Filo Arthropoda

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Filo Arthropoda – apêndices articulados
Presença de hexoesqueleto! 
formado por quitina, fosfato e carbonato de cálcio.
mas alguns só formado de quitina
Divididos em cabeça, tórax e abdome OU com a junção da cabeça e o tórax, dividido em cefalotórax e abdome. 
Características derivadas compartilhadas entre anelídeos e artrópodes sugerem que ambos derivaram de uma linhagem de animais protostômios celomados e segmentados com clivagem espiral e desenvolvimento em mosaico. ANELÍDEOS E ARTRÓPODES NÃO SÃO GRUPOS IRMÃOS.
As profundas mudanças evolutivas ocorridas nos ancestrais que resultaram no surgimento dos artrópodos atuais são chamadas coletivamente de artropodização. 
Nessa evolução, processos foram decisivos: em primeiro lugar, os artrópodos sofreram a especialização de seus apêndices para o desempenho de funções específicas. Outros processos, independentes, e de importância crítica foram a aquisição de um esqueleto mais firme (na verdade bastante rígido) através de uma cutícula organizada com incrível precisão, e a perda da cavidade celômica septada dos anelídeos, com sua substituição por uma hemocele, e a perda de um sistema circulatório fechado. Juntas, estas modificações reduziram a dependência de um esqueleto hidrostático para manter a rigidez do corpo, e permitiram a adaptação dos músculos aos movimentos cada vez mais complexos associados aos apêndices locomotores especializados. 
Essas três modificações: a cutícula, o desenvolvimento de membros locomotores e a hemocele podem ser considerados os grandes responsáveis pelo processo de artropodização.
Maior filo do reino animal (metazoa). Os artrópodes incluem: Aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros, crustáceos, piolhos-de-cobra, centopeias, insetos; além disso existe um rico registro fóssil que se estende a porções mais antigas do período Pré-Cambriano. 
Os artrópodes são protostômios eucelomados com sistema de órgãos bem desenvolvidos e compartilham com os anelídeos a propriedade de possuírem uma metamerização. 
Possuem um exoesqueleto que contém quitina, e seu padrão primitivo apresenta uma série linear de metâmeros, cada um com um par de apêndices articulados. O padrão de metâmeros varia bastante no filo. Existe uma tendência para que os metâmeros se combinem ou se fundam em grupos funcionais, denominados tagmas, usados para finalidades especializadas. 
São animais ativos e usam todas as formas de alimentação – Carnívoros, herbívoros e onívoros – embora a maioria seja herbívora. No ambiente aquático a maioria se alimenta de algas e a maior parte dos terrestres alimenta-se de vegetais. 
São essenciais na polinização de muitos dos vegetais utilizados na alimentação humana, também servem de alimento, produzem drogas e tinturas, produtos como a seda, o mel e a cera de abelha. – importância dos artrópodes para os humanos.
Eles são encontrados em todos os tipos de ambientes, desde as profundezas oceânicas até altitudes bastante elevadas, e desde o equador até bem dentro das regiões polares. 
Espécies diferentes estão adaptadas para a vida no ar, sobre a terra, em água doce, salobra e marinha, e sobre dentro dos corpos de plantas e alguns animais. 
Características do filo : 
- Triblasticos
- Corpo metamerizado, dividido em tagmas.
- Apêndices articulados
- Exoesqueleto cuticular 
- Sistema muscular complexo 
- Músculos estriados para ações rápidas e músculos lisos nos órgãos viscerais, sem cílios.
- Celoma reduzido nos adultos, maior parte corpórea constituída pela hemocele – Hemocele: seios ou lacunas preenchidas por sangue.
- Sistema digestivo completo – boca e ânus 
- Sistema circulatório completo com coração contrátil (dorsal)- sist. Aberto.
- Respiração através da superfície corpórea, brânquias, traquéias (tubo de ar), ou pulmões foliáceos. 
- Sistema excretor composto por glândulas excretoras, denominadas glândulas coxais, antenais ou maxilares. – Alguns com túbulos de malpighi
- Sistema nervoso com um gânglio cerebral dorsal conectado por um anel que circunda o tubo digestivo a uma cadeia nervosa ventral dupla, composta por glânglios segmentares – seguindo o plano nos anelidios–órgãos sensoriais bem desenvolvidos
- Sexos separados, fertilização interna, ovíparos ou ovovíparos. Frequentemente com metamorfose. 
SUBFILO CRUSTÁCEA 
Os crataceos diferem de outros arthropodes em vários caracteres, mas o único verdadeiramente distintivo é a presença de dois pares de antenas nos crustáceos. 
Apresentam na cabeça, além dos dois pares de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxilas, seguindo-se um par de apêndice em cada segmento do corpo ou somito. 
Se presentes, órgãos respiratórios especializados funcionam como brânquias. A característica derivada é possuir menos somitos –de 16 a 20. 
Os principais tagmas são cabeça, tórax e abdome, mas entre as classes há um grau variado de somitos, por exemplo no cefalotórax.
A maior classe é a Malacostraca, que reúne lagostas, carangueijos, camarões saltões-de-praia, tatuzinhos-de-quintal e outros. 
Alguns crustáceos tem uma carapaça. Nos decápodes – lagostas, camarões, caranguejos e outros – a carapaça recobre totalmente o cefalotórax mas não o abdome. 
Cada somito não coberto pela carapaça apresenta uma placa dorsal cuticular, ou tergito, e uma placa ventral transversal, o esternito, localizada entre os apêndices em casa segmento. 
O abdome termina em um télson, que não é considerado um somito, onde se localiza o ânus. 
Trato digestivo com cecos gástricos.
A alimentação é feita por um conjunto de peças bucais. A mandíbula e as maxilas funcionam para ingerir alimento; os maxilípedes apanham e trituram os alimentos. Os comedores de partículas em suspensão vai de plâncton e detritos e bactérias.Os predadores consomem larvas, vermes crustáceos, moluscos e peixes. Detyritivos comem animais e vegetais mortos.
Escudo cefálico ou carapaça presentes. 
Presença de ocelos simples e de olhos compostos na maioria dos táxon.
Possuem Apêndices multiarticulados, unirremes ou birremes.
A respiração é branquial. 
A excreção é feita por glândulas maxilares ou antenais. 
Com larva nauplio, desenvolvimento indireto ou direto.
SUBFILO HEXAPODA (seis pernas)
O subfilo Hexapoda constitui o maior grupo de artrópodes e inclui os Insetos, classe insecta, assim como grupos menores de artrópodes sem asas: Collembola, Diplura e Protura. 
- Corpo composto por cabeça, tórax e abdome. 
19 somitos verdadeiros (mais o ácron), organizados em uma cabeça (cinco somitos), tórax (três somitos) e abdômen (11 somitos).
- Apresentam ocelos; olhos compostos, antenas, clipeolabro; mandíbulas; maxilas, lábios (segunda maxilas fundidas entre si). Os ocelos (e os olhos compostos) são perdidos secundariamente em alguns grupos.
- Trocas acontecem gasosas através de espiráculos e traqueias. 
- Trato digestivo com cecos gástricos. 
- Nos hexapada o exoesqueleto é fundido na cabeça forma um tentorio (conjunto quitinoso que sustenta o cérebro dos insetos) interno exclusivo.
- A excreção é feita através de túbulos de Malpigh (evaginações dos proctodeu) derivados da ectoderme.
- Gonóporos abrem-se na região terminal ou subterminal, nos segmentos abdominais VII,VIII ou IX.
- São dioicos (o hermafroditismo é raro). Desenvolvimento direto ou indireto.
Como é a morfologia externa e quais os tipos de metamorfose os insetos apresentam?
Morfologia externa
Os insetos caracterizam-se por apresentarem metameria, em um corpo dividido em três partes geralmente, sendo elas: cabeça, tórax e abdômen, o que é referido como padrão de tagmose (tagma = região no corpo com uma morfologia e funções específicas) 
Simultaneamente, os apêndices de cada parte do corpo também se modificaram de uma forma ancestral para as mais variadas estruturas, como peças bucais, antenas e aparelho genital.
Desta maneira, compreendemos que os seis primeiros metâmeros do corpo dos insetos se fundiram dando origem a cabeça, contendo olhos compostos e ocelos, além da região de controle; os três seguintes, ao tórax, contendocoxa, trocanter, fêmur, tíbia, tarso, pretarso. Em um clado dos insetos, os Pterygota, os dois últimos segmentos do tórax (meso e metatórax) são também conhecidos com pterotórax, pois apresentam asas; e os demais metâmeros originam o abdômen, neste tagma, houve redução dos apêndices nos adultos (exceto genitália e o par de cercos derivados dos apêndices do 11° segmento).
Tipos de metamorfose
Ametábolos (sem metamorfose): as formas jovens são muito similares aos adultos, exceto pelo tamanho corporal e aparelho reprodutor, e apresentam geralmente o mesmo habitat. Não há estágio larval. Há exemplos em ordens de insetos apterigotos (Collembola, Protura, Diplura, Thysanura).
Hemimetábolos (metamorfose incompleta): as ninfas vivem na água e têm morfologia diferente (estruturas bastante distintas) dos adultos (e.g. brânquias, aparelho bucal). Há exemplos nas ordens de insetos aquáticos (Odonata, Ephemeroptera e Plecoptera).
Paurometábolos (metamorfose gradual): as ninfas e os adultos não diferem quanto a forma e estilo de vida, mas há mudanças graduais e inconspícuas no tamanho, desenvolvimento dos ocelos e, finalmente, formação de asas e genitália. Há exemplos em Orthoptera, Hemiptera, Homoptera.
Holometábolos (metamorfose completa): os jovens diferem radicalmente dos adultos quanto à forma geral, alimentação e tipo de vida. Há vários estágios: ovo, larva, pupa e adultos (imago). Há exemplos em Lepidoptera, Strepsiptera, Coleoptera, Hymenoptera, Diptera etc.
SUBFILO MYRIAPODA (muitos pés)
Denomina um grupo de quatro classes que possuem um padrão corpóreo com dois tagmas – cabeça e tronco- com apêndices agrupado em pares em todos, ou quase todos os somitos do tronco. Os miriápoides incluem Chilopoda (lacraias, centopeias), Diplopoda (piolhos de cobra, milípedes), Paupopoda (paurópodes) e Symphula (sínfilos).
De um modo geral, os milípedes são animais inofensivos, de movimentos lentos, que gostam de cavar no solo ou no folhiço, consumindo restos vegetais, onde convertem o material vegetal em húmus (ajudando a formar o solo).
Os insetos (subfilo hexapoda) desenvolveram um padrão corpóreo de três tagmas – cabeça, tórax e abdome- com apêndices na cabeça e no tórax, mas reduzidos ou ausentes no abdome. O ancestral dos insetos pode ter sido parecido com um miriápode na forma geral do corpo.
Assim como os insetos os miriápodes usam traqueias para transportar os gases respiratórios diretamente para as células do corpo. 
A excreção ocorre através de túbulos de malpighi. 
Todos os apêndices multiarticulados e unirremes.
A maioria com ocelos simples, pelo menos em alguma etapa do ciclo de vida; omatideos verdadeiros aparentemente ausentes 
O trato digestivo simples, sem cecos digestivos.
- Corpo com dois tagmas: cabeça e tronco
- Maioria com ocelos simples
- Um par de antenas
- Mandíbulas com enditos articulados
- Primeiras maxilas livres ou fundidas
- Segundas maxilas parcialmente fundidas ou ausentes
- Numerosos segmentos pós-cefálicos formando um tronco indiferenciado
- Todos os apêndices unirremes
- Exoesqueleto sem camada cerosa bem desenvolvida
- Maioria com glândulas repugnatórias laterais nos segmentos do tronco
- Túbulos de Malpighi derivados da ectoderme auxiliam na excreção
- Trato digestório simples, sem cecos digestórios
-Copulação indireta; com desenvolvimento direto
Os miriápodes são dióicos e ovíparos, embora a partenogênese (crescimento e desenvolvimento de um embrião sem fertilização - reprodução assexuada) ocorra em diversas famílias de milípedes e em algumas centopéias e sínfilos. 
Os miriapodes têm órgãos sensoriais únicos que se abrem na base das antenas, chamados Órgãos de Tomosvary sua função ainda não fora esclarecida, mas acredita-se que esteja relacionada com a audição (detecção de som e vibrações).
SUBFILO CHELICERATA
Grupo antigo que inclui euriptérios (extintos), límulos, aranhas, carrapatos, ácaros, escorpiões e aranhas-do-mar. 
São caracterizados por possuírem seis pares de apêndices, que incluem um par de quelíceras (primeiro par de apêndices da parte anterior do corpo). Um par de pedipalpos (segundo par de apêndices articulados e móveis da parte anterior, NÃO SÃO PERNAS) e quatro pares de apêndices locomotores (pernas).
Não possuem mandíbulas nem antenas. A maioria suga liquido de suas presas para se alimentar. 
A maioria é predadora e possui estruturas inoculadoras (pedipalpos e quelíceras) e glândulas de veneno. Geralmente possuem peças bucais sugadoras ou uma faringe sugadora potente com a qual ingerem os fluidos e tecidos moles do corpo das presas. Dentre as adaptações interessantes estão as glândulas de seda das aranhas. 
As trocas gasosas ocorrem através de brânquias foliáceas, pulmões foliáceos ou traqueias. 
A excreção ocorre por glândulas coxais e/ou túbulos de Malpighi. (Os túbulos de Malpighi dos queliceriformes provavelmente não são homólogos aos dos insetos, isópodes terrestres ou tardigrades).
Apresentam olhos medianos simples e olhos compostos laterais. 
O trato digestivo apresenta dois a seis pares de cecos digestivos.
São dióicos. 
Classe merostomata (euriptéritos) EXTINTOS
Classe Pycnogonida (aranhas-do-mar)
Classes arachnida: 
ordem- aranae (aranhas) 
ordem- opiliones (opilião)
ordem- acari (ácaros e carrapatos) 
ordem- escorpionida (escorpião)
Os tagmas dos aracnídeos são cefalotórax e abdome