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semanas 2 e 3 2014

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A PESSOA NATURAL
SEMANA 2 AULA 3
CAPACIDADE CIVIL
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1 A PESSOA NATURAL
1.1 Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas.
1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda.
1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno
1.3 Natureza jurídica do nascituro.
1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
SEMANA 2 AULA 3
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2. CAPACIDADE CIVIL
2.1 Conceito e distinções.
2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física.
2.3 A incapacidade e o impedimento. 
2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa.
2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil.
2.5.1 Tutela e curatela
2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial
2.7 Assistencia e representação
2.8 Estado civil
SEMANA 2 AULA 3
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NOSSOS OBJETIVOS
•	Discorrer sobre as diversas concepções acerca das diversas pessoas no âmbito das relações jurídicas
•	Introduzir o entendimento do conceito, modos de aquisição e perda da personalidade jurídica ou civil.
•	Apresentar a questão conflituosa a respeito da natureza jurídica do nascituro.
•	Prover ao aluno os conhecimentos relativos à noção de capacidade civil das pessoas naturais.
•	Discorrer sobre as diversas limitações à capacidade jurídica plena: incapacidade absoluta, relativa.
SEMANA 2 AULA 3
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É o próprio homem, isto é, o ser humano individualmente considerado como sujeito de direitos e obrigações. Vale salientar, que as expressões pessoa física e pessoa natural são sinônimas, apenas com a ressalva que esta (pessoa natural) foi a locução adotada pelo Código Civil brasileiro, enquanto que aquela (pessoa física) foi adotada pelas legislações tributárias 
PESSOA NATURAL
SEMANA 2 AULA 3
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*AULA 2
PERSONALIDADE CIVIL OU JURÍDICA
É a capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações.
Personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado ao ser humano. Se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade. 
Por isso se diz que a personalidade é um atributo jurídico.
SEMANA 2 AULA 3
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O art. 2º do Código Civil diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. 
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
SEMANA 2 AULA 3
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NATUREZA JURÍDICA DO NASCITURO 
 O art. 2º, parte final, salienta que a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro - aquele já concebido, cujo nascimento já se espera como fato futuro. 
 Não se trata de uma exceção à regra de que a personalidade só começa com o nascimento com vida. 
SEMANA 2 AULA 3
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O objetivo do Código é o de resguardar preventivamente os eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o nascituro nasça com vida. 
Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna-se inoperante a ressalva contida no Código Civil. 
Portanto, o NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica.
SEMANA 2 AULA 3
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SEMANA 2 AULA 3
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 Neste caso, a criança fará juz a sucessão e, logo em seguida, também será autora de herança. Situação diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina .
Uma implicação Importante:
SEMANA 2 AULA 3
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Docimasia pulmonar hidrostática de Galeno
No âmbito jurídico este exame é relevante porque contribui para a determinação do momento da morte, pois se o feto vem à luz viva ou morto, as conseqüências jurídicas serão diferentes em cada caso.
Exemplo:
Se um homem, ao morrer, deixa a mulher grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimônio do homem transmitir-se-á aos herdeiros deste, que poderão ser seus genitores, além da esposa.
Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, o patrimônio do pai passará também ao bebê e se transmitirá a sua herdeira, no caso, a mãe da criança morta.
SEMANA 2 AULA 3
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Testando seus conhecimentos
Caso Concreto
Maria deu à luz a João em 10 de maio de 2013. No entanto, uma fatalidade aconteceu, emocionado o pai da criança (José) acaba enfartando e morrendo em 11 de maio de 2013. No momento do parto, houve dúvida se a criança nasceu com vida ou morta. Explique em no máximo cinco linhas porque é fundamental determinar se esta criança nasceu com vida ou não e como esta prova poderia ser produzida.
SEMANA 2 AULA 3
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 Questão objetiva 1
Assinale com (V) Verdadeiro e F (Falso) cada alternativa corretamente marcada.
( )
O termo personalidade corresponde à aptidão genérica da pessoa natural para adquirir direitos e contrair obrigações.
( )
O nascituro tem capacidade para exercer direitos, devendo ser representado por sua mãe até o momento do nascimento.
( )
A pessoa jurídica não tem personalidade uma vez que esta é uma exclusividade das pessoas naturais.
( )
A concepção determina o início da existência do ser humano, mas não a sua personalidade à luz do ordenamento brasileiro.
( )
A lei brasileira permite a declaração de morte apenas das pessoas em que haja um corpo a ser examinado.
 Questão objetiva 2
Quanto à personalidade da pessoa natural, assinale a alternativa correta:
a.     Conforme o Código Civil brasileiro o nascituro não possui personalidade. No entanto, a doutrina e a jurisprudência vêm admitindo a possibilidade de lhe conferir personalidade material.
b.     Toda pessoa nascida com vida tem personalidade e capacidade de direito (ou de gozo).
c.      A capacidade de direito é limitada pelas regras de incapacidade. Assim, por exemplo, o maior de 16 e maior de 18 anos não possui personalidade.
d.     O Código Civil brasileiro ao afirmar que toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil está afirmando que toda pessoa é dotada de capacidade de exercício (ou de fato).
e.     A personalidade é a aptidão específica para ser titular de direitos e de deveres na ordem civil. É o pressuposto para a inserção da pessoa na ordem jurídica.
SEMANA 2 AULA 3
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CAPACIDADE CIVIL 
SEMANA 2 AULA 4
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 É uma medida limitadora ou delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigações. 
 Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. 
SEMANA 2 AULA 4
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 A capacidade é a regra, ou seja, pelo código civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes aqueles discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes mentais, etc).
SEMANA 2 AULA 4
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A capacidade divide-se em:
SEMANA 2 AULA 4
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CAPACIDADE DE DIREITO
Consiste na capacidade de contrair direitos, todos os indivíduos possuem tal capacidade visto que de acordo com o art. Primeiro do Código Civil brasileiro todo o homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil. Esta, também pode ser chamada de capacidade de gozo ou de aquisição. A capacidade surge com o nascimento e termina com a morte.
A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma capacidade de direito. 
SEMANA 2 AULA 4
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Capacidade de exercício
 A capacidade de exercício é a tão conhecida capacidade civil plena, qualidade que confere às pessoas naturais que a possuem a plena condição de exercício livre, pleno e pessoal de seus direitos, bem como do cumprimento de seus deveres.
 Possui a capacidade de fato aqueles que se dirigem com autonomia no mundo civil, agindo pessoal e diretamente, sem intervenção de uma outra pessoa que os represente ou os assiste. Diz-se que essa pessoa se acha em pleno exercício de seus direitos. “Capacidade de fato é o poder efetivo que nos capacita para a prática plena de atos da vida civil”. 
SEMANA 2 AULA 4
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A regra é: 
Toda pessoa tem capacidade de direito; mas nem toda a de fato
Toda pessoa tem faculdade de adquirir direitos, mas nem toda pessoa tem o poder de usá-los pessoalmente
e transmiti-los a outrem por ato de vontade.
SEMANA 2 AULA 4
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 É a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo ser analisada de forma restrita, porque como ensina a doutrina deve ser aplicado o princípio de que “a capacidade é a regra e a incapacidade é a exceção”. Portanto, só haverá incapacidade nos casos estabelecidos em lei. 
INCAPACIDADE
Devemos salientar que estamos tratando da falta da capacidade de exercício e não da capacidade de direito, já que esta todos a possuem.
SEMANA 2 AULA 4
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Incapacidade absoluta 
Será absoluta a incapacidade quando a lei considera um indivíduo totalmente inapto ao exercício da atividade da vida civil. Os absolutamente incapazes podem adquirir direitos, pois possuem a capacidade de direito, mas não são habilitados a exercê-los, pois falta a capacidade de exercício.
SEMANA 2 AULA 4
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São absolutamente incapazes: (Art.3°, CC)
a) Menores de 16 anos - O primeiro caso de absolutamente incapaz previsto no art. 3º do Código Civil está ligado ao fator idade, ou seja, todos aqueles que possuem menos de 16 anos de idade são absolutamente incapazes. Vale destacar, que alguns autores denominam os menores absolutamente incapazes de menores impúberes (expressão usada no direito pré-codificado), ou seja, o direito anterior ao Código Civil.
SEMANA 2 AULA 4
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b) Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos - O objetivo do Código Civil foi compreender nesta expressão, todos os casos de insanidade mental, permanente e duradoura, adquirida ou hereditária. Para que haja a interdição por este motivo, é necessário sentença judicial, ou seja, só depois de decretada judicialmente a interdição é que se recusa a capacidade de exercício. Aqui é interessante esclarecer ao aluno que a sentença de interdição é meramente declaratória e não constitutiva, uma vez que não cria a incapacidade, pois esta advém da alienação mental. 
SEMANA 2 AULA 4
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 c) Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade - A incapacidade não deriva exclusivamente da deficiência, mas de sua conjugação com a impossibilidade de manifestar a vontade, então os que possam expressar a vontade, através de qualquer meio de comunicação, não são considerados como absolutamente incapazes.
A incapacidade absoluta gera a nulidade de pleno direito do ato praticado (art. 166 do CC).
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SEMANA 2 AULA 4
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Incapacidade Relativa: (Art. 4°)
 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, os maiores de 16 e menores de 18 anos; os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido: os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; os pródigos. No parágrafo único declara que a “capacidade dos índios será regulada por legislação especial”.Como essas pessoas têm algum discernimento, não ficam afastadas da atividade jurídica , podem praticar alguns atos por si sós. Estes, porém, são exceções, pois elas devem estar assistidas por seus assistentes legias ,para a prática dos atos em geral, sob pena de anulabilidade.
SEMANA 2 AULA 4
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São os menores púberes; podem praticar alguns atos sem a assistência legal. Se ocultarem, de propósito, sua idade, no ato de se obrigar, perderão a proteção que a Lei dá aos incapazes e não poderão, assim, anular a obrigação por eles contraída ou eximir-se de cumpri-la (art. 180, CC). Exige-se, no entanto, que o erro da outra parte seja escusável. Se não houve malícia do menor, anula-se o ato, para protegê-lo. Como ninguém pode locupletar-se (levar vantagem) à custa alheia, será restituída a importância paga ao menor, se ficar provado que o pagamento nulo reverteu em proveito dele (art. 181, CC). O incapaz, menor de dezoito anos ou deficiente mental, responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes (art. 928 CC)
Maiores de 16 e menores de 18 anos
SEMANA 2 AULA 4
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 Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de discernimento reduzido:
 Somente os alcoólatras e os toxicômanos, são considerados relativamente incapazes. Os usuários eventuais que, por efeito transitório dessas substâncias, ficarem impedidos de exprimir plenamente sua vontade estão incluídos no rol dos absolutamente incapazes (art. 3º, inciso III CC).
 Os deficientes mentais de discernimento reduzido são os fracos da mente. Há, assim, uma gradação para a debilidade mental: quando privar totalmente o amental do discernimento para a prática dos atos da vida civil, acarretará a incapacidade absoluta (art. 3º, inciso II CC); quando, porém, causar sua redução, será incapacidade relativa.
SEMANA 2 AULA 4
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Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo:
O Código declara relativamente incapazes não apenas os surdos-mudos, mas todos os excepcionais sem desenvolvimento completo.Mas, são considerados os surdos-mudos que, por não terem recebido educação adequada e permanecerem isolados, ficaram privados de um desenvolvimento mental completo. Se a tiverem recebido, e puderem exprimir plenamente sua vontade, serão capazes. Assim, também ocorre com todos os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.
SEMANA 2 AULA 4
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Pródigo é o indivíduo que gasta tudo o que tem. Trata-se de um desvio da personalidade e não um estado de alienação mental. 
Pode ser submetido à curatela (art. 1.767, V ,CC), pelos pais ou curadores, cônjuge ou companheiro, ou parente.
O pródigo só não pode praticar, sem curador, atos que implicam no comprometimento do patrimônio, como emprestar, dar quitação, alienar, hipotecar (art. 1.782 CC). 
Pode, assim, casar, dar autorização para casamento dos filhos menores, etc.
Os pródigos:
SEMANA 2 AULA 4
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Índios ou silvícolas são os habitantes das selvas, não integrados à civilização.O diploma legal (= Lei) que atualmente regulamenta a situação jurídica dos índios no País é a Lei n.º 6.001, datada de19/12/1.973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio, proclamando que ficarão sujeitos à tutela da União, até se adaptarem à civilização
 luiztinocoadvogado.blogspot.com 
Os silvícolas (índios):
SEMANA 2 AULA 4
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ATENÇÃO!!!
A incapacidade relativa gera a anulabilidade do ato jurídico. 
O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas restrições à atividade mercantil.
A condenação criminal não implica capacidade civil. Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda de função pública ou do direito à investidura em função pública; a perda do pátrio poder, da tutela ou da curatela. 
SEMANA 2 AULA 4
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Representação
 A representação é instituto ligado ao absolutamente incapaz. 
 a) os pais – no caso dos menores de 16 anos. Nesse caso dá-se automaticamente, o representante não necessita de qualquer ato de investidura ou designação.
 b) tutor – no caso dos menores de 16 anos, se os pais não forem vivos ou forem ou tornarem-se incapazes, ou perderem o poder familiar (poder parental). É nomeado pelo juiz ou pelos próprios pais. Pode ser parente ou qualquer pessoa que goze da confiança do juiz ou dos pais. Não se dá de forma automática, ocorrendo por designação judiciária, de um ato judicial, e só em função dele é que se legitima a representação. 
 c) curador – no caso em que o incapaz possui uma enfermidade ou deficiência mental e for maior de 18 anos.
SEMANA 2 AULA 4
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Assistência
 Os assistentes dos relativamente incapazes serão:
a) os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores de 18 anos.
b) o curador – assiste os pródigos e os que possuem o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos.
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Incapacidade e Impedimento
A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos,
adquirir bens etc. Exemplo: a lei proíbe que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados. 
SEMANA 2 AULA 4
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Capacidade plena
	 Art 5° do CC, cessa aos 18 anos completos, passando a ficar habilitada à praticar todos os atos da vida civil. No parágrafo único há outras possibilidades, para os menores alcançarem a capacidade plena, a saber:
•	Emancipação.
•	Casamento.
•	Exercício de emprego público efetivo.
•	Pela colação de grau em curso superior.
•	Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que , em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
SEMANA 2 AULA 4
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Cessa a incapacidade, em primeiro lugar, quando cessar a sua causa (enfermidade mental, menoridade, etc.) e, em segundo lugar, pela emancipação. 
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
A emancipação pode ser de três espécies: voluntária, judicial(arts 1103 e ss,CPC) ou legal. A emancipação voluntária é concedida pelos pais,se o menor tiver dezesseis anos completos (art. 5º, parágrafo único,inciso I do Código Civil). Deve ser concedida por ambos os pais, ou por um deles na falta de outro. 
SEMANA 2 AULA 4

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