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RESUMÃO ÉTICA

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ATIVIDADE DE ADVOCACIA
É a exercida pelos advogados regularmente inscritos nos quadros da OAB, após preencher os requisitos do artigo 8º da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB). 
Portanto, regularmente inscrito significa que o advogado pode exercer a advocacia livremente.
ATOS PRIVATIVOS DO ADVOGADO
I- POSTULAÇÃO EM ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO (jus postulandi)
O advogado é indispensável à administração da justiça, atuando como um auxiliar, que visa atender as necessidades e defender os direitos da sociedade. 
Sem o advogado não há de se falar em relação processual. Além disso, seus atos são revestidos de manus público, ou seja, são de revestido de natureza pública, inviolável por seus atos e manifestações (liberdade de expressão). 
Dessa forma, como regra, deve prevalecer à exigência do advogado para a postulação em órgãos do Poder Judiciário. Entretanto, há exceções em que não é necessária a presença de advogado:
a- Habeas corpus: a impetração de habeas corpus poderá ser feita por qualquer pessoa. 
*Habeas data, mandado de segurança e revisão criminal necessita de advogado. 
b- Juizados especiais: em causas até 20 salários mínimos, é facultativa a presença de advogado. 
c- Juizados especiais federais: é facultativa a presença de advogado, independente do valor da causa. 
d- Justiça do trabalho: é facultativa a presença do advogado nas varas do trabalho e nos TRTs. 
*Ações rescisórias, cautelar, mandado de segurança e recursos ao TST necessitam de advogado. 
e- Atos e contratos de pessoas jurídicas: em regra todos os atos e contratos de pessoa jurídica necessitam da presença do advogado, entretanto, para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte não precisa. 
 * Os contratos das pessoas jurídicas não podem ser visados por advogados que prestem serviços em órgãos da Administração Pública (direta ou indireta) e nem que se vinculem a Junta Comercial. 
II- ATIVIDADES DE CONSULTORIA, ASSESSORIA E DIREÇÃO JURÍDICAS.
As atividades de consultoria, assessoria e direções jurídicas são privativas de advogados, não podendo ser praticadas por bacharéis em Direito. Caso seja praticada por quem não é advogado, configurará exercício ilegal da profissão. 
Todas essas atividades são autônomas, de modo que o advogado poderá exercê-las separadamente. 
Consultoria jurídica: pode ser visto como o direcionamento e alinhamento processual, sem a formalização dos serviços. Ou seja, sem a execução da atividade. O advogado apenas tira dúvidas e dá orientações. 
*o Conselho Federal da OAB já decidiu que a prestação da consultoria jurídica por telefone ou internet é proibida. 
Assessoria jurídica: além de prestar os esclarecimentos, o advogado irá conduzir e realizar as atividades processuais.
ADVOCACIA PÚBLICA
Os integrantes da advocacia pública estão sujeitos ao Estatuto da Advocacia e da
OAB como regra própria de sua atividade. São eles:
- Advocacia- Geral da União;
- Procuradoria da Fazenda Nacional;
- Defensoria Pública;
- Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. Ao contrário dos magistrados, promotores de justiça e serventuários do Poder Judiciário que exercem atividade incompatível com a advocacia e não podem exercer a advocacia, nem no âmbito público.
DIVULGAÇÃO DA ADVOCACIA
A advocacia não pode ser divulgada em conjunto com outra atividade, seja de natureza mercantil, beneficente, lucrativa ou não lucrativa, entretanto, nada impede que o advogado exerça outra profissão (desde que separadamente).
EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA
Para alcançar o mínimo da prática jurídica, é necessária a prática de pelo menos 5 atos privativos dos advogados no ano. 
Inscrição suplementar: pelo menos 5 causas por ano. 
ATOS NULOS
São nulos os atos privativos praticados por pessoas não inscritas nos quadros da OAB, ou seja, que não são advogados. Essa nulidade é absoluta. 
a- Pessoas não inscritas nos quadros da OAB: como por exemplo, os atos praticados por estagiários ou bacharéis em direito. 
b- Por advogados impedidos: que possuem proibição parcial do exercício da advocacia, só atuando em determinadas situações. 
c- Por advogados suspensos: em virtude de cometimento de infrações disciplinares. São aplicadas pela OAB e podem durar de 30 dias a 12 meses. 
d- Por advogados licenciados: que pediram afastamento de suas funções por determinado período. 
e- Praticados por quem exerce atividade incompatível com a advocacia: e virtude do cargo ou função exercida pelo advogado. 
PROCURAÇÃO E SUBESTABELECIMENTO
A base da relação do advogado para com o cliente é a confiança, uma vez quebrada, acarretará consequências. 
a- Procuração: documento que habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância fazendo prova do mandato. 
Há dois tipos: foro geral e a com poderes especiais (que a lei determina ser necessária a apresentação da procuração com poderes especiais). Exemplo de necessidade de procuração especial: para receber citação. 
Renúncia da procuração: ocorre por parte do advogado, e deve ser comunicado expressamente ao cliente (não precisa ser justificada). Após a notificação do cliente com aviso de recebimento, o advogado deve permanecer no processo por 10 dias, salvo se for substituído antes desse período. 
* É vedado ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Nesse caso, deverá haver a renúncia de uma das procurações. 
* É vedado aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem conhecimento prévio deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas urgentes e inadiáveis. 
Abandono do processo: quando o advogado deixa o processo sem comunicar o cliente. Sofre sanções. 
Revogação da procuração: ocorre por parte do cliente. Nos casos de revogação do mandato, o cliente não fica desobrigado a pagar os honorários contratuais ajustados com o advogado e nem a desconta-los com os honorários de sucumbência. O pagamento deverá ser feito de forma proporcional aos serviços prestados, sem a quebra de confiança do cliente.
* Em todos os casos, deverá ser mantido o sigilo profissional. 
b- Substabelecimento: instrumento utilizado pelo advogado para outorgar poderes que lhe foram conferidos à outro advogado. Pode ser:
Com reservas: o advogado transfere seus poderes de forma provisória, permanecendo no processo, exercendo a fiscalização. É ato privativo do advogado e não precisa ser comunicado ao cliente. 
O valor dos honorários deve ser acordado entre os advogados. 
Sem reservas: ocorre quando o advogado transfere os poderes a ele conferidos para outro profissional, eximindo-se da responsabilidade. Não é ato privativo, e tem que ser comunicado ao cliente. 
O advogado que realizar o substabelecimento sem reservas, deverá devolver todos os bens e documentos que estejam em seu poder, salvo honorários já pagos. 
DIREITOS DO ADVOGADO
Não existe hierarquia e nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do MP, devendo haver o respeito recíproco entre eles. 
DIREITOS E PRERROGATIVAS
I- EXERCER, COM LIBERALIDADE, A PROFISSÃO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL. 
O advogado poderá exercer a advocacia sem precisar de autorização do Conselho Seccional e nem da realização de Exame de Ordem em cada Estado que for atuar.
Se a atuação for de forma habitual, deverá requerer a inscrição suplementar no Conselho Seccional do OAB no Estado em que pretende atuar. 
II- INVIOLABILIDADE DE SEU ESCRITÓRIO OU LOCAL DE TRABALHO, DE SEUS INSTRUMENTOS LABORAIS, BEM COMO DE SUAS CORRESPONDÊNCIAS (pelos diversos meios). 
A inviolabilidade do local de trabalho é relativa, pois poderá ser quebrada nos seguintes casos: 
a- Quando houver indícios de autoria e materialidade de crime por parte do advogado. 
b- Mandado de busca e apreensão, específicoe pormenorizado (minucioso).
Para que ocorra o cumprimento de busca e apreensão, é necessária a presença de representante da OAB. 
* Em regra é vedada a apreensão de documentos ou bens que contenham informações de clientes, salvo em casos de coautoria ou participação no crime que deu causa a quebra da inviolabilidade. 
III- COMUNICAR-SE COM SEUS CLIENTES, PESSOAL E RESERVADAMENTE, MESMO SEM PROCURAÇÃO, QUANDO ESTES SE ACHAREM PRESOS, DETIDOS, OU RECOLHIDOS EM ESTABELECIMENTOS CIVIS OU MILITARES, AINDA QUE CONSIDERADOS INCOMUNICÁVEIS. 
Todo cidadão preso tem direito a ser assistido por um advogado. 
O advogado só precisará apresentar a procuração, quando for o caso de processos sob segredo de justiça. 
IV- TER A PRESENÇA DE REPRESENTANTE DA OAB, QUANDO PRESO EM FLAGRANTE, POR MOTIVO LIGADO AO EXERCÍCIO DA ADVOCACÍA, PARA LAVRATURA DO AUTO RESPECTIVO, SOB PENA DE NULIDADE. 
A presença somente será necessária quando o motivo for ligado ao exercício da advocacia. Nos demais casos, basta a comunicação expressa à OAB. 
V- INGRESSO LIVRE
O advogado pode ingressar livremente:
a- Nas salas de sessões de tribunais, bem como nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviço notariais e de registro, delegacias e prisões, mesmo fora de expediente ou com a ausência dos titulares responsáveis. 
b- Em qualquer edifício ou recinto que funcione repartição judicial ou outro serviço público útil a sua atividade, entretanto, os titulares responsáveis devem estar presentes. 
c- Em qualquer assembleia ou reunião que participe ou possa participar seu cliente (necessita de procuração com poderes especiais). 
* O advogado pode permanecer nesses recintos em pé ou sentado, e poderá se retirar há qualquer momento independente de licença. 
* Pode se dirigir diretamente aos magistrados, nas salas e gabinetes, independente de hora marcada, observando a ordem de chegada. 
VI- SUSTENTAÇÃO ORAL
Em regra o advogado deverá realizar a sustentação oral antes do voto do relator, exceto em processo disciplinar no Tribunal de Ética da OAB, que a sustentação oral é feita após o voto do relator. 
VII- INTERVENÇÃO SUMÁRIA
O advogado poderá usar a palavra, por meio de intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida sobre os fatos, documentos, ou afirmações que influam no julgamento, bem como replicar acusação ou censura que lhe forem feitas. 
VIII- RECLAMAR INOBSERVANCIA DE PRECEITO DE LEI
A reclamação pode ser verbal ou por escrito. 
IX- EXAMINAR AUTOS FINDOS OU EM ANDAMENTO
Autos judiciais ou administrativos. Para isso não precisa de procuração, podendo inclusive obter cópias, podendo tomar apontamentos, salvo segredo de justiça. 
Alteração pela lei 13.245/16: Podem ser digitais ou físicos. 
Alteração pela lei 13.245/16: em repartição policial, será necessário apresentar procuração (autos sujeitos a sigilo). 
X- TER VISTA DE PROCESSOS JUDICIAIS OU ADMINISTRATIVOS
O advogado poderá ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais.
XI- ASSISTIR O CLIENTE DURANTE APURAÇÃO DE INFRAÇÕES
Sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento. 
Alteração pela lei 13.245/16: poderá, no decurso da apuração, apresentar razões e quesitos. 
Observações:
1- Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração;
2- A autoridade competente, diante de risco de comprometimento da eficácia, eficiência ou da finalidade das diligências, poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos relacionados à diligência em andamento e ainda não documentados;
3- Proibição do advogado de examinar os autos de flagrante e de investigação, bem como o fornecimento incompleto de autos ou a retirada de peças, já incluídas no caderno investigatório, implica na responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa. 
Alteração pela lei 13.245/16: O advogado pode ter acesso aos elementos de provas em andamento e que ainda não foram documentos. 
4- O impedimento de acesso do advogado aos autos, determinado pela autoridade responsável, não prejudica o seu direito de requerimento ao juiz competente para que autorize o acesso negado.
XII - DESAGRAVO PÚBLICO
Ocorre quando o advogado no exercício da sua profissão é ofendido em razão de sua atividade, cargo ou função na OAB. 
A instauração pode ser de ofício ou a requerimento de qualquer pessoa, inclusive por parte do Conselho competente. 
Qualquer informação solicitada (pelo Presidente do Conselho ou relator) à autoridade ofensora ou a pessoa será feito no prazo de 15 dias, salvo em caso de urgência e notoriedade do fato. 
Arquivamento: o relator poderá propor o arquivamento quanto tratar-se de ofensa pessoal ou quando não estiver ligada à atividade, cargo ou função. 
Instauração: independe de consentimento do ofendido, sendo promovido a critério do Conselho. 
Conselho Federal: órgão competente para promover o desagravo quando o ofendido for Conselheiro Federal ou o Presidente do Conselho Seccional
Ofensas em território da subseção: deve ser promovida pela diretoria ou Conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. 
XIII- TESTEMUNHA
O advogado pode recursar-se a depor em processo que atuou ou sobre fato relacionado à pessoa que presta ou já prestou serviço, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. 
XIV- AUDIÊNCIA PÚBLICA
O advogado pode retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
Essa prerrogativa não é aplicável quando o magistrado se encontra no Tribunal.
XV- ACESSO AOS AUTOS, AINDA QUE FINDOS.
Mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 dias, salvo se segredo de justiça ou se possuir documentos originais de difícil restauração ou por qualquer outro motivo que justifique. 
XVI- PRISÃO DO ADVOGADO
Só poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável. 
Não pode ser recolhido preso antes do transito em julgado, salvo em salas de Estado Maior (com privilégios). 
XVI- IMUNIDADE PROFISSIONAL
O advogado não responde por injuria ou difamação, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele. 
XVII- DIREITO DA GESTANTE, LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER À LUZ (Incluído pela lei 13.363/16). 
a- Gestante: terá direito, enquanto durar a gestação, de não ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raio-X, além de ter direito a reserva de vaga em garagens de fóruns e tribunais. 
b- Lactante, adotante ou que der à luz: pelo prazo de 120 dias, terá direito ao acesso da creche ou local adequado ao atendimento das necessidades do bebê. 
*Lactante será enquanto durar a amamentação. 
c- Gestante, lactante, adotante ou que der à luz: pelo prazo de 120 dias, terá preferencia nas ordens das sustentações orais. 
*Lactante será enquanto durar a amamentação. 
d- Adotante ou que der à luz: suspensão dos prazos processuais, quando for a única patrona da causa, desde que o cliente seja notificado por escrito. 
Mulher: 30 dias do parto ou da concessão. 
Homem: 8 dias do parto (de sua esposa) ou da concessão. 
O ADVOGADO DEVE:
- Preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia. 
- Atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé. 
- Velar por sua reputação pessoal e profissional;
- Empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
- Contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
- Estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauraçãode litígios;
- Desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica. 
O ADVOGADO NÃO PODE FAZER:
- Utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
- Vincular seu nome a empreendimentos sabidamente escusos;
- Emprestar concurso (estar a disposição) aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;
- Entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste;
- Ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vinculo negociais ou familiares;
- Contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
É vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, angariar ou captar clientela. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.
INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
Vincula-se ao preenchimento dos requisitos estabelecidos no artigo 8º do Estatuto da Advocacia e OAB. Os requisitos são cumulativos:
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
É a capacidade plena, alcançada após os 18 anos completos. 
Se houver posterior interdição, a inscrição poderá ser cancelada ou ocorrer o licenciamento do advogado. 
Cancelamento: afastamento definitivo. Cessando a interdição, poderá ingressar novamente nos quadros da OAB. 
Licenciamento: se afasta temporariamente das atividades, mas continua inscrito nos quadros da OAB. 
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
Rol taxativo, previsto no artigo 28. Exemplo, membros do judiciário, do MP, etc. 
Nesse caso, pode ser que preencha os demais requisitos, entretanto, enquanto exercer a atividade incompatível, não poderá ser inscritos no quadro da OAB. 
VI – idoneidade moral, salvo reabilitação profissional;
Está vinculada a prática de atos que caracterizam infração disciplinar, que podem gerar a exclusão do advogado dos quadros da OAB. 
A idoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa, desde que identificada, sendo julgada pelo Conselho Seccional (quórum de 2/3).
Exemplo: prática de estelionato. 
VII – prestar compromisso perante o Conselho.
É ato solene e personalíssimo, em que o advogado promete atuar de forma digna e independente, defendendo a leis, os estado democrático, bem como os direitos da sociedade. 
ADVOGADO ESTRANGEIRO
Quando a graduação não ocorrer no Brasil, será feita uma prova do título de graduação, sendo feita uma reavaliação, além de ser obrigatório o preenchimento dos requisitos previstos no artigo 8º. 
a- Advogado estrangeiro que queira atuar no Brasil sem requerer a inscrição:
Só poderá exercer atividade de consultoria/assessoria no direito estrangeiro, do seu país de origem. 
Não pode ser no direito brasileiro, nem pode haver intervenções no judiciário e nos meios extrajudiciais. 
Para exercer essa atividade, deverá requerer autorização do Conselho Seccional, que terá duração de 3 anos (renováveis a cada 3 anos). 
b- Advogado estrangeiro, formado no exterior, que pretenda ser advogado no Brasil:
Deverá preencher os requisitos do artigo 8º, inclusive o de ser aprovado no Exame de Ordem. 
A juntada do título de eleitor e a quitação de serviço militar são facultativas. 
Tem que fazer a prova de título da graduação. 
* Observação: advogados de nacionalidade portuguesa são dispensados da aprovação no exame da ordem, revalidação do diploma e de prestarem compromisso perante o Conselho Seccional, desde que estejam regulares junto à Ordem dos Advogados Portugueses. 
TIPOS DE INSCRIÇÃO
I- Principal: feita no Conselho Seccional do território que pretende estabelecer o domicílio profissional. 
II- Transferência da inscrição: quando muda efetivamente de domicilio profissional para outra unidade federativa. Deve ser requerida no Conselho Seccional correspondente. 
III- Inscrição suplementar: necessária quando o advogado exceder 5 causas por ano em outro Estado que não o da inscrição principal. Ou seja, ele atua em um outro Estado com habitualidade. 
IV- Cancelamento: deve ocorrer por requerimento, quando for excluído, quando o advogado falecer, quando exercer em definitiva atividade compatível, ou quando não mais preencher um dos requisitos do artigo 8º. 
V- Licenciamento: mediante requerimento justificado, quando exercer temporariamente atividade incompatível ou quando sofrer doença mental curável. 
ESTAGIÁRIO
I- Requisitos:
Capacidade civil;
Titulo de eleitor e quitação do serviço militar;
Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
Idoneidade moral;
Prestar compromisso perante o Conselho Seccional. 
II- Duração: 2 anos ou carga mínima de 300 horas. 
Carga de 6 horas diárias e 30 semanais. 
III- Local da inscrição: Conselho Seccional do Estado em que realize o curso. 
IV- Poderá praticar sozinho os seguintes atos:
a- Retirar e devolver autos em cartórios, assinando as respectivas cargas; 
b- Obter certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos;
c- Assinar petições de juntadas de documentos; 
d- Comparecer sozinho em atos extrajudiciais (se tiver autorização ou substabelecimento do advogado). 
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Tanto a sociedade unipessoal (formada pelo próprio advogado) quanto a sociedade de advogados adquirem personalidade jurídica, mediante registro dos seus atos consecutivos, no Conselho Seccional do local em que tiver a sede da sociedade. 
Os advogados sócios de uma mesma sociedade não podem representar em juízo clientes de interesses opostos, ou seja, um advogado defendendo o autor e outro o réu. 
PROCURAÇÃO
Deve ser outorgada individualmente ao advogado, e indicar a sociedade de que façam parte. Não podem ser genéricas, isto é, valer para todos os membros da sociedade. 
REGISTRO DA SOCIEDADE
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, ou simultaneamente uma unipessoal e uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
Não será admitida as com formas e características de sociedade empresária. 
É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua em suas atividades, a da advocacia. 
FILIAL
A constituição da filial deve ser averbada no registro da sociedade e arquivada no Conselho Seccional onde se instalar. Todos os advogados deverão requerer a inscrição suplementar. 
RAZÃO SOCIAL
Deve constar pelo menos um nome de um advogado que é responsável pela sociedade, podendo permanecer mesmo que o sócio faleça. 
RESPONSABILIDADE
Recai sobre o sócio ou titular da sociedade unipessoal. É uma responsabilidade subsidiária e ilimitada (pode ser por dolo ou culpa) sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa incorrer. 
ADVOGADO EMPREGADO
O vínculo empregatício não retira a isenção técnica e nem reduz a independência do advogado. 
Não fica obrigado a prestar serviços em relação a interesses pessoal do empregador, ou seja, fica vinculado apenas à prestação de serviços em relação ao emprego. 
SALÁRIO MÍNIMO
O salário mínimo do advogado será fixado por sentença normativa, salvo se ajustado em ACT ou CCT. 
JORNADA DE TRABALHO
4 horas diárias e 20 semanais, salvo ACT ou CCT, e ainda, nos casos de dedicação exclusiva, em que o advogado poderá trabalhar até 8 horas diárias (ocorre por acordo individual). 
HORAS EXTRAS
Adicional de no mínimo 100% sobre o valor da hora normal.
HORÁRIO NOTURNO
Das 20h às 5h, com adicional de 25%. 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA
Quando empregado, são partilhados entre o advogado e o empregador. 
Não integram o salário ou a remuneração. 
Constitui fundocomum, ou seja, havendo mais advogados no setor jurídico da empresa, o valor será dividido entre eles. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O advogado tem direito aos honorários convencionados, fixados por arbitramento judicial e aos sucumbenciais. 
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nessa parte. 
I- CONVENCIONADOS.
São aqueles ajustados inicialmente com o cliente, para que haja a prestação do serviço, de modo que o contrato deve ser preferencialmente escrito. 
Esse contrato convencionado entre as partes representa título executivo extrajudicial. 
O pagamento dos honorários pode ser feito por cartão se crédito (se o advogado for credenciado à operadora). 
DEFENSORIA PÚBLICA
Quando o advogado for indicado para patrocinar causa de necessitado, em virtude da impossibilidade de Defensoria Pública no local da prestação do serviço, seus honorários serão fixados pelo juiz, com base em tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e serão pagos pelo Estado. 
Ele pode se recusar, entretanto, a recusa deve ser sempre justificada. 
PRECATÓRIO
Se o advogado juntar aos autos seu contrato de honorário antes e expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. 
FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS
Na falta de estipulação ou acordo entre as partes, serão fixados por arbitramento judicial, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
Serão devidos 1/3 no início da prestação do serviço, 1/3 até decisão de 1ª instancia e 1/3 ao final. 
O juiz ao estipular os honorários deverá analisar a relevância, o vulto, a complexidade e dificuldade das questões versadas, o trabalho e o tempo empregados, bem como o valor da causa, as condições econômicas do cliente, etc. 
NATUREZA JURÍDICA
Sua natureza é alimentar. 
- A decisão judicial que fixar ou arbitrar os honorários e o contrato escrito (convencionado) são considerados títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. 
- O crédito por honorários advocatícios não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de natureza mercantil. 
- É possível emitir fatura com fundamento no contrato da prestação de serviços, entretanto, não poderão ser levados a protestos. 
- O cheque e a nota promissória em favor do advogado, depois de esgotadas as tentativas de recebimento amigável, poderão ser levados a protesto. 
CONTRATO DE HONORÁRIOS COM CLÁUSULA QUOTAS LITIS
Os honorários devem ser representados em pecúnia. Entretanto, em caso excepcional, é autorizado, quando não for possível pagar em espécie, que o advogado tenha participação nos bens de seu cliente. 
II- ARBITRADOS OU SUCUMBENCIAIS. 
Na falta de estipulação ou acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial. 
Nos casos de falecimento ou incapacidade do advogado, os honorários proporcionais serão recebidos pelos seus sucessores ou representantes legais. 
O acordo feito entre as partes litigantes não prejudica os honorários os convencionados (ou arbitrados) e os concedidos por sentença (sucumbenciais). 
PRESCRIÇÃO
A ação de cobrança de honorários advocatícios prescreve em 5 anos, contados do:
- Vencimento do contrato (se houver);
- Trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
- Da ultimação do serviço extrajudicial; 
- De desistência ou transação; 
- Da renúncia ou revogação do mandato. 
ADVOCACIA PRO BONO
É a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários (pessoas físicas) não puderem pagar a contratação do profissional. 
Não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem instituições voltadas a esse fim, bem como para capitação de clientela. 
SIGILO PROFISSIONAL
O sigilo é inerente à profissão, não podendo ser violado a critério do advogado, salvo em hipóteses prevista em lei. 
Em regra é perpétuo, devendo se estender sobre os fatos que o advogado tenha conhecimento, mesmo após o fim do contrato de prestação de serviço. 
Exceção: que configuram a justa causa para violação do sigilo profissional (mesmo havendo a justa causa, a quebra do sigilo é facultativa):
- Grave ameaça à vida e à honra; 
- Defesa própria do advogado. 
- Quando o cliente autoriza. 
INFRAÇÃO DISCIPLINAR
A violação do sigilo profissional configura infração disciplinar, e também crime de violação de segredo profissional. 
PUBLICIDADE
A publicação profissional do advogado tem caráter meramente informativo, não podendo configurar capitação de clientela ou mercantilização da profissão. A publicidade deve ser discreta e moderada. 
IDENTIFICAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS
É permitido para fins de identificação dos escritórios de advocacia, a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas. 
PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE TELEVISÃO OU RÁDIO
É permitido com o intuito educacional e instrutivo, desde que não tenha promoção pessoal ou profissional do advogado, nem pronunciamento de métodos de trabalho utilizados por seus colegas.
CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO
Devem especificar o nome do advogado ou da sociedade, a inscrição da OAB, títulos acadêmicos (profissionais não, exceto o de professor universitário), área de atuação, email, site, QR code, logotipo, horário de atuação e idiomas. 
É vedado fotografias pessoais ou de terceiros. Do escritório pode. 
PATROCÍNIO DE EVENTOS OU PUBLICAÇÕES DE CARATER CIENTIFICO OU CULTURAL
É restrito a clientes e interessados do meio jurídico. 
VEDAÇÕES 
a- Veiculação de publicidade por meio de rádio, cinema e televisão. 
É permitido através da internet e outros meios eletrônicos, desde que tenha caráter meramente informativo. 
b- Divulgação da advocacia junto com outro ramo empresarial. 
Nada impede que o advogado seja empresário, entretanto, não poderá divulgar a advocacia junto a outro ramo. 
c- Fornecimento de dados para contato (como endereço e telefone)
Em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, e até mesmo quando participar de programas no rádio, televisão, em matérias publicadas na internet, etc.
É permitido apenas fornecer o email. 
d- Panfletagem. 
Com o intuito de captar clientela. 
INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Configura infrações disciplinares:
a- Responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social. 
b- Debater, em qualquer meio de comunicação, causa de patrocínio de outro advogado. 
c- Abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o consagrou. 
d- Divulgar ou deixar que sejam divulgadas lista de clientes e demandas. 
ÉTICA DO ADVOGADO
Regras previstas no código de ética e disciplina da OAB. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Dentre os princípios fundamentais, podemos destacar alguns:
- O advogado é indispensável à administração da Justiça, e deve zelar pela sua liberdade e independência. 
- Não é obrigado a aceitar imposição de seu cliente ou empregador, em virtude de sua independência profissional. 
- Tem o dever de atuar com ética. 
- Exerce função pública. 
- A advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. 
- Configura infração disciplinar a tentativa de conciliação ou entendimento com a parte adversa sem o consentimento do seu cliente. 
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
Previstos nos artigos 27 ao 30 do Estatuto da Advocacia e da OAB. 
I- INCOMPATIBILIDADE
Ocorre em razão do cargo e não da pessoa. É a proibição total do exercício da advocacia, ainda que em causa própria. 
Durará enquanto o advogado permanecer no cargo. O afastamento temporário do cargo nãosuspende a incompatibilidade. 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;59
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
II- IMPEDIMENTO
É a proibição parcial de atuar, sendo permitido apenas em causa própria, salvo contra a entidade que o remunera. 
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I – os servidores da administração direta, indireta ou fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
* Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos, bem como os aposentados permanentes dos cargos acima (membros do MP precisam aguardar um período de 3 anos para voltar a atuar). 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é um serviço público federal independente, dotada de personalidade jurídica e forma federativa. 
Tem natureza jurídica de instituição pública sui gereris, ou seja, não mantém vínculo com nenhum órgão da Administração Pública, sendo isenta de impostos e tendo imunidade tributária total em relação às rendas, bens e serviços. 
Não afasta a competência dos sindicatos (advogados empregados). 
FINALIDADES
I- Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas. 
II- Promover com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. 
III- Fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de serviços e multas e constitui título executivo a certidão passada pela diretoria do Conselho competente, relativa ao crédito previsto. 
CARGOS E FUNÇÕES
O cargo de conselheiro ou membro da diretoria de órgão da OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado um serviço público relevante. 
Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções têm legitimidade para agir, judicial ou extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB, não sendo necessária procuração individual de cada advogado. 
ESTRUTURA
I- CONSELHO FEDERAL (apenas 1)
É o órgão supremo da OAB, dotado de personalidade jurídica própria e localizado na capital do país, Brasília. 
São compostos pelos conselheiros federais, integrantes de cada unidade federativa, sendo 3 por Estado (o voto dos 3 correspondem apenas a 1 voto) e dos ex-presidentes honorários vitalícios. 
Os presidentes das seccionais e ex-presidentes honorários vitalícios têm apenas direito de voz (não votam).
O Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade.
ORGÃOS
a- Conselho Pleno
Composto pelos conselheiros federais de cada delegação e dos ex-presidentes, presidido pelo presidente do Conselho Federal e pelo secretário-geral. 
Delibera sobre indicações às finalidades institucionais da OAB.
b- Órgão Especial do Conselho Pleno
Composto por um conselheiro federal de cada delegação e dos ex-presidentes, presidido pelo vice-presidente do Conselho Federal e pelo secretário-geral adjunto. 
Delibera sobre recursos, conflitos ou divergências entre os órgãos da OAB, determina a instauração de processo disciplinar, entre outros.
c- Primeira, segunda e terceira câmara
Primeira câmara: presidida pelo secretário-geral. Versa sobre prerrogativas dos advogados. 
Segunda câmara: presidida pelo secretário-geral adjunto. Versa sobre assuntos ético-disciplinares. 
Terceira câmara: presidida pelo tesoureiro. Versa sobre questões estruturais. 
d- Diretoria
É composta de um Presidente, de um Vice- Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro. 
e- Presidente 
O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões. 
COMPETÊNCIA
Art. 54. Compete ao Conselho Federal:
I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;
III – velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV – representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da advocacia;
V – editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários;
VI – adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII – intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta Lei ou do Regulamento Geral;
VIII – cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta Lei, ao Regulamento Geral, ao Código de Ética e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX – julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste Estatuto e no Regulamento Geral;
X – dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XI – apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII – homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos
Conselhos Seccionais;
XIII – elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB;
XIV – ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV – colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos;
XVI – autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis;
XVII – participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII – resolver os casos omissos neste Estatuto.
Parágrafo único. A intervençãoreferida no inciso VII deste artigo depende de prévia aprovação por dois terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar.
II- CONSELHO SECCIONAL (são 27)
Dotado de personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os territórios dos Estados-membros, DF e territórios. 
Compõe-se de conselheiros em número proporcional ao de seus inscritos, sendo no mínimo 30 conselheiros e no máximo 80, com direito a voz e voto. 
Ex-presidentes honorários vitalícios tem apenas o direito de voz. 
COMPETÊNCIA
Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional:
I – editar seu Regimento Interno e Resoluções;
II – criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III – julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
IV – fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados; 
V – fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI – realizar o Exame de Ordem;
VII – decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
VIII – manter cadastro de seus inscritos;
IX – fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;
X – participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI – determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XII – aprovar e modificar seu orçamento anual;
XIII – definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus membros;
XIV – eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada à inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV – intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI – desempenhar outras atribuições previstas no Regulamento Geral.
III- SUBSEÇÕES (1 ou mais por município)
São partes autônomas do Conselho Seccional. Não possuem personalidade jurídica própria, pois estão vinculadas ao Conselho Seccional respectivo. 
O Conselho Seccional é quem irá delimitar seu território, podendo abranger um ou mais municípios. 
O território de sua competência deve conter no mínimo 15 domiciliando profissionalmente. 
CONSELHO
Deverá existir sempre que houver mais de 100 advogados. 
COMPETÊNCIA
Art. 61. Compete à Subseção, no âmbito de seu território:
I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerrogativas do advogado;
III – representar a OAB perante os poderes constituídos;
IV – desempenhar as atribuições previstas no Regulamento Geral ou por delegação de competência do Conselho Seccional.
Parágrafo único. Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e atribuições do Conselho Seccional, na forma do Regimento Interno deste, e ainda:
a) editar seu Regimento Interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
IV- CAIXAS DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
São criadas pelos Conselhos Seccionais, quando estes tiverem mais de 1.500 inscritos. Tem personalidade jurídica própria. 
É um órgão assistencial e de seguridade da OAB, destinado a prestar assistência aos inscritos nos Conselhos Seccionais a que se vincule. 
DIRETORIA
Formada por 5 membros da chapa ganhadora, para mandato de 3 anos. 
PATRIMÔNIO
Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias. 
Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho Seccional respectivo.
ELEIÇÕES E MANDATOS
I- SUBSEÇÕES, CONSELHO SECCIONAL E CAASP
As eleições ocorrem na mesma data e no mesmo período, em todo o território nacional (até a segunda quinzena e Novembro do último ano do mandato). 
A votação é obrigatória para todos os advogados regularmente inscritos, sob pena de multa (20% do valor da anuidade), salvo se justificado. 
As chapas deverão ser compostas de todos os membros elegíveis para os cargos da OAB: Diretoria do Conselho Seccional, Conselheiros Seccionais e Federais, diretores das CAASP e subseções e seus suplentes. 
A eleição será conduzida e fiscalizada por uma Comissão Eleitoral. 
Votação: cédula única e votação direta. 
Mandato: 3 anos. 
Posse: 1º de Janeiro do ano subsequente à eleição. 
II- CONSELHO FEDERAL
A eleição será realizada no dia 31 de Janeiro do ano seguinte a eleição dos Conselhos Seccionais (votação dos Conselheiros Federais).
*O Presidente é indicado. 
A posse ocorrerá no dia 1º de Fevereiro. 
Mandato: 3 anos. 
Chapa eleita: a que obtiver por maioria simples dos votos dos Conselheiros Federais (metade dos votos + 1). 
PERDA DO MANDATO
Art. 66. Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando:
I – ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do profissional;
II – o titular sofrer condenação disciplinar;
III – o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada órgão deliberativo do Conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Parágrafo único. Extinto qualquer mandato, nas hipóteses deste artigo, cabe ao Conselho Seccional escolher o substituto, caso não haja suplente.

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