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ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Anara Sanches Isabela Caceres da Silva Letícia Felippe Maria Isabel Melquiades Profº Rafael Leal – Bases Legais na Indústria Química – 6º SEM Sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação; Cada um dos Estados e o Distrito Federal podem instituir esse imposto; A regulamentação esta prevista na Lei Complementar 87/1996 (“Lei de Kandir”); Alterada pelas Leis Complementares 92/1997, 99/1999 e 102/2000; ICMS Para atuar em uma atividade alcançada pelo imposto: A pessoa (física ou jurídica) deve se inscrever no Cadastro de Contribuintes do ICMS. ICMS: Pode ser seletivo; É normalmente embutido no preço (18%); Para alimentos básicos (7%); Para produtos considerados supérfluos (25%); ICMS ICMS no Acre – 17% ICMS em Alagoas – 18% ICMS no Amazonas – 18% ICMS no Amapá – 18% ICMS na Bahia – 18% ICMS no Ceará – 18% ICMS no Distrito Federal – 18% ICMS no Espirito Santo – 17% ICMS em Goiás – 17% ICMS no Maranhão – 18% ICMS no Mato Grosso – 17% ICMS no Mato Grosso do Sul – 17% ICMS em Minas Gerais – 18% ICMS no Pará – 17% ICMS na Paraíba – 18% ICMS no Paraná – 18% ICMS em Pernambuco – 18% ICMS no Piauí – 18% ICMS no Rio Grande do Norte – 18% ICMS no Rio Grande do Sul – 18% ICMS no Rio de Janeiro – 20% (18% + 2% FECP) ICMS em Rondônia – 17,5% ICMS em Roraima – 17% ICMS em Santa Catarina – 17% ICMS em São Pulo – 18% ICMS em Sergipe – 18% ICMS no Tocantins – 18% ICMS: Para o estado de SP o ICMS: É a maior fonte de recursos financeiros; Para o governo atender adequadamente às necessidades da população, é importante: Cidadão exija a nota fiscal ou cupom fiscal; Esteja atento a defender o uso adequado dos recursos públicos. Evolução histórica do ICMS Evolução histórica do ICMS Evolução histórica do ICMS ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços: Instituído pela C.F de 1988; Dando fim a impostos especiais, de incidência única (competência federal); Incorporação ao ICMS os impostos federais sobre combustíveis líquidos e gasosos; energia elétrica e minerais, pois tais mercadorias são suscetíveis à circulação; O art. 155, I, b, da C.F./88 (na redação de EC nº 3/93), ao estabelecer o campo de incidência do ICMS, nele incluiu as prestações de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Isso ocorreu devido a retirada da esfera de competência tributária da União, dos impostos sobre serviços de transportes e de comunicação, pela Assembleia Nacional Constituinte (Estado). Incidências Segundo a Lei complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 Art. 2°, o imposto incide sobre: circulação de mercadorias, até mesmo no fornecimento de alimentos e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via (pessoas, bens, mercadorias ou valores); prestações de serviços de comunicação que apresentem ônus (custos), por qualquer meio, incluindo a geração, emissão, recepção, transmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza; fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária do município; fornecimento de mercadorias com prestação de serviço sujeitos aos impostos sobre serviços de competência do município, mas que por lei também se sujeitam ao imposto estadual; sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; serviços prestados no exterior ou que sua prestação tenha se iniciado no exterior; entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive derivados (lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos) e de energia elétrica, quando não destinados a comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. Incidências Fato Gerador a saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; a transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; a transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; o ato final do transporte iniciado no exterior; a aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. Segundo a Lei complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, Art. 12°, todos os incisos citados sobre os quais consideram-se as incidências do imposto também são apontados como fatos geradores, incluindo: Contribuintes “Contribuinte é o devedor direto que tem relação pessoal e direta com o fato gerador (art. 121, I, CTN)” Pessoa física ou jurídica que realize: Operações de circulação de mercadorias; Prestações de serviços de transportes interestadual/intermunicipal e de comunicação. Contribuintes É também contribuinte quem: Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento; Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; Adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas; Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. Local da Operação ou da Prestação Para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável: I – TRATANDO-SE DE MERCADORIA OU BEM II – TRATANDO-SE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE III – TRATANDO-SE DA PRESTAÇÃO ONEROSA DE SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO IV – TRATANDO-SE DE SERVIÇOS PRESTADOS OU INICIADOS NO EXTERIOR, O DO ESTABELECIMENTO OU DO DESTINATÁRIO Local da Operação ou da Prestação I) TRATANDO-SE DE MERCADORIA OU BEM a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; Local da Operação ou da Prestação d) importado do exterior, a do estabelecimento onde ocorrer a entrada física; e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido; f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria importada do exterior e apreendida; Local da Operação ou da Prestação g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos. Local da Operação ou da Prestação II – TRATANDO-SE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE a) onde tenha início a prestação; b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestaçãose tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. Local da Operação ou da Prestação III – TRATANDO-SE DE PRESTAÇÃO ONEROSA DE SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção; b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago; Local da Operação ou da Prestação c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente; d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite; e) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. Local da Operação ou da Prestação IV – TRATANDO-SE DE SERVIÇOS PRESTADOS OU INICIADOS NO EXTERIOR, O DO ESTABELECIMENTO OU DO DESTINATÁRIO Local da prestação para efeito de cobrança do imposto será o estabelecimento ou domicílio do tomador deste serviço, independendo de ser ele contribuinte ou não do imposto. Sujeito Passivo O legislador pode ser o responsável tributário para recolhimento do ICMS Exemplo: Substituição tributária progressiva ou para frente Seguimento automobilístico – A indústria automobilística recolhe o ICMS pela concessionária Exemplo: Substituição tributária regressiva ou para trás Seguimento de leite/sucata/cana – O legislador, por força de comodidade, elege o fabricante da indústria para efetuar o recolhimento do ICMS Sujeito Passivo O sujeito passivo do ICMS poderá ser: Pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias; Importadores de bens de qualquer natureza; Prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; Prestadores de serviço de comunicação. Base de Cálculo Valor de operação: circulação de mercadorias Preço do serviço: transporte intermunicipal e interestadual Valor da mercadoria ou bem importado Inclusos na base de cálculo Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, assim como descontos concedidos sob condição; Frete, se cobrado em separado, relativo a transporte intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, realizado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem; Inclusos na base de cálculo Montante do Imposto sobre Produtos Industrializados. Exceto quando a operação é realizada entre contribuintes; Ou relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização; Ou configurar fato gerador de ambos os impostos. Importância cobrada para montagem e instalação, nas operações com máquina e equipamentos, quando o estabelecimento remetente tenha assumido contratualmente a obrigação de entregá-lo montado para uso. Cálculo do ICMS O cálculo do ICMS é bastante simples Multiplica-se o valor da mercadoria pela alíquota vigente Devido às diferentes alíquotas, o ICMS poderá variar da origem para o destinatário Além disso, existe a questão da substituição tributária que deverá ser levada em conta na hora do cálculo do devido imposto Exemplo: Empresa compra mercadorias para revenda por R$ 1000,00 Mesma alíquota na compra e na venda de 18% Por não ser a consumidora final, essa empresa terá o crédito de R$180,00 (18%*R$1000,00) No momento da venda, ela é repassada por R$1500,00, tendo gerado a obrigação tributária de R$270,00 (18%*R$1500,00) Exemplo: Acerto de contas junto ao fisco estadual: Empresa não recolherá os R$270,00, pois já tinha um direito contabilizado de R$180,00, apenas tendo obrigação de desembolsar mais R$90,00 Análise dos valores efetivamente pagos: R$90,00 representam 18% de R$500,00, que é o lucro bruto da operação Empresa apenas pagará efetivamente os valores de ICMS sobre o valor agregado às mercadorias Base de Cálculo “POR DENTRO” O art. 13, § 1º, Inciso I, da Lei Complementar 87/1996 (Lei Kandir) estipulou que “integra a base de cálculo do imposto, o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle” Cálculo do ICMS apresentaria, normalmente, uma alíquota normal de 18%; Montante do imposto integrando a base de cálculo do próprio imposto; A alíquota efetivamente praticada é 21,95%; Na aplicação do ICMS aos serviços de comunicação e eletricidade: a alíquota de 25% se transforma em 33,33% Base de Cálculo “POR DENTRO” Base de Cálculo “POR DENTRO” Não há nenhuma razão técnica ou de política pública que recomende o cálculo de impostos “por dentro”; Esse tipo de cálculo não é encontrado em nenhum dos 150 países que têm imposto geral sobre vendas do tipo valor adicionado (IVAs), mesmo gênero do ICMS. JUSTIFICATIVA: criar a percepção entre os contribuintes de que alíquota não é tão alta. Ilusão fiscal ou Ofuscação fiscal. Existência de uma alíquota nominal e uma alíquota real; A nominal seria a própria alíquota prevista em lei: 18%; A alíquota real (a.r) é obtida através do cálculo: a.r.= 100 x (Valor do Imposto) (Valor da Mercadoria – Valor do Imposto) Base de Cálculo “POR DENTRO” Exemplo Valor total da mercadoria: R$ 1.450,00 Alíquota do ICMS de 18% a.r.= 100 x 261 (1.450 – 261) a.r.= 21,95% Alíquota do ICMS = 18% Alíquota Real = 21,95% Referências BRASIL. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências. (LEI KANDIR). Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm> Acesso em: 03 nov. 2018. PORTAL TRIBUTÁRIO. ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html>. Acesso em: 03 nov. 2018. SECRETARIA DA FAZENDA. Sobre o ICMS. Disponível em: <https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/isencao-icms-veiculos/Paginas/Sobre.aspx>. Acesso em: 03 nov. 2018. VALOR TRIBUTÁRIO. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – Origem do ICMS. Disponível em: <https://www.valortributario.com.br/tributos/icms/>. Acesso em: 03 nov. 2018. VIEIRA, E. Local da Operação ou Prestação. ECONET EDITORA, 2015. Disponível em: <http://www.econeteditora.com.br/boletim_icms/bo-icms-pr/pr-15/Boletim-18/local_da_operacao_ou_prestacao.php#1>. Acesso em: 03 nov. 2018. PORTAL TRIBUTÁRIO. ICMS – Base de Cálculo. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/guia/icms_bc_ipi.html>. Acesso em 02 nov. 2018. BRASIL. LEI N° 13.918, de 22 de dezembro de 2009. Instituição do ICMS. Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll/legislacao_tributaria/lei_6374/lei024.htm?f=templates$fn=document-frame.htm>. Acesso em: 02 nov. 2018. PORTAL DE AUDITORIA. ICMS: Fato Gerador e Base de Cálculo. Disponível em: <http://www.portaldeauditoria.com.br/tributario/icms_fatogerador_basedecalculo.htm>. Acesso em: 02 nov. 2018. SAGE. Tabela de ICMS 2018 atualizada com as alíquotas dos Estados. Disponível em: < https://blog.sage.com.br/tabela-icms-2018-atualizada/>. Acesso em: 04 nov. 2018.
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