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Conforto Ambiental III

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Conforto Ambiental I 
Aula 03 – Ventos 
Professores: Fernando José Lopes Pereira 
José Maria de Andrade 
Joseph Rodrigues de Rosa 
Karen Yumi Kakashima 
Michelle de Almeida Costa 
Recordando 
Fatores que influenciam diretamente no clima na Terra: 
Latitude e Altitude 
Principais climas distribuídos na Terra 
Recordando 
Observe que 
a maior parte 
do território 
brasileiro tem 
a influência 
do clima 
Tropical mas 
no extremo 
norte temos o 
Equatorial e 
no extremo 
sul temos o 
Temperado. 
Conceito de vento: 
É muito importante para o homem, pois modela o relevo, transporta 
umidade, ameniza o calor, facilita a dispersão dos poluentes, renova-se 
no interior de ambientes e também pode gerar energia (energia eólica) 
entre outras dinâmicas. 
Trata-se de um fenômeno meteorológico formado pelo movimento do ar 
na atmosfera. O vento também é gerado através de fenômenos naturais 
como, por exemplo, os movimentos de rotação e translação do Planeta 
Terra. 
É o ar em movimento e se forma devido à desigualdade de pressão 
atmosférica e temperatura. O vento se desloca das áreas de alta 
pressão para as áreas de baixa pressão. 
Áreas frias têm maior pressão e áreas quentes, menor pressão. Quanto 
maiores essas diferenças, mais fortes serão os ventos. A força do vento 
depende das desigualdades de pressão: 
Recordando 
O ar presente em nosso planeta (por ação de fatores como pressão e 
temperatura) é capaz de se deslocar vertical e horizontalmente, 
formando uma espécie de ciclo de movimentos. 
 
O início deste ciclo, geralmente, se dá por uma corrente ascendente, 
que corresponde a uma massa de ar aquecida pela radiação solar que, 
por diminuição de densidade, tende a subir para áreas mais altas da 
atmosfera. 
O espaço deixado pela massa de ar quente da corrente ascendente é 
ocupado por ar mais frio, que encontra-se em maiores altitudes. O 
deslocamento do ar com menor temperatura é conhecido como corrente 
descendente. 
A ocupação deste espaço deixado pelo ar quente é o que gera o vento. 
Esse fenômeno é influenciado pela expansividade do ar. 
Recordando 
http://professorthiagorenno.blogspot.com.br/2012/02/ar-003-ventos.html 
Recordando 
http://geografalando.blogspot.com.br/2012/11/massa-de-ar-norcoes-gerais.html 
Eis o motivo por 
termos no 
estado de Mato 
Grosso, a 
direção 
predominante de 
ventos de 
Noroeste para 
Sudoeste. 
http://ventodecauda.com.br/seguranca-aeronautica/windshear-as-tesouras-de-vento/ 
Ventos 
Windshear – As Tesouras de Vento 
Windshear, também denominado cortante do vento, gradiente de vento 
ou cisalhamento do vento, pode ser definida como uma variação na 
direção e/ou na velocidade do vento em uma dada distância. 
Suas causas podem ter várias origens: trovoadas, presença de 
Cumulonimbus, virga, sistemas frontais, correntes de jato de baixos 
níveis, ventos fortes à superfície, brisas marítimas e terrestres, ondas de 
montanha, linhas de instabilidade e fortes inversões de temperatura, 
dentre outras. a alinhar-se. 
Ventos 
Windshear - Origem 
Suas causas podem ter várias origens: trovoadas, presença de 
Cumulonimbus, virga, sistemas frontais, correntes de jato de baixos 
níveis, ventos fortes à superfície, brisas marítimas e terrestres, ondas de 
montanha, linhas de instabilidade e fortes inversões de temperatura, 
dentre outras. A presença de formação de Cumulonimbus é um bom 
indicativo de que possa vir a existir uma cortante do vento, mas não 
necessariamente a ocorrência de um microburst (forte descendente do 
vento), pois somente cerca de 5% dos CB produzem tal fenômeno. 
Entrada de frentes frias pode também causar Windshear, embora com 
menor intensidade. Há casos em que os ventos em altitude sopram de 
NW (típicos de sistemas pré-frontais) e, embora sua direção possa ser 
totalmente oposta à superfície, gerados por uma brisa, por exemplo. 
O Brasil está fora da área atingida por esses fenômenos da natureza, 
pois os furacões quase sempre deslocam-se para o norte do Equador e 
os tufões, que se movimentam para o sul do Equador, acontecem apenas 
no oceano Pacífico. 
http://professorthiagorenno.blogspot.com.br/2012/02/ar-003-ventos.html 
Ventos 
A força do vento depende das desigualdades de pressão: áreas frias têm 
maior pressão e áreas quentes, menor pressão. Quanto maiores essas 
diferenças, mais fortes serão os ventos. Os ventos podem ser constantes: 
os alísios, que sopram nas regiões tropicais, e os polares, que vão dos 
polos para as regiões temperadas. 
Alguns ventos são periódicos: as brisas, frequentes nos litorais, 
montanhas e vales, e as monções, que atingem o sul e o sudeste da 
Ásia. Dependendo da região onde sopram, os ventos recebem nomes 
específicos. Os ciclones são circulares, intensos e formados em regiões 
tropicais. Furacão é o nome dado ao ciclone que atinge o mar do Caribe 
e oeste dos EUA. Tufão é o ciclone no sudeste asiático. Tornado é um 
ciclone de menor diâmetro e maior intensidade. Um tornado pode atingir 
a velocidade de até 800 km por hora, movimentar-se por vários 
quilômetros e causar muita destruição. 
http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&task=print&catid=3 
A rugosidade da superfície terrestre muito influencia no comportamento 
dos ventos. Quanto mais baixa a altitude mais alterados ficam os ventos. 
Fato de alta relevância na tomada de decisão nos projetos. 
Ventos 
http://pt.slideshare.net/aroudus/atmosfera-1318002 
As massas de ar no 
Brasil são as principais 
determinantes na 
regionalização climática 
do país. 
O Brasil, assim, sofre as 
variações de cinco 
massas de ar diferentes: 
a massa Equatorial 
continental (mEc), 
Equatorial atlântica 
(mEa), Tropical 
continental (mTc), 
Tropical atlântica (mTa) 
e a Polar atlântica 
(mPa). 
Ventos 
INVERNO 
VERÃO INVERNO 
Massas de Ar no Brasil 
Anemômetro De Campo + 
Leitor Digital Mastro 2m 
Aparelhos de medição 
Um anemômetro é um instrumento 
usado para medir a velocidade e direção 
do vento. Existem três tipos principais, 
variando de básico a complexo. O 
anemômetro de copo giratório mede 
apenas a velocidade do vento. Este 
modelo é o tipo mais comum e básico. 
Ele inclui de 3 a 4 copos montados em 
um pole vertical. Os copos capturam o 
vento e giram a estaca. Cada vez que 
ele completa uma rotação, a velocidade 
do vento é medida pelo número de RPM. 
O número de rotações é gravado durante 
o tempo e determina-se uma média. 
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-633310603-estaco-birutaanemmetroleitor-digitalmastro-25m-
brinde-_JM#redirectedFromParent 
A biruta apenas mostra a direção dos ventos, salvo quando se encontrar 
um anemômetro acoplado em sua haste.. 
Aparelhos de medição 
Aparelhos de medição 
Outros 
Os dados do vento são coletados em estações meteorológicas e podem 
ser apresentados de modo a informar a direção, velocidade e 
frequência do vento, para uma determinada localidade. É importante 
que esses dados sejam coletados com frequência horaria, para saber o 
comportamento do vento ao longo do dia e suas variações sazonais. As 
estações meteorológicas são localizadas em áreas abertas e livre de 
interferência de construções vizinhas. 
http://igorcastrocavalcante.blogspot.com.br/2013/09/desempenho-termico-das-edificacoes.html 
Aparelhos de medição 
As medidas são feitas na altura de 10m acima do solo. O uso desses 
dados como entrada em problemas de ventilação nos edifícios impõe a 
necessidade de correções. 
Essa correções são feitas usando a seguinte equação: 
V = velocidade média do vento na altura da abertura de 
entrada do ar (m/s) 
Vm = Velocidade na estação (m/s) 
Z = Altura da abertura (m) 
K / a = varia de acordo com a rugosidade do entorno (está 
na tabela acima – Gradiente do vento para diferentes 
áreas) 
http://www.pilotopolicial.com.br/o-fenomeno-do-blade-sailing/ 
O ar que se desloca paralelamenteao solo em movimento lamelar (de 
velocidade baixa-média), ao encontrar um obstáculo (pode ser um edifício ou 
uma barreira verde) sofre um desvio e, ultrapassando o obstáculos, tende a 
retomar o regime lamelar. 
Ação dos ventos 
A ação dos ventos sobre edificações, ensaio em túnel de vento. 
Ação dos ventos em edificações 
É fundamental para elaboração de um projeto arquitetônico. Os ventos de 
verão costumam ter característica diferentes daquelas verificadas no 
inverno – Por essa razão, o conhecimento da variação sazonal da direção 
do vento durante o ano é extremamente relevante, para avaliar, de forma 
adequada, a melhor orientação das aberturas da edificação ou, a 
associação entre entrada de luz e bloqueio parcial de ventos e insolação. 
• Venezianas e elementos vazados podem ser usados como recursos para manter a 
privacidade e mesmo assim permitir a circulação do ar. 
• Venezianas móveis permitem a regulagem do fluxo de ar e da radiação solar. 
• Cobogós (elementos vazados) = disponível em diversos materiais. 
• Muxarabis = arquitetura islâmica, trançado, quadriculado de madeira. 
 
 
 
Diretrizes para projeto: 
Pilotis - Podem ser utilizadas para aumentar a ventilação no nível do térreo. 
Aberturas: próxima ao piso e próximas ao teto ou no teto (aberturas zenitais) 
* Aberturais zenitais podem atuar em conjunto com o sistema de iluminação natural 
do edifício. 
Ação dos ventos em edificações 
Captadores de ventos 
Constituídos por torres verticais com aberturas na sua parte superior e inferior. Tem 
a função de captar os ventos numa altura em que eles se encontram com uma carga 
menor de poeira onde a temperatura é menor e a velocidade é mais acentuada; 
redirecionando-os para ambientes interiores a fim de aumentar o movimento de ar 
nesses locais. 
- usadas em regiões com clima quente e seco. 
- o ar redirecionado para o interior da edificação, normalmente, passa por 
elementos com água ou umidificados. 
- Outra solução , ao nível de telhado, pode ser obtida por grandes aberturas tipo 
shed. 
- as aberturas existentes podem funcionar como entrada e como saída do fluxo de ar 
que cruza o ambiente. 
Peitoril ventilado 
Em concreto, formato ‘’L’’ invertido, sobreposto a uma abertura localizada no 
peitoril da janela e sua finalidade é atuar como fonte complementar do movimento 
de ar proporcionado pelas esquadrias. 
* Seu funcionamento dependerá, também, da atuação de outras variáveis 
representadas pela localização e configuração do ambiente, assim como das 
aberturas de saída do ar. 
Componentes arquitetônicos 
Li
n
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a 
d
e
 G
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h
 (
0
°)
 
 
 
 
 
 
 
 
 M
e
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Ação dos ventos em edificações 
http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php 
O vento exerce pressões e sucções nas edificações, de forma variada, 
contínua ou intermitente, causando efeitos indesejáveis. 
Os valores mínimos das cargas 
acidentais, produzidas pelo vento, que 
devem ser considerados no cálculo das 
estruturas de edifícios estão fixadas na 
Norma Brasileira NBR-6120 - (antiga 
NB-5) - Cargas para o Cálculo de 
Estruturas de Edifícios. 
1 - O peso de uma estrutura de sustenção depende muito do tipo da estrutura, 
podendo ser com tesouras, arco atirantado, arco sem tirantes, shed, etc. Cada 
um desses tipos vai resultar em um peso diferente. Então os dados acima são 
meramente ilustrativos, isto é, servem para se ter uma idéia. 
Ação dos ventos em edificações 
http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php 
2 - Os dados acima não podem ser utilizados para o cálculo ou dimensionamento 
de estruturas de telhados. 
3 - Um telhado com estrutura de sustentação de alumínio coberta com telhas de 
alumínio vai pesar em torno de 30 kgf/m2 que é exatamente igual ao esforço da 
ação do vento. Neste caso, além das telhas terem que ficar firmemente presas à 
estrutura de sustentação, a própria estrutura de sustentação vai ter que ficar 
firmemente presa à estrutura de apoio (pilares ou paredes). 
4 - Nos casos em que a estrutura de sustentação não está presa na estrutura de 
apoio é muito comum, durante um vendaval, o vento carregar o telhado inteiro. 
http://pt.slideshare.net/mayaravirgulino/nbr-6123 
Normalização 
http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php 
Normalização 
De acordo com a NBR-6123, os terrenos podem ser classificados em 
uma das categorias seguintes: 
Segundo a norma, a Velocidade Característica depende de uma série de 
fatores como a região do Brasil, a topografia (planos, vales, montanhas), 
a densidade de ocupação (muitos prédios) e características construtivas 
do edifício. 
Rugosidade do terreno - conforme a NBR 6123 (forças devidas ao vento em 
edificações), a rugosidade do terreno é dividida em cinco categorias: 
 
Categoria I: superfícies lisas de grandes dimensões, tais como o mar calmo, 
lagos, rios e pântanos sem vegetação 
 
Categoria II: terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com 
poucos obstáculos isolados, tais como zonas costeiras planas, pântanos com 
vegetação rala, campos de aviação, pradarias, entre outros. Ou seja: obstáculos 
em que a cota média do topo é inferior a 1 m 
 
Categoria III: terrenos planos ou ondulados com obstáculos como muros, 
quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas, em que a cota média 
do topo dos obstáculos seja inferior a 3 m 
 
Categoria IV: terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, 
em zona florestal, industrial e urbanizada, em que a cota média do topo de 
obstáculos é considerada igual a 10 m. Também inclui zonas com obstáculos 
maiores, mas que não podem ser consideradas na categoria V 
 
Categoria V: terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e 
pouco espaçados, em que a cota média do topo é superior a 25 m 
Normalização 
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Mapa de 
Isopletas do 
Brasil - 
Curvas de 
vento de 
mesma 
velocidade 
http://blogdopetcivil.com/2010/11/30/a-acao-do-vento-em-edificacoes-parte-1/ 
Cada vez mais, as estimativas das respostas dinâmicas de edifícios altos 
frente à ação dos ventos têm sido obtidas com o auxílio de ensaios em 
túneis de vento, em detrimento dos processos analíticos. Desta forma é 
possível que se obtenha uma previsão mais apurada dos carregamentos, 
resultando numa racionalização da estrutura, com consequente redução 
nos custos de produção. 
Principais climas distribuídos na Terra 
Grande parte do território brasileiro é constituído por regiões com clima 
quente e úmido. As estratégicas bioclimáticas de projetos arquitetônico 
se concentra em controlar os ganhos de calor nas construções, bem como 
remover a carga térmica das mesma. A redução dos ganhos de calor é 
conseguida através de sombreamento da envoltória das edificações, 
principalmente dos painéis envidraçados e da utilização das cores claras. 
Movimentação ou passagem de ar para o ambiente, sem que seja 
necessário energia por fontes mecânicas. É uma das mais antigas 
técnicas de resfriamento passivo. 
http://igorcastrocavalcante.blogspot.com.br/2013/09/desempenho-termico-das-edificacoes.html 
Desempenho térmico das edificações 
Ventilação natural em edificações 
 
 Manter os níveis de oxigênio em patamares apropriados; 
3. Finalidades complementares para a ventilação natural: 
1ª. Manter a qualidade do ar nos ambientes internos 
 Adequada renovação de ar; 
 Remover as impurezas eventualmente existentes; 
 Retirar a carga térmica absorvida pelas construções em decorrência da 
exposição do edifício a radiação solar; 
 Retirar a carga térmica dos ganhos térmicos produzidos no interior das 
edificações, devido a presença dos usuários, existência de 
equipamentos elétricos, de iluminação artificial, etc.; 
 * Nesses casos, altas taxas deventilação podem propiciar 
 Temperaturas internas muito próximas das externas. 
 Trocas de calor por convecção, que ocorrem quando o fluxo de ar entra 
em contato com o corpo humano; 
 Efeito refrescante provocado pela evaporação do suor da pele. 
 * O resfriamento fisiológico é muito importante em regiões com elevada 
umidade do ar, pois a pele úmida é, frequentemente, apontada como a 
principal causa do desconforto. 
Desempenho térmico das edificações 
2ª Ventilação para resfriamento das edificações: 
3ª Ventilação para resfriamento dos usuários: 
 Em locais onde o vento possui direção estável e velocidade acima de 
3,00 m/s, a ventilação proporcionada pela força do vento é a 
estratégica de refrigeração mais simples e eficiente. 
 Quando o resfriamento por ventilação for empregado, é sensato prever 
algum esquema de ventilação mecânica para fazer frente ao períodos 
de calmaria. Eles serão usados esporadicamente e seu baixo consumo 
de energia propicia um sistema auxiliar altamente eficiente para 
complementar os processos de resfriamento passivo. 
 Quando a ventilação for indesejável nos períodos de inverno, também 
deveremos pensar em usar esse tipo de esquema de ventilação 
mecânica. 
Desempenho térmico das edificações 
Não basta analisar a ação dos ventos baseando o estudo somente nas 
normas técnicas ou nas cartas de vento ou gráficos levantados com o 
emprego de anemômetros. 
Existem condicionantes locais como áreas abertas ou fechadas, prédios 
altos, revestimentos térmicos, espelhos d'água, praças arborizadas, 
avenidas em fundo de vale e outros fatores topográficos que canalizam, 
conduzem e condicionam o vento em determinadas direções. 
A influência do isolamento térmico das roupas e das taxas de 
metabolismo humano também estão relacionadas no conforto térmico 
dos usuários. Nos climas quentes: roupas mais leves, porque permite 
uma maior intensidade das trocas de calor por convecção entre o vento e 
o corpo humano. A zona de conforto térmico humano pode também ser 
influenciada pela aclimatização: Diferentes combinações de velocidade 
do ar, temperatura, umidade e radiação produzem um conjunto de 
condições agradáveis que são usadas para definir onde ocorrem 
sensações térmicas identificadas como confortáveis. 
Desempenho térmico das edificações 
Conforto e vestuário: 
Para uma mesma 
combinação de temperatura 
do ar e umidade relativa, as 
zonas de conforto, podem 
ser ampliadas em função do 
aumento na velocidade do 
ar. 
http://defesacaxias.blogspot.com.br/2011/12/acao-do-vento-nas-edificacoes.html 
Geralmente a ventilação cruzada é estabelecida já a partir do projeto 
arquitetônico do imóvel. Ela consiste no posicionamento dos vãos 
seguindo a direção do vento predominante, de forma que o ar entre por 
uma janela e saia por outra imediatamente oposta. Esse sistema pode 
ser feito tanto de forma horizontal quanto vertical. 
http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/projeto-construcao-ventilacao/ 
Ventilação cruzada (horizontal) 
Já no esquema abaixo está ilustrada a ventilação cruzada vertical. O ar 
entra tanto pelos vãos do pavimento térreo quanto do pavimento 
superior, promovendo uma boa ventilação. Veja como você pode 
promover correntes de ar de um pavimento para o outro. A escada e o 
lanternim funcionam como condicionadores para o efeito chaminé, que 
consiste em posicionar aberturas junto ao telhado por onde o ar quente 
sai, possibilitando uma melhor circulação do ar frio dentro do ambiente. 
Ventilação cruzada (vertical) 
http://150.162.76.139/aplicacao/30/ 
As janelas devem direcionar o fluxo de ar através da área de trabalho. 
O fluxo de ar interno será determinado pela posição das aberturas de 
entrada com relação ao exterior e das aberturas de saída com relação a 
corrente de ar interna. Se o vento é obrigado a mudar de direção dentro do 
ambiente uma maior parcela do ambiente será ventilada. 
Ventilação cruzada (janelas) 
Formas simples retangulares, típicas de residências, apresentam melhor 
aproveitamento da ventilação natural orientando as maiores fachadas 
perpendicularmente ao fluxo de ar predominante de verão. 
Ventilação cruzada (volumetria) 
Uma forma estreita e alongada é ideal para favorecer a ventilação natural 
a uma maior parcela dos ambientes da edificação. Uma maior área de 
fachada representará uma maior obstrução aos ventos provocando uma 
maior pressão sobre a estrutura e melhor movimento do ar através da 
edificação. 
 
Ventilação cruzada (volumetria) 
Uma planta quadrada é favorável para condições em que não há registro 
dos fluxos predominantes dos ventos, uma vez que ela permite uma 
ventilação eficiente nos dois eixos, localizando as janelas de forma que as 
aberturas existam nos lados frontais e opostos aos ventos. 
É possível usar forma e orientação da própria edificação para interceptar e 
desviar o fluxo de ar para o interior da edificação, quando a direção 
predominante é conhecida. Uma planta em L será eficiente para represar 
os ventos. 
Uma estratégia tradicional para maximizar a ventilação é elevar o edifício 
para expô-lo a maiores velocidades do ar, uma vez que aumenta a 
exposição das superfícies aos ventos. 
Janelas maiores sempre aumentam a possibilidade de promover mais a 
circulação de vento na casa. Para ter mais privacidade escolha modelos de 
janelas com uma “bandeira” superior 
Nesse caso, o ideal é escolher modelos de janela com bandeira superior 
(basculante): assim mantem-se a renovação de ar dentro de casa. 
A bandeira pode ser com abertura opcional, como na foto ao lado, ou em 
veneziana. Dessa forma, a circulação ocorre pelo vão proporcionado pela 
bandeira, evitando as rajadas de vento que podem ocorre com a janela 
totalmente aberta. Portas com bandeiras ou aberturas de ventilação 
também ajudam 
E lembre-se: para 
garantir a 
eficiência de um 
bom sistema de 
ventilação, é 
necessário aplicar 
soluções que 
minimizem a 
incidência sol. 
Desempenho térmico das edificações 
Desempenho térmico das edificações 
A forma de abrir das janelas também é influente sobre o volume do fluxo de ar. 
Em relação ao fluxo de ar existem 2 tipos de esquadrias operáveis de janela: 1- 
pivotantes e dobráveis, que provocam o redirecionamento da corrente de ar de 
entrada; 2- de correr e duplo deslizamento, que operam no plano da parede e 
por isso não redirecionam o ar de entrada. A capacidade de rotação de janelas 
pivotantes pode ser usada para direcionar as correntes de ar. As janelas de pivôs 
horizontais apresentam uma maior capacidade de ventilação. Porém são 
inadequadas em edificações de múltiplos andares, pois o ar aquecido na fachada 
que se eleva pela superfície pode ser desviado para o interior dos ambientes. As 
janelas pivotantes verticais apresentam uma capacidade de ventilação menor, 
mas podem ser apropriadas em faces paralelas a direção dos ventos, atuando na 
sua captação e redirecionamento. 
As condições do micro clima local podem ser fortemente influenciadas pela 
existência de obstruções naturais ou edificadas, como a própria topografia local, a 
vegetação e edifícios circunvizinhos. Estas obstruções podem provocar alterações 
nas direções predominantes e velocidade dos ventos interceptados pela 
edificação. 
 
 
Desempenho térmico das edificações 
Sítio e orientação 
Sítio e orientação 
Desempenho térmico das edificações 
No meio urbano a velocidade dos ventos pode ser reduzida em menos da metade 
em relação a velocidade do ar do entorno, embora ruas estreitas e edifícios altos 
possam provocar efeitos de afunilamento duplicando a velocidade dos ventos. 
Fortes turbulências podem acontecer no lado oposto às obstruções (edificações). 
Os edifícios devem ser situados onde as obstruções aos ventos de verão são 
mínimas. 
No alto de morros a edificação tem exposição máxima aos ventos. Esta localização 
porém a torna vulnerável aos ventos de inverno. A lateralde morros e encostas é 
uma localização mais vantajosa onde o ar fresco flui morro abaixo ao longo das 
encostas criando brisas que pode ser 
No inverno, cercas, muros e estruturas adjacentes ou elementos de 
vegetação podem ser utilizados como quebra-vento, se localizados como 
obstáculos aos ventos predominantes locais de inverno. 
Quanto mais alta a barreira, maior o comprimento da chamada sombra de 
vento no sentido vertical. É preferível que as barreiras criadas contra os 
ventos sejam permeáveis (árvores, arbustos, muros vazados, cobogós) 
para impedir o efeito indesejável de turbulências no lado da barreira 
oposto aos ventos, funcionando como redutores de velocidade. 
Desempenho térmico das edificações 
Quebra - vento 
Desempenho térmico das edificações 
Aumentando o diferencial de pressão 
Quando as aberturas não podem ser 
orientadas diretamente para os ventos 
dominantes é possível criar zonas de 
pressão positiva e negativa através do 
projeto de elementos externos, incluindo o 
próprio paisagismo do entorno e projeções 
de parede, para induzir a ventilação através 
das janelas paralelas às direções dos 
ventos. Se depois de entrar pela janela o 
fluxo de ar é imediatamente direcionado 
para o teto, a brisa trará pequeno conforto 
para os ocupantes. Para proporcionar a 
circulação do fluxo de ar no ambiente na 
altura dos ocupantes, podem ser utilizadas 
projeções externas horizontais para desviar 
a corrente de ar. É preferível que as 
projeções horizontais externas sejam 
afastadas em alguns centímetros da 
fachada para não impedir a circulação do 
ar e a liberação do ar quente. 
A capacidade do efeito chaminé de promover a ventilação também depende 
muito de como livremente o ar pode subir. Muitas divisórias irão atrapalhar o 
fluxo, espaços de estúdio e paredes rebaixadas permitem fluxo livre. 
Interiores convencionais podem ser adaptados para promover o fluxo 
ascendente irrestrito através da localização de aberturas superiores em área 
central que sirva como condutor de ventilação vertical, como shafts internos 
com abertura zenital combinada a ventilação. É possível aproveitar para isso a 
caixa de escada ou outro elemento vertical. Devido a exigências do código de 
segurança essa estratégia não pode ser utilizada através de caixas de escada de 
incêndio. Grades no piso de corredores podem servir para permitir o fluxo 
ascendente 
Desempenho térmico das edificações 
Efeito Chaminé - Fluxo interno 
Desempenho térmico das edificações 
Efeito Chaminé - Fluxo interno 
Desempenho térmico das edificações 
Efeito Chaminé - Fluxo acelerado 
Para acelerar o fluxo de ar é possível utilizar no lado norte da parte superior 
da chaminé de ventilação uma superfície envidraçada. Com a incidência 
direta da radiação solar o ar que sai pela chaminé terá sua temperatura 
elevada ampliando a diferença de temperatura, acelerando o fluxo de ar 
ascendente e consequentemente o efeito de sucção nas entradas inferiores, 
potencializando a renovação de ar e exaustão do ar aquecido. A chaminé 
deve ser isolada do espaço ocupado evitando a incidência de radiação 
direta no interior do espaço. 
Uma variação da Torre de Resfriamento faz a utilização de elementos de 
refrigeração evaporativa no alto da torre para reduzir a temperatura do ar, 
tornando-o mais denso e aumentando a pressão. São as chamadas torres de 
refrigeração evaporativa por fluxo descendente, utilizadas para fornecer ar 
frio sem a necessidade de ventiladores e vento. 
Se forem projetadas com saídas de ar na parte superior elas podem ser 
usadas para ventilação por efeito chaminé durante aqueles períodos em que 
o ar exterior estiver a uma temperatura inferior a interna. 
 
Desempenho térmico das edificações 
Torres de resfriamento evaporativo 
O pátio interno funciona como principal fonte de ventilação e iluminação natural 
em algumas regiões de acordo com o clima ou condições de implantação e 
urbanização. Um projeto incorreto pode causar uma elevação da temperatura e 
também prejudicar a ventilação dos ambientes voltados para ele. 
Em um pátio interno, a ventilação depende principalmente da proporção entre a 
altura da edificação e a largura do pátio em uma seção normal ao vento. Quando o 
pátio é orientado na direção nos ventos dominantes e a razão altura pela largura é 
menor que 0,5 acontecem algumas zonas de turbulência relativamente pequenas 
com fluxo livre através da maior parte do espaço. A orientação do pátio 45° em 
relação aos ventos predominantes é ideal para ventilação no pátio e ventilação 
cruzada dos ambientes internos. 
 
Desempenho térmico das edificações 
Ventilação em Pátios Internos 
Pisos cerâmicos não esmaltados são ideais. Aumentar a espessura do piso de 
capacidade térmica favorável ampliará ainda mais a capacidade térmica e o atraso 
térmico. A integração com a terra fornece uma estabilidade térmica adicional. O 
piso em contato direto com o solo (contato condutivo) amplia sua capacidade 
devido à alta capacidade térmica da terra, que age como um absorvedor de calor 
durante todo o ano. A quantidade de calor transferida pode ser aumentada 
maximizando a área de superfície exposta em contato com a terra. Não se deve 
cobrir o piso de alta inércia com materiais isolantes como carpetes, tapetes e 
madeira. 
Desempenho térmico das edificações 
Piso - Ventilação noturna 
O potencial de resfriamento do solo pode ser explorado através de tubos 
enterrados conectados ao ambiente interno. Para resfriamento, o uso dos tubos 
enterrados pode proporcionar o controle e o amortecimento das oscilações de 
temperatura diárias. O ar que passa pelo tubo apresenta uma redução de 
temperatura em relação ao ar externo, proporcionando uma redução da 
temperatura do ar que sai do tubo mantendo-a dentro dos limites de conforto. 
Pode ser utilizada em ambientes com altas taxas de ventilação, quando a 
temperatura do ar está abaixo do limite de conforto. A ocorrência de 
condensação no interior do tubo pode ser prevenida através do seu isolamento e 
de sistema de ventilação forçada. O amortecimento das oscilações diárias (15% 
de oscilação residual) pode ser conseguido com cerca de 20 cm de terra ao redor 
dos tubos, se estiverem sob a edificação, com uma distância entre os tubos de 
aproximadamente 40 cm, considerando um solo homogêneo. A superfície de 
troca (m²), ou seja, o comprimento dos tubos pela taxa do fluxo de ar (m³/h) deve 
ser de aproximadamente 1/10. 
Desempenho térmico das edificações 
Tubos enterrados (Ar) 
Desempenho térmico das edificações 
Tubos enterrados (Ar) 
Desempenho térmico das edificações 
Parede com isolante térmico externo e Ventilação Noturna 
Materiais cerâmicos não esmaltados são ideais. Os materiais reciclados tais como 
o concreto, o cascalho ou tijolos de reuso podem ser utilizados. O sombreamento 
e a aplicação do isolamento externo das paredes de maior inércia são 
recomendáveis para redução dos ganhos solares. Os níveis de isolamento 
requeridos dependerão do clima e da orientação solar da parede. Aumentar a 
espessura das paredes amplia a capacidade térmica e o atraso térmico. As 
paredes de maior massa térmica devem ser deixadas expostas internamente para 
permitir que interajam com o interior da casa, absorvendo o excesso de calor 
interno. Não devem ser cobertas internamente com materiais isolantes térmicos, 
como papéis de parede emborrachados, etc. 
Desempenho térmico das edificações 
O uso de vegetação trepadeira pode atuar como um isolante natural da parede, 
diminuindo os ganhos solares e reduzindo as temperaturas superficiais externas 
pela evaporação da água presente na camada de vegetação. No inverno o limite da 
camada criada com vegetação funciona como isolamento que restringe as perdas 
térmicas. As paredes de maior inércia térmica devem estar expostas às brisas 
noturnas principalmente no verão quando as amplitudes térmicas diminuem. É 
recomendável que nas paredes voltadas para norte a vegetação seja intermitentecom eliminação de folhas no inverno, permitindo a incidência de radiação solar 
direta. 
Parede verde 
Materiais cerâmicos não esmaltados são ideais. Podem ser utilizados materiais 
tais como o concreto, o cascalho ou tijolos de reuso para agregar inércia ao 
componente. As coberturas pesadas e bem sombreadas em regiões de clima 
seco são ideais. Ela estoca o calor interno absorvido durante o dia na cobertura 
e devido a grande diferença de temperatura resultante em relação à 
temperatura do céu, ocorrem altas taxas de resfriamento noturno com a 
transferência de calor radiante. O sistema ideal de uso da estratégia de 
resfriamento radiante indireto é conseguido com o uso de sistema móvel de 
isolamento térmico ou proteção solar sobre a cobertura. Assim, consegue-se o 
máximo resfriamento noturno com isolamento dos ganhos solares diurnos. 
Pode ser aplicada a pátios externos, e terraços de descanso sobre o teto. 
Desempenho térmico das edificações 
Resfriamento radiante noturno 
A superfície da cobertura recebe alta incidência de radiação solar direta, portanto, é 
responsável por um grande percentual dos ganhos de calor da edificação, 
principalmente em edificações residenciais. A utilização de tanque de água na cobertura 
amplia sua capacidade térmica, evitando ganhos excessivos de calor no período diurno. 
O uso de proteções solares sobre o tanque de água e sua exposição aos ventos 
proporciona resfriamento pela evaporação da água e reduz os ganhos de calor na 
cobertura. É necessário ventilar o espaço interno no período noturno para acelerar o 
processo de eliminação da energia térmica armazenada. Utilizando uma proteção solar 
móvel sobre o tanque de água é possível proporcionar o resfriamento radiante do 
tanque no período noturno, facilitando as perdas para o céu noturno diretamente acima 
que está mais frio.. É importante considerar fatores como o crescimento de algas e 
outras formas de vida. 
Desempenho térmico das edificações 
Tanque de água na cobertura 
Desempenho térmico das edificações 
Materiais cerâmicos não esmaltados são ideais. Os materiais reciclados tais como 
o concreto, o cascalho ou tijolos de reuso podem ser utilizados. Aplicar 
componentes de elevada inércia térmica em todo o envelope do edifício 
(paredes, piso e cobertura). O envelope de elevada inércia auxiliará na redução 
das flutuações térmicas diárias, onde o calor armazenado durante o dia é 
reirradiado como energia térmica à noite. Quanto maior a inércia mais tempo o 
calor armazenado levará para ser liberado, ou seja, mais tarde da noite, quando 
as temperaturas são mais baixas. Para tanto é necessário que a edificação seja 
fechada durante o dia para minimizar a entrada de calor, mantendo o interior 
fresco durante o dia. Este tipo de edificação deve apresentar número e dimensão 
reduzida de aberturas (portas e janelas) que são elementos de menor resistência 
térmica. 
Envelope de alta inércia térmica 
Árvores e arbustos podem ser usados para canalizar o ar através da estrutura e 
também podem ser utilizados para acelerar a velocidade do ar através de corredores 
de vento. A vegetação no exterior da casa também pode direcionar o ar para dentro 
da estrutura. Cercas, muros e estruturas adjacentes também podem criar represas 
que ampliam a pressão do fluxo de entrada. 
Desempenho térmico das edificações 
Captação com uso da vegetação 
Em muitos casos não é possível localizar as janelas de entrada e saída de ar em 
zonas de pressão oposta. Esse é um caso comum em edifícios de escritório que 
geralmente são muito compartimentados ou edifícios com unidades em faces 
opostas. Quando o ambiente apresenta janelas somente em uma das paredes 
externas, sujeita a uma mesma pressão, vai ocorrer pouca circulação de ar. 
Nesse caso, é possível criar diferenças localizadas de pressão através de anteparos 
e aletas externas. 
Desempenho térmico das edificações 
Aberturas em apenas uma face 
Onde as brisas dominantes forem paralelas ou 
obliquas a fachada com janelas, zonas de 
relativa baixa e alta pressão podem ser 
artificialmente produzidas, induzidas através 
de aletas verticais colocadas em lados 
adjacentes ou opostos das janelas, para 
tomada e saída do ar. Porém, se as brisas 
dominantes forem perpendiculares as 
aberturas o efeito da colocação de anteparos 
limita-se às janelas no lado de pressão positiva 
e não tem efeito algum se colocadas no lado 
de pressão negativa. 
Desempenho térmico das edificações 
Desempenho térmico das edificações 
Cobertura e parede ventilada 
A ventilação da cobertura e paredes externas é uma técnica favorável para redução 
dos ganhos de calor, que reduz sensivelmente a transferência de calor aos 
ambientes internos. No caso da cobertura é possível determinar aberturas nas 
laterais entre a cobertura e o forro, no eixo dos ventos predominantes. Também 
podem ser projetadas aberturas de entrada na base e exaustores eólicos ou saídas 
zenitais localizadas o mais próximo possível da cumeeira. Se a saída zenital for de 
somente uma abertura esta deve estar voltada para o lado oposto aos ventos. No 
caso de paredes, quando uma parede leve com câmara de ar interna é exposta ao 
sol, a coluna de ar aquecida tende a subir por convecção natural. Se aberturas são 
colocadas tanto na base quanto em cima a parede vai ventilar ela mesma, 
liberando o excesso de ganho de calor. 
Desempenho térmico das edificações 
Em alguns casos para evitar que os ventos 
cruzem o coletor é necessário colocar 
separações verticais no interior do coletor 
junto ao cume, e estas devem descer até o 
nível das aberturas de saída para evitar 
que os ventos percorram uma direção 
menor em direção ao outro lado da torre. 
Durante o dia elas funcionam como 
coletoras dos ventos e à noite, o processo 
é invertido e ela passa a funcionar como 
uma chaminé para exalar o ar do quarto. 
Torres de vento 
Se refere aos casos em que uma edificação de elevada capacidade 
térmica é ventilada somente à noite e as aberturas são fechadas durante 
o dia. Dessa maneira o edifício é resfriado por convecção durante a noite 
e é capaz de absorver a penetração do calor no edifício durante o dia 
com somente uma pequena elevação da temperatura interna. 
Desempenho térmico das edificações 
Ventilação Noturna 
Para edifícios de elevada inércia térmica, bem isolados e sombreados, 
fechados durante o dia e ventilados somente à noite, é possível, de acordo 
com GIVONI (1992), uma queda no pico de temperatura interna abaixo do 
pico externo em cerca de 45-55%. 
 
Em edifícios de pouca inércia 
térmica não há melhoria das 
condições de conforto diurnas 
com a ventilação noturna. Esta 
estratégia é favorável nos 
climas quentes e secos onde 
há uma variação grande da 
temperatura do dia para a 
noite. 
Estão mais protegidas da radiação solar e apresentam uma massa 
térmica adicional através da integração com a terra para estabilizar 
temperaturas de ar internas, uma vez que a massa térmica da terra 
diminui e atrasa as flutuações de temperatura do ciclo anual de 
temperatura. A temperatura do solo apresenta variações anuais de acordo 
com a profundidade. Abaixo de 46 cm a 61 cm, as flutuações diárias de 
temperatura são minimizadas (WATSON e LABS, 1983). 
Desempenho térmico das edificações 
Edificação semi-enterrada 
Com exceção de regiões de clima frio e inverno rigoroso quando a 
temperatura do solo é geralmente baixa, é recomendável que a parede seja 
isolada até 0,91 a 1,83m abaixo do nível do solo (WATSON e LABS, 1983). 
Abaixo dessa profundidade a resistência adicional do solo é suficiente para 
substituir o trabalho do próprio isolante. No inverno a perda de calor diminui 
devido à diminuição da diferença de temperatura e no verão essa perda é 
desejável. Somente se a umidade é bastante elevada a condensação torna-se 
um problema potencial nesse caso, o isolamento é desejável. 
 
Desempenho térmico das edificações 
Edificação semi-enterrada 
É necessárioque o projetista incorpore a estratégia sem sacrificar a 
possibilidade de utilizar a ventilação natural. 
Visando explorar o potencial de 
resfriamento do solo podem ser 
utilizados tubos enterrados 
preenchidos com água. A temperatura 
da água apresenta uma amortização 
em relação à temperatura do ar 
externo e é utilizada para resfriamento 
do ar interno, através da passagem do 
tubo de água por trocador de calor 
água/ar no interior da edificação. O ar 
ambiente é forçado através do 
trocador de calor e reduz sua 
temperatura ao entrar em contato com 
a tubulação de água a uma 
temperatura inferior. 
Desempenho térmico das edificações 
Tubos de água enterrados 
Nesse caso, utilizasse uma única tubulação, hidráulica de 25 mm, 
acomodada em um circuito contínuo sob a edificação, a saída da 
tubulação passará pelo trocador de calor. A circulação da água pelo tubo 
deve ser forçada por bomba centrífuga simples. 
 
Desempenho térmico das edificações 
Tubos de água enterrados 
A água apesar de ser menos densa do que o tijolo apresenta uma maior 
capacidade de armazenamento de calor por unidade de volume, com uma 
capacidade térmica pelo menos duas vezes maior que os materiais comuns 
de alvenaria. 
Desempenho térmico das edificações 
Paredes de água com isolante externo 
O material dos recipientes 
de armazenagem da água 
não pode ser isolante 
térmico. Pode ser 
armazenada em recipientes 
tais como tambores, 
containers, colunas 
verticais e até garrafas. O 
sombreamento e o 
isolamento externo são 
recomendáveis para 
redução dos ganhos 
solares. 
 
A água também apresenta a vantagem que as correntes de convecção 
distribuem o calor mais uniformemente através do meio. As paredes de 
maior inércia térmica devem estar expostas às brisas noturnas 
principalmente no verão quando as amplitudes térmicas diminuem. A 
ventilação noturna pode ser obtida com o uso de insufladores e exaustores 
de ar, no caso de não haver presença de ventos no período noturno. 
Desempenho térmico das edificações 
Paredes de água com isolante externo 
Desempenho térmico das edificações 
Componentes internos sem exposição ao sol 
Localizar os elementos de maior inércia térmica no interior da edificação. 
Para reduzir ou eliminar a exposição à radiação solar direta, tornando a 
massa de maior inércia como elemento para absorção do calor interno. 
Este elemento deve estar exposto as brisas noturnas principalmente no 
verão quando as amplitudes térmicas diminuem. A exposição destas 
paredes a fontes de resfriamento, tais como refrigeradores evaporativos, é 
favorável a redução de suas temperaturas superficiais, potencializando a 
absorção de calor interno. Nesse caso o envelope da edificação não 
precisa ser de elevada inércia mas é recomendável que seja bem 
sombreado e isolado externamente. 
Desempenho térmico das edificações 
A transferência por radiação vai ser função da área e do ângulo das 
superfícies vistas pelo corpo de água. Um volume de água mantido em 
um recipiente vertical e sombreado ampliará o resfriamento radiante das 
paredes. O material dos recipientes de armazenagem da água não pode 
ser isolante térmico. É também processo de resfriamento 
evaporativo. 
 
Aquários ou piscinas internas sem exposição ao sol 
. 
 
Desempenho térmico das edificações 
Teto Jardim 
O teto jardim é um sistema que fornece benefícios tanto no verão quanto 
no inverno. A vegetação intercepta a maior parte da radiação recebida pela 
camada de terra da cobertura e recebe um ganho de calor muito menor do 
que de uma cobertura convencional. O projeto de tetos-jardim deve 
abranger sistema de impermeabilização. 
 
 
Além disso, em 
uma cobertura 
vegetal bem 
irrigada ocorre uma 
dissipação de calor 
através do 
fenômeno de 
resfriamento 
evaporativo durante 
o verão. A camada 
de terra em 
consequência 
recebe um ganho 
de calor bastante 
reduzido.

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