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TECIDO E ÓRGÃOS LINFÓIDES Por Jamilly Andrade (2018.2 - UFPE/CAA) Órgãos linfóides centrais/geradores/primários: Onde os linfócitos começam a expressar seus receptores de antígenos e atingem a sua maturidade fenotípica e funcional. - Medula Óssea → órgão gerador das células B. Amadurece parcialmente, entra na circulação e vai para órgãos periféricos onde completa a sua maturação. Grande órgão da hematopoiese. As células progenitoras migram entre a 3ª e 5ª semana do saco vitelino para o fígado e depois para a medula. As células tronco geram os Eritrócitos, Plaquetas, Granulócitos, Monócitos (Mielóide comum), Células dendríticas (Linhagem monocítica), Linfócitos T e B e células NK (Linfóide comum). + Plasmócitos: secretores de anticorpos. São gerados nos tecidos linfóides periféricos como consequência da estimulação antigênica de células B e depois migram para a medula onde podem sobreviver e continuar com a produção de anticorpos. - Timo → Gera as células T. Onde ocorre a maturação completa e posteriormente são levadas para os tecidos periféricos. Bilobulado e situado no mediastino anterior. Cada lobo é dividido em múltiplos lóbulos e separados por septos fibrosos, cada lóbulo é composto por um córtex externo e uma medula interna. O córtex é formado densamente por linfócitos T e a medula possui uma população dispersa de linfócitos. Os macrófagos e as células dendríticas provenientes da medula são encontrados quase que exclusivamente da medula tímica. As células epiteliais corticais produzem a citocina IL-7 (necessária para o início do desenvolvimento das células T), já na medula existem um subtipo específico de células chamado de células epiteliais medulares tímicas, que estão relacionadas com o processo de autotolerância do sistema imune. Possui também grande suprimento sanguíneo e vasos linfáticos eferentes que drenam para os gânglios linfáticos do mediastino. + Maturação: Linfócitos, também chamados de Timócitos, podem estar em diversos estágios da maturação e migram do córtex para a medula (possui a maioria das céls. T maduras que irão ser dirigidas para os tecidos linfóides periféricos. Corte Transversal do Timo Órgãos periféricos/ secundários: As respostas imunológicas linfocíticas começam e se desenvolvem. Sistema linfático → composto por vasos linfáticos que drenam a linfa, a qual pode conter antígenos, e pelos gânglios linfáticos onde os antígenos são identificados pelos linfócitos e a resposta imune adaptativa pode ser iniciada. Os antígenos presentes na linfa podem estar sozinhos (forma solúvel) ou podem estar “associados às células dendríticas” (as céls. dendríticas capturam e expressam os antígenos). Baço → Finaliza a maturação das células B; Situado no quadrante superior esquerdo abdômen é dividido anatomicamente e fisiologicamente em duas partes: a polpa branca (rica em linfócitos) e vermelha (composta principalmente de sinusóides vasculares). + POLPA VERMELHA: Esses sinusóides são ramificações da artéria esplênica e estão circundados por macrófagos que funcionam como filtro - removendo células lesionadas, microorganismo e células com microorganismos opsonizados. + POLPA BRANCA: Nódulos brancos que contrastam com o fundo da polpa vermelha. Nódulos são compostos por linfócitos. Se localiza ao redor das artérias centrais, que são ramos da artéria esplênica. As artérias centrais se ramificam, atravessando zonas ricas em linfócitos, e formam as arteríolas foliculares que drenam o sangue para o seio marginal. Ao redor da artéria central se localiza grande quantidade de Linf. T e por isso a região é chamada de bainha linfóide periarteriolar (PALS).Já os linfócitos B ficam nos folículos entre o seio marginal e a bainha periarteriolar. - As céls. B também se localizam por fora do seio marginal na zona marginal, assim como macrófagos. As céls. B dessa região são funcionalmente distintas das céls. B foliculares, pois quando os antígenos chegam no sangue, eles são levados para o seio marginal pelas células dendríticas circulantes ou são encontrados pelos macrófagos na zona marginal. - O direcionamento dos linfócitos também ocorre pelas quimiocinas. A migração dos linfócitos B para os folículos depende da quimiocina CXCL13 e de seu receptor CXCL5. Enquanto que a migração dos linfócitos T para a bainha periarteriolar depende das quimiocinas CCL19 e CCL21 e de seu receptor CCR7. Gânglios linfáticos → Espalhados por todo o corpo, são órgãos encapsulados (cápsula fibrosa) e vascularizados (vaso aferente desemboca no seio subcapsular que drena para o seio medular, saem dos gânglios pelos vasos eferentes). Parte interna do seio subcapsular + Córtex externo - agregados de células chamados folículos que são as zonas de células B. Alguns folículos possuem áreas centrais chamadas de centros germinativos. Os folículos sem centros germinativos são chamados de folículos primários, que contém a maioria dos linfócitos B virgens maduros e aqueles que tem o centro germinativo, são chamados de folículos secundários. Os centros germinativos se desenvolvem em resposta à estimulação antigênica e a partir daí ocorre a proliferação de células B, a seleção de céls. B produtoras de anticorpos de alta afinidade e a geração de céls. B de memória e de plasmócitos de longa vida. + Céls. T - estão localizadas principalmente nos cordões paracorticais que estão mais centrais. O córtex ao redor dos folículos é chamado de córtex parafolicular ou de paracórtex, essas zonas ricas em células T contém uma rede células reticulares fibroblásticas, que formam condutos os quais começam no seio subcapsular e se estendem para os vasos linfáticos do seio medular e para os vasos sanguíneos corticais, chamados de vênulas endoteliais altas. A maioria das células T corticais são células TCD4 auxiliares entremeadas por células TCD8 relativamente esparsas, mas essa proporção pode mudar a depender do curso de uma infecção e de qual linfócito for mais necessário. + Céls. dendríticas - Também estão concentradas no paracórtex dos gânglios linfáticos. Os linfócitos T e B virgens entram no gânglio linfático a partir de uma artéria e chegam ao estroma do órgão através de vênulas endoteliais altas que estão localizadas nos centros dos cordões corticais. São as quimiocinas que atraem os linfócitos do sangue para o gânglio e determinam em que local as células B e T ficarão ; + Segregação regional → As céls. T virgens expressam o receptor CCR7 que se liga as quimiocinas CCL19 e CCL21 produzidas por céls. do estroma nas zonas de céls. T e assim esses linfócitos T irão ficar nas zonas de céls. T. Céls. dendríticas também expressam o receptor CCR7 e por isso migram para o mesmo lugar dos linfócitos T. As céls. B virgens expressam o receptor CXCR5 que reconhece a citocina CXCR13 produzida somente pelas céls. dendríticas foliculares e assim as céls.B são atraídas para os folículos. + Após o estímulo por meio de antígenos, as céls. T e B perdem a restrição anatômica e começam a migrar. As céls. T ativadas podem tanto entrar nos folículos para auxiliar as céls. B como entrar na circulação e as céls. B ativadas migram para os centros germinativos e ao se diferenciar em plasmócitos podem se dirigir para a medula óssea. - Sistema imune cutâneo; - Sistema imune associado à mucosa (MALT). células do sistema imune adquirido - Linfócitos específicos de antígenos; - Células apresentadoras de antígenos (APCs - ativam os linfócitos); - Células efetoras (eliminam os antígenos, como os macrófagos, que também fazem parte do sistema imune adquirido). LINFÓCITOS Únicas células do corpo que são capazes de reconhecer e de extinguir de modo específico diversos tipos de antígenos, e por isso são responsáveis por duas características da resposta imunológica adquirida, que são: especificidade e memória. Linf. B - produzem anticorpos (nas aves - produzidos na Bolsa de fabricius) → estágios iniciais na medula óssea Linf. T - imunidade celular → seus precursores saem da medula óssea e migram para o Timo, onde eles se desenvolvem. Proteínas de superfície que distinguem populações de linfócitos funcionalmente distintas. + TCD4 auxiliares + TCD4 reguladores + TCD8 (citotóxicos) + Grupos de clones Tanto os linfócitos B como linfócitos T possuem grupos de clones que expressam receptores de antígenos diferentes entre os grupos, mas que são iguais entre cada membro do grupo. A especificidade do linfócito T existe porque durante o desenvolvimento dessas células ocorre uma recombinação de segmentos de DNA e essas recombinações somáticas geram milhões de genes de receptores diferentes o que resulta em um repertório altamente diversos de linfócitos. Os linfócitos são classificados quanto a sua fase de ativação: - Linfócitos virgens - células T ou B naturais, que estão em órgãos linfóides geradores e que nunca encontraram antígenos. Morrem depois de 1 a 3 meses e estão em estágio de repouso, já que não estão realizando sua atividade efetora, estando portanto na fase G0 do ciclo celular. Não são facilmente distinguidos, assim como os de memórias, e por isso são chamados de pequenos linfócitos. As sobrevidas dependem do encaixe de receptores ao antígeno e a citocinas. Os linfócitos virgens reconhecem vários antígenos próprios fracamente, que é o suficiente para gerar sinais de sobrevida, mas que não disparam sinais mais fortes que são necessários para iniciar a expansão clonal e a diferenciação para as células efetoras. + As citocinas que estão envolvidas nesse processo de sobrevivência são: IL-7 e fator ativador de célula B - BAFF - Linfócitos efetores - surgem a partir da diferenciação de alguns linfoblastos. Incluem as células T auxiliares (CD4 - expressam moléculas de superfície, como o ligante CD40 e também secretam citocinas que interagem com os macrófagos e os linfócitos B, levando a sua ativação), células B e células TCDs (Tanto a TCD4 efetora e TCD8 expressam proteínas de superfície que são indicadoras de ativação recente, incluindo CD25 e as moléculas do MHC classe 2). + As céls. T reguladoras, que são subconjuntos da célula TCD4, suprimem as células efetoras e sempre expressam CD25. A maioria dos linfócitos T efetores diferenciados tem vida curta e não são auto renováveis. + Já a maioria dos linfócitos B se diferenciam em plasmócitos, que são as céls. produtoras de anticorpos, e possuem um RER denso (local de síntese dos anticorpos, os quais depois se dirigem para o complexo de golgi, onde serão convertidos para sua forma final e preparados para serem secretados). + Os plasmócitos se desenvolvem nos órgãos linfóides e nos locais em que ocorrem respostas imunológicas e depois geralmente migram para a medula óssea, onde alguns podem sobreviver por um longo período após a resposta imunológica ser desencadeada e mesmo após a eliminação do antígeno. - Células de memória → também são consideradas em estágio de repouso e podem sobreviver em um estado quiescente ou de ciclagem lenta durante muitos anos depois que o antígenos é eliminado. Elas são diferenciadas da céls. virgens e dos linfócitos efetores pela expressão das proteínas de superfície, que ainda não estão bem definidas. Os linfócitos B de memória expressão as imunoglobulinas IgG, IgE e IgA, enquanto que as céls. B virgens expressam somente IgM ou IgD. A expressão de CD27 é um bom marcador das céls. B de memória. + As céls. T de memória assim como as céls. T virgens, mas não as efetoras, expressam altos nível de receptores IL-7. CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS (APCs) - São as células que capturam e apresentam antígenos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação de linfócitos. - CÉL. DENDRÍTICA → Principal tipo de APC envolvido no processo de iniciar as respostas das células T. Ela é capaz de estimular a diferenciação de um linfócito virgem em um linfócito efetor, enquanto os macrófagos e as céls. B, essa última no contexto da imunidade humoral, apresentam antígenos para as céls. T auxiliares (que já se diferenciaram de virgens para efetoras). - CÉL. DENDRÍTICA FOLICULAR → apresentam antígeno para os linfócitos B. Tem origem da linhagem monocítica da medula óssea e são encontradas em muitos órgãos, inclusive tecidos de barreiras epiteliais, onde sua função é capturar antígenos e transportá-los para órgãos linfóides secundários (baço, linfonodos e linfócitos associados à mucosas). Elas expressam receptores semelhantes a toll que reconhecem os antígenos e ativam-nas, uma vez ativadas as céls. dendríticas se tornam móveis e migram para os tecidos linfóides regionais, onde apresentam os antígenos aos linfócitos T. As céls. dendríticas ativadas também expressam moléculas co-estimuladoras que funcionam em associação com o antígeno para estimular as céls. T. + Os macrófagos contendo microrganismos ingeridos, apresentam os antígenos microbianos para as céls. T efetoras, essas por suas vez ativam os macrófagos para eliminar os microrganismos e esse processo é o principal mecanismo da imunidade celular contra microrganismos intracelulares. + Céls. dendríticas foliculares apresentam projeções membranosas que estão entremeadas em coleções especializadas de céls. B ativadas, denominadas centros germinativos. São encontradas nos folículos linfóides dos linfonodos, no Baço e no tecido linfóide associado à mucosas. Essas céls. aprisionam antígenos associados a anticorpos ou aos produtos do complemento e os apresentam em sua superfície para serem reconhecidos pelos linfócitos B. TECIDOS LINFÁTICOS Aula da Prof. Amanda Soares http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/7Linfat.pdf MUCOSA - Tecido epitelial + t. conjuntivo (lâmina própria - onde ocorre a inflamação) Tecido linfático difuso Tecido organizado: Agregados das células linfocíticas (folículos linfóides) Órgãos capsulados Linfonodos- filtração. Único órgão com vasos aferentes, os outros só tem vasos eferentes para linfa. Baço - Polpa branca (desenvolvimento de linfócitos) e vermelha (metabolismo de hemácias). Medula óssea - produção das céls. hematopoiéticas - formação das células tronco. Timo - seleção e diferenciação dos linfócitos T. Vasos linfáticos - possuem fundo cego (conj. frouxo), pois iniciam na mucosa e correm até o linfonodo. Possuem maior permeabilidade. MALT (tecido linfático associado a mucosa - difuso) - onde ocorre a resposta imune inicial Possui células linfocíticas. Digestório (GutALT), respiratório (BrônquiosALT) e genitourinário. CORTE DO INTESTINO GROSSO → Glândula - tecido epitelial que invaginou o tecido conjuntivo. Primário → zona escura (onde existem linfócitos que foram sensibilizados) - aglomeração gera nódulos linfáticos na lâmina própria. Secundário → CENTRO GERMINATIVO - zona clara no interior do nódulo - proliferação e diferenciação - A coloração é mais clara por conta da cromatina descondensada (células estão sofrendo mitose). Tonsilas - revestida de tecido epitelial e acúmulo de nódulos linfáticos na orofaringe - GALT (tonsilas, íleo, apêndice vermiforme) Placas de Peyer - conjunto de nódulos linfáticos no intestino delgado associado à mucosa. Baço - conjunto de nódulos linfáticos. Balt - poucos nódulos - possui mais tecido difuso. Linfonodos Cápsula fibrosa, córtex (superficial [predomínio de Linf. B] e profundo [ou paracortical - Linf. T] - nódulos linfáticos) e medula. Vasos aferentes possuem valvas - a sucção de água que é feita pelas aquaporinas faz com que o caminho da linfa seja unidirecional, sempre o mesmo. Vênula pós-capilar possui endotélio alto - as células são cúbicas e não pavimentosas. Possuem diversos canais de aquaporinas (linfa para o sangue) e receptores de membrana de reconhecimento de linfócitos (captam para o parênquima do linfonodo - diapedese) Canais ou seios, que não são canais abertos (rede formada por prolongamento celulares e fibras reticulares) - subcapsular, trabeculares (invaginação do tecido conjuntivo), medulares. Cél. dendrítica folicular - é uma célula nucleada mas não expressa MHC - retém o complexo antígeno-anticorpo na sua membrana. Cél. dendríticas apresentadoras de antígenos Macrófagos (também possui função de apresentar antígenos, mas sua função principal é fagocitar) Timo cápsula fibrosa, região cortical e medular. Maturação e seleção dos linfócitos T (Córtex → Medula). Córtex - Timócitos, Células reticuloendoteliais I (ligadas à cápsula fibrosa, possuem junções oclusivas e por isso não permitem a passagem de antígenos para o interior do órgão), II (responsáveis por apresentar antígenos próprios e não próprios) e III (borda apical voltada para o córtex) , macrófagos. Medula - Células reticuloendoteliais IV (borda apical voltada para a medula), V (responsáveis por apresentar antígenos próprios. Caso as células T reconheçam os antígenos próprios elas são eliminadas), VI (Corpúsculo de Hassal - possuem em seu interior queratohialina, resquício embriológico. Produzem as IL 4 e 6 que ajudam no processo de maturação). *Cemitério de células - céls. RE VI. Duplo negativo → CD2 e CD7 Córtex - seleção positiva (reconhece antígenos próprios e estranhos) → após a seleção positiva CD4 e CD8 Medula - seleção negativa (se o linfócito T reconhecer o que é próprio ele é eliminado). Vasos sanguíneos, endotélio, pericitos (permeiam o endotélio), tecido conjuntivo (cheio de macrófagos). Puberdade → tecido linfático substituído por adiposo (É reversível em caso de infecções que necessitem a maior produção de linfócitos T) Baço Cápsula fibrosa, Trabéculas - miofibroblastos Polpa vermelha → formada pelo seio esplênico - células reticulares frouxas [permite passagem fácil de células e antígenos], agregadas por fibras colágenas → menos células nucleadas. Ao redor dos seios possuem diversos macrófagos que emitem pseudópodes. Circulação aberta → sangue é liberado nos cordões e entram em contato com os macrófagos. Nódulos constituem o território dos linf. B e os linfócitos T circundam os nódulos. Centros germinativos desenvolvem-se dentro de 24h. Histologicamente - polpa branca (cinza) e polpa vermelha (vermelha) - sem coloração Com coloração - Polpa branca mais escura devido a grande quantidade de células nucleadas, o contrários da polpa vermelha que possui hemácias.
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