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Teste de Conhecimentos Teoria Geral do Processo 07

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TEORIA GERAL DO PROCESSO 
 
 
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Disciplina: - T.G.P. Período Acad.: 2018.2 (G) / EX 
 
 
 
 
 
1. 
 
 
São considerados pressupostos de existência do processo: 
 
 
 
petição inicial apta, competência do juízo e citação. 
 
 
petição inicial, citação, capacidade e interesse processual. 
 
 
petição inicial, jurisdição, capacidade postulatória 
 
 
jurisdição, citação e legitimidade processual. 
 
 
petição inicial apta, citação válida e imparcialidade do juiz. 
 
 
 
Explicação: 
Toda ação deve ser iniciada através de uma petição inicial para que o Estado exerça a jurisdição que é o poder de dizer o Direito, 
através de um advogado que tem a capacidade postulatória, de representar o jurisdicionado na busca pela justiça e solução dos 
conflitos de interesses. 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
De acordo com a Lei n. 9.307/96,assinale a alternativa INCORRETA em relação às características do compromisso arbitral. 
 
 
 
É uma forma de arbitragem que pode se constituir através de um contrato autônomo. 
 
 
É sempre instaurado quando já há um litígio pendente. 
 
 
Pode ser judicial ou extrajudicial. 
 
 
O extrajudicial pode ser celebrado por instrumento público ou particular. 
 
 
O judicial só pode ser celebrado após o trânsito em julgado da demanda. 
 
 
 
Explicação: 
 O compromisso arbitral é a convenção por meio da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, 
podendo ser judicial ou extrajudicial. O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou 
tribunal, onde tem curso a demanda. O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas 
testemunhas, ou por instrumento público (art. 9º, Lei 9.307/96). Percebe-se que, diferentemente da cláusula arbitral, o 
compromisso surge quando já há um litígio pendente, podendo ser instituído, inclusive, nos próprios autos do processo em que as 
partes litigam. 
A cláusula compromissória é anterior ao surgimento do conflito entre as partes, que diligentes, já pactuaram sobre a adoção da 
arbitragem para a solução de eventuais litígios. Essa forma de arbitragem pode contar de uma cláusula de um contrato entre as 
partes sobre outro objeto ou constituir um contrato autônomo. 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
É CORRETO afirmar que são pressupostos processuais de existência: 
 
 
 
jurisdição, partes e demanda; 
 
 
a capacidade de estar em juízo e a capacidade postulatória; 
 
 
somente a jurisdição e a presença de partes; 
 
 
demanda e legitimidade de partes. 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
(XX Exame Unificado/Prova aplicada em 14/08/2016/adaptada) - Alessandra é fiadora no contrato de locação do apartamento 
de Mariana. Diante do inadimplemento de vários meses de aluguel, Marcos (locador) decide ajuizar ação de cobrança em face 
da fiadora. Alessandra, em sua defesa, alegou que Mariana também deveria ser chamada ao processo. Com base no CPC/15, 
assinale a afirmativa correta. 
 
 
Alessandra deve viabilizar a citação de Mariana no prazo de 30 dias, sob pena de o chamamento ao processo ficar sem 
efeito. 
 
 
Sendo certo que Alessandra não participou da relação jurídica existente entre Mariana e Marcos, permite-se o 
chamamento ao processo do locatário a qualquer tempo. 
 
 
O fiador se compromete com a dívida do afiançado, de modo que não pode exigir a sua participação na ação de 
cobrança promovida. 
 
 
Incorreta a atitude de Alessandra, pois o instituto apto a informar ao juízo o real devedor da relação é a nomeação à 
autoria. 
 
 
Todas as assertivas acima não estão em consonância com o Novo CPC. 
 
 
 
Explicação: 
É a figura do chamamento ao processo, expressamente previsto no art. 130 do CPC 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
(VUNESP/OAB/ 2007/adaptada) - Os procedimentos de interdição e de separação consensual são exemplos de: 
 
 
 
ação sumária. 
 
 
decisão interlocutória. 
 
 
 jurisdição voluntária. 
 
 
 jurisdição contenciosa. 
 
 
ação ordinária. 
 
 
 
Explicação: 
Na jurisdição voluntária não há conflito e, portanto, nem partes e sim um procedimento que envolve os interessados e que se 
encerra com sentença homologatória. 
A doutrina posiciona que a jurisdição voluntária como função estatal, ela tem natureza administrativa e sob aspecto material é ato 
jurisdicional, no plano subjetivo orgânico. Em relação às suas finalidades é função preventiva e constitutiva. 
Acerca do caráter administrativo da jurisdição voluntária, a doutrina fala de uma ¿zona fronteiriça¿ entre a função jurisdicional e a 
administrativa. Segundo a qual a jurisdição voluntária é substancialmente administrativa, mas subjetivamente exercida por órgãos 
jurisdicionais. Piero Calamamdrei (Direito Processual Civil, São Paulo: Bookseller) afirmou nesse sentido que a designação 
tradicional de Jurisdição é um equívoco, pois ela sugere a formação de um litígio que se compõe com a intervenção Estatal, e o 
fato de ser voluntário refere-se a um atributo de distinção da jurisdição contenciosa. 
Não havendo litígio não se fala de partes, e do mesmo modo, de contestação. Na jurisdição voluntária têm-se interessados e a 
citação dá oportunidade manifestação de um dos interessados em 10 dias. Não havendo litígio nem um processo contencioso, não 
se admite nessa manifestação ou resposta a notificação reconvenção, embora, possa incidir efeito da revelia. 
Nesta forma de procedimentalidade processam-se os pedidos de: emancipação, sub-rogação, alienação, interditos, alienação, 
locação e administração de coisa comum, alienação de quinhão de coisa comum, extinção de usufruto, separação consensual etc. 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
Em relação às sentenças proferidas no processo, há aquela que tem na sua parte dispositiva apenas a declaração da existência 
de uma relação jurídica ou reconhecimento de um direito. Trata-se da sentença. 
 
 
Mandamental. 
 
 
Dedutiva. 
 
 
Constitutiva. 
 
 
Declaratória. 
 
 
Condenatória. 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
(TRT 11ª 2012 - FCC ) - Sobre jurisdição, é correto afirmar: 
 
 
 
A função jurisdicional contenciosa é delegável. 
 
 
Nos procedimentos não contenciosos, há função jurisdicional apenas sob um ponto de vista estritamente formal. 
 
 
O fracionamento em órgãos jurisdicionais implica dualidade de jurisdição. 
 
 
No Brasil existe uma justiça especializada para julgar as causas de interesse do Estado. 
 
 
A expropriação é medida adequada à consecução dos objetivos da atividade jurisdicional voluntária. 
 
 
 
Explicação: 
José Frederico Marques trata de jurisdição voluntária da seguinte forma: ¿é atividade resultante de negócio jurídico que se exige 
um ato do Estado, para que o negócio se realize ou complete¿. 
Acrescenta que, como função, ela tem natureza administrativa, do ponto de vista material, e é ato judiciário, do ponto de vista 
subjetivo ou orgânico; em relação às suas finalidades, é função preventiva e também constitutiva. 
Na jurisdição voluntária não há lide, mas somente administração pública de interesses privados. É uma das funções do Estado, 
confiada ao Poder Judiciário, em virtude da idoneidade, responsabilidade e independência dos juízes perante a sociedade, visando 
evitar litígios futuros, ou irregularidades e deficiências na formação do ato ou negócio jurídico. 
 
 
 
 
 
8. 
 
(XXIII Exame Unificado/OAB/adaptada) - Roberta ingressou com ação de reparação de danos em face de Carlos Daniel, 
cirurgião plástico,devido à sua insatisfação com o resultado do procedimento estético por ele realizado. Antes da citação do 
réu, Roberta, já acostumada com sua nova feição e considerando a opinião dos seus amigos (de que estaria mais bonita), troca 
de ideia e desiste da demanda proposta. A desistência foi homologada em juízo por sentença. Após seis meses, quando da total 
recuperação da cirurgia, Roberta percebeu que o resultado ficara completamente diferente do prometido, razão pela qual 
 
resolve ingressar novamente com a demanda. 
A demanda de Roberta deverá ser: 
 
 
distribuída por dependência. 
 
 
extinta sem resolução do mérito, por ferir a coisa julgada 
 
 
submetida à livre distribuição, pois se trata de nova demanda. 
 
 
extinta sem resolução do mérito, em razão da litispendência. 
 
 
distribuída por conexão de acordo com o prevista na lei processual vigente. 
 
 
 
Explicação: 
A opção correta tem por fundamento a regra do artigo 286 do NCPC. 
Artigo 286 - "Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com 
outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo prevento. 
Distribuição por dependência - Distribuir por dependência significa que existindo um processo perante um juízo e sendo 
distribuída outra demanda que tenha uma conexidade com o processo já existente, esta deverá ser distribuída ao juízo onde 
tramita o primeiro processo que veio a ser proposto, exatamente para evitar julgamentos conflitantes, em nome da economia 
processual e para verificar a ocorrência de litispendência, coisa julgada e continência. 
A distribuição deve se dar de forma alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade (distribuição livre), critério 
excepcionado pelo artigo 285 do Novo CPC com referência no art. 252 do CPC/73 (distribuição por dependência). 
A distribuição por dependência, tratada no artigo 286, inciso I, do Novo CPC, ocorre em razão da conexão, ou continência com 
outra demanda já ajuizada.

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