY: AN INVITATION TO AUTONOMOUS RE-
SEARCHES AND CRIATIONS 
 
Abstract: This article analyses and discusses the reason ofocurrency of the lack of 
tradition on stilistics researches both in the field of literary stilistic critics and in the 
realm of the science of expression initially, basic concepts and references on stilis-
tics and it’s objects are presented, supported by Monteiro (2005), Câmera Jr. (1997), 
Guiraud (1970) among others. Than, based on a field research done with Portuguese 
teachers of public elementary school and high school, the various issves that reveal 
public why the science of expression scapes teachers access and proficiency will be 
discussed finally alternative ways, able to solve the presented tasks, will be sug-
gested in the track of stilistics as an unestimeted source of linguistic resources that 
enrich and complexes ompsteen textual genres with the purpose of freeing writers 
from the chains of normative grammar. 
 
Key-words: Proficiency Stilistic. Style. Functionality. Autonomous Creation. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. 2. ed. São Paulo. Scipio-
ne, 1991. 
 
 
CAMARA JR, J. Mattoso. Contribuições à estilística da Língua Portuguesa. 24. ed. Rio de 
Janeiro: Ao Livro Técnico, 1997. 
 
 
GUIRAUD, Pierre. A Estilística. São Paulo: Mestre Jou, 1970. 
 
 
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MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Moderna, 
1983. 
 
 
MONTEIRO, José Lemos. A Estilística: manual de análises e criação do estilo literário. Pe-
trópolis: Vozes, 2005. 
OBRA COLETIVA. Projeto Araribá. São Paulo: Moderna, 2006. 
 
 
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23. ed. São Paulo: Ática, 2003. 
 
 
PRETO, Dinho O. Letra “Fátima”. São Paulo: Polygran, 1986. 
 
 
SARMENTO, Leila L. Português: leitura, produção, gramática. 2. ed. São Paulo: Moderna, 
2006. 
 
 
ANEXOS 
 
Pesquisa de campo realizada com duas professoras de Língua Portuguesa, uma da segunda 
fase do ensino fundamental e outra do ensino médio de uma Escola da Rede Estadual de Edu-
cação. 
Aparecida de Goiânia, dezembro de 2008. 
 
Professoras entrevistadas: A e B. 
 
ENTREVISTA 
 
1) A Ciência Estilística é mediada pelos professores nesta escola? De que forma? 
 
A – Sim. Metalinguística. 
B – Sim. Contextualizada. 
 
2) Qual o objetivo de se mediar a Estilística da forma mencionada acima? 
 
A – O objetivo é que os alunos decodifiquem as respectivas metalinguagens. 
B – Os alunos precisam compreender e refletir sobre o uso da matéria aplicada. 
 
3) Qual é o rendimento dos alunos nesse contexto? 
 
A – Pouquíssimo, pois eles estranham a nomeclatura das figuras. 
B – Muito baixo, devido a dificuldade de compreensão dos contextos em que são aplicados os 
objetos da Estilística. 
 
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4) A gramática é aplicada de forma dedutiva ou indutiva? 
 
A – Dedutiva. 
B – Indutivamente, devido a necessidade de causar nos alunos suas próprias conclusões. 
 
5) O rendimento dos alunos na gramática é comparável ao da Estilística? 
 
A – Na gramática o rendimento é melhor, porque eles são acostumados com ela desde o fun-
damental I. 
B – O rendimento na gramática é bem melhor, pois os contextos de aplicação são atuais. 
 
6) De forma geral, são utilizados métodos didáticos motivadores em sala de aula? 
 
A – Não. Acho isso desnecessário, prefiro fixar o conteúdo. 
B – Muito pouco, devido a falta de recursos disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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