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RESUMO – IED (PRIMEIRA PROVA) DIMITRI + TÉRCIO Em linhas gerais, a definição de direito que mais se ajusta na atualidade, certamente, é a que propõe Dimoulis (2004), “o direito das sociedades modernas é o conjunto de normas que objetivam regulamentar o comportamento social”, principalmente, por ser esse direito que rege nossas vidas, e que indica o principal objetivo de estudo dos alunos/acadêmicos do curso de Direito e, também, por ser a matéria de trabalho dos operadores jurídicos. Dimoulis apresenta três tipos de abordagens a respeito da postura pessoal dos autores sobre o conceito de direito, quais sejam: • Abordagem apologética: Termo oriundo da palavra grega “apologia”, que indica o discurso apaixonado feito para defender e justificar algo. A visão apologética é comum entre os juristas que, em razão do seu status social, geralmente privilegiado, têm uma visão positiva do direito. Nesse sentido, o direito visa estabelecer a justiça, o bem comum e, modernamente, o bem estar social e a liberdade dos indivíduos. • Abordagem crítica: A abordagem crítica está relacionada a uma visão negativa do direito. O direito, então, é imposto pelos mais fortes com base na força, produzindo desigualdade social e explorando os mais fracos; em uma visão marxista, é um instrumento de dominação de classe. • Abordagem neutra: Segundo Dimoulis, é a melhor forma de definição do direito; o referido autor explica que a parcialidade é um ponto que nos limita a fazer uma definição objetiva do direito, mesmo assim, o mesmo diz que devemos fazer o possível para sermos neutros ao conceituarmos fenômenos de forte carga emotiva como é o conceito de direito. Além da postura do pessoal do autor (citadas acima), temos os seguintes critérios: ORIGEM DO DIREITO – pode ser oriundo do estado ou das práticas sociais. FORMA DO DIREITO – pode ser escrito (leis e decisões dos tribunais), ou costumeiro. CONTEÚDO DO DIREITO – Pode ser estável no tempo ou sofrer mudanças. GARANTIA DE APLICAÇÃO DOS MANDAMENTOS JURIDICOS – pode consistir na ameaça de exercício de constrangimento e até violência física. MONISMO JURÍDICO = O ESTADO É A ÚNICA FONTE DO DIREITO DEFINIÇÃO NORMATIVA = Cada um deve defender sua posição, indicando a melhor forma para definir direito e justificando o porquê. O autor indica aquilo que deve ser entendido como direito e não simplesmente aquilo que os demais entendem como tal. TRIDIMENSIONALIDADE DO DIREITO (DIMITRI) DIREITO E MORAL (LIÇÃO 3 – DIMITRI) Finalidade As regras morais objetivam o aperfeiçoamento do indivíduo, as regras jurídicas apenas facilitam o convívio social, procurando prevenir e solucionar conflitos. O direito desinteressa-se pelos atos do individuo que não criam problemas aos demais ou à ordem pública. Fonte e critério de reconhecimento Fonte da moral são as convicções dos membros da sociedade ou os mandamentos de uma autoridade. Critério de reconhecimento de um mandamento como moralmente imposto é sua aceitação por um grupo de pessoas. A moral pode ser autônoma e heterônoma. Autônoma = indivíduos obedecem mandamentos advindos de sua própria consciência. Heterônomo = quando um indivíduo considera como moralmente vinculantes as regras estabelecidas por uma autoridade. Tipos de sanções Morais = Difusas e informais. Não podem ser aplicadas mediante coerções. Jurídicas = Fixas e formais. Podem ser aplicadas por coerção física. O estado pode obrigar as pessoas a seguir determinadas ordens independente de sua vontade ou opinião. Conteúdo O objetivo do direito é a preservação da ordem de convivência e da estrutura do poder. Garante o respeito aos direitos e cumprimentos dos deveres. O objetivo da moral é indicar as condutas adequadas sendo um sistema de alcance bem limitado, já que muitos tópicos da vida social são irrelevantes. TÉRCIO – ZETÉTICO / DOGMÁTICO Pela Zetética podemos entender o saber especulativo. Explicando melhor, pelo viés zetético eu não tenho ponto de partida predefinido. Exemplificando o que tentamos dizer o referido autor traz claro exemplo que aqui vamos adaptar: um homem está sentado na porta de sua casa contemplando a beleza da vida que o cerca. Neste momento, passa um sujeito correndo e logo atrás outro que o persegue. O perseguidor grita ao homem sentado que segure o ladrão que a frente corre. O homem se põe em pé e questiona ao perseguidor: Que é ladrão?. No exemplo citado percebemos que o perseguidor parte de um ponto de partida predefinido, qual seja, pegar o ladrão. Por outro lado, o homem questionado nega o pressuposto ao questionar o que viria a ser ladrão. O exemplo trazido acima vai facilitar a conceituação de dogmática. Dogma é regra. Pelo dogma não se questionam os pontos de partida, ele já estão definidos e não suscetíveis a questionamentos. A dogmática acentua o aspecto resposta, enquanto a zetética o aspecto pergunta.
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