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O conceito de recreação descrito por MARCASSA

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Nome: JEAN CARLOS MONTEIRO TURMA:X
LAZER – RESENHA CRÍTICA DE COMPARAÇÃO ENTRE EMPIRIA E TEORIA ACERCA DO CONCEITO DE RECREAÇÃO POR MARCASSA.
O conceito de recreação descrito por MARCASSA, traz com fundamentos históricos o seu significado, na época de sua criação. Quando surge no Brasil ao longo do sec. XIX, tem como principal objetivo agir nos hábitos de uma geração. Na época, as escolas sob um modelo já conhecido historicamente como médico-higienista abordavam a recreação como método de trabalhar nas ações das pessoas, de maneira como aumentasse a saúde do corpo, levando as pessoas a um maior vigor físico. Portanto, as pessoas que antes na escola só se deparavam com disciplinas e métodos que trabalhassem a saúde mental, a partir deste modelo que perdura ao longo do séc. XIX agora tinham também uma maneira de tratar sua saúde física, sendo assim, o modelo medico-higienista poderia abordar aspectos como tanto para o bem físico da população como o moral e mental. Neste ponto a recreação era vista como auxiliar de civilização da população.
Esse conceito de recreação foi inserido em um projeto onde o modelo agora abordado nas escolas visava interferir no cotidiano das pessoas e modificar seus costumes, adquiridos na época da colonização elevados até aquela época.
Segundo a autora, a atividade de recreação é caracterizada pela livre escolha da pessoa em escolher como ocupar seu tempo livre, sendo esta atitude e disposição do executante. Este processo de recreação vem ao longo do tempo sendo instrumento de saber apropriado por diversas instituições, como a escola.
Um questionário aplicado no local selecionado para intervenção pelo grupo recolheu respostas sobre três perspectivas (coordenador, professor e aluno) de entendimento do que é recreação. O coordenador entende por recreação atividades divertidas ao olhar da criança, possível de serem trabalhadas e adaptadas em todas as atividades a fim de mantê-las interessadas e com sentimento de liberdade, sem que se sintam obrigadas a pratica-las. Para ele, elas entendem como lazer o que está relacionado ao tempo livre. Aqui um bom exemplo da recreação como instrumento do saber apropriado que a autora se refere, cria-se um ambiente divertido, dá a criança o sentimento de liberdade (que não é real, ela está ali para desenvolver uma atividade já planejada que apenas será desenvolvida de uma maneira lúdica) a fim de ocupar o tempo livre. O professor entende por recreação uma atividade de lazer que foge da rotina do indivíduo, que pode ser trabalhada usando atividades lúdicas dinâmicas e recreativas que podem ser inseridas em todas as atividades ofertadas, e que a principal justificativa dos pais para levarem as crianças ao espaço é a necessidade de exercer uma atividade física, diminuir o uso de celulares e aprender uma atividade que seja do interesse da criança, e que as mesmas gostam muito uma vez que é o único contato com uma prática física para algumas. Aqui aparece o preceito de ocupar adequadamente as horas de lazer evitando o tempo ocioso que a autora traz como história do surgimento da recreação, a utilização pelos pais de atividades educativas, mas com fundo recreativo para controlar o desenvolvimento dos filhos. Já a criança entende por recreação uma atividade que tem como principal objetivo a diversão, rotineiramente aparece no ambiente de pátio escolar, mas seu maior contato é fora da escola jogando futebol. Aqui podemos ver a essência da recreação, a teoria em prática citada pela autora, o executante da recreação entende por recreação a liberdade de preencher seu tempo livre com algo que lhe traga alegria intrínseca, diversão, e essa prática é espontânea, surge apenas de sua própria vontade, sem influência de pais, escola ou sociedade.

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