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MÉTODO DOS ANÉIS DE BAD RAGAZ Profª Thais Bandouk HISTÓRICO Coleção de técnicas terapêuticas efetuadas na água. Desenvolvida nas águas termais de Bad Ragaz, na Suíça. 1930 - Terapeutas começaram a tratar ativamente de pacientes com paralisia e limitação do movimento enquanto suportados por pranchas fixas na água. 1957 - Ipsen introduziu na técnica avanços desenvolvidos pelo Dr. Knupfer: colocavam nos pacientes flutuadores circulares em torno do pescoço, região pélvica e embaixo dos joelhos e tornozelos e então os moviam aproximando e afastando do terapeuta. HISTÓRICO A técnica modificada foi usada para estabilização ou exercícios ativos resistidos. Knupfer incorporou os conceitos da neurofisiologia: cadeias simples de movimento passando articulação a articulação, principalmente em um único plano de movimento. Facilitavam reações de estabilização, sinergias de movimento e exercícios isotônicos nos agonistas e antagonistas. Utiliza-se da propriedades físicas: flutuação, turbulência, tensão superficial e temperatura. HISTÓRICO Esses movimentos, geralmente, eram bidimensionais simples utilizados em solo, copiados para água. 1967, Bridget Davis e Verena Laggatt, fisioterapeutas, incorporaram os padrões de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) resultando no Bad Ragaz, movimentos tridimensionais e diagonais na terapia aquática. UTILIZA As propriedades da água: flutuação, turbulência, pressão hidrostática, tensão superficial e capacidade térmica. Facilitar a reabilitação Programa de relaxamento, estabilização e resistência progressiva. BAD RAGAZ Paciente flutua na superfície da água sustentada por aparelhos de flutuação. Posição estável – paciente parado. Movimento do tronco ou membro altera metacentro do paciente em flutuação. Mãos do terapeuta são o único ponto de fixação. Movimento água fornece resistência. BAD RAGAZ X FNP O Bad Ragaz é considerado o FNP na água. O FNP é uma técnica cujo conceito foi desenvolvido para trabalhar em solo, com diversos objetivos. O paciente sempre utiliza a resistência proporcionada pelo fisioterapeuta e uma base fixa de apoio. O equilíbrio então é garantido quase que continuamente. A resistência do terapeuta permanece presente durante todo o movimento e depende das possibilidades do paciente. Filosofia e técnicas da FNP adaptadas para o MABR: Resistência máxima durante toda ADM; Apoios e fixações certas servem para estimular a pele do paciente, músculos e proprioceptores; Padrões alternados de “empurrar” e “puxar”; Comandos precisos e curtos; A facilitação dos músculos fortes produz irradiação para os músculos mais fracos; Progressão de resistências manuais proximais para distais aumenta a dificuldade de executar os padrões; Os mm. e art. são exercitados em padrões naturais e funcionais. MABR FNP Corpo move-se livre Corpo e estabilizado pela gravidade Estabilidade dada pelos flutuadores Estabilidade dada pelo apoio do tablado ou maca Mão do terapeuta ponto de fixação Resistência manual Resistência e dada pela água e pelo terapeuta ENQUANTO A FNP REQUER MOVIMENTOS SOBRE A ESTABILIDADE FORNECIDA PELA GRAVIDADE, O MABR REQUER MOVIMENTOS SOBRE A ESTABILIDADE FORNECIDA PELO TERAPEUTA. OBJETIVOS: Controle de tônus. Relaxamento. Aumento de ADM. Reeducação muscular. Fortalecimento. Tração e alongamento da coluna. Melhorar o alinhamento e estabilidade do tronco. Preparar as extremidades inferiores para descarga de peso. Restauração de padrões normais das extremidades. Melhora de resistência geral (capacidade aeróbica). TÉCNICA Há quatro modos pelos quais o terapeuta atua em relação ao paciente: 1.ISOCINÉTICO: o terapeuta oferece fixação enquanto o paciente move-se através da água. O Paciente determina a resistência encontrada ajustando a velocidade de movimento através da água. 2.ISOTÔNICO: o terapeuta atua como um ponto de fixação “móvel”. O paciente pode ser empurrado ou oscilado na direção do movimento ativo. Essa ação leva a um aumento na resistência do movimento ou pode ser auxiliado empurrando na direção oposta ao movimento pretendido. TÉCNICA 3.ISOMÉTRICO: o paciente mantém uma posição fixa enquanto esta sendo empurrado pelo terapeuta. Essa ação promove contrações estabilizadoras. 4. PASSIVO: terapeuta move o paciente através da água para relaxamento, inibição do tônus, alongamento do tronco e tração da coluna. EM TODAS AS 4 O TERAPEUTA ATUA COMO PONTO FIXO. APARELHO Flutuador em anel de pescoço: manter as orelhas fora da água para ouvir os comandos verbais. Grande anel ou colete embaixo pelve: nível L5-S1. Se necessário vários anéis flutuadores nas extremidades – impedir que elas afundem levando a um desalinhamento corporal. TERAPEUTA 1:1 - 1 Terapeuta para 1 paciente. Terapeuta em pé com água na cintura não mais funda que nível T8-T10 ou axilar. Profundidades maiores desestabilizam o terapeuta. Usar calçados aquáticos – tração e estabilidade. Se necessário peso nos tornozelos para aumentar a estabilidade. Pés afastados – distância dos ombros, 1 pé a frente do outro – aumentar estabilidade – joelhos ligeiramente flexionados. PISCINA Área mínima: 2,1 x 2,4 m Profundidade: 0,90 a 1,20 Temperatura: 33,3º a 36,6º C DIRETRIZES DE TRATAMENTO Sessões iniciais: 5 a 15 minutos – exercícios exigem contração e esforços máximos do paciente e são fatigantes. Progressão – sessões 30 minutos. Técnicas de relaxamento passivo - hipertonia. PROGRESSÃO DO EXERCÍCIO 1. Aumentando o arco de movimento. 2. Mudando os apoios de distais para proximais. 3. Adição de anéis, flutuadores, palmares. 4. Diminuição da quantidade de suporte (menos flutuação). 5. Alterando a forma do membro - > o braço de alavanca. 6.Uso de inversões rápidas e padrões recíprocos. 7. velocidade de movimento - resistência. 8. Diminuição da quantidade de suporte. INDICAÇÕES: Condições ortopédicas e reumatológicas, pré e pós-cirúrgicos do tronco e extremidades. Transtornos neurológicos: AVC, TCE, Dça de Parkinson, paraplegia e tetraplegia (cuidado com hipertonia). Síndromes dolorosas das extremidades superiores, inferiores e do tronco. Distrofia Simpática Reflexa Mastectomizados e pós-cirúrgicos cardíacos (alongamento e fortalecimento). Sintomas de atraso do desenvolvimento. CONTRA-INDICAÇÕES: Problemas vestibulares; Cuidado com condições agudas de coluna e extremidade; Evitar fadiga excessiva; Evitar atividades rápidas e fatigantes com pacientes espásticos. PADRÕES DE EXERCÍCIOS Os exercícios são divididos em padrões para: TRONCO MMSS MMII Unilaterais Bilaterais: simétrico / assimétrico Movimentos recíprocos PADRÕES DE EXERCÍCIOS TRONCO: Padrão inclinação, Padrão flexão /extensão, Padrão flexão/extensão/rotação PADRÕES DE EXERCÍCIOS MMSS: Flexão/extensão Abdução /adução Diagonais PADRÕES DE EXERCÍCIOS MMII: Flexão/extensão (unilateral, bilateral simétrico, bilateral assimétrico) Abdução/adução: contato unilateral - movimento bilateral contato bilateral - movimento bilateral Andréia Joaquim
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