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Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Aula 08 Bibliografia: MWG, cap. 11 Claudio R. Lucinda FEA-RP/USP Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Objetivos da Aula 1 Externalidades e Bens Pu´blicos 2 Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium 3 Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Objetivos da Aula 1 Externalidades e Bens Pu´blicos 2 Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium 3 Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Objetivos da Aula 1 Externalidades e Bens Pu´blicos 2 Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium 3 Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade: As ac¸o˜es de uma pessoa ou empresa a utilidade ou a tecnologia diretamente e na˜o por interme´dio do mercado, ao inve´s de por meio dos prec¸os e do mercado. Isso reflete a falta de mercados. Bens Pu´blicos: Um bem cujo consumo por um indiv´ıduo na˜o reduz a quantidade dispon´ıvel para outros. Qualquer uma das duas coisas e´ consistente com a Existeˆncia de Equil´ıbrio Competitivo. Assumindo continuidade e convexidade quando adequado e “Market Clearing”, as coisas fecham. O que pega e´ na Eficieˆncia. O equil´ıbrio competitivo na˜o necessariamente e´ Pareto Eficiente. Intuitivamente, como a alocac¸a˜o dessas coisas na˜o e´ guiada pelo mercado, na˜o ha´ motivo para esperar que o equil´ıbrio de mercado refilta o benef´ıcio marginal social (ou o custo marginal social) do bem. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Externalidade Pecunia´ria Sa˜o as externalidades que sa˜o mediadas pelos prec¸os. E sa˜o as mais manhosas de se identificar corretamente. Externalidade Pecunia´ria: Externalidades pecunia´rias aparecem quando na˜o temos mercados completos. Quando na˜o temos mercados completos, as transfereˆncias associadas com as externalidades pecunia´rias na˜o se cancelam. Exemplo de quando a Externalidade Pecunia´ria na˜o tem efeitos e quando tem: Quando um Shopping Center eleva os prec¸os dos imo´veis em volta. Ha´ ganhos para os donos dos imo´veis e perdas para os compradores em potencial dos imo´veis naquela regia˜o. Essas duas coisas se cancelam. Mercados Incompletos: Por exemplo, se o Shopping aumentar os terrenos em uma a´rea em que o direito de propriedade e´ incerto. Ha´ efeitos de bem-estar. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Externalidade de Rede e Mercado em Duas Partes Externalidade de Rede: Tipo especial de Externalidade em que o nu´mero de usua´rios afeta a utilidade de um usua´rio adicional na rede (exemplo - Windows e Mac) Mercado em Duas Partes: Mercado em que o servic¸o oferecido e´ a reunia˜o de dois grupos de usua´rios, e existem externalidades de rede nas duas pontas, relacionadas com os usua´rios do outro lado (exemplo - baladas e Carto˜es de Cre´dito). Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Externalidades Alocac¸a˜o Eficiente: Benef´ıcio Social Marginal = Custo Marginal Social Soma dos Benef´ıcios Marginais Privados = Soma dos Custos Marginais Privados Mercados “versus” Regulac¸a˜o: Impostos Pigouvianos Regulac¸a˜o Criac¸a˜o de direitos de propriedade Fundir atividades para “internalizar a externalidade” Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Uma Externalidade Bilateral Simples Dois domic´ılios, i = 1, 2. O domic´ılio 1 se engaja em uma atividade criadora de externalidades no n´ıvel h. Vamos supor que os caras tenham a utilidade quasilinear: ui (w i , h) = φi (h) + w i , i = 1, 2 A soluc¸a˜o competitiva e´ φ1′(h∗) = 0 A soluc¸ao eficiente maximiza o excedente total (φ1(ho) + φ2(ho)) Para isso, a CPO seria: φ1′(ho) = −φ2′(ho) Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Soluc¸o˜es Quota: O Regulador conhece φ1(h) e φ2(h). Sabendo estas formas funcionais, ele determina exatamente o n´ıvel h∗ que garante a condic¸a˜o adequada. Evidentemente, tem que fazer cumprir. Exigente do ponto de vista informacional, pode na˜o ser “compat´ıvel com os incentivos”. Impostos Pigouvianos: Estabelece t = −φ2′(ho), em que t e´ o imposto por unidade de h. Neste caso, o problema de otimizac¸a˜o do agente 1 fica sendo φ1(h)− t × h, o que da´ uma Condic¸a˜o de Primeira Ordem tal que φ1′(h) = t, o que faz com que h∗ = ho . E´ descentralizado, pore´m ainda assim precisa saber a forma de φ2(h). Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Teorema de Coase – Forma Forte Se direitos de propriedade a todos os efeitos externos forem atribu´ıdos a uma das partes, enta˜o a negociac¸a˜o levaria a uma alocac¸a˜o eficiente. Sim ou na˜o? SIM: Se o core conter uma alocac¸a˜o eficiente de Pareto. NA˜O: Assume Equil´ıbrio Competitivo ou um core na˜o vazio com a externalidade. NA˜O: Ignora os custos de se estabelecer e fazer cumprir os direitos de propriedade. Custos de negociac¸a˜o e imperfeic¸o˜es de Mercado. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Teoria de Coase – Forma Fraca Se os direitos de propriedade a todos os efeitos externos forem atribu´ıdos a uma das partes, a eficieˆncia alocativa e´ independente de quem recebe os diretos. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Externalidade Multilateral Vamos supor I domic´ılios, J empresas, cada uma delas j gerando um efeito externo hj . O Efeito Cumulativo e´ dado por ∑ j hj . O Excedente econoˆmico Marshalliano e´ dado por: S = ∑ i φi ∑ j hj +∑ j pij(hj) FOC para a maximizac¸a˜o de S com respeito a` escolha de hj ,∀j : − ∑ i φi ′ ∑ j hj = pi′j(hoj ) O que e´ isso em palavras? Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Externalidade Multilateral – II Como implementar a alocac¸a˜o eficiente? 1 Quotas espec´ıficas a`s empresas, hoj . Intensivo em informac¸a˜o e na˜o descentralizado. 2 Imposto Pigouviano igual a ∑ i φ i′ (∑ j hoj ) . Intensivo em informac¸a˜o, mas a implementac¸a˜o e´ descentralizada. 3 Mecanismo de “trading permits”, com volume de t´ıtulos igual a ∑ j h oj . Intensivo em informac¸a˜o (vc ainda precisa saber∑ j h oje a implementac¸a˜o e´ descentralizada. 4 “Cap and Trade”. Emite um volume de t´ıtulos igual a h. Na˜o e´ eficiente – na˜o e´ o valor o´timo – mas a implementac¸a˜o e´ descentralizada. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidadese Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Lindahl Equilibrium neste caso Mesmo I , J. Vamos supor que cada domic´ılio i encare um prec¸o, t i , ao qual ela possa (hipoteticamente) vender direitos a poluir, cujo volume seja dado por qi . As empresas que querem poluir precisam comprar os direitos a poluir a um prec¸o t (a auseˆncia de sobrescrito aqui e´ importante!), tal que: t = I∑ i=1 t i Os lucros da firma sa˜o pij(hj)− thj A utilidade do domic´ılio i e´ dada por φi (qi ) + w i + t iqi Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Lindahl Equilibrium Neste caso, as CPO sa˜o para a firma e para o consumidor: pi′j = t → h = hoj φi ′ = −t i → q = qio Um equil´ıbrio de Lindahl e´ quando esses valores se ajeitam direitinho, de tal forma que: t i = t io ∀i , com to = ∑i toi q = qoi = ∑ j h o j Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Lindahl Equilibrium – Intuic¸a˜o “Prec¸os Privados para Bens Pu´blicos” Ou seja, os prec¸os individualizados t io igualam o a soma do n´ıvel da atividade poluidora escolhida pelos domic´ılios ao n´ıvel agregado gerado pelas empresas com suas otimizac¸o˜es. Este e´ um argumento altamente idealizado de um mecanismo descentralizado que alcanc¸a o “first best”. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Bens Pu´blicos Impossibilidade de Exclusa˜o. Pode ser um pouco forte demais, o que podemos ter e´ dificuldade de excluir. Todo mundo consome a mesma quantidade: forneceu pra um forneceu pra todos. Definic¸a˜o MWG: Custo Marginal zero para fornecer pra mais um usua´rio e na˜o rival Definic¸a˜o Varian Micro Analysis: Na˜o rival, na˜o excludente. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Carona “free rider” - se um (ou alguns) pagam pelo servic¸o, ele e´ fornecido para todos. Existe muito pouco incentivo para dividir o custo. Na˜o da´ pra usar de forma eficaz uma alocac¸a˜o de mercado. Bens Pu´blicos e Bens fornecidos pelo governo sa˜o coisas diferentes. O governo proveˆ muitos bens privados. Inclusive podem existir razo˜es para que o governo fornec¸a bens privados.... Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Bens Pu´blicos – Provisa˜o Eficiente Vamos mais uma vez assumir uma func¸a˜o utilidade quasilinear, ui = φi (q) + mi , existindo I domic´ılios. Vamos supor c(q) como o custo de produc¸a˜o de q, em termos de unidades do numera´rio. O problema de otimizac¸a˜o para achar o first best e´ dado por: max q≥0 S = ∑ i φi (q)− c(q) O que leva a` seguinte CPO (para uma soluc¸a˜o interior):∑ i φ i ′(q) = c ′(q) - A igualdade entre o benef´ıcio marginal social e o custo marginal social. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Soluc¸a˜o Descentralizada Em um mercado, o domic´ılio i compra a quantidade x i do bem pu´blico e aproveita o total, ∑I i=1 x i . Supondo a auseˆncia de interac¸o˜es estrate´gicas, o camarada vai assumir que o resto da demanda pelo bem pu´blico e´ parame´trica, representada por ∑I k 6=i x k . Supondo que o prec¸o unita´rio do bem pu´blico e´ p∗, o que implica que a otimizac¸a˜o individual para i implica: max x i≥0 φi x i +∑ k 6=i xk − p∗x i Que implica uma CPO do estilo φi ′ ( x∗i + ∑ k 6=i x k ) ≤ p∗, com igualdade estrita se for uma soluc¸a˜o interior e com desigualdade se x∗i = 0 Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Implicac¸o˜es Se na˜o houver questo˜es de custo fixo, o domic´ılio que mais estiver disposto a adquirir o bem pu´blico o compra na quantidade q∗ tal que φiˆ ′(q∗) = p∗. A menos que tenhamos um arranjo muito louco, c ′(q∗) = p∗ �∑i φi ′(q∗), o que implica que teremos muito menos do bem pu´blico sendo oferecido no mercado. Ale´m disso, os outros indiv´ıduos provavelmente sera˜o caronistas, uma vez que conseguem o bem sem pagar. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Provisa˜o Eficiente do Bem Pu´blico Devido ao problema mostrado acima, o mercado na˜o fornecera´ de forma eficiente o bem pu´blico. Supondo que a excludabilidade seja imposs´ıvel MESMO, a´ı o bem deveria ser fornecido pelo governo. Excludabilidade e´ mais fa´cil do que imaginam os fana´ticos da ac¸a˜o governamental, mas vamos supor isso por enquanto. Supondo que o bem vai ser fornecido pelo governo, enta˜o como operacionalizar isso? A ideia e´ escolher o volume do bem pu´blico q tal que: O Benef´ıcio Marginal Social (igual a` soma dos benef´ıcios marginais privados) seja igual ao Custo Marginal Social Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Formalizando isso... Mais especificamente: S = ∑ i φi (q)− C (q) C.P.O. ∑ i φi ′ = C ′(q) Dois caminhos pra implementar essa soluc¸a˜o: Lindahl Vickrey-Groves-Clarke (e mais um monte de gente que inventou isso em paralelo) Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Lindahl Prec¸os Privados para bens pu´blicos, prec¸os pu´blicos para bens privados. Vamos supor que exista uma empresa que produz o bem pu´blico ao custo C (q), e que existam I domic´ılios, i = 1, 2, · · · , I . Fazendo um caminho diferente pra entender isso. Imagine que cada indiv´ıduo tenha uma demanda pelo bem pu´blico diferente, que seria um vetor (x1, x2, · · · , xI ). Eles sa˜o produzidos conjuntamente, e na mesma quantidade para cada indiv´ıduo. Portanto, c(x1, x2, · · · , xi ) = c(max(x1, x2, · · · , xI )) Como seria a cara de um equil´ıbrio geral neste mercado? Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Equil´ıbrio Geral Encontrar o equil´ıbrio de mercado: Quantidade q∗∗ = x∗∗i , um conjunto de prec¸os p ∗∗ i tal que p∗∗ = ∑ i p ∗∗ i = c ′(q∗∗). Ale´m disso, φi ′(x∗∗i ) = p ∗∗ i Este e´ um equil´ıbrio de mercado para os produtos conjuntos, e´ um equil´ıbrio de Lindahl para o bem pu´blico q e atende a`s condic¸o˜es de primeira ordem para a eficieˆncia. Dif´ıcil de operacionalizar, sendo apenas uma descric¸a˜o de como conseguir o mercado gerando isso. Se pergunta´ssemos a`s pessoas o quanto elas estariam dispostas a pagar pelo bem pu´blico, talvez tive´ssemos uma ideia de como computar estes prec¸os. Pore´m existe o risco de manipulac¸a˜o das respostas. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Mecanismo de Groves Aqui a gente teria um jeito de induzir as pessoas a revelar exatamente o quanto elas esta˜o dispostas a pagar pelo bem pu´blico. Considereum caso especial: um bem pu´blico indivis´ıvel G que pode ser fornecido a um custo c . A decisa˜o e´ G ∈ {0, 1} Definic¸o˜es: ri e´ a avaliac¸a˜o verdadeira do indiv´ıduo i para G = 1 si e´ a participac¸a˜o do indiv´ıduo i na conta, 0 ≤ si ≤ 1, ∑ i si = 1 si × c e´ o custo para o i se o bem for fornecido. vi = ri − sic Payoff com o fornecimento do bem pu´blico Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Groves-Clarke Qual e´ a alocac¸a˜o eficiente? G = 1 se ∑ i ri > c , ou se ∑ i vi = ∑ i (ri − sic) > 0 Definic¸a˜o: Se (ri − sic) > 0, sobrevalorizac¸a˜o e subvalorizac¸a˜o caso contra´rio. Desenho de mecanismo: Como assegurar que os caras va˜o falar a verdade para permitir a alocac¸a˜o eficiente? Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves GC - O mecanismo 1 Cada agente anuncia um lance bi 2 Se ∑ i bi > 0, temos G = 1, caso contra´rio, G = 0 3 Se G = 1, cada indiv´ıduo i recebe um pagamento igual a∑ j 6=i bj . Se na˜o acontecer, na˜o ganha nada Ou seja, o benef´ıcio se o bem pu´blico na˜o acontecer e´ zero. Mas, se acontecer, o benef´ıcio e´ vi + ∑ j 6=i bj , quando∑ j 6=i bj ≥ 0 Sabendo deste mecanismo, o i vai escolher seu lance bi para maximizar seu payoff, tomando como dados os lances dos outros, bj , j 6= i Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves Afirmac¸o˜es Theorem Neste Mecanismo, falar a verdade bi = vi e´ uma estrate´gia dominante Demonstrac¸a˜o. Vamos comec¸ar imaginando que vi + ∑ j 6=i bj ≥ 0. Se i anuncia bi = vi , enta˜o G = 1 e o benef´ıcio e´ vi + ∑ j 6=i bj ≥ 0, que e´ o benef´ıcio de na˜o se ter o bem pu´blico. Se vi + ∑ j 6=i bj < 0, se i anuncia bi = vi , enta˜o G = 0 a´ı o seu benef´ıcio e´ melhor com isso na˜o acontecendo. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Pu´blicos Externalidade – Alguns pontos ba´sicos Bens Pu´blicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves GC - Custo Custo da brincadeira. Se na˜o acontecer nada, na˜o tem custo. Mas se acontecer, os pagamentos para os outros caras tem que ser feitos, ou seja ∑ i ∑ j 6=i bj > 0 - e que pode ser beem caro. Isso pode ser coberto por uma taxa “lump sum”, e existem outros mecanismos. Basicamente a ideia e´ ajeitar os incentivos para que os indiv´ıduos levem em conta os payoffs dos outros indiv´ıduos na decisa˜o de se fornecer o bem pu´blico. Claudio R. Lucinda Aula 08 Externalidades e Bens Públicos Externalidade – Alguns pontos básicos Teorema de Coase Lindahl Equilibrium Bens Públicos Lindahl Equilibrium Mecanismo de Groves
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