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TANIA KNAACK DE SOUZA A poluição ambiental deve-se a presença, ao lançamento ou a liberação nas águas, no ar ou no solo de toda e qualquer forma de matéria ou energia (poluentes), com intensidade, quantidade, concentração ou características em desacordo com os padrões de qualidade ambiental estabelecidos por legislação, ocasionando, assim, interferência prejudicial aos usos preponderantes das águas, do ar e do solo. POLUIÇÃO AMBIENTAL CONTAMINAÇÃO Quando o estado de poluição do meio ambiente pode provocar doenças no ser humano. Ex: a água do rio pode estar poluída por sólidos em suspensão ( suja, barrenta ) e pode não estar contaminada. Estará contaminada se tiver algum micro- organismo patogênico( bactérias, etc.), ou ainda algum contaminante químico, como o mercúrio. POLUIÇÃO AMBIENTAL Poluição Hídrica Poluição Atmosférica Poluição do Solo Poluição Sonora Poluição Térmica Poluição Visual e Luminosa Poluição por Radiação POLUIÇÃO PONTUAL/DIRETA São lançamentos localizados, como os despejos de esgotos sanitários ou de efluentes industriais nos corpos hídricos. POLUIÇÃO DIFUSA/INDIRETA Os poluentes não tem um ponto de lançamento específico (ex:fertilizantes provenientes da agricultura e lançados ao longo da margem dos rios, gases expelidos por veículos automotores) Localizado Regional Global Quanto aos efeitos a poluição pode ter um caráter: POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA ATMOSFERA A atmosfera terrestre é uma fina camada gasosa que envolve o planeta, composta basicamente por gases. Os principais são o H2, O2, Ar e CO2. Outros gases apresentados na atmosfera, porém em menor porcentagem são: neônio, hélio, criptônio, xenônio, hidrogênio, metano, dióxido de nitrogênio. GASES (%) Nitrogênio (N2) 78,11 Oxigênio (O2) 20,95 Argônio (Ar) 0,934 Gás Carbônico (CO2) 0,033 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA Quando a atmosfera contém uma ou mais substâncias químicas em concentrações suficientes para causar danos em: seres humanos, animais, vegetais ou materiais. Muitos gases e aerossóis que podem poluir a atmosfera são constituintes dela. AEROSSOL ATMOSFÉRICO São suspensões relativamente estáveis de partículas sólidas ou gotículas, dispersas em um gás, com dimensões inferiores a 100μm O termo se aplica a mistura de partículas sólidas e líquidas na atmosfera As nuvens são formadas por gotículas com dimensão de µm Nuvens e aerossol não são entidades separadas As nuvens dependem do aerossol para a sua formação POLUENTES Primários - emitidos diretamente pelas fontes. Ex: emissões de fábricas, veículos e etc.. Secundários - oriundos de reações dos poluentes primários na atmosfera. Estacionárias - produzem cargas pontuais de poluentes. Ex: chaminé de uma fábrica. Secundárias - produzem cargas difusas. Ex: veículos. FONTES Poluentes Primários Poluentes Secundários Origens Natural Estacionária CO CO2 SO2 NO NO2 Principalmente hidrocarbonetos Principalmente partículas suspensas SO3 HNO3 H2SO4 H2O2 O3 PANs Principalmente sais de eNO3 – Móvel SO4 2– Fig. 15-3, p. 398 Poluição do Ar Os líquens são seres vivos formados por uma simbiose de um organismo formado por um fungo e uma alga. São reconhecidos como indicadores biológicos de poluição ambiental e por excelência também biomonitores da qualidade do ar devido a sua alta capacidade de resposta quando expostos a ambientes poluídos principalmente por gases tóxicos como o dióxido de enxofre (SO2), dióxido de carbono (CO2) e metais pesados. INDICADORES DE POLUIÇÃO DO AR Ambiente com baixo fluxo de veículos Ambiente com alto fluxo de veículos ALGUNS IMPORTANTES POLUENTES DO AR Material Particulado (MP) - partículas de material sólido e líquido capazes de permanecer em suspensão (ex: poeira, fuligem partículas de óleo). Processos de combustão ou suspensão de material particulado pela ação do vento. Monóxido de Carbono (CO) e Dióxido de Carbono (CO2) - processos de combustão incompleta de combustíveis fósseis. Óxidos de Enxofre (SO2 e SO3) - queima de combustíveis que contenham enxofre. POLUENTES DO AR (cont.) Asbestos (Amianto)- material particulado gerado durante a mineração ou no processamento do amianto. Metais- processos siderúrgicos, mineração... Gás Sulfídrico (H2S) – refinarias de petróleo, indústria química e de celulose e papel. Amônia (NH3) – indústrias químicas e de fertilizantes. Pesticidas e Herbicidas - indústrias e agricultores que fazem uso deles. Combustão completa x incompleta Dependendo da quantidade de gás oxigênio disponível, a combustão pode ser completa ou incompleta. Vejamos o que diferencia as duas: COMBUSTÃO combustível + comburente Combustível - composto que é consumido e produz energia térmica Comburente - oxigênio Fatores que contribuem para a dispersão dos poluentes Topografia local Áreas Costeiras Vales Estrutura térmica da atmosfera Inversão térmica da atmosfera – limita dispersão de poluentes PROBLEMAS DE POLUIÇÃO LOCAL SMOG é o termo usado para definir a fumaça de poluição que se acumula na atmosfera dos grandes centros urbanos. A paisagem fica prejudicada pelo escurecimento do céu, os gases poluentes tendem a subir e formar uma densa neblina, que não permite a passagem completa dos raios solares. SMOG = SMOKE (fumaça)+ FOG (nevoeiro) SMOG INDUSTRIAL Típico de regiões frias e úmidas. Os principais elementos componentes desse tipo de smog provêm da queima de carvão e de óleo combustível. Um fenômeno que agrava o smog industrial é a inversão térmica, quando os picos de concentração de poluentes ocorrem geralmente nas primeiras horas da manhã. Brisa marinha Camada de inversão térmica – ar quente Ar Frio Smog Industrial na Índia Fig. 15-5, p. 351 Exemplos de cidades sujeitas ao smog industrial são Londres e Chicago, cidades de inverno rigoroso e com intensa queima de óleo e carvão. Uma característica deste tipo de smog é sua cor cinza, formando uma espécie de névoa que recobre as cidades. PROBLEMAS DE POLUIÇÃO GLOBAL Efeito Estufa Destruição da Camada de Ozônio Chuva Ácida f = T4 EFEITO ESTUFA Fenômeno natural responsável por manter a temperatura média do planeta próximo dos 15ºC, e tornar possível a vida na Terra. Sem ele a temperatura seria de 17°C negativos. Sem ele, o planeta seria coberto de gelo e estaria sujeito a variações bruscas de temperatura entre a noite e o dia, como acontece na lua, por exemplo. O aumento das emissões dos chamados gases de efeito estufa (CO2, CH4 e N2O, principalmente) devido às atividades antropogênicas, têm contribuído para a elevação da temperatura na atmosfera. Participação dos diferentes gases em 2010 Principais (GEEs) e suas fontes: dióxido de carbono (CO₂) - queima de combustíveis fósseis e pelas queimadas. metano (CH₄) - decomposição anaeróbica de resíduos de esgoto, decomposição de organismos, digestão animal, na produção e distribuição de combustíveis fósseis. óxido nitroso (N₂O) - produzido a partir do emprego de fertilizantes em atividades agrícolas, na queima de biomassa, de combustíveis fósseis e na fabricação de ácido nítrico. Estabeleceu metas mais rígidas para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, com destaque para o CO2. Os países-membros (principalmente os desenvolvidos) teriam a obrigação de reduzira emissão de gases de efeito estufa, em média, 5,2%, em relação aos níveis de 1990, até 2012. A ratificação do Protocolo de Kyoto pelos países esbarrou na necessidade de mudanças na sua matriz energética. Os elevados custos recairiam, principalmente, sobre os países desenvolvidos. Protocolo de Kyoto - 1997 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – mecanismo para auxiliar o processo de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono. Além de reduzir localmente suas emissões, os países desenvolvidos podem também comprar uma parcela de suas metas em créditos de carbono gerados em outros países. Consequências das Mudanças Climáticas Globais - IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) o aumento da temperatura média do planeta, a elevação do nível dos oceanos, o derretimento das geleiras e das calotas polares, perda de biodiversidade, aumento da incidência de doenças transmissíveis por mosquitos e outros vetores (malária, febre amarela e dengue por exemplo), Consequências das Mudanças Climáticas Globais - IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) mudanças no regime de chuvas, intensificação de fenômenos extremos (tais como secas, inundações, furacões e tempestades tropicais), desertificação, perda de áreas agriculturáveis, acirramento dos problemas relacionados ao abastecimento de água doce e aumento de fluxos migratórios. A Geleira Upsala ,na Patagônia, em foto de 1928 e numa de 2004, após o gelo derreter e evaporar. DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO A camada de ozônio, situada na estratosfera, entre 11 km e 50 km de altitude, tem a capacidade de bloquear as radiações solares, principalmente a radiação ultravioleta, impedindo que níveis excessivos atinjam à superfície. Gases CFC (clorofluorcarbono)reagem com o O3, destruindo-o. CAMADA DE OZÔNIO Protocolo de Montreal - 1987 CHUVA ÁCIDA / DEPOSIÇÃO ÁCIDA Gases nitrogenados e sulfonados produzidos por uma série de atividades humanas reagem com o vapor d’água na atmosfera produzindo ácidos (nítrico e sulfúrico) Considera-se ácida a chuva que apresenta PH inferior a 5,6. As chuvas em regiões industriais da Europa e dos EUA chegam a apresentar PH da ordem de 3. Na América do Sul, os menores valores para água de chuva são próximos à 4,7. CHUVA ÁCIDA Danos Causados Pela Deposição Ácida Fig. 15-10, p. 406 Medições de pH nos Estados dos EUA Fig. 15-7, p. 354 Áreas com problemas potenciais em razão de solos sensíveis Áreas com problemas potenciais em razão da poluição do ar: emissões que levam à deposição ácida Áreas com problemas atualmente (incluindo rios e lagos) Regiões Onde a Deposição Ácida é um Problema Efeitos Nocivos da Deposição Ácida Doenças respiratórias nos humanos (bronquite e asma). Lixívia em metais tóxicos e nutrientes essenciais para as plantas. Danos em estátuas e monumentos Morte de peixes e outros organismos aquáticos Enfraquecimento de árvores Emissões Deposição ácida SO2 H2O2 PANs NOX O3 Outros Danos diretos a folhas E cascas de árvores Fotossíntese e Crescimento de resíduos Maior suscetibilidade A secas, frio extremo, Insetos, limos e Organismos de doenças Acidificação do solo Lixívia de nutrientes do solo Ácidos Liberação de íons de metais tóxicos Danos a raízes Consumo reduzido De nutrientes e água Morte de árvores Água subterrânea Fig. 15-9, p. 406 Impactos da Poluição do Ar nas Árvores e Água Danos a raízes Pulmão Humano Normal e Pulmão de Uma Pessoa que Morreu de Efisema Fig. 15-15, p. 411 Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (Pronar) – Resolução CONAMA nº 5/89 Melhorar a qualidade do ar; Atender aos padrões de qualidade estabelecidos; Não comprometer a qualidade do ar em áreas consideradas não degradadas PRONAR Limites máximos de emissão – quantidade de poluentes que pode ser lançada por fontes poluidoras para a atmosfera. Limites diferenciados em função da classificação de uso das diversas áreas Rigidez no licenciamento para novos empreendimentos PRONAR (cont.) Padrões de qualidade do ar – foram estabelecidos 2 tipos de padrão de qualidade do ar: Padrões primários – níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos e são metas de curto e médio prazo. Padrões secundários – níveis desejados de concentração de poluentes e são metas de longo prazo. Prevenção de deterioração significativa da qualidade do ar – enquadrou as áreas de acordo com a seguinte classificação de usos pretendidos: Classe I: Áreas de preservação, lazer e turismo, tais como Parques Nacionais e Estaduais, Reservas e Estações Ecológicas, Estâncias Hidrominerais e Hidrotermais. Nestas áreas deverá ser mantida a qualidade do ar em nível o mais próximo possível do verificado sem a intervenção antropogênica. PRONAR (cont.) Classe II : Áreas onde o nível de deterioração da qualidade do ar seja limitado pelo padrão secundário de qualidade. Classe III : Áreas de desenvolvimento onde o nível de deterioração da qualidade do ar seja limitado pelo padrão primário de qualidade. PRONAR (cont.)
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