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Controle Local e Humoral do fluxo sanguíneo nos tecidos CONTROLE LOCAL DO FLUXO EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES TECIDUAIS 1Um principio fundamental da circulaçao é o fato de que a maioria dos tecidos apresenta capacidade de controlar seu proprio fluxo sanguíneo, por necessitarem de oxigênio, glicose, ácidos graxos, remocao de CO2, etc. No estado de repouso, a atividade metabólica dos músculos é muito baixa, e, durante exercício, a atividade metabólica dos músculos pode aumentar em té 60x. Esse mecanismo de manter o fluxo sanguíneo de acordo com as necessidades locais visam manter o coração no menos trabalho possível, ou seja, é como se poupasse o coração, porque se o fluxo sanguíneo fosse sempre alto, o coração precisaria trabalhar mais forte. O controle do fluxo sanguíneo pode ser dividido em: controle a curto prazo e controle a longo prazo. O controle curto é mediado por variações de vasodilatação e contrição das arteríolas, metarteriolas e esfincters pre capilares. O controle a longo prazo consiste em variações lentar que podem durar ate meses, e as diferenças observadas podem até implicar no numero de vasos sanguíneos existentes. Controle Agudo do Fluxo Sanguineo Um dos fatores mais importantes é a necessidade de oxigênio por cada organismo. Essa necessidade pode estar aumentada em altas atitudes, pneumonia, intoxicação por cianeto, etc. Isso é argumentado porque teorias dizem que uma menor disponibilidade de oxigênio nas celulas acarreta em produção de substancias vasodilatadoras, como adenosina, dióxido de carbono, histamina.. até o acido lático, em decorrência da liberação e Hidrogenio, também pode impactar no diâmetro dos vasos. Outra molécula vasodilatadora também é a adenosina. Ela pode ser ‘obtida’ com um aumento do metaboslimo, em que o uso do ATP e aua quebra liberam adenosina. Outra teórica aceita é que, partindo-se do fato de que o oxigênio também é usado para contração do musculo liso dos vasos, sua falta em caso de uso excessivo do O2 disponivel acarretaria, também, em vasodilatação. Existe o mecanismo também de autorregulação, que é a volta do fluxo sanguíneo para o normal após alterações da pressão arterial. A teoria metabólica diz que: o aumento do fluxo em caso de PA elevoada oferece O2 em demasia, e esse O2 elimina os vasodilatadores liberados pelos tecidos, promovendo vasoconstricao dos vasos sanguíneos. A teoria miogênica diz que o aumento da PA estira os vasos sanguíneos, o que provoca uma contração reativa. Essa teoria diz que o estiramento promove a abertura mecânica de canais de Ca+, o que garante a contração. Existem mais alguns mecanismos especiais de controle agudo do fluxo em alguns tecidos.. ➢ Rim. O controle do fluxo sanguíneo depende do feedback tubuloglomerular. Quando quantidade excessiva de liquido é filtrada, sinais de feedback da macula densa (uma estrutura epitelial que reconhece a composição do liquido filtrado) provocam constrição das arteríolas aferentes e eferentes no aparelho justaglomerular do nefron. ➢ Cerebro. Nesse tecido, as concentrações de CO2 e Hidrogenio são importantes. Um aumento deles causa uma rápida vasodilatação afim de eliminá-los. ➢ Pele. O controle do fluxo sanguíneo está associado a teratura corporal. Na pele, o fluxo sanguíneo é controlado em grande parte pelo SNC por meio de nervos simpáticos. Controle do fluxo sanguíneo tecidual por fatores endoteliais As celulas endoteliais liberam algumas substancias relacionadas com a vasoconstricao e vasodilatação, consequentemente impactando na regulação do fluxo sanguíneo. Vamos ver as mais importantes: ➢ Oxido Nítrico. Ele é liberado por celulas endoteliais saudáveis estimuladas por fatores químicos e físicos. Enzimas nas celulas endoteliais sintetizam ON a partir de oxigênio, arginina e nitratos inorgânicos. O NO ativa GMPc como segundo mensageiro nas celulas de musculo liso dos vasos, ativando proteinocinase dependende de GMP, com ações intensas que causam relaxamento dos vasos sanguíneos. O fluxo de sangue nos vasos provoca estresse por cisalhamento nas celulas endoteliais. Esse cisalhamento distorce as celulas endoteliais na direção do fluxo, provocando aumento da liberação de NO, promovendo relaxamento. O NO também é estimulado por angiotensina II (que é um vasoconstritor), para manter um equilíbrio e evitar uma vasoconstricao excessiva. Em caso de aterosclerose, por exemplo, a vasoconstricao pode ficar aumentada em razão da placa de gordura atrapalhar a liberação de NO. Farmacos que inibem a degradação da GMPc, como o sindenafil, eram usados antigamente para angina pectoris, por exemplo. Hoje, é usado para disfunção erétil. → O sindenafil inibe a PDE-5 (fosfodiesterase-5), uma enzima que degrada a molécula de GMPc. A ereção peniana é causada por estimulos nos nervos parassimpáticos, liberando, como neurotransmissores, Ach e NO. ➢ Endotelina. A endotelina é um peptídeo vasoconstritor. Ela esta presenta nas celulas endoteliais de quase todo o corpo. O estimulo para sua liberação é a lesão endotelial. Isso é vantajoso para evitar hemorragias, por exemplo. REGULAÇÃO DO FLUXO A LONGO PRAZO Até agora, vimos mecanismos que regulam o fluxo por pouco tempo. Entretanto, al longo de horas, dias e semanas, uma forma, a longo prazo, de regulação local do fluxo sanguíneo se desenvolve. A regulação a longo prazo é muito importante quando as demandas metabólicas do tecido se alteram. Assim, se um tecido passa a consumir constantemente mais O2, as arteríolas aumentarão de numero, por exemplo. Entretanto, se a pessoa está em idade mais avançada, esse mecanismo de angionese pode levar até 6 meses ou mais. Existem substancias que induzem e aceleram o procedimento de angiogênese, como os fatores de crescimento do endotélio (FEGE), ao mesmo tempo em que existem fatores que impedem a formação de novos vasos, como a angiostatina, que provem do plasminogênio. Esses fatores que inibiem a formação de novos vasos podem ser benéficos contra tumores, em que fármacos que os liberem ou que os possuam sinteticamente podem reduzir o fornecimento de sangue e nutrientes a turmores, crescendo mais lentamente. Formação de Circulação Colateral Quando ocorre bloqueio de um vaso, um novo canal vascular se desenvolve ao redor do bloqueio, permitindo uma nova irrigação parcial ao tecido afetado. Apesar dessa neoformação, a irrigação não volta a ser completa como era. Os vasos colaterais continuam a crescer por muito tempo após o bloqueio. Aos 60 anos de idade, a maioria das pessoas já sofreram bloqueio de um dos ramos menores dos vasos coronarianos ou pelo menos uma oclusao parcial, mesmo que desconhecidas. Por esse motivo, é mais fácil encontrarmos circulação colateral em idosos do que em jovens saudáveis. Remodelamento Vascular em resposta às alterações crônicas no fluxo sanguíneo O crescimento e remodelamento são fundamentais, apesar de ocorrerem em resposta a longo prazo de alterações no fluxo e na pressão arterial. Quando a pressão arterial esta elevada, por exemplo, as grandes e pequenas artérias e arteríolas são remodeladas para acomodar uma maior tensão mecânica que vao sofrer com a passada do sangue. As reduções crônicas na pressão arterial e no fluxo sanguíneo apresentam efeitos contrários. Quando o fluxo é reduzido, por exemplo, o diâmetro do lumem também é reduzido. Assim, a remodelação é uma resposta adaptativa importante. CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO O fluxo sanguíneo também pode ser controlado por substancias ou absorvidas pelos líquidos corporais, como hormônios e também por fatores produzidos localmente. Veremos os mais importantes: Agentes Vasoconstritores ➢ Norepinefrina e Epinefrina. A liberação destas ocorrefrente a estimulação dos nervos simpáticos. Esses hormônios, liberados pela medula adrenal, circulam no sangue por todas as áreas do corpo, e provocam praticamente os mesmos efeitos de uma estimulação simpática direta. ➢ Angiotensina II. É um potente vasoconstritor. Ela provoca intensa constrição das arteríolas. A angiotensina também tem efeito sistêmico: aumenta a resistência periférica, reduzindo a excreção de sódio e agua nos rins, o que eleva a pressão arterial. ➢ Vasopressina (ADH). Tem efeito constritor ainda mais intenso que o da angiotensina II. Esse hormônio também tem ação muito importante de elevar a reabsorção e agua pelos túbulos distais de volta para o sangue, audando no volume de liquido corporal. Agentes Vasodilatadores ➢ Bradicinina. A bradicinina também é inibida/degradada pela ECA, que forma angiotensina II. Ela provoca intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. ➢ Histamina. A histamina é liberada frente ao processo inflamatório. A maior parte dela deriva de mastócitos no sangue. Ela tem potente efeito vasodilatador nas arteríolas e esfincters pre-capilares.
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