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Controle da poluição atmosférica Aula 5 Ventilação Industrial Objetivos: Controlar rigorosamente a pureza, distribuição e velocidade do ar. Controlar parcialmente a temperatura e a umidade do ar. Transferir ou transportar massa ou energia térmica em circuíto aberto ou fechado. Controlar a pressão atmosférica e/ou local (barométrica)de um ambiente interno. Ventilação Industrial Finalidades • Promover a ventilação para manutenção do conforto e eficiência. • Promover a ventilação para manutenção da saúde e segurança. • Promover a ventilação para conservação de materiais e equipamentos. Tipos de Ventilação Geral (VG) Ventilação Geral Natural • VGN – é a VG com indução da entrada e saída do ar de um recinto sob “forma controlada” de aberturas (janelas, portas e lanternins). Ocorre com admissão e escape natural do ar. • VGD – é a VG para o controle da concentração ambiental de gases, vapores e partículas. • 1-Insuflação mecânica e escape natural; Modos de 2-admissão natural e exaustão mecânica; VGD 3-insuflação e exaustão mecânicas; 4-admissão e exaustão naturais. VG – consiste na movimentação de massas de ar através de espaços confinados. LANTERNINS Os Lanternins são aberturas, dispostas na cobertura de edificações, para propiciarem ventilação e iluminação naturais dos ambientes. Atualmente, a indústria disponibiliza uma série de lanternins padronizados que asseguram a passagem do ar sem criar problemas de infiltrações de água. Os lanternins, quando bem aplicados e dimensionados, é uma opção de ventilação sem consumir energia. Ventilação Geral Natural Infiltração: é o movimento de ar “não controlado” num recinto por meio de aberturas existentes. VGN é o deslocamento do ar através do recinto, via aberturas, umas funcionando como entrada e outras, como saída. As aberturas devem ser dimensionadas e posicionadas de modo a gerar um fluxo de ar adequado. Fluxo de ar depende : - Δp entre exterior e interior; - resistência ao fluxo de ar nas aberturas (perda de carga); - obstruções internas; - incidência do vento (localização / posição) e forma do edifício. Ventilação por ação dos ventos / distribuição das pressões Ação dinâmica provocada pelo vento que ao contornar uma edificação cria distribuições não uniformes de pressões com especial importância nas aberturas onde as diferenças de pressões promovem escoamentos no sentido das altas para as baixas pressões. As posturas municipais(COP) estabelecem exigências mínimas para a orientação do projeto, por ex. : 1 – superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo (1/6 ou 1/5) do total da área do piso; 2 – a área de VGN deve ser no mínimo (2/3) da superfície iluminante natural. • Projetam-se aberturas de entrada de ar voltadas para o lado dos ventos predominantes (zona de pressão (+)); • As saídas do ar devem estar nas regiões de baixa pressão exterior (paredes laterais e oposta aquela que recebe o vento predominante); • Projetam-se lanternins e clarabóias ventiladas no telhado onde a pressão é baixa. Aproveitamento do Movimento do ar COP do Munícípio e Legislação Específica. Normas Técnicas-NBRs Clarabóia Instalada sobre base em fibra de vidro, de perfil especial, acoplável a qualquer tipo de cobertura de unidades industriais ou comerciais. Os sistemas de abertura manual ou elétrica, que se instala, permitem maior ventilação e iluminação constituindo num investimento em segurança contra incêndio pela retirada de fumaça do ambiente. Fluxos de Ar através dos Recintos 1) Posições e dimensões das aberturas exercem grande influência na qualidade e quantidade da ventilação interna. Espaços internos vazios (em planta) a)fechado, b) e=s c) e>s , d) e<s (Situações reais do fluxo de ar de entrada e saída) Espaços internos parcialmente divididos (em planta) 2) Influência da disposição das aberturas de E/S do ar em fachadas opostas (em corte) (comentar) 3) Influência da vegetação externa na ventilação do recinto. (comentar) Casos típicos de Ventilação Natural em galpões. Torres de vento São captadores altos, adequados para as casas de tijolos ou blocos. Funciona também quando não há brisa, porque a temperatura dentro da torre é diferente da temperatura externa, e o ar quente da casa sempre circula. Com o vento entrando por um lado da torre e saindo pelo outro, o ar quente dos quartos é sugado até a torre, fazendo com que o ar fresco entre pelas janelas. No inverno, se fecha as aberturas entre a torre e os cômodos. A Bastakiya, com suas torres de vento e ruelas apertadas, é a região mais antiga de Dubai A brisa nas frestas dos badgirs aspira o bafo morno das casas, substituído pelo ar refrescado pela transf. de calor p/ a evaporação dos lagos próximos (Irã). Uma casa do estilo árabe com torres do vento Exemplos Estimativa do Fluxo de Ventilação gerada por ação direta dos Ventos O uso dos ventos para produção de ventilação deve considerar : • Velocidade média do vento; • Direção predominante; • Variações diárias e sazonais; • Interferências locais por obstruções. Como base de cálculo, dimensiona-se para uma velocidade de 50% do valor da velocidade média sazonal local. Obs.: Dados diários em ( http://www.cptec.inpe.br/ ) Exaustores Estáticos Os exaustores estáticos como o próprio nome diz, não giram, por isso não são capazes de causar o vácuo necessário para a exaustão efetiva do ar quente, apenas aproveitam sua tendência natural de subir constituindo assim SAÍDAS PARA O AR, mas não em vazões satisfatórias. Podem melhorar o desempenho dos sheds e lanternins. Ventilador de Telhado Aplicações: Os Ventiladores de Telhado fazem a exaustão do ar em ambientes onde ocorrem problemas de calor, presença de fumaça ou odores indesejáveis. São instalados com facilidade em substituição a uma telha de cobertura de prédios industriais, oficinas, armazéns, depósitos, galpões, etc. Características: - telha e chapéu são fabricados com resina poliéster reforçada com fibra de vidro; - a carcaça do ventilador é feita em chapa de aço; - a hélice é construída em alumínio fundido com rigoroso balanceamento estático e dinâmico; - o motor é especial para exaustão, totalmente blindado, tipo IP 54, trifásico. Acabamento/Pintura: - a carcaça do ventilador recebe duas demãos de primer e duas demãos de acabamento em esmalte sintético azul; - telha e chapéu são fornecidos em fibra de vidro translúcida, permitindo a penetração da claridade natural. A pintura de ambas é opcional. - Exaustores Eólicos São SVGN, que utilizam como força motriz a energia eólica. São utilizados para combater problemas com calor, fumaça, mal cheiro, gazes tóxicos e partículas suspensas (poeiras finas). O calor pode ser gerado de duas maneiras: internamente com irradiações de máquinas ou pessoas e externamente pela incidência do sol no telhado e paredes. O calor tem a tendência natural de subir e sua trajetória é barrada pelo forro ou telhado, a massa de ar quente e a poluição ficam então acumulados poucos metros abaixo do teto aquecendo as camadas subseqüentes. O vento incide sobre as aletas de alumínioprovocando o giro do globo móvel, este giro produz um redemoinho na base do Exaustor (logo abaixo do telhado) que succiona a massa de ar quente. Características Técnicas Globo Giratório 45 Aletas em Alumínio Naval Anéis, Tampa e Base. Confeccionados em Chapa de Aço Galvanizado nº 24 Mancais Alumínio Fundido Eixo Aço Trefilado (protegido com PVC) Protetor de rolamentos Polipropileno sob pressão Rolamentos dupla blindagem (primeira linha) Vantagens do Exaustor Eólico Não consome energia; Totalmente silencioso; Adapta-se a qualquer telhado (Kalhetão, Chads, Lanternins, Telhas de barro, Telhas de amianto...); Elimina odores e gases tóxicos; Ao contrário de outros sistemas estáticos é o único que gira forçando realmente a saída do ar quente; Reduz riscos de incêndios, pois além de não utilizar energia elétrica também não produz fagulhas; Elimina condensações no inverno e retira o calor no verão; Maior aproveitamento da luminosidade natural; Não entra água, totalmente imune a vazamentos; Baixíssimo custo de manutenção e instalação; Sua manutenção consiste em trocar esporadicamente os dois rolamentos que compõem sua parte móvel; Nos Exaustores Eólicos estes rolamentos duram em média 05 anos, em Exaustores Eólicos 100% em alumínio (à prova de corrosão) foi constatado vida útil de 06 anos. Remoção ou Adição da umidade do ar A remoção da água contida no ar pode ser feita por meio de aparelhos chamados de desumidificadores. Aplica-se em certos ambientes de trabalho tais como: locais de guarda de documentos, microfilmes, bibliotecas, certas indústrias químicas, farmacêuticas, óticas, fotográficas, de papéis, cigarros, plásticos, gráficas, cervejeiras, etc. que necessitam de ar com baixo teor de umidade, sem exigirem climatização completa por ar condicionado. Consiste em retirar calor latente, sem diminuir a TBS. Lembrando que: Calor sensível se manifesta por um certo nível de T. Calor latente causa mudança de estado físico sem alteração de T e p. A adição de umidade é obtida pela introdução de água no estado de vapor. Desumidificador de ar Opera pelo princípio da circulação forçada do ar ambiente que atravessa uma serpentina evaporadora de gás de refrigeração, que estando com a T abaixo do ponto de orvalho (*), retém a umidade por condensação. O ar vai perdendo umidade até o limite situado entre [60 – 40]%, função da T e das condições de infiltração de umidade no local. (*) É a T sob a qual o vapor d`água contido no ar condensa. Percebe-se sua atuação quando uma vidraça começa a ficar embaçada. (O inverso da desumidificação é a ventilação adiabática ou resfriamento evaporativo) 3 – Insuflação e exaustão mecânicas É o sistema de VGD em que ventiladores insuflam e exaustores removem o ar do recinto. As máquinas podem ser instaladas diretamente no recinto ou atuando através de sistemas de dutos. Vantagens Desvantagem -ventilação mais controlável -qualidade do ar insuflado -distribuição do ar no recinto (evita circulação parasita) Exemplo de aplicação: -custo mais alto Exemplo de VGD completa ou mista Vista superior A instalação de insuflação e exaustão mecânicas em sua forma mais completa pode fazer a captação do ar em local não-poluído, filtrar, se necessário, e insuflar em bocas dispostas ao longo de dutos. (planta baixa) Ventilação Local Exaustora (VLE) Objetiva a proteção da saúde do trabalhador, captando os poluentes (gases, vapores e poeiras tóxicas) na fonte (operações, processos e equipamentos) antes de sua dispersão na zona de respiração e no ambiente. Em geral, processa quantidades menores de ar que VGN e VGD. Benefícios obtidos - maior controle de riscos; - bem-estar, eficiência e segurança do trabalhador retirando do ambiente uma parcela do calor liberado por fontes quentes; - controle da poluição do ar da comunidade. Sistemas centrais e coletores unitários Atende a mais de uma fonte (flexibilidade); Recirculam o ar (atenção com a sua eficiência ! ); Não precisa projeto de engenharia. Escolha em catálogo. CAPTORES (COIFAS) Locais de captura de poluentes dimensionados por fonte poluidora que com um mínimo de energia promove a entrada destes poluentes para o sistema de exaustão. Induzem na zona de emissão de poluentes, correntes de ar em velocidades tais que assegurem que os poluentes sejam carregados pelas mesmas para dentro do captor. As dimensões do processo ou operação determinam as dimensões do captor e sua forma. CAPTORES • Forma e Tipos CAPTOR ENCLAUSURANTE (ideal) CABINE (permite acesso ao processo industrial) (Ref. 4, pg 191) (Ref. 4, pg 191) CAPTORES EXTERNOS CAPTOR RECEPTOR (politrizes e esmeris) (Ref. 4, pg 192) (Ref. 1, pg 202) (Ref. 4, pg 191) (Ref. 1, pg 202) Requisitos de Q dos captores • obter a Qmin de exaustão (aliviar o ventilador) que permita uma eficiente captura dos poluentes emitidos pela fonte; • Qmin tal que induza em todos os pontos de geração de poluentes uma velocidade de captura maior que a do ar ambiente, e dirigida para o captor; • os valores de “V” de captura são determinados com base em experiências anteriores, ou seja, valores recomendados. Velocidade de captura É o valor da velocidade do ar a uma distância do captor que induz as partículas contaminantes a deslocarem-se na sua direção. (Ref. 1, pg 201) Ventiladores Tipos de Ventiladores • Categorias: o Axiais o Centrífugos o Axial-centrífugo o Ventiladores de teto o Sopradores de fluxo misto o Ventiladores regenerativos (Vórtex) Ventiladores Axiais Hélice Ventiladores Axiais Tubo axial Ventiladores Axiais • Fluxo direcionado (Vane axial) Ventiladores Axiais Jet-fans Ventiladores Centrífugos Pás perfiladas (Air Foil) Ventiladores Centrífugos Pás retas Sirocco (pás para frente) Ventiladores Centrífugos • Pás para trás (limit load) Ventiladores de Fluxo Misto • O escoamento no interior da carcaça passa a 45o Ventiladores Centrífugos • Carcaça: em forma de voluta (caracol) Ventiladores Vórtex Trabalho AV1: Temas – 24/04 - Controle da poluição do ar em indústrias siderúrgicas: consequências, atualidades e alternativas de controle; - Emissão de particulados por processos industriais: efeitos na saúde e alternativas de controle; - Qualidade no ar e a segurança no trabalho (Síndrome do edifício doente) : Conceito, problemática na saúde pública e alternativas de controle; - Emissões de poluentes por veículos automotores: consequências, atualidades e alternativas de controle.
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