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6. Controle Local e humoral do fluxo sanguineo tecidual

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Controle Local e Humoral do fluxo sanguíneo nos tecidos 
 
CONTROLE LOCAL DO FLUXO EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES TECIDUAIS 
1Um principio fundamental da circulaçao é o fato de que a maioria dos tecidos apresenta capacidade de controlar seu 
proprio fluxo sanguíneo, por necessitarem de oxigênio, glicose, ácidos graxos, remocao de CO2, etc. No estado de 
repouso, a atividade metabólica dos músculos é muito baixa, e, durante exercício, a atividade metabólica dos músculos 
pode aumentar em té 60x. Esse mecanismo de manter o fluxo sanguíneo de acordo com as necessidades locais visam 
manter o coração no menos trabalho possível, ou seja, é como se poupasse o coração, porque se o fluxo sanguíneo 
fosse sempre alto, o coração precisaria trabalhar mais forte. 
O controle do fluxo sanguíneo pode ser dividido em: controle a curto prazo e controle a longo prazo. O controle curto 
é mediado por variações de vasodilatação e contrição das arteríolas, metarteriolas e esfincters pre capilares. O 
controle a longo prazo consiste em variações lentar que podem durar ate meses, e as diferenças observadas podem 
até implicar no numero de vasos sanguíneos existentes. 
 
Controle Agudo do Fluxo Sanguineo 
Um dos fatores mais importantes é a necessidade de oxigênio por cada organismo. Essa necessidade pode estar 
aumentada em altas atitudes, pneumonia, intoxicação por cianeto, etc. Isso é argumentado porque teorias dizem que 
uma menor disponibilidade de oxigênio nas celulas acarreta em produção de substancias vasodilatadoras, como 
adenosina, dióxido de carbono, histamina.. até o acido lático, em decorrência da liberação e Hidrogenio, também pode 
impactar no diâmetro dos vasos. Outra molécula vasodilatadora também é a adenosina. Ela pode ser ‘obtida’ com um 
aumento do metaboslimo, em que o uso do ATP e aua quebra liberam adenosina. 
Outra teórica aceita é que, partindo-se do fato de que o oxigênio também é usado para contração do musculo liso dos 
vasos, sua falta em caso de uso excessivo do O2 disponivel acarretaria, também, em vasodilatação. 
Existe o mecanismo também de autorregulação, que é a volta do fluxo sanguíneo para o normal após alterações da 
pressão arterial. A teoria metabólica diz que: o aumento do fluxo em caso de PA elevoada oferece O2 em demasia, e 
esse O2 elimina os vasodilatadores liberados pelos tecidos, promovendo vasoconstricao dos vasos sanguíneos. A teoria 
miogênica diz que o aumento da PA estira os vasos sanguíneos, o que provoca uma contração reativa. Essa teoria diz 
que o estiramento promove a abertura mecânica de canais de Ca+, o que garante a contração. 
Existem mais alguns mecanismos especiais de controle agudo do fluxo em alguns tecidos.. 
➢ Rim. O controle do fluxo sanguíneo depende do feedback tubuloglomerular. Quando quantidade excessiva de 
liquido é filtrada, sinais de feedback da macula densa (uma estrutura epitelial que reconhece a composição 
do liquido filtrado) provocam constrição das arteríolas aferentes e eferentes no aparelho justaglomerular do 
nefron. 
➢ Cerebro. Nesse tecido, as concentrações de CO2 e Hidrogenio são importantes. Um aumento deles causa uma 
rápida vasodilatação afim de eliminá-los. 
➢ Pele. O controle do fluxo sanguíneo está associado a teratura corporal. Na pele, o fluxo sanguíneo é controlado 
em grande parte pelo SNC por meio de nervos simpáticos. 
 
Controle do fluxo sanguíneo tecidual por fatores endoteliais 
As celulas endoteliais liberam algumas substancias relacionadas com a vasoconstricao e vasodilatação, 
consequentemente impactando na regulação do fluxo sanguíneo. Vamos ver as mais importantes: 
➢ Oxido Nítrico. Ele é liberado por celulas endoteliais saudáveis estimuladas por fatores químicos e físicos. 
Enzimas nas celulas endoteliais sintetizam ON a partir de oxigênio, arginina e nitratos inorgânicos. O NO ativa 
GMPc como segundo mensageiro nas celulas de musculo liso dos vasos, ativando proteinocinase dependende 
de GMP, com ações intensas que causam relaxamento dos vasos sanguíneos. 
O fluxo de sangue nos vasos provoca estresse por cisalhamento nas celulas endoteliais. Esse cisalhamento 
distorce as celulas endoteliais na direção do fluxo, provocando aumento da liberação de NO, promovendo 
relaxamento. O NO também é estimulado por angiotensina II (que é um vasoconstritor), para manter um 
equilíbrio e evitar uma vasoconstricao excessiva. Em caso de aterosclerose, por exemplo, a vasoconstricao 
pode ficar aumentada em razão da placa de gordura atrapalhar a liberação de NO. Farmacos que inibem a 
degradação da GMPc, como o sindenafil, eram usados antigamente para angina pectoris, por exemplo. Hoje, 
é usado para disfunção erétil. 
 
→ O sindenafil inibe a PDE-5 (fosfodiesterase-5), uma enzima que degrada a molécula de GMPc. A ereção 
peniana é causada por estimulos nos nervos parassimpáticos, liberando, como neurotransmissores, Ach e NO. 
 
➢ Endotelina. A endotelina é um peptídeo vasoconstritor. Ela esta presenta nas celulas endoteliais de quase 
todo o corpo. O estimulo para sua liberação é a lesão endotelial. Isso é vantajoso para evitar hemorragias, por 
exemplo. 
 
REGULAÇÃO DO FLUXO A LONGO PRAZO 
Até agora, vimos mecanismos que regulam o fluxo por pouco tempo. Entretanto, al longo de horas, dias e semanas, 
uma forma, a longo prazo, de regulação local do fluxo sanguíneo se desenvolve. A regulação a longo prazo é muito 
importante quando as demandas metabólicas do tecido se alteram. Assim, se um tecido passa a consumir 
constantemente mais O2, as arteríolas aumentarão de numero, por exemplo. Entretanto, se a pessoa está em idade 
mais avançada, esse mecanismo de angionese pode levar até 6 meses ou mais. 
Existem substancias que induzem e aceleram o procedimento de angiogênese, como os fatores de crescimento do 
endotélio (FEGE), ao mesmo tempo em que existem fatores que impedem a formação de novos vasos, como a 
angiostatina, que provem do plasminogênio. Esses fatores que inibiem a formação de novos vasos podem ser 
benéficos contra tumores, em que fármacos que os liberem ou que os possuam sinteticamente podem reduzir o 
fornecimento de sangue e nutrientes a turmores, crescendo mais lentamente. 
 
Formação de Circulação Colateral 
Quando ocorre bloqueio de um vaso, um novo canal vascular se desenvolve ao redor do bloqueio, permitindo uma 
nova irrigação parcial ao tecido afetado. Apesar dessa neoformação, a irrigação não volta a ser completa como era. 
Os vasos colaterais continuam a crescer por muito tempo após o bloqueio. Aos 60 anos de idade, a maioria das pessoas 
já sofreram bloqueio de um dos ramos menores dos vasos coronarianos ou pelo menos uma oclusao parcial, mesmo 
que desconhecidas. Por esse motivo, é mais fácil encontrarmos circulação colateral em idosos do que em jovens 
saudáveis. 
 
Remodelamento Vascular em resposta às alterações crônicas no fluxo sanguíneo 
O crescimento e remodelamento são fundamentais, apesar de ocorrerem em resposta a longo prazo de alterações no 
fluxo e na pressão arterial. Quando a pressão arterial esta elevada, por exemplo, as grandes e pequenas artérias e 
arteríolas são remodeladas para acomodar uma maior tensão mecânica que vao sofrer com a passada do sangue. As 
reduções crônicas na pressão arterial e no fluxo sanguíneo apresentam efeitos contrários. Quando o fluxo é reduzido, 
por exemplo, o diâmetro do lumem também é reduzido. Assim, a remodelação é uma resposta adaptativa importante. 
 
CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO 
O fluxo sanguíneo também pode ser controlado por substancias ou absorvidas pelos líquidos corporais, como 
hormônios e também por fatores produzidos localmente. Veremos os mais importantes: 
 
Agentes Vasoconstritores 
➢ Norepinefrina e Epinefrina. A liberação destas ocorrefrente a estimulação dos nervos simpáticos. Esses 
hormônios, liberados pela medula adrenal, circulam no sangue por todas as áreas do corpo, e provocam 
praticamente os mesmos efeitos de uma estimulação simpática direta. 
 
➢ Angiotensina II. É um potente vasoconstritor. Ela provoca intensa constrição das arteríolas. A angiotensina 
também tem efeito sistêmico: aumenta a resistência periférica, reduzindo a excreção de sódio e agua nos rins, 
o que eleva a pressão arterial. 
 
➢ Vasopressina (ADH). Tem efeito constritor ainda mais intenso que o da angiotensina II. Esse hormônio 
também tem ação muito importante de elevar a reabsorção e agua pelos túbulos distais de volta para o 
sangue, audando no volume de liquido corporal. 
 
Agentes Vasodilatadores 
➢ Bradicinina. A bradicinina também é inibida/degradada pela ECA, que forma angiotensina II. Ela provoca 
intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. 
 
➢ Histamina. A histamina é liberada frente ao processo inflamatório. A maior parte dela deriva de mastócitos 
no sangue. Ela tem potente efeito vasodilatador nas arteríolas e esfincters pre-capilares.

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